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Janio de Freitas, um jornalista que não se faz de louco, e o cablegate

Diz Janio de Freitas, um dos raros jornalistas da velha mídia que não se faz de louco nem nos trata como idiotas no caso do cablegate:
É de liberdade de informação que se trata. É do direito dos cidadãos de saber o que seus governos dizem e fazem sorrateiramente. É de jornalismo que se trata. E os meios de comunicação jornalística estão ficando tão mal quanto os governos desnudados pelo Wikileaks. Era a hora de estarem todos em campanha contra os governantes que querem sufocar as revelações. Ou seja, em defesa da liberdade de informação, da própria razão de ser que os jornais, TVs e revistas propagam ser a sua. Com escassas exceções, que se saiba, os meios estão muito mais identificados com os governantes do que com os cidadãos-leitores e com a liberdade de informação.
Via Toda Mídia
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Jornalistas em defesa de WikiLeaks

Se corporações e governos podem destruir o acesso de alguém à moderna economia como fizeram com o Wikileaks, sem nem mesmo fingir seguir o devido procedimento legal (PayPal, Visa, MasterCard, Amazon etc. não foram ordenados por corte alguma a fechar o acesso para o Wikileaks) então nós simplesmente não vivemos em uma sociedade legal livre, muito menos em uma sociedade justa.

A defesa de Julian Assange e Wikileaks é uma das questões mais importantes da minha vida. Agora há duas superpotências no mundo -- o poder militar de Washington e o poder da opinião pública e da justiça, o qual Wikileaks representa.
-- John Pilger, em pronunciamento

É interessante que o fundador do Wikileaks defenda a visão tradicionalmente conservadora, jeffersoniana, de que a estrutura constitucional dos Estados Unidos limita e diminui a corrupção do governo.
-- Jack Hunter, em The American Conservative

Senhoras e senhores, isto não é um processo. É uma causa. E deixe que nos informemos do que podemos fazer, e até onde podemos ir para assegurar que o direito à informação livre permaneça disponível para todos.
-- Timothy Bancroft-Hinchey, no Pravda

Wikileaks melhora nossa democracia, não a enfraquece.
-- Ewan Hansen, na Wired

Todas as citações via WL Central
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Quando um anencéfalo advoga em favor de um descerebrado

Lendo, a partir do RSurgente, a canhestra tentativa de defesa do Luiz Carlos Prates [RBS/SC] feita por David Coimbra [RBS/RS], faz-se necessário conceituar ideologia:

Ideologia é o uso de formas simbólicas para criar ou produzir relações de dominação, conforme definição de John Thompson. Ou, ainda, pode ser o conjunto de ideias que predominam em uma sociedade e que, via de regra, representam os interesses do grupo social dominante.

Toda a vez que os tais deformadores de opinião da RBS são colocados contra a parede, por conta das imbecilidades que proferem, recorrem ao seu truquezinho predileto, que é acusar os críticos de estarem agindo, a partir de uma  motivação ideológica. Repetem isso, como uma espécie de mantra, enunciado axiomático, sempre ao alcance da mão como um salvavidas, que os permite continuar boiando no mar de estupidez que eles mesmos criam. Ideologia na concepção dos celetistas da RBS é um conceito aplicável, apenas, para seus desafetos, particularmente, os que se situam a esquerda do espectro ideológico. 

No entanto, os tais "pensadores" da RBS jamais se enxergam como parte de uma sinistra engrenagem ideológica, que também produz conceitos e formas simbólicas de dominação. Não eles, tão puros de intenções e sem nenhuma outra preocupação, que não seja a de analisar a realidade, a partir de uma perspectiva isenta e racional.

A esquerda - sempre a esquerda - "obcecada pela ideologia", é que insiste em meter o dedo nessa ferida e fazer espirrar o pus da parcialidade, da manipulação e do indisfarçável alinhamento ideológico à direita, que caracteriza a RBS e o seu quadro de empregados. Aliás, ser indubitavelmente de direita, é uma condição sine qua non para os que pretendem ascender profissionalmente nesse monopólio midiático.

A tentativa estapafúrdia de David Coimbra ao defender Prates, desvinculando essa ação de qualquer comprometimento ideológico, tanto seu, quanto dele, só pode ser coisa de um descerebrado. Ele não percebe o óbvio: a sua obsessão em negar o vínculo do Prates com o ideário da direita é, por si só, uma postura ideológica. Talvez isso seja explicável, do ponto de vista de David Coimbra, porque ele se percebe como alguém que se encontra num estado de graça, onde o natural é agir como se age há 500 anos no Brasil; onde uma autoproclamada elite põe e dispõe sobre a vida do restante da população, como se propriedade sua fosse. Qualquer tentativa de alterar essa "ordem natural das coisas", seja ela a eleição de um presidente do qual não se gosta, ou a entrada no mercado de consumo de automóveis daqueles a quem, historicamente, estava reservada uma posição subalterna, é vista como uma  alteração desse "estado natural", uma verdadeira ameaça aos "homens de bem" desse país. E isso, na cabeça insana do Coimbra e seus coleguinhas amestrados, nada tem a ver com ideologia. 

Da nossa parte, só nos resta recomendar a esses deformadores de opinião, algumas leituras básicas, como por exemplo, O que é ideologia, da Coleção Primeiros Passos [baixar AQUI]. É uma leitura razoavelmente simples e imaginamos, que até um beócio, como David Coimbra, pode entender. 

Tais leituras teriam uma dupla vantagem: tira-lo-ia desse mundinho de simplificações grosseiras da realidade, que é o grupo RBS, e cortaria, pela raiz, a reprodução dos anencéfalos que infestam esse estado.

Resta uma dúvida: Coimbra escreveu essa barbaridade de livre e espontânea vontade, ou foi escalado, da mesma forma que Marcelo Madureira é escalado pela Globo, quando se precisa de alguém para salvar o Titanic?




Atualizado 24 de novembro de 2010 às 3h30min.
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A imprensa como partido político

Por Washington Araújo em 20/4/2010 no Observatório da Imprensa
Esperei baixar a poeira. Em vão, porque a poeira existiu apenas na internet. E tudo porque me causou estranheza ler no diário carioca O Globo (18/3/2010) a seguinte declaração de Maria Judith Brito, presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e executiva do grupo Folha de S.Paulo:
"A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação e, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo." E como a poeira não baixou resolvi colocar no papel as questões que foram se multiplicando, igual praga de gafanhotos, plantação de cogumelos, irrupção de brotoejas. Ei-las:

1. É função da Associação Nacional de Jornais, além de representar legalmente os jornais, fazer o papel de oposição política no Brasil?

2. É de sua expertise mensurar o grau de força ou de fraqueza dos partidos de oposição ao governo?

3. Expirou aquela visão antiquada que tínhamos do jornalismo como sendo o de buscar a verdade, a informação legítima, para depois reportar com a maior fidelidade possível todos os assuntos que interessam à sociedade?

4. Como conciliar aquela função antiquada, própria dos que desejam fazer o bom jornalismo no Brasil, como tentei descrever na questão anterior, com a atuação político-partidária, servindo como porta-voz dos partidos de oposição?

5. Sendo o Datafolha propriedade de um dos grandes jornais do Brasil e este um dos afiliados da ANJ, como deveríamos fazer a leitura correta das pesquisas de opinião por ele trabalhadas? O Datafolha estaria também a serviço de uma oposição "que no Brasil se encontra fragilizada"?

6. Na condição de presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) será que Maria Judith Brito não se excedeu para muito além de suas responsabilidades institucionais?

7. Ou será próprio de quem brande o estatuto da liberdade de imprensa que entidade de classe de veículos de comunicação assuma o papel de oposição política no saudável debate entre governo e oposição?

