tag:blogger.com,1999:blog-90340819556638344642024-03-12T16:30:41.924-07:00Puxar Descarga!”Puxe a descarga com força. Há um longo caminho daqui até Brasília!” Unknownnoreply@blogger.comBlogger15639125tag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-45698484068345735862013-12-30T12:45:00.000-08:002013-12-30T13:32:51.287-08:00'Jornal Nacional' desliza<div class="featured-box featured-box-midiatech"> <h2>TV também perde a guerra para a internet</h2><img alt="Edição/247 Fotos: Reprodução: " height="228" src="http://www.brasil247.com/images/cache/1000x357/crop/images%7Ccms-image-000350085.jpg" title="Edição/247 Fotos: Reprodução" width="640" /> Assim como jornais e revistas, com muitos títulos levados à extinção e com tiragem baixa, as emissoras de TV no Brasil enfrentam queda acentuada de audiência - e não é de um canal para outro, mas sim da TV para a internet; Globo e SBT, por exemplo, encerram 2013 como o pior ano das suas histórias neste quesito; no horário nobre, onde estão concentrados os anunciantes, a queda da emissora dos Marinho foi mais acentuada, devido ao baixo desempenho das suas novelas e do Jornal Nacional; a TV de Silvio Santos não empolga, com excesso de reprises; internet já é a mídia mais consumida no país, com mais de 100 milhões de internautas<br /> <div class="meta"><br /></div></div><strong>Valter Lima, do Brasil 247 -</strong> Ano após ano, a TV aberta vê minguar o número de telespectadores interessados em sua programação. O ano de 2013, por exemplo, que se encerra nesta terça-feira (31), é um daqueles que emissoras como Globo, da família Marinho, e SBT, de Silvio Santos, querem esquecer. Ambas registraram, neste ano, sua piores audiências. De 1º de janeiro a 26 de dezembro, a média diária (das 7h à meia-noite) da Globo na Grande São Paulo (onde está concentrada a maioria dos anunciantes) foi de 14,3 pontos - 0,3 menos do que em 2012. O SBT encerra o ano com 5,3 pontos de média diária, ante 5,6 pontos do ano passado. Record e Rede TV também tiveram ligeira queda.<br /> O que preocupa as emissoras em relação à diminuição da sua audiência é que ela não está migrando de um canal para outro. O telespectador está optando por desligar a TV, para acessar a internet. Um estudo inédito feito pela IAB Brasil em parceria com a comScore, divulgado no ano passado, atestou isto. A internet já é a mídia mais consumida no país, com mais de 100 milhões de internautas.<br /> Segundo o levantamento "Brasil Conectado – Hábitos de Consumo de Mídia", que investigou a importância crescente da web na rotina dos brasileiros, mostra que a internet já é considerado o meio mais importante para 82% dos 2.075 entrevistados. Mais de 40% dos entrevistados passam, pelo menos, duas horas por dia navegando na internet (por vários dispositivos digitais), enquanto apenas 25% gastam o mesmo tempo assistindo TV. A internet aparece como a atividade preferida por todas as faixas etárias, de renda, gênero e região quando se tem pouco tempo livre, somando 62%.<br /> Até mesmo na faixa nobre (das 18h à meia-noite), onde a Globo sempre apresentou desempenho invejável e onde estão concentradas suas principais atrações - as novelas, o Jornal Nacional e a linha de shows -, a queda da sua audiência foi maior. Caiu de 24,6 pontos (2012) para 23,2 pontos (2013). O SBT passou de 6,7 para 6,5 pontos. A Band foi de 3,7 para 3,5 pontos. A Rede TV! marcou 1,2 ponto neste ano, ante 1,3 em 2012.<br /> Na Globo, as novelas tiveram um ano muito ruim. A novela teen Malhação, que já chegou a dar 30 pontos de audiência, hoje sofre para alcançar os dois dígitos, mantendo-se com dificuldade na casa dos 12 pontos. A atual novela das 18h, Joia Rara, também vai mal, com índices inferiores a 20 pontos. Mas o principal problema hoje da emissora dos Marinho é a novela das 19h, Além do Horizonte, que, em muitas ocasiões, aparece com a mesma audiência da novela das 18h, distante dos 30 pontos desejados pela TV.