Existem tantas lendas urbanas envolvendo pretensas aventuras sexuais, que quase todo morador de grandes cidades já ouviu, pelo menos, uma delas (isto quando não conhece alguém que jura que as vivenciou!). Algumas já são tão comuns que incontáveis versões das mesmas podem ser encontradas nas revistas de sacanagem ou nos sites que divulgam “experiências sexuais verídicas”. É só reparar: a estrutura narrativa e a idéia central são sempre as mesmas, mudando somente os detalhes e os aspectos secundários da história.
Uma delas é sobre um famoso ponto de prostituição supostamente freqüentado por normalistas (aqui no Rio, seriam alunas do Instituto de Educação, na Tijuca!): todos juram que existe, mas ninguém sabe dizer exatamente onde é! Uma versão mais hard chaga a falar em um camarada que foi no tal local para se “divertir” e acabou encontrando a própria filha se prostituindo (eis aí a velha lição aprendida com os autores moralistas dos tempos d’antanho: é importante ressaltar as noções de crime e castigo...)!
Outra narrativa do gênero bastante comum é sobre o camarada que conhece uma mulher maravilhosa em um local público (no ônibus, na boate, no metrô), rola uma atração instantânea – dependendo da versão o jogo da sedução pode demorar um pouco mais – e os dois acabam na cama. Só que na hora h, a moça revela um segredo: na verdade, ela é uma “mulher” com um pequeno detalhe a mais (às vezes, não tão pequeno!). Só que o envolvimento já estava tão grande, que o nosso herói (hetero convicto, é claro!) acaba considerando isto uma irrelevância e segue em frente...
Porém, não há lenda urbana/aventura sexual mais recorrente do que aquela contada por alguns de nossos bravos taxistas aos seus clientes do sexo masculino: a da passageira gostosa, com “pinta de madame”, que ao entrar no veículo não resiste aos encantos do motorista e começa a boliná-lo e a passar a mão em suas coxas. E aí – nas palavras de um desses galãs dos engarrafamentos, em cujo táxi tive a honra de andar na semana passada – “doutor, o senhor sabe como é: deu mole deste jeito, a gente que é homem, tem que pegar”! Como os taxistas que me contaram variações desta estória já passaram da meia idade (em alguns casos já passaram muito!), estão bastante castigados pelo tempo e não parecem ter nenhum sex appeal que enlouqueça o sexo oposto, só posso chegar às seguintes conclusões: 1- existe, no Rio de Janeiro, um grande número de mulheres “de fino trato” cujo fetiche é transar com um taxista, por mais prejudicado que o cidadão esteja; 2- o nível de carência está tão alto, que a mulherada está pegando qualquer coisa que apareça pela frente; 3- uma condição sine qua non para que alguém se torne taxista é ter imaginação fértil e uma grande capacidade para contar lorotas!
Aguardo a opinião dos leitores do “Abobrinhas”...
Uma delas é sobre um famoso ponto de prostituição supostamente freqüentado por normalistas (aqui no Rio, seriam alunas do Instituto de Educação, na Tijuca!): todos juram que existe, mas ninguém sabe dizer exatamente onde é! Uma versão mais hard chaga a falar em um camarada que foi no tal local para se “divertir” e acabou encontrando a própria filha se prostituindo (eis aí a velha lição aprendida com os autores moralistas dos tempos d’antanho: é importante ressaltar as noções de crime e castigo...)!
Outra narrativa do gênero bastante comum é sobre o camarada que conhece uma mulher maravilhosa em um local público (no ônibus, na boate, no metrô), rola uma atração instantânea – dependendo da versão o jogo da sedução pode demorar um pouco mais – e os dois acabam na cama. Só que na hora h, a moça revela um segredo: na verdade, ela é uma “mulher” com um pequeno detalhe a mais (às vezes, não tão pequeno!). Só que o envolvimento já estava tão grande, que o nosso herói (hetero convicto, é claro!) acaba considerando isto uma irrelevância e segue em frente...
Porém, não há lenda urbana/aventura sexual mais recorrente do que aquela contada por alguns de nossos bravos taxistas aos seus clientes do sexo masculino: a da passageira gostosa, com “pinta de madame”, que ao entrar no veículo não resiste aos encantos do motorista e começa a boliná-lo e a passar a mão em suas coxas. E aí – nas palavras de um desses galãs dos engarrafamentos, em cujo táxi tive a honra de andar na semana passada – “doutor, o senhor sabe como é: deu mole deste jeito, a gente que é homem, tem que pegar”! Como os taxistas que me contaram variações desta estória já passaram da meia idade (em alguns casos já passaram muito!), estão bastante castigados pelo tempo e não parecem ter nenhum sex appeal que enlouqueça o sexo oposto, só posso chegar às seguintes conclusões: 1- existe, no Rio de Janeiro, um grande número de mulheres “de fino trato” cujo fetiche é transar com um taxista, por mais prejudicado que o cidadão esteja; 2- o nível de carência está tão alto, que a mulherada está pegando qualquer coisa que apareça pela frente; 3- uma condição sine qua non para que alguém se torne taxista é ter imaginação fértil e uma grande capacidade para contar lorotas!
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