8. Historicamente, sempre que um dirigente ou líder de partido político de oposição desanca o governo, seja justa ou injustamente, é natural que o governo responda à altura e na mesma intensidade com que o ataque foi desferido. Mas, no caso atual, em que a ANJ toma si para a missão de atuar como partido político de oposição, não seria de todo natural esperar que o governo reaja à altura do ataque recebido?

9. E, neste caso, como deveria ser encarada a reação do governo? Seria vista como ataque à liberdade de expressão? Ou seria considerado como legítima defesa de da liberdade de expressão ou de ideologia?

Claro e transparente

10. Durante o período de 1989 a 2002, em que a oposição política no Brasil esteve realmente fragilizada, e ao extremo, não teria sido o caso de a ANJ ter tomado para si as dores daquela oposição, muitas vezes, capenga?

11. E, no caso acima, como a ANJ acha que teriam reagido os governos Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso?

12. Com o histórico de nossos veículos de comunicação, muitos deles escorados em sua antiguidade, como aferir se há pureza de intenções por parte da ANJ em sua decisão de tomar para si responsabilidade que só lhe poderia ser concedida pelo voto dos brasileiros depositados nas urnas periodicamente? Não seria uma usurpação de responsabilidade?

13. Afinal, não é através de eleições democráticas e por sufrágio universal e secreto que a população demonstra sua aprovação ou desaprovação a partidos políticos?

14. Será legítimo que, assinantes de jornais e revistas representados pela associação presidida por Maria Judith Brito passem, doravante, a esmiuçar a cobertura política desses veículos, tentando descobrir qual a motivação dessa ou daquela reportagem, dessa ou daquela nota, dessa ou daquela capa?

15. E quanto ao direito dos eleitores de serem livremente informados... que garantias estes terão de que serão informados, de forma justa e o mais imparcial possível, das ações e idéias do governo a que declaradamente se opõe a ANJ?

16. Para aqueles autoproclamados guardiães da liberdade de expressão e do Estado democrático de direito: será papel dos meios de comunicação substituir a ação dos partidos políticos no Brasil, seja de situação ou de oposição?

17. Em isso acontecendo... não estaremos às voltas com clássica usurpação de função típica de partido político? E não seria esta uma gigantesca deformação do rito democrático?

18. Repudiam-se as relações deterioradas entre governo e mídia na Venezuela, mas ao que tudo indica nada se faz para impedir sua ocorrência no Brasil. Ironicamente, os maiores veículos de comunicação do país demonizam o país de Hugo Chávez. A origem do conflito político na Venezuela não está umbilicalmente ligado ao fato que na Venezuela os meios de comunicação funcionam como partido político de oposição, abrindo mão da atividade jornalística?

19. Esta declaração da presidente da ANJ, publicada no insuspeito O Globo, traduz fielmente o objetivo de a ANJ estabelecer a ruptura com o governo, afetar a credibilidade da imprensa e trazer insegurança a todos os governantes, uma vez que serve também aos governos estaduais e dos municípios onde a oposição estiver fragilizada?

20. Considerando esta declaração um divisor de águas quanto ao sempre intuído partidarismo e protagonismo político dos grandes veículos de comunicação do país, será que não seria mais que oportuno e inadiável a ANJ vir a público esclarecer tão formidável mudança de atitude e de missão institucional? Por que não abordar o assunto de forma clara e transparente nas páginas amarelas da revista Veja? Por que não convidar a Maria Judith Brito para ser entrevistada no programa Roda Vida da TV Cultura? Por que não convidá-la para o Programa do Jô? E para ser entrevistada pelo Heródoto Barbeiro na rádio CBN? Por que não solicitar a leitura de "Nota da ANJ"sobre o assunto no Jornal Nacional? Por que não submeter texto para publicação na seção "Tendências/Debates" do jornal Folha de S.Paulo, onde a presidente trabalha? De tão interessante não seria o momento de a revista Época traçar o perfil de Maria Judith Brito? E que tal ser sabatinada pela bancada do Canal Livre, da Band?

Prudente e sábio
Já que comecei falando de estranheza, estranhamento etc., achei esquisito a não-repercussão ostensiva da fala da presidente da ANJ junto aos veículos de seus principais afiliados. Estratégia política? Opção editorial? Ou as duas coisas?

Finalmente, resta uma questão de foro íntimo: que critério deverei usar, doravante, para separar o que é análise crítica própria de um partido político, para consumo interno de seus filiados, daquilo que é matéria propriamente jornalística, de interesse da sociedade como um todo?

Todos nós, certamente, já ouvimos centenas de vezes o ditado "cada macaco no seu galho". E todos nós o utilizamos nas mais diversas situações. O ditado é um dos mais festejados da sabedoria popular, é expressão de conhecimento, nascido da observação de fatos; um aprendizado empírico. Vem de longa data e se estabelece porque pode ser comprovado através da vivência e mais recentemente foi citado por Michel Foucault e Jurgen Habermas. No caso aqui abordado, o ditado popular cai como luva assim como as palavras de Judith Brito ficarão por muito tempo gravadas no bronze incorruptível da nossa memória.

Mesmo assim sinto ser oportuno aclarar que entendo como papel da mídia atividades como registrar, noticiar os fatos, documentar, fiscalizar os poderes, denunciar abusos e permitir à população uma compreensão mais ampla da realidade que nos abarca. Neste rol de funções não contemplo o de ser porta-voz de partido político, seja este qual for. Ora, o governo tem limites de ação: operacionais, constitucionais, políticos. A mídia, quando não investida de poderes supraconstitucionais, também tem seus limites que não são tão flexíveis a ponto de atender as conveniências dos seus proprietários ou concessionários. É prudente e sábio reconhecer que em uma sociedade democrática todos os setores precisam de regulação – e a mídia não é diferente. E é bom que não seja. Afinal, a lei é soberana e a ela todos devem se submeter, já escrevia o pensador Shoghi Effendi (1897-1957) na segunda metade de 1950. Nada mais atual que isto.
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Jornalismo de Esgoto I e II

Edgar Vasques, Sul21


JORNALISMO DE ESGOTO


Laerte Braga


Os dias que antecedem as eleições presidenciais de outubro têm sido pródigos em denúncias de irregularidades envolvendo figuras do governo Lula.

As primeiras denúncias contra a ministra Erenice Guerra, chefe da Casa Civil foram feitas pelo jornal FOLHA DE SÃO PAULO. Um “empresário” apareceu como testemunha de uma ação criminosa num processo de financiamento do BNDES (BANCO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL).

Quadrilhas funcionam como empresas, ou empresas funcionam como quadrilhas. São iguais. Diferem no fato de empresas se constituírem no chamado mundo institucional, do qual têm o controle e operarem dentro de leis montadas de um jeito que os “negócios” tenham a chancela de legalidade.

Como aquele certificado de qualidade, que a princípio era conferido a quem de fato oferecesse qualidade e hoje se adequou ao mundo das elites econômicas, pagou levou.

Qualquer quadrilha tem um contador. Beira-mar tem. Um departamento jurídico. Beira-mar tem. E assim por diante.

No caso da mídia privada no Brasil o papel exercido pelos grandes jornais e pelas grandes redes de tevê e rádio é o de executar. Tarefa que nas quadrilhas que não conseguiram nem a chancela de “operações legais”, muito menos o certificado de qualidade do produto, fica com o chamado pistoleiro.

FOLHA DE SÃO PAULO, por exemplo, à época da ditadura, operava na desova de cadáveres de presos políticos assassinados nas prisões da repressão. Os caminhões que entregavam os jornais às bancas, ou os levava para outras cidades, jogavam corpos num e noutro canto. A polícia chegava depois, tudo montadinho e um legista de nome Harry Shibata (foi cassado pelo Conselho Regional de Medicina, indigno do exercício da profissão) atestava, após “autópsia”, que a morte se dera por fraturas múltiplas provocadas por atropelamento.