<br /> O Jornal Nacional, principal telejornal do país, é um dos produtos da Globo com <a href="http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/123692/JN-despenca-na-audi%C3%AAncia-e-tem-pior-ano-da-hist%C3%B3ria.htm">audiência mais declinante</a>. Vê 2013 também como o pior ano da sua história. Em 2012 e 2013, o principal programa da Rede Globo registrou perda acumulada de audiência de 18,4%; na última década, acúmulo de queda no Ibope soma quase 30%. Neste ano, não passa, na média anual, dos 26 pontos. É o mesmo cenário desolador do Fantástico, principal programa da Globo aos domingos. Dificilmente, o programa chega aos 20 pontos.<br /> Nas outras emissoras, a situação não é diferente. A Record, que num passado recente, chegou a fazer certo sucesso com suas novelas, hoje tem audiência pífia com a novela "Pecado Mortal", do autor Carlos Lombardi, ex-global. No turno da tarde também sofre com números que dificilmente passam dos 5 pontos. Cada ponto no Ibope equivale a 62 mil telespectadores na Grande São Paulo. No SBT, após o sucesso da novela infantil Carrossel, que colocou a emissora com audiência acima dos dois dígitos, agora já vê declínio do interesse do telespectador no seu novo produto, a também novela teen Chiquititas. Além disso, há excesso de reprises na TV de Silvio Santos<br /> Assim como jornais e revistas, que vêm sendo superados em audiência pela mídia digital, <a href="http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/104623/Abril-sob-Gianca-corta-pessoal-e-10-revistas-Abril-sob-Gianca-corta-pessoal-10-revistas.htm">levando alguns títulos à extinção</a>, a televisão enfrenta a queda do interesse do brasileiro, que prefere ver os vídeos do Youtube e se informar pelos sites e redes sociais. Ou ainda adquirir séries e filmes por canais da internet, como <a href="http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/99711/Netflix-prova-que-internet-j%C3%A1-%C3%A9-amea%C3%A7a-%C3%A0-televis%C3%A3o.htm">Netflix</a>. O último muro que ainda precisa ser derrubado em relação à mudança de hábitos da audiência é o conservadorismo dos anunciantes e das agências de publicidade, ainda muito presos à TV. Com o público migrando para a internet, o produto tem que ser mostrado onde a audiência realmente está. Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-2949404697592361442013-12-30T12:35:00.000-08:002013-12-30T13:32:51.302-08:00Aguardo sentado, pra não cansar, pelo resultado da investigação e da punição do larápio PSDB<hgroup><h1>STF pede opinião da PGR sobre investigação de cartel no Metrô de SP</h1></hgroup><div class="infobar"><a href="http://www.agenciabrasil.ebc.com.br/" id="agencia" rel="nofollow" target="_blank"><img alt="Agência Brasil" src="http://www.jb.com.br/media/agencias/agenciabrasil.jpg" title="Agência Brasil" /></a><menu label="Tamanho do Texto:"></menu></div>O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, pediu à Procuradoria Geral da República (PGR) parecer sobre o inquérito a respeito do suposto esquema de formação de cartel em licitações do sistema de trens e metrô de São Paulo.<br />Ele determinou que o nome completo dos investigados conste da lista de consulta processual do STF. Antes da decisão do ministro, o processo era identificado pelas iniciais dos envolvidos. A decisão foi assinada no dia 20 de dezembro.<br />Após parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o ministro poderá determinar que a parte da investigação que envolve pessoas sem foro privilegiado retorne à Justiça Federal em São Paulo. Se isso ocorrer, somente parlamentares citados no processo responderão ao processo no Supremo.<br />No dia 12 de dezembro, a investigação foi enviada pela Justiça Federal ao STF, e a relatoria ficou com a ministra Rosa Weber. A ministra rejeitou o processo, que foi enviado a Marco Aurélio devido a um pedido de acesso à investigação encaminhado anteriormente ao ministro.<br />O inquérito chegou ao Supremo por causa da inclusão do nome do deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP). Como o parlamentar tem foro privilegiado, as acusações só podem ser analisadas pelo STF. Além de Jardim, pelo menos nove envolvidos são investigados, entre eles três secretários do estado de São Paulo.<br />No processo, são apurados os crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. As investigações indicam que as empresas que concorriam nas licitações do transporte público paulista combinavam os preços, formando um cartel para elevar os valores cobrados, com a anuência de agentes públicos.<br />Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-49439270004129265462013-12-30T12:31:00.000-08:002013-12-30T13:32:51.310-08:00Taxa de desemprego encerra 2013 em mínima histórica<hgroup><h1>Fipe: taxa de desemprego deve encerrar 2013 na mínima histórica</h1></hgroup><div class="infobar"><a href="http://www.jb.com.br/" id="agencia" rel="nofollow" target="_blank"><em class="author">Jornal do Brasil</em></a><menu label="Tamanho do Texto:"></menu></div><aside class="publicidade ilha"><br /></aside>Estudo divulgado nesta segunda-feira pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostra que a taxa de desemprego antecipada para o mês de dezembro de 2013 foi estimada em 4,4%, resultado que, se confirmado, será o menor da série histórica, iniciada em 2002.<br />O levantamento aponta ainda que o número confirmará a tendência de queda no desemprego, já que dezembro de 2012 registrou taxa 0,2 ponto percentual maior (4,6%), segundo o IBGE.<br />O índice Catho-Fipe de salários ofertados apontou aumento de 11,2% nos salários nos últimos 12 meses. Essa variação é superior à registrada em novembro, de 7,2%, sendo também o quarto mês consecutivo de aumento na variação anual.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-51621339452123585882013-12-30T11:40:00.000-08:002013-12-30T13:54:22.685-08:00CQC e Pânico estão em decadência?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQTvI9wh2bCZJ-iO9iHVHE8x474G1j4d4CcMv8elJiPRCd65yX-9ebuWyODGhdRh4qqNUaFQndXDp6m5ogMo_ErOBpBJBr8XBgVj-1EhZM3xjjo3VT-sLAHRyKDy6VhMRLgvfKNMOv-peN/s1600/CQC+lixo+Nazijornalismo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="165" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQTvI9wh2bCZJ-iO9iHVHE8x474G1j4d4CcMv8elJiPRCd65yX-9ebuWyODGhdRh4qqNUaFQndXDp6m5ogMo_ErOBpBJBr8XBgVj-1EhZM3xjjo3VT-sLAHRyKDy6VhMRLgvfKNMOv-peN/s320/CQC+lixo+Nazijornalismo.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/">http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/</a></td></tr></tbody></table><strong>Por Altamiro Borges</strong><br /><br />Na semana passada, o “irreverente” programa CQC, da Band, deixou o humor de lado e teve ares de velório. Segundo registro de Paulo Pacheco, do sítio Notícias da TV, “durante a despedida de Monica Iozzi, na noite de segunda-feira (23), o apresentador Marcelo Tas cutucou ex-integrantes que saíram fazendo críticas ao programa da Band. ‘Eu espero que você não saia falando mal do CQC para aparecer na mídia, como algumas pessoas fazem e que ficam eternamente um ex-CQC. Você não tem o direito de ser uma ex-CQC’, alfinetou Tas”.<br /><br /><a name='more'></a>O sítio lembra que o programa, conhecido por suas técnicas invasivas e sua cruzada fascistóide contra os políticos, já perdeu vários integrantes. Quando deixou o CQC, em 2012, Rafael Cortez, saiu atirando: “A gente teve que se submeter a essa coisa de cobrir celebridades, de falar com pessoas públicas, de ir a festas, porque o nosso público exige isso", criticou. Outro que não poupou críticas foi o tresloucado Rafinha Bastos, que saiu do CQC em 2011. “Virou um programa de bundão”, afirmou o ex-integrante no programa Roda Viva, da TV Cultura.