Os caixões eram entregues às famílias lacrados e com expressa proibição de ser aberto. O velório era “honrado” com a presença de esbirros da ditadura para evitar qualquer problema. Tipo abrir o caixão e perceber que vítima tinha sido torturada, estuprada, etc.

Procedimento padrão dos coronéis da ditadura. Coronéis como Brilhante Ulstra (fervoroso “patriota”) e a corja que o seguia. Inclusive o delegado Sérgio Fleury.

O jornalista Luís Nassif, de indiscutível seriedade, dignidade no exercício da profissão, desmontou a acusação feita pelo jornal – FOLHA DE SÃO PAULO – contra a ministra Erenice, parte do esquema de forçar a barra com mentiras diárias até que o candidato José Arruda Serra, representante da grande quadrilha tucana/DEM possa sair da UTI das pesquisas, do balão de oxigênio e tenha alguma chance de vir a ser eleito presidente da República.

É só ler o que está abaixo.

FOLHA
A mentira na primeira página -  Nassif desmonta acusação do jornal
O que a Folha está fazendo é algo inédito, que nunca testemunhei em quarenta anos de jornalismo, mesmo com todos os exageros dos anos 90. Ontem, apresentou um suposto empresário, sócio de uma empresa, a EDRB, que teria pleiteado um financiamento de mais de R$ 9 bilhões no BNDES.
Em um boxe pequeno, o jornal admitia que esse poço de virtudes – cuja palavra era a única prova que apresentava – tinha dois inquéritos por golpes na praça (interceptação de carga roubada e posse de dinheiro falso) e passara dez meses preso em 2007. Essa é a única fonte na qual o jornal se baseou para a denúncia.

Está em 


Em 2006 a GLOBO armou dois esquemas para tentar eleger Geraldo Alckimin. O primeiro foi tal CARAVANA DA CIDADANIA. O ex-governador Roberto Requião, Paraná, chamou o jornalista Pedro Bial de mentiroso, Miriam Leitão de leviana e a GLOBO se viu na contingência de pedir desculpas, já que mentira (a REDE e os jornalistas mentiram sobre o porto Paranaguá e mentiram deliberadamente, sabendo que estava mentindo, com propósitos políticos)

Às vésperas do pleito, na sexta-feira, deixou de lado um acidente aéreo de grandes proporções para exibir um dossiê falso, produto de um delegado corrupto aposentado por esse motivo, para tentar tirar Alckimin da tal UTI das pesquisas.

Tudo, evidente, no JORNAL NACIONAL.

O jornalismo da mídia privada no Brasil é venal. Podre, feito nos esgotos dos grandes criminosos chamados de empresários e geradores do progresso.

É necessário atentar para um detalhe que os jornais e as redes de tevê não tocam. Atiram contra autoridades do governo, mas não citam que empresas teriam ido atrás de vantagens.

As empresas é que pagam a mídia privada.

Nassif mostra o caráter do tal empresário que denunciou a ministra. Como o delegado aposentado do dossiê de 2006.

Quebrado, sem dinheiro, sem perspectivas, foi convocado a fazer um serviçinho para o candidato tucano DEM através de um jornal marrom como a FOLHA DE SÃO PAULO. O resto é a repercussão em VEJA, JORNAL NACIONAL, etc.

Pegou um trocado, logo some na poeira, desaparece, ninguém mais lembra.

Que tal noticiar o superfaturamento descoberto pelo Tribunal de Contas de São Paulo nos governos Alckimin e Serra?

Ou o estupro abafado e praticado por um filho de um diretor da RBS, maior rede de tevê do sul do País e afiliada da GLOBO?

Foi um crime tão hediondo como o do goleiro Bruno, ou dos Nardoni?

Na ordem natural das quadrilhas que operam o PSDB/DEM, no esquema FIESP/DASLU, o momento é pegar o caixão de José Arruda Serra e tentar de todas as formas adiar o enterro, para tentar ressuscitar o defunto num eventual segundo turno.

E aí vale tudo, desde desovar cadáveres, até vender a mãe.

José Arruda Serra foi dar uma entrevista a um grupo de jornalistas e perguntado sobre o problema da quebra do sigilo fiscal levantou-se, deu um chilique, disse não falava sobre o assunto, queria ir embora, só discutiria programa de governo.

Uai! Uma semana antes ele só falou nisso, inclusive no horário gratuito. Mudou?

Ah! Mudou sim. Descobriram que a quebra de sigilo fora feita por grupos ligados a Aécio Neves na guerra interna do PSDB para escolher o candidato presidencial. E pior, vai virar livro do jornalista Amauri Ribeiro Júnior, logo depois das eleições.

Mostrar todas as trapaças de José Arruda Serra.

No esquema dessa gente, tucanos e DEM, das grandes empresas do esquema FIESP/DASLU, o feio é perder, ganhar é o importante, não importa como.

É o que a mídia vai tentar fazer agora, tem tentado, é a parte que lhe cabe nos “negócios” da grande quadrilha que quer o Brasil de todas as formas para que prosperem os “negócios”.

Já pensou quanto esses caras não embolsam vendendo a PETROBRAS, agora com pré-sal? O BANCO DO BRASIL?

Não tem diferença nenhuma para o Beira-mar. Ou por outra, operam no limite da lei, para fora. Para dentro vale tudo e de quebra têm até representantes no Judiciário, tipo Gilmar Mendes.

Procurem saber para que campanha está indo o dinheiro de Daniel Dantas?

Disfarçado evidente, saindo do caixa dois. Ou o do banqueiro Cacciola, ex-genro de Índio da Costa, atualmente na prisão da Papuda em Brasília?

O que a mídia privada faz é jornalismo de esgoto. 


JORNALISMO DE ESGOTO – II


Laerte Braga


A melhor maneira de evitar a discussão de um assunto, um tema, evitar um debate, é colocar um rótulo no antagonista. Há tempos um psiquiatra fez uma experiência interessante. Em meio a onze pessoas cochichou com uma delas que uma outra determinada pessoa tinha o hábito de levar talheres dos almoços ou jantares a que comparecia como souvenir.

Duas horas após ter dito isso as nove pessoas restantes já sabiam do fato, inclusive a que teria esse hábito. E antes que um mal estar tomasse proporções maiores psiquiatra tratou de saber quantas acreditaram na veracidade do que ele havia dito e percebeu que sete assim o fizeram e as três restantes, excluiu-se evidente, não tinham tanta certeza. Ou seja, consideravam a hipótese do hábito ser real.

Uma das pessoas inclusive se “lembrava” de ter visto um comportamento estranho do “acusado” num jantar em que estavam juntos.

O psiquiatra explicou que se tratava apenas de um teste, uma forma de explicar a credulidade leviana das pessoas em engolir “verdades” fabricadas, montadas, pondo-se a explicar os motivos determinantes desse tipo de comportamento.

A credulidade dirigida, construída pela alienação.

Sônia Montenegro teve o cuidado de levantar algumas das manchetes do jornal O GLOBO durante o governo do presidente Juscelino, JK. Registre-se que O GLOBO era ligado à antiga UDN, principal partido de oposição a JK.

Vejamos.



18/Fev/1956 - Envolvido já o novo governo por uma onda de intranqüilidade e
descrédito. (no 18º dia do governo JK, cuja posse foi em 31/Jan/1956)

8/Mar/1956 - Anistia sim, para Prestes, não. (dispensa comentários)

19/Mar/1956 Juscelino não sabe o que vai fazer, como fazer e quando fazer,
diz Baleeiro

21/Mar/1956 - Juscelino age de um modo, enquanto na mensagem afirma agir de
outro.