<br /><br />Na ocasião, Marcelo Tas reagiu irritadinho no Twitter: “Por que ao invés de assistir e julgar o CQC, esse rapaz não cuida do programa dele que vive às traças e traços?", afirmou, referindo-se ao “Saturday Night Live”, programa de Rafinha Bastos que fracassou na Rede TV. Agora, com a saída de Monica Iozzi, o chefão do CQC volta a manifestar seu incômodo e falta de humor. Mas não é apenas o CQC que está em crise. Outro programa invasivo, o Pânico, também da Band, parece não viver bem das pernas.<br /><br />Na semana retrasada, a principal estrela do Pânico da Band, a apresentadora Sabrina Sato, confirmou a sua contratação pela concorrente Record. Não houve sequer despedida na sua saída. Keila Jimenez, em sua coluna na Folha, apontou a provável causa da surpreendente mudança. “Ex-BBB, Sabrina integra o ‘Pânico’ desde 2003, quando o programa era exibido pela RedeTV!. A atração, que desde abril de 2012 está na Band, sofre uma crise de audiência: enquanto na estreia a média atingida era de dez pontos, no mês passado foi de 5,7 pontos”.<br /><br />Em outra coluna, Keila Jimenez esmiuçou o problema: “Com um dos maiores orçamentos de produção na Band e grandes salários, o ‘Pânico’ vem enfrentando sua pior crise de audiência na emissora... Atualmente, o programa briga pelo quarto lugar em ibope aos domingos, registrando audiência média de 5,7 pontos. Cada ponto equivale a 62 mil domicílios na Grande São Paulo. No último domingo (10), o programa deu um susto na Band, ao registrar cinco pontos. Essa é a audiência da atração quando ela está em período de férias, com a exibição de reprises”.<br /><br />“Acontece que o ‘Pânico’ não só está indo ao ar ao vivo como também tem investido cada vez mais em sua produção. São muitas as coberturas de festas e eventos internacionais. Na edição passada, Sabrina Sato chegou a fazer uma viagem de dois dias a Portugal só para entrevistar o ‘verdadeiro rei do camarote’. A emissora não revela valores, mas produtores dizem que o programa tem verba de cerca de R$ 400 mil mensais. Isso sem contar os salários dos integrantes e a divisão de lucros fruto do faturamento da atração, um dos melhores da Band”.</div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-57531053382328567232013-12-30T10:51:00.000-08:002013-12-30T13:54:22.798-08:00Aécio Neves e os tucanos “ridículos”<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioZyC5d_JgpHuYByRWOmOeG31zAeLwToBQaOj2STeSzfnmztZk8MqK-nU7pe6L5ciJgsV4GP1cHU5aAwQ8SCH-QVIC5CWuhOrCZ3pCiDcwNWMOAPRteim_J70_-g9HADAEeRnGowd_FdmA/s1600/AecioCensuraPF.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioZyC5d_JgpHuYByRWOmOeG31zAeLwToBQaOj2STeSzfnmztZk8MqK-nU7pe6L5ciJgsV4GP1cHU5aAwQ8SCH-QVIC5CWuhOrCZ3pCiDcwNWMOAPRteim_J70_-g9HADAEeRnGowd_FdmA/s320/AecioCensuraPF.jpg" width="320" /></a></div><strong>Por Altamiro Borges</strong><br /><br />Na semana passada, o líder da bancada do PSDB na Câmara Federal, deputado Carlos Sampaio, ficou enraivecido com o Cartão de Natal enviado aos servidores públicos pela presidenta Dilma Rousseff. Na sua estridência, típica dos desesperados, o parlamentar paulista afirmou que entraria com ação na Justiça Eleitoral contra a mensagem natalina. Janio de Freitas, um dos poucos jornalistas críticos e independentes que ainda restam na Folha tucana, não vacilou em ironizar a atitude “ridícula” do deputado, que adora difundir a imagem de paladino da ética. Vale conferir o petardo:<br /><br /><a name='more'></a><br />*****<br /><br /><em>Enquanto os honrados do PSDB bloqueiam as investigações de seus feitos contra os cofres públicos de São Paulo, o líder de sua bancada na Câmara, deputado Carlos Sampaio, se ocupa com incriminações também do governo ou do PT. Sua ideia mais recente é uma ação contra Dilma Rousseff, na Justiça Eleitoral, por mandar cartões de Boas Festas aos funcionários. Sampaio, promotor de origem, considera que os cartões são abuso de poder, com finalidade eleitoral.<br /><br />Então Dilma faz campanha desde o primeiro ano de governo. E Carlos Sampaio, para ser coerente, terá de processar muitos ministros, governadores e secretários de governo, inclusive do PSDB. Mas tem alternativa a esse trabalhão: é ser um pouco mais sério e menos ridículo, já que está pensando na sua própria reeleição.</em><br />*****<br /><br />Nesta segunda-feira (30), o senador Aécio Neves também expressou sua raiva com o pronunciamento de final de ano da presidenta Dilma Rousseff. Em nota oficial, o cambaleante presidenciável tucano estrebuchou: "Sob o pretexto das festas de fim de ano, a presidente volta à TV para fazer autoelogio e campanha eleitoral. Lamentavelmente, a oposição não pode pedir direito de resposta”. O ex-governador de Minas Gerais ainda critica o governo federal pelos desastres causados pelas chuvas no seu estado. E afirma que Dilma vive numa “ilha da fantasia”.<br /><br />Sobre fantasias e delírios, Aécio Neves entende bem. Ele vive elogiando o reinado tucano de FHC, quando o Brasil bateu recordes de desemprego, ficou de joelhos diante do Fundo Monetário Internacional (FMI) e promoveu o desmonte do Estado, da nação e do trabalho. A exigência de que seja “um pouco mais sério e menos ridículo”, feita por Janio de Freitas ao pavão-tucano Carlos Sampaio, serviria perfeitamente também para Aécio Neves!<br /><br />*****<br /><br /><strong><span style="color: red;">Leia também:</span></strong><br /><br />- <a href="http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/12/pronunciamento-de-final-de-ano-de-dilma.html">O pronunciamento de final de ano de Dilma</a><br /><br />- <a href="http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/12/o-psdb-e-indignacao-seletiva.html">O PSDB e a "indignação seletiva"</a><br /><br />- <a href="http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/12/como-o-psdb-controla-midia-em-mg.html">Como o PSDB controla a mídia em MG</a></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-37647088584782857332013-12-30T08:20:00.000-08:002013-12-30T13:54:22.830-08:00“Luz para Todos” e o rancor da mídia<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjH3F27GKs6YsAwvQO0ZaA_C5gKOavoYafBx_wv0NpgguT2s-YgtV3-IH2vV7mW3eqJ5BenhsHN-kX71aI3hg3qY24eNKRfVepYtMaccnfgDG3NnqTmZLcmg761sHTdVhpl8hq1GyY14gB/s1600/luz_lula.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjH3F27GKs6YsAwvQO0ZaA_C5gKOavoYafBx_wv0NpgguT2s-YgtV3-IH2vV7mW3eqJ5BenhsHN-kX71aI3hg3qY24eNKRfVepYtMaccnfgDG3NnqTmZLcmg761sHTdVhpl8hq1GyY14gB/s320/luz_lula.jpg" width="213" /></a></div><strong>Por Altamiro Borges</strong><br /><br />O programa “Luz para Todos”, criado pelo governo Lula, completou dez anos de vida em novembro. Neste período, ele beneficiou 14,4 milhões de brasileiros que não possuíam energia elétrica nos rincões do país. A sua meta inicial era a de atingir 10 milhões de pessoas até 2008, garantindo acesso gratuito a este serviço. Com base num estudo do IBGE que localizou mais famílias sem luz, ele foi prorrogado e superou as expectativas. Mesmo assim, a mídia demotucana evitou soltar rojões e ainda tentou desqualificar um programa que representa a redenção de milhões de brasileiros.<br /><br /><a name='more'></a>Em manchete espalhafatosa, a Folha tucana preferiu realçar que “programa federal faz 10 anos com 1,5 milhão sem luz no Norte”. A reportagem de Lucas Reis até explicou os motivos das dificuldades para se “levar postes e fios a áreas de difícil acesso na Amazônia, onde cerca de 360 mil famílias – ou 1,5 milhão de pessoas – esperam o fim da exclusão elétrica”. Também esclareceu que “entre esses sem luz na região Norte do país estão 162 mil famílias já identificadas pelo governo e que fazem parte da meta do programa fixada até dezembro de 2014”.