4/Mai/1956 - Não basta criticar. Temos também de agir.

15/Mai/1956 - Juscelino propõe aumento de impostos. (“o artifício de
criar o medo, também muito usado nos dias atuais”)

7/Jun/1956 - Providências inoportunas do governo têm agravado a tremenda
crise econômico-financeira vivida pelo país.

29/Jun/1956 - Ameaçada de crise a indústria carioca.

5/Jul/1956 - Providências urgentes para evitar demissões em massa e
encarecimento do custo de vida9/Jul/1956


16/Jul/1956 - Intranqüilas as classes produtoras em face dos novos níveis
salariais. (“pagar salários dignos nunca foi do agrado do PIG”)

31/Jul/1956 - Erros e contradições do PSD na política interna e externa

26/Nov/1956 - Acusado o sr. João Goulart de ter fornecido dinheiro aos
comunistas. (“factóides & factóides ltda”)

2/Mai/1957 - O analfabetismo deve ser extinto e não premiado com direito a
voto (“de preferência, afogando os analfabetos”)

21/Fev/1958 - Possuo documentos irrefutáveis de que a União Soviética
prepara a nova guerra mundial. (“e cadê a guerra?”)

26/Jun/1958 - Moscou já deu início à sua conquista da América do Sul. (“isso,
todos nós vimos. Os filmes, as músicas, as marcas, tudo com espantoso
predomínio do idioma russo”)

6/Ago/1958   Os Estados Unidos estão vitalmente empenhados no progresso do
Brasil! (“claro! Os EUA são tão bonzinhos... me engana que eu gosto!!!”)


18/Set/1958 - Um bilhão de cruzeiros para debelar a crise dos
bancos. (“isso eu vi com o FHC”)

O prêmio à pusilanimidade de Roberto Marinho, ou fidelidade canina aos interesses de grupos estrangeiros no Brasil veio com os recursos para a TEVÊ GLOBO, hoje a maior rede de televisão do País e parte do esquema que se montava para o golpe de 1964.

A GLOBO escondeu a tortura, a campanha das diretas, fabricou Collor de Mello, omitiu-se em boa parte da campanha pelo impedimento do mesmo Collor, foi o principal veículo em defesa da ditadura militar, envolveu-se numa tentativa de fraudar as eleições para o governo do Rio de Janeiro em 1982, no escândalo que ficou conhecido como PROCONSULT, editou o debate Lula versus Collor em 1989 para favorecer Collor, inventou a tal caravana da cidadania para tentar levantar a candidatura de Alckimin, forjou dossiê Roseana Sarney para arrancar 250 milhões de dólares do BNDES no governo FHC e evitar o pedido de falência do grupo nos EUA, agora, evidente, começa a tentativa de num primeiro momento tirar o candidato José Arruda Serra da UTI das pesquisas (está quase sem fôlego) e levar as eleições para um segundo turno e então, no denuncismo mentiroso de sempre, tentar levar o prêmio, quer dizer, a grana.

Só que a grana é a nossa, o País é o nosso.

As denúncias forjadas em 2006 começaram nesse mesmo período da campanha.

A GLOBO e Arruda Serra são deles.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Espírito Santo decidiu encerrar uma lista de discussões e debates na internet, sob a alegação que ali não se estava debatendo assuntos relativos à categoria, mas política.

Jornalismo de esgoto. A GLOBO controla os principais veículos naquele extinto estado, hoje latifúndio ARACRUZ/VALE/SAMARCO, etc, os jornalistas, em esmagadora maioria, no viés de “profissionalismo”, mas de calças abaixadas, não querem debate, querem submissão aos interesses dos donos.

É assim na mídia privada inteira. Em qualquer estado brasileiro.

Fica entendido que jornalista deve debater mulher melancia.

Devem inventar fatos até os dias das eleições, repercutir todas as denúncias falsas à exaustão, no afã de ludibriar a opinião pública, virar as eleições e garantir que OMO continue lavando mais branco, não sei o que tirando todas as manchas e o dinheiro entrando pelos canais competentes, só que, saindo dos bolsos dos brasileiros.

Não admitem o fim das senzalas.

É o grande desafio do País, dos movimentos sociais. Debater a comunicação e rever esse modelo podre que leva um jornalista sem pudor algum chamar o telespectador de idiota, como fez William Bonner ao referir-se àqueles que assistem ao JORNAL NACIONAL.

Homer Simpson. O cara pensa em inglês.

É puro jornalismo de esgoto, os golpes hoje são midiáticos, chegam pela mídia podre e venal, a privada.

Não é por coincidência, isso não existe, que a palavra é privada. A água escorre para o esgoto.

Ah! A candidata boazinha, ecológica financiada por empresários predadores da Amazônia, Marina da Silva, cometeu um ato falho em Vitória, extinto Espírito Santo. Pediu aos eleitores que votassem no número 45, o de José Arruda Serra. Aí se atrapalhou toda e disse que erros acontecem, que confundiu os números.

Tadinha!
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Movimento em apoio ao Jornal JÁ


Do boletim do Sindicato dos Jornalistas RS:

Criado o movimento em apoio ao Jornal JÁ de Porto Alegre

Um público de 50 pessoas composto por jornalistas e representantes de entidades sindicais e da sociedade civil se reuniu na manhã de sábado, 11 de setembro, em apoio ao Jornal JÁ de Porto Alegre, cuja saúde financeira está ameaçada por uma indenização de100 mil reais cobrada judicialmente pela família Rigotto.

Na mesma sala da Associação Riograndense de Imprensa onde, em agosto de 1974, foi realizada a assembléia de fundação da CooJornal - iniciativa que entrou para a história do Jornalismo e que foi um modelo de organização em plena ditadura militar - foi fundado o Movimento Resistência JÁ, cujo objetivo é impedir a extinção do veículo comunitário de 25 anos.

"A situação que vive o JÁ atualmente guarda muitas semelhanças com a forma que terminou a CooJornal. No mínimo, conta também com o amplo silêncio da mídia", criticou o diretor da JÁ Editores e editor do JÁ, Elmar Bones. O Jornal JÁ foi condenado pela Justiça a pagar uma indenização de 100 mil reais à viúva Julieta Vargas Rigotto, mãe do ex-governador do Rio Grande do Sul e atual candidato ao Senado pelo PMDB, Germano Rigotto.

O motivo da ação é uma reportagem publicada em 2001 - vencedora do Prêmio ARI de Jornalismo daquele ano - que resgata documentos e aponta o envolvimento de Lindomar Rigotto, filho de Julieta e irmão do ex-governador gaúcho, em uma fraude que desviou cerca de 800 milhões de reais, em valores atualizados, da antiga CEEE.

"Germano Rigotto tenta se isentar dos problemas que nos causa essa ação. Mas a verdade é que sofremos um tremendo efeito político com essa condenação, pois é a família de um ex-governador que está processando um jornal. Não conseguimos anúncios, pois as grandes agências não querem se indispor", revelou Bones.

Sentenças contraditórias marcam o processo

Elmar Bones chamou atenção para o fato de que a própria Justiça havia considerado improcedentes as acusações pretendidas pela família Rigotto em um processo análogo. Julieta Vargas Rigotto ajuizou duas ações, uma penal contra o jornalista e outra, cível, contra a editora responsável pelo jornal.

Apesar de o conteúdo de ambas ser idêntico, Elmar Bones foi absolvido porque, segundo a juíza Isabel de Borba Lucas, "não se afastou da linha narrativa e teve por finalidade o interesse público, não agindo com intenção de ofender a honra do falecido Lindomar Vargas Rigotto". Entretanto, a editora foi condenada.