<br /><br />Os fatos que ilustram a reportagem, porém, não foram suficientes para aplacar o ímpeto oposicionista da Folha e do restante da mídia. O Globo, Estadão, Veja e as emissoras de tevê e rádio preferiram não dar qualquer destaque ao programa nos seus dez anos de existência. Como afirmou a presidenta Dilma Rousseff, no pronunciamento de final de ano neste domingo (29), as forças direitistas apostam na “guerra psicológica”. Pena que o governo federal ainda se acovarde diante do maior exército desta guerra psicológica – os impérios da mídia.<br /><br />O “Luz para Todos” foi criado em novembro de 2003 pelo então presidente Lula. Até novembro, ele beneficiou 3 milhões de residências. O IBGE calcula que hoje apenas 0,5% dos domicílios do país não são cobertos por luz elétrica. A região Norte tem o pior índice: 97,2%. Todas as outras regiões superam os 99%. “O Norte é a geografia mais complexa e dispendiosa. Os programas são mais caros, pois há dificuldades naturais, além da taxa de crescimento populacional superior à média nacional", explica Henrique Ludovice, assessor para universalização de energia da Eletronorte.<br /><br />O programa é financiado em 72% por fundos federais abastecidos por encargos nas contas de luz dos consumidores. O restante da verba vem de concessionárias e cooperativas de energia, e dos caixas estaduais. Com a decisão de prorrogar a sua existência, o Ministério das Minas e Energia também anunciou que manterá o repasse dos recursos federais até o final de 2014. A decisão da presidenta Dilma terá enorme impacto na vida de milhares de brasileiros, que nunca tiveram acesso à energia elétrica. Isto explica o rancor da direita e da sua mídia venal.<br /><br />*****<br /><br /><strong><span style="color: red;">Leia também:</span></strong><br /><br />- <a href="http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/12/um-bolsa-dondoca-pra-madame-da-folha.html">Um Bolsa-Dondoca pra madame da Folha</a><br /><br />- <a href="http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/12/pronunciamento-de-final-de-ano-de-dilma.html">O pronunciamento de final do ano de Dilma</a><br /><br />- <a href="http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/12/o-exemplo-de-medicos-cubanos-no-para.html">O exemplo dos médicos cubanos no Pará</a><br /><br />- <a href="http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/12/como-os-jornaloes-estragaram-um-natal.html">Como os jornalões estragaram o Natal</a></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-54206455796296932572013-12-30T07:23:00.000-08:002013-12-30T14:06:35.126-08:00Enquanto Dirceu e Genoíno penam na Papuda, Roberto Jefferson, único réu confesso da AP 470, tira férias de seu blog<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYX8uibJoWM26HiJ6GT51wOd7ILPBQLNPAyXEGlUpb1oGDrEBSj0EvDAvtk2mJIVDutTiEDbexg27RrWlgb1OL9tkUykbBy9MTa_eltpfCziAo6yGAneCJ2sdgQh7Bod4UYvqcjCAXXP4/s1600/Blog+do+Jefferson.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="273" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYX8uibJoWM26HiJ6GT51wOd7ILPBQLNPAyXEGlUpb1oGDrEBSj0EvDAvtk2mJIVDutTiEDbexg27RrWlgb1OL9tkUykbBy9MTa_eltpfCziAo6yGAneCJ2sdgQh7Bod4UYvqcjCAXXP4/s400/Blog+do+Jefferson.jpg" width="400" /></a></div><br /><br />Por que José Genoíno está preso e Roberto Jefferson, não, é a prova incontestável da utilização política do julgamento do tal mensalão pelo STF, especialmente por seu presidente Joaquim Barbosa.<br /><br />Ambos têm problemas gravíssimos de saúde. Mas enquanto o petista Genoíno penou na Papuda e agora está de favor em casa de parente em Brasília, o ex-deputado Roberto Jefferson, que denunciou o tal mensalão, único réu confesso da AP 470, e que sumiu com R$ 4 milhões sem dar satisfações, passeia em casa e agora se dá ao luxo de 15 dias de férias de seu blog, como mostra a imagem acima.