"Não acho justo pagar a indenização - ainda que na época tivéssemos dinheiro para isso. Mas trata-se de uma matéria correta, bem apurada e que teve como motivação o interesse público no assunto", protesta o diretor do JÁ. Em agosto, a Justiça determinou a presença de um interventor na redação do JÁ para garantir o repasse de uma verba mensal à viúva. E, mais recentemente, bloqueou as contas correntes dos dois sócios da editora - Elmar Bones e Kenny Braga.

Matéria apontou a maior fraude da história gaúcha

A matéria em questão parte do assassinato de Lindomar, em fevereiro de 1999, quando saía da boate Ibiza na praia de Atlântida, da qual era sócio, após contar a féria da última noite de Carnaval. Dois meses antes de ser assassinado, havia sido indiciado pela morte de uma garota de programa que caiu da janela de seu apartamento na rua Duque de Caxias, no Centro de Porto Alegre. O empresário da noite também estava com seus bens declarados indisponíveis pela Justiça por ser suspeito de desviar verbas públicas. Foi esse processo que o jornal JÁ resgatou na matéria, fruto de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembléia Legislativa e de uma investigação conduzida pelo Ministério Público.

Lindomar foi considerado o protagonista de um desvio de cerca de 800 milhões de reais da CEEE, através do direcionamento de uma licitação. Segundo o depoimento à CPI do secretário de Minas e Energia do governo Pedro Simom, do PMDB, Alcides Saldanha, o cargo que Lindomar ocupava na estatal de energia havia sido criado sob medida para ele, por pressão do então líder governista na Assembléia, Germano Rigotto.

O processo que derivou dessas investigações vai completar 15 anos em fevereiro, e está em segredo de Justiça, embora tenha sido gerado a partir de uma ação civil pública.

Movimento Resistência JÁ cria duas frentes de atuação

O movimento em apoio ao Jornal JÁ definiu duas frentes prioritárias de ação para os próximos dias. A primeira é ampliar ao máximo a divulgação dos fatos, e a segunda é buscar recursos emergenciais para garantir a circulação da próxima edição do jornal.

Aqueles que tiverem interesse em integrar-se ao grupo ou que desejarem receber informações sobre o caso podem escrever para comite.resistenciaja@gmail.com. Também é possível entrar em contato com a redação do Jornal JÁ a través do telefone 3330-7272.
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A quem interessa uma Carta Capital invisível?

Enquanto o governo mete-se em mais uma guerra de informações com a Veja e seus veículos co-irmãos, nem uma palha foi mexida para se averiguar a história das Verônicas S. e D., metidas que estão numa cabeludíssima denúncia de quebra de sigilo bancário, justamente quando uma delas, a filha de Serra, posava de vítima de quebra de sigilo fiscal por funcionários da Receita acusados de estar a serviço da campanha de Dilma Rousseff. Nem o Ministério da Justiça, nem a Polícia Federal, nem a CGU, nem Banco Central tomaram qualquer providência a respeito. Nenhum líder governista no Congresso deu as caras para convocar os suspeitos de terem facilitado a vida das Verônicas – os tucanos Pedro Malan e Armínio Fraga, por exemplo. Nada, nada.

Então, quando me perguntam o porquê de não haver repercussão das matérias da CartaCapital na velha mídia, eu respondo com facilidade: é proibido. Ponto final. Agora, se me perguntarem por que o governo, aliás, sistematicamente acusado de ter na Carta um veículo de apoio servil, não faz nada para apurar a história da quebra de sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros, eu digo: não faço a menor idéia.
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"Está se construindo um tipo de comunicação alternativa, mais aguerrida, combativa e estimulante"

Entrevista de Denis de Moraes, estudioso das transformações comunicacionais e culturais da era digital, ao Página12, reproduzida pelo Instituto Humanitas Unisinos.

Destacamos alguns trechos:

Neste cenário mercantil que você descreve, que capacidade de aproveitamento desta ferramenta tem os meios alternativos?
Está se construindo progressivamente um tipo de comunicação alternativa, mais aguerrida, combativa e estimulante do que a de décadas passadas.* Os periódicos alternativos enfrentaram sempre uma dificuldade com os custos do papel, de impressão, de distribuição. Em troca, com as novas formas de comunicação eletrônica, sobretudo o ecossistema da Internet, não se depende mais disso. Com as novas formas de expressão, de comunicação, de interação e participação coletiva, se produziu uma espécie de quebra na relação com os usuários, com os consumidores, com os cidadãos. Essas novas formas estão em processo de formação, discussão e experimentação. É um processo que está ocorrendo fora do campo de visão de cada um de nós. 

Em seu livro Mutações do visível você mencionava que é preciso “ganhar a batalha dos fluxos informativos”. Crê que essas possibilidades para a produção e circulação de conteúdos alternativos se vêem, a partir do discurso hegemônico, em termos de ameaça?
Não creio que a palavra correta seja ameaça, porém há uma preocupação crescente nos grandes meios comunicacionais. Não me parece que seja uma ameaça perigosa, no sentido de que possa acontecer algo que mude tudo, porque a lógica mercantil das indústrias culturais e comunicacionais por parte das grandes empresas não me parece que vá ser avassalada pela comunicação digital contra-hegemônica, alternativa, comunitária. No entanto, me parece que existe a possibilidade de um crescimento dessas novas formas de expressão, interação e intercâmbios que vão conviver com a hegemonia da mídia. Isso me parece uma grande novidade. Em décadas passadas, a comunicação alternativa – não digital senão impressa – era um tio de comunicação sedimentada, dirigida a militantes, a pessoas com maior consciência, a grupos organizados. Abrem-se hoje possibilidades para praticamente todos os setores da vida social, incluindo outras formas de organização, participação e construção. 

Participa de algum projeto comunicacional, além de seu trabalho acadêmico na matéria?
Depois de viajar pela América Latina, estou hoje coordenando outro projeto latino-americano de comunicação contra-hegemônico e alternativo. Creio que a palavra esperança não é coisa inútil, é uma palavra de mobilização, de chamado, porque há coisas concretas que se estão construindo em distintos países da América Latina, em direções totalmente diferentes do cenário midiático e cultural que predomina. Em vários lugares da América Latina outra comunicação é possível*. Esta é uma palavra de construção que não somente figure num papel, nas bandeiras políticas e retóricas, Vive TV ou Encuentro têm as tecnologias digitais como seus insumos, como recursos indispensáveis. É necessário um pensamento dialético entre os problemas, os bloqueios, as desigualdades e as injustiças de usos e acessos ao tecnológico. Ao mesmo tempo, há necessidade de uma avaliação muito sensível das possibilidades e apropriações, dos usos cidadãos e culturais, sem uma finalidade mercantil, como sucede hoje em nosso continente. Creio que a síntese dessa dialética é a palavra esperança.

A íntegra pode ser lida AQUI em português ou AQUI em espanhol. Leia também La esperanza que moviliza [espanhol].

*Grifos nosso.
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Movimento Resistência JÁ luta pelo direito à informação


Foi deflagrado na manhã deste último sábado o movimento “Resistência JÁ”, em alusão à ação movida pela família do ex-governador Germano Rigotto, agora candidato ao Senado pelo PMDB do Rio Grande do Sul e supostamente alheio ao processo aberto em 2001 por sua mãe, dona Julieta, contra o Jornal JÁ, de Porto Alegre.

Segundo Elmar Bones, jornalista e proprietário da publicação, “o processo não é contra o jornal ou contra o Elmar, mas contra toda uma escola de jornalismo”. Ele admite a resistência para evitar que aconteça com o JÁ o que aconteceu com o Coojornal no passado que, por pressões do Serviço de Informações do Exército (SIEX), durante o governo do general Ernesto Geisel, acabou fechando.

“Me recusei a pagar porque a matéria foi absolvida em outros processos. Isso seria uma confissão de culpa, e não fiz nada errado. Pelo contrário. Produzimos uma reportagem bem feita, correta e de interesse público, que ganhou os maiores prêmios. Como posso aceitar pagar por isso?”, indaga-se. “Seria contra a minha própria profissão”, emenda.

Sem condições de sobrevivência pela retirada dos anúncios, Elmar acredita que o jornal ficou queimado na praça, afinal, perdeu um processo para a mãe de um ex-governador. “Estamos sofrendo um efeito político colateral muito grande”, resume, pois o governo é o maior anunciante dos veículos de comuncação. “Nosso problema hoje é fazer o jornal se reabilitar perante os anunciantes”.

A idéia, a partir deste primeiro encontro - realizado na sede da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) - é executar uma série de atividades que tratem do direito à informação.

Apoio

“Somos culpados porque não discutimos a imprensa. Aos poucos estamos tendo mais coragem para debater. Mas precisamos de mais ênfase”. Ercy Pereira Torma, presidente da ARI.

“Esse processo é contra o exercício da profissão e não contra o JÁ”. Adroaldo Correa, jornalista.

“Estão querendo massacrar a informação de cima para baixo. Quero ter o direito de ir na banca e escolher o que quero ler”. Marcia Camarano, diretora de Comunicação do Sindsep.

“O judiciário se ajoelha perante à grande mídia. A questão aqui não é contra o jornalista, mas contra a informação”. Vania Barbosa, diretora aposentada da Escola do Legislativo da AL-RS.

Entenda o caso

A família Rigotto atacou em duas frentes, indignada com uma reportagem de quatro páginas, publicada em maio daquele ano num pequeno mensário (tiragem de 5 mil exemplares) de Porto Alegre, o JÁ, que jogava luzes sobre a maior fraude da história gaúcha e repercutia o envolvimento de Lindomar Rigotto, filho de Julieta e irmão de Germano.

Uma ação, cível, cobrava indenização da editora por dano moral. A outra, por injúria, calúnia e difamação, punia o editor do JÁ e autor da reportagem, Elmar Bones da Costa, hoje com 66 anos. O jornalista foi absolvido em todas as instâncias, apesar dos recursos da família Rigotto, e o processo pelo Código Penal foi arquivado. Mas, em 2003, Elmar Bones, jornalista e dono do jornal, acabou sendo condenado na área cível ao pagamento de uma indenização de R$ 17 mil.

Em agosto de 2005 a Justiça determinou a penhora dos bens da empresa. O JÁ ofereceu o seu acervo de livros, cerca de 15 mil exemplares, mas o juiz não aceitou. Em agosto de 2009, quando a pena ascendera a quase R$ 55 mil, a Justiça nomeou um perito para bloquear 20% da receita bruta de um jornal comunitário quase moribundo, sem anúncios e reduzido a uma redação virtual que um dia teve 22 jornalistas e hoje se resume a dois – Bones e Patrícia Marini, sua companheira.
Cinco meses depois, o perito foi embora com os bolsos vazios, penalizado diante da flagrante indigência financeira da editora.

Até que, no mês passado, no maldito agosto de 2010, a família de Germano Rigotto saboreou mais um giro no inacreditável garrote judicial que asfixia o jornal e seu editor desde o início do Século 21: o juiz Roberto Carvalho Fraga, da 15ª Vara Cível de Porto Alegre, autorizou o bloqueio on-line das contas bancárias pessoais de Elmar Bones e seu sócio minoritário, o também jornalista Kenny Braga.

Assim, depois do cerco judicial que está matando a editora, a família Rigotto assume o risco deliberado de submeter dois dos jornalistas mais conhecidos do Rio Grande ao vexame da inanição, privados dos recursos essenciais à subsistência de qualquer ser humano.

Por Tatiana Feldens, Asscom PT-POA, com informações de Luiz Claudio Cunha, do Observatório da Imprensa.
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O jornalismo punido

Por Ayrton Centeno no Brasília Confidencial

Jornalismo, assim com J maiúsculo, não depende necessariamente do poderio econômico do veículo. Um pequeno e audacioso jornal de Porto Alegre possui um troféu que nenhum diário dos grandes conglomerados da mídia do Rio Grande do Sul pode ostentar: é dono, na categoria nacional, de um Prêmio Esso de Jornalismo, o mais disputado da imprensa brasileira. Sua trajetória soma muitas outras premiações, prova da excelência do seu trabalho, malgrado seus parcos recursos. Entre suas vitórias figuram, por exemplo, o prêmio da Associação Riograndense de Jornalismo (ARI) e outro Esso, este regional, ambos em 2001. Naquele ano foi premiado por narrar, com começo, meio e fim, a mais alentada falcatrua da história do Rio Grande do Sul e uma das maiores do Brasil. Porém, se de um lado foi premiado, de outro foi condenado. Acabou punido pela prática de jornalismo, aparentemente um crime hediondo naquele estado outrora “o mais politizado do Brasil”, hoje carcomido pela autocomplacência.

O pecado do jornal Já e do seu editor, Elmar Bones da Costa – piloto do lendário Coojornal, alternativo que se tornou referência jornalística nos anos de chumbo ao lado de O Pasquim, Opinião, Movimento, Ex e Versus – foi fazer aquilo que os flácidos jornalões não fizeram. Cedendo à tentação de uma pauta arrebatadora com fôlego de romance policial, desbravou uma monumental papelada, checou versões e realizou entrevistas para contar uma fraude ocorrida no fim dos anos 1980 que surrupiou R$ 800 milhões – em valores atualizados – dos cofres de um Estado empobrecido.

Como condimento da trama, duas mortes brutais: uma garota de programa jogada nua do 14º andar de um edifício, no centro da capital gaúcha, e o assassinato, com um balaço no olho direito, daquele que é apontado como o arquiteto da falcatrua. Mais um assalto à mão armada, uso de drogas, uma CPI e a letargia do Judiciário que há uma década e meia ainda não responsabilizou ninguém pela pilhagem. E, como se fosse necessário mais um tempero, a vítima fatal e artífice do rombo era diretor da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), nomeado por exigência de seu irmão, o então deputado estadual Germano Rigotto (PMDB). Deputado federal por três legislaturas, Rigotto seria, mais tarde, líder do Governo Fernando Henrique Cardoso na Câmara Federal e governador do Estado. Em 2010, é o candidato de seu partido ao Senado.

E é a família Rigotto, na pessoa de sua matriarca, dona Julieta Rigotto, mãe de Lindomar e Germano, que levou às cordas o Já e seu jornalismo destemido. Os Rigotto atacaram em dois fronts. À luz do Código Penal, o editor, que também assinou a reportagem, foi acusado de “calúnia e difamação”. A juíza Isabel de Borba Lucas, da 9ª. Vara Criminal, afirmou que o jornal visou “o interesse público” e “em nenhum momento” teve por intenção “ofender o falecido Lindomar Rigotto” e concluiu pela absolvição. No cível, após vencer em primeira instância, o jornalista sofreu um revés no Tribunal de Justiça, em 2003, sendo condenado por “dano moral” por atingir “a memória do falecido”. Desde então, o torniquete em torno do Já e do seu editor aperta-se cada vez mais. Perdeu sede, profissionais e anunciantes, sofreu uma intervenção judicial e, em meio a aperto tão grande, as contas bancárias dos dois sócios foram bloqueadas no mês passado. A ideia, presume-se, é matar não só o jornal como os jornalistas à míngua.

Com 40 anos de profissão, é o segundo processo na carreira de Elmar Bones da Costa. O primeiro levou-o à prisão por publicar no Coojornal documentos secretos do Exército sobre as guerrilhas do Vale do Ribeira e do Araguaia. Era 1980, o Brasil vivia sob a ditadura militar e o absurdo tornava-se, vamos dizer, auto-explicável pelas circunstâncias históricas. Agora, em plena democracia, Elmar Bones não consegue entender como, sem que seja apontado qualquer erro na reportagem, sua veracidade resulte penalizada. O absurdo, portanto, é de grandeza superior.

Tudo acontece sem que a mídia regional emita uma vírgula sobre o assunto. Como se fosse decisivo sufocar sob o silêncio qualquer registro do que está se passando. Mas este muro tem suas fissuras e, através delas, as agruras do Já ganharam a internet e se reproduzem em e-mails, blogs e sites. E, agora, nesta semana, os jornalistas gaúchos estão lançando o movimento “Resistência Já” para levar a campanha às ruas, envolvendo também atores, músicos, fotógrafos, cineastas, escritores e outros profissionais da palavra e da expressão. Na percepção deles, não se trata apenas de um pequeno jornal com tiragem de 5.000 exemplares e de seu editor. A carga simbólica dos acontecimentos informa que existe muito mais em jogo.
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Leandro Fortes faz jornalismo de verdade

Ora vejam, em meio à mixórdia jornalística dos grandes jornais e TVs, o jornalista Leandro Fortes faz uma das matérias do ano, ao mostrar que o site Decidir.com, da filha do Serra e da mulher do Daniel "Mendes" Dantas, ambas "Verônica", quebrou o sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros. Diz Brizola Neto, sobre o assunto:
no caso de 2001, relatado por Carta Capital, todos os brasileiros com conta corrente ativa ficaram com seus dados bancarios abertos na internet por cerca de 20 dias.

O site responsável pelo crime chamava-se Decidir.com e estava registrado em Miami em nome de seis sócios, entre eles Verônica Serra e Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, posteriormente envolvido até o pescoço na Operação Satiagraha, da Polícia Federal.
Não que isso não fosse sabido. É que tinha jornalista mixó se fazendo de loco. Daí o valor da matéria do Leandro Fortes na Carta Capital.

Aliás, até mesmo o "escândalo" da hora é coisa antiga, mas tem político mixó se fazendo de loco.

Aliás, as relações "de família", "carnais" de Serra com Dantas, de conhecimento público, são motivo para ficarmos espertos. O caso da Decidir.com é exemplar:
A Decidir.com se apresentava em seu site como um espaço de informações para os interessados em se tornar um fornecedor do Estado brasileiro. No mínimo, havia um conflito de interesses pela participação nessa empresa da filha de um ministro de Estado, cuja pasta tinha grande relação com fornecedores.

A empresa se desfez no ano seguinte, e em 2008, após a Operação Satiagraha, Verônica Serra negou conhecer Verônica Dantas.
Aliás, Dantas, que Dantas?

Dantas, o Daniel, é o cara que FHC acha brilhante, enquanto Lula acha um escroque.

Dantas é o cara que fez certas redações não muito certas acusarem a polícia por fazer seu trabalho policial.

Dantas é o cara que corrompia vários jornalistas e juízes, segundo indícios.

Dantas é o cara que, fosse preso, poderia motivar uma edição presos e presídios da revista Caras. Eu compraria.

Enfim, como bem sabemos, Dantas é aquele cara que sai da cadeia com seu STF Express, após ser pego em flagrante tentando corromper policial que estava indo prendê-lo por outros casos escabrosos, os quais deveriam sair no Wikileaks -- o HD do Dantas tinha que estar lá! -- já que jornalista que investiga Dantas acaba condenado.

Então, bora lá comprar a Carta Capital, porque tem informação.
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Falta imprensa!

Desde sexta-feira, os blogues denunciam o silêncio da mídia guasca a respeito dos escãndalos do Banrisul e da arapongagem tucana. Talvez, isso se deva, porque escândalo rima com tucano e, principalmente, com a mídia que protege esses emplumados [com perdão à espécie].

Sobre esse contexto, escreve Ayrton Centeno no Brasília Confidencial:

O que falta é imprensa

O Brasil inteiro foi martelado, nas últimas semanas, por nomes como Atella, Adeilda, Ademir e outros menos citados, todos em meio aos seus 15 minutos de fama, engolfados pelo episódio da quebra de sigilo de notáveis do PSDB e da filha do candidato José Serra. Dia e noite alimentam o tropel dos jornalões e TVs. Mas o Brasil pouco sabe do sargento César Rodrigues de Carvalho. Ele não serve a uma campanha, mas deveria, ao menos, servir ao jornalismo. Até isso, porém, tem lhe sido ofertado com parcimônia. Carvalho promete uma história e tanto, mas a mídia nacional faz de conta que ele não existe.

A explicação é simples. O desconhecido Carvalho não escalou os píncaros porque não leva comida à boca da gorda ofensiva contra Dilma Roussef. Ao contrário, subtrai do PSDB a passageira retórica da moral e dos bons costumes políticos. Porque flagra os tucanos fazendo exatamente aquilo que os tucanos dizem que seus adversários fazem.

Aos fatos: o sargento César Rodrigues de Carvalho, lotado na sede do governo do Rio Grande do Sul, sob gestão da governadora Yeda Crusius há quatro anos, usou o privativo Sistema Consultas Integradas para espionar políticos, delegados, jornalistas, militares e advogados. De posse de uma senha, escarafunchava a trajetória da vítima e de seus parentes. O Ministério Público Estadual calcula que, desde 2009, o militar realizou 10.000 consultas, legais ou não.

Carvalho espionou o ex-ministro Tarso Genro (PT), titular de quatro pastas durante o Governo Lula, hoje líder de todas as pesquisas para o governo gaúcho e adversário da governadora e chefe de Carvalho na mesma disputa. Ele ainda devassou informações confidenciais do Partido dos Trabalhadores. O que falta para produzir um estardalhaço? Nada, porém há mais.

Carvalho também acessou dados do senador Sérgio Zambiasi (PTB), um aliado informal de Tarso; da deputada Stela Farias (PT), presidente da CPI da Corrupção que investigou o desvio de dinheiro público no governo do PSDB; do ex-deputado Flávio Koutzii (PT), um dos coordenadores da campanha estadual do PT; de dois deputados do PTB e do ex-vice-prefeito de Porto Alegre, Eliseu Santos, assassinado em fevereiro deste ano. Bisbilhotou até mesmo sua chefe, o que veio a calhar para o Jornal Nacional, da TV Globo – em cândida matéria, quatro dias depois do tema bombar na blogosfera – aninhar o PSDB na condição pitoresca de vítima da sua própria arapongagem!

O sargento não é o primeiro espião flagrado utilizando o sistema implantado no Palácio Piratini para fins diversos dos legais. Em 2009, o chefe de gabinete de Yeda, Ricardo Lied, foi acusado de esquadrinhar a vida pregressa de adversários. A denúncia partiu do próprio ouvidor da Segurança Pública do estado. Prestigiado por Yeda, Lied permaneceu no cargo, o ouvidor foi exonerado e tudo ficou como antes no quartel de abrantes. Com a complacência e o silêncio obsequioso da mídia.

Carvalho está preso. A polícia atirou no que viu e acertou no que não viu: chegou ao funcionário de Yeda Crusius através de uma denúncia feita por um dono de bingo a quem o sargento extorquia. Depois, percebeu-se que a encrenca era de outra grandeza. O promotor de Justiça Amílcar Macedo sabe que o sargento não bisbilhotou os dados dos políticos por conta própria. Carvalho já avisou que recebia ordens. Além do sargento, estão sob investigação dois militares e dois civis, todos ligados ao governo do PSDB. Assunto não falta. O que falta é imprensa.
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#DilmaFactsbyFolha: Crônica da Desmoralização de um Jornal

Por Idelber Avelar em seu blog e na Revista Fórum

Muita gente costuma dizer que o século XVIII terminou em 1789, que o século XIX terminou em 1914 e que o século XX terminou em 1991 (ou em 11/09/2001, segundo como se veja a coisa). Claro que não são afirmações a serem tomadas literalmente. São alegorias do movimento real da história.

É neste sentido, alegórico, não literal, que poderíamos dizer que no dia 05 de setembro de 2010, o jornal Folha de São Paulo morreu no Twitter. Continuará existindo, claro, enquanto suas fontes de financiamento permitirem e enquanto existirem jornalistas dispostos, ou obrigados por necessidade, a se submeter àquilo. Mas ele morreu como veículo de comunicação ao qual se possa atribuir um mínimo farrapo de credibilidade.

O mote foi a assombrosamente mentirosa manchete de ontem, que não guardava qualquer relação com a verdade, ou sequer com a própria matéria: Consumidor pagou R$ 1 bi por falha de Dilma. Quem sabe ABC sobre política, concluiu na hora: a manchete não tinha nada a ver com informação. Era algo para Serra usar em seu programa. Como o jornal morreu, não tem sentido refutá-lo com fatos. Dilma já o fez com elegância:



No meio da tarde de ontem, o Flávio Gomes, especialista em automobilismo, lançou esta, a partir de uma tuitada do @eduu27: Vamos criar o #DilmaFactsByFolha. "Dilma serviu o café de Ronaldo no dia da final da Copa de 1998" via @eduu27. Logo a Cynara Menezes, este atleticano blogueiro e outros tuiteiros começamos a elaborar possíveis manchetes para que a Folha servisse de bandeja ao programa eleitoral do Serra. Sucediam-se hilárias tuitadas como:


@flaviogomes69: Dilma a padre no Sul: "Enche os balõezinhos que dá". #DilmaFactsByFolha

@Lau_Roces A Al-Qaeda era só um grupo de árabes nerds fãs de RPG e aeromodelismo. Até conhecerem a Dilma. #DilmaFactsbyFolha

@alexcastrolll Antes de Dilma mergulhar no Mar Morto, ele não estava nem doente! #DilmaFactsByFolha

@ocachete Folha Informa: Dilma cortou a cabeça do último Highlander #DilmaFactsByFolha

@tuliovianna Dilma embebedou o Jeremias #DilmaFactsByFolha

@ludelfuego Dilma Roussef atirou o pau no gato #DilmaFactsbyFolha

@botecoterapia O fuzil chama-se AK-47 por imposição da Dilma que vetou o AK-45. #DilmaFactsByFolha

@estadodecirco Dilma para John: "Querido, deixa eu te apresentar uma amiga, esta é a Yoko..." #DilmaFactsByFolha

@drrosinha: 'Padre irlandês que agarrou maratonista brasileiro em Atenas era filiado ao PT' #DilmaFactsByFolha

@camilalpav Folha revela: Dilma seria dona do circo que separou Dumbo da mãe. #DilmaFactsByFolha

@rayssagon Dilma vendia Marlboro para bebê fumante. #DilmaFactsByFolha

@lelo13: Descoberta a identidade dá louca que gritava "Pedro, me dá meu chip": Era Dilma Rousseff #DilmaFactsByFolha

@la_simas Sociológo Demetrio Magnoli afirma que Dilma era o contato da VPR com os Panteras Negras #DilmaFactsbyFolha

@andersonscampos Repórteres da Folha apuraram junto a moradores do condomínio de Dilma que ela peida no elevador #DilmaFactsByFolha

@eduardohomem41 O Ministério da Saúde adverte: camisinhas da marca Dilma arrebentam! #dilmafactsbyfolha

@zedutra13: Exclusivo: Dilma é quem escreve as colunas do Merval. #DilmaFactsByFolha

@Katoui Folha Informática: O Twitter é Totalitário? Uma análise surpreendente dos analistas a favor do Brasil.

@jeffrodri Dilma escreveu o rascunho do AI-5. Costa e Silva deu uma amenizada. #DilmaFactsByFolha


Algumas das minhas próprias contribuições foram :

@iavelar Confirmado que Dilma é a autora das receitas médicas de Vanusa.

@iavelar Dilma disse a Bush: "em seis meses você resolve esse negócio no Iraque".

@iavelar Dilma disse ao Ronaldo: "aquela ali é mulher mesmo".

@iavelar Em Jerusalém, 1948, Dilma disse à ONU: "É só repartir isso aqui que dá tudo certo.

@iavelar Dilma disse ao Covas em 89: "chega lá em PoA e diz que torce pro Grêmio e pro Inter, os gaúchos adoram isso"

@iavelar Escavação da Folha revela: Dilma comprou vibrador com dinheiro do mensalão, seduziu Capitu e corneou Bentinho.

@iavelar Confirmado: Dilma Rousseff é culpada pela maior humilhação que a internet já impôs a um jornal

@iavelar Dilma quebrou o sigilo do catálogo telefônico. Dados podem estar em comitê petista.

Para quem não conhece o Twitter: o caractere #, quando anteposto a qualquer palavra, a transforma numa “hashtag”, ou seja, num link que te permite encontrar todas as outras mensagens com o mesmo assunto, desde que o internauta se lembre de incluir o # colado à palavra. Programas como o Tweetdeck te permitem ler ao mesmo tempo, em três colunas, as atualizações daqueles a quem tu segues, as menções a ti mesmo por qualquer pessoa e todas as tuitadas que incluem uma determinada hashtag. Eu recomendo.

Em um par de horas, as tuitadas se sucediam numa velocidade frenética, que leitor nenhum conseguia ler na totalidade, com alusões a tudo, desde o Gênesis (Dilma criou intrigas entre Abel e Caim, por exemplo) até a Copa de 50 (Dilma levantou a saia e atrapalhou o goleiro Barbosa). Sem nenhuma coordenação, de forma espontânea e anárquica, sem qualquer orientação da campanha de Dilma ou participação de sua coordenação de internet, o #DilmafactsbyFolha ia subindo nos Trending Topics (a ferramenta que mede a popularidade de um determinado tema no Twitter) até chegar ao topo dos TT brasileiros e ao segundo lugar dos TTs mundiais. O importante site What the Trend repercutiu, com matéria em inglês. No começo da noite, eu já recebia emails de amigos norte-americanos e até o telefonema de um jornal dos EUA, perguntando: What's #DilmaFactsbyFolha?

Era a Folha de São Paulo internacionalmente humilhada no Twitter.

Evidentemente, a desonestidade da Folha permite que, na edição de segunda-feira, ela tenha ignorado dezenas ou centenas de milhares de tuitadas que correram o mundo virtual e foram comentadas em redações até aqui nos EUA, mas fizesse alusão a um tuíte de Roberto Jefferson. Tanta distração só pode ser culpa da Dilma.


PS: Se, depois desta, tu ainda não te animas a fazer uma conta no Twitter, eu não sei o que te dizer. Além de usar esta caixa para comentar o que queiras, façamos também duas coisas: selecionar alguns dos tuítes favoritos dos leitores do Biscoito (é só clicar na tag e ir descendo a página) e dirimir dúvidas para quem quer se juntar ao microblog e ainda não sabe como ele funciona. Se você ainda não me segue no Twitter, é só ir lá e clicar no "follow". Estou circulando notícias da campanha com certa regularidade por lá.

Atualização: Para a seleção de tuítes citada acima, contei com o auxílio luxuoso de Alex Castro. Valeu.
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