<br /><br />Disso tudo, a falta de reação do PT é lamentável. Não é possível que se acocorem tanto e permitam as ilegalidades flagrantes (denunciadas por juízes insuspeitos de serem petistas) cometidas neste julgamento, que me recorda a famosa frase de Jarbas Passarinho na reunião que decidiu o AI-5: "Às favas todos os escrúpulos".<br /><br />Atenção, PT, não bastam palavras de condenação e indignação. Discursos revoltados contra o julgamento da AP 470 para partidários e militantes não resolvem o problema. É preciso ação: política e judicial. Não é possível que Joaquim Barbosa e seus pares (por omissão) atropelem a Constituição sob o chicote da mídia.<br /><br />Lembrem-se da sentença do poeta e compositor Torquato Neto: Levem um homem e um boi ao matadouro. O que berrar primeiro é o homem. Mesmo que seja o boi.<br /><br /><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://bit.ly/1chGqrO" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Madame Flaubert, de Antonio Mello" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7kgugQPt8yo82ULnPSUAttdKxU9Ov5BuMB2Ovw9zwymTQDVIpwZ0aq154YgbF62Ee3lMft64gseV6aGClM9GaszIYH6tuNQdq_k6hobnxByVdW5FW7PjX0DReBDHKXY3GvjSVDVYtlac/s1600/banner3.JPG" title="Clique para mais informações ou comprar Madame Flaubert, de Antonio Mello" /></a></div><br />Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-4659380704054584462013-12-30T07:19:00.000-08:002013-12-30T13:54:22.855-08:00Marina torce por protestos em 2014<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsVpLx67TeJnpR2Eidt3epcJsTHp-hf_51kSeQWep1k4Thi7ub5eb3G8roS_0cXiTO0iGo6Ezeko7ZjyDVIVVGcquxyT-lZEmfo-KAXrRta18j0XguyVVIu-EFfe-voq_Nu1jFGNN3Dg5m/s1600/MarinaRede.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsVpLx67TeJnpR2Eidt3epcJsTHp-hf_51kSeQWep1k4Thi7ub5eb3G8roS_0cXiTO0iGo6Ezeko7ZjyDVIVVGcquxyT-lZEmfo-KAXrRta18j0XguyVVIu-EFfe-voq_Nu1jFGNN3Dg5m/s1600/MarinaRede.jpg" /></a></div><strong>Por Paulo Nogueira, no blog <a href="http://www.diariodocentrodomundo.com.br/marina-vai-ter-que-fazer-mais-que-torcer-por-novos-protestos-em-2014/">Diário do Centro do Mundo</a>:<br /> </strong><br /><br />Em seu comentado artigo de ontem na Folha, Marina deixou claro qual é sua grande arma e grande esperança para 2014: os protestos.<br /><br />É compreensível.<br /><br />O único nome na política que saiu intacto nas chamadas Jornadas de Junho foi o dela.<br /><br /><br /><a name='more'></a>Para muita gente, em geral desavisada, Marina simbolizou, naqueles dias, um “jeito diferente” de fazer política.<br /><br />Nas pesquisas, o favoritismo absoluto de Dilma pareceu ameaçado. Sua popularidade desabou. Num triunfo da esperança, a oposição achou que Dilma poderia estar acabada como candidata a um segundo mandato, ou alguma coisa próxima disso.<br /><br />Marina cresceu em tais circunstâncias. Mais tarde, o fracasso em legalizar seu partido e o casamento de conveniência com Eduardo Campos tiraram boa parte do brilho e do ímpeto conquistado por Marina nas manifestações.<br /><br />No eleitorado progressista, Marina se desgastou também ao repetir um chavão dos conservadores – o risco de “chavismo” no Brasil.<br /><br />E Dilma, ao mesmo tempo, foi se recuperando. Hoje, passados alguns meses, e com o impacto positivo de ações sociais como o programa Mais Médicos, Dilma recuperou o amplo favoritismo.<br /><br />Na maior parte das pesquisas, ela ganha com uma certa facilidade. Parecem grandes as chances de vitória no primeiro turno, nas circunstâncias atuais.<br /><br />Mas e se houver uma nova rodada de protestos? A disputa fica aberta de novo? Marina vira uma candidata forte a ponto de Campos ser obrigado a ceder a ela a cabeça de chapa no PSB?<br /><br />Bem, ao contrário do que Marina mostrou desejar em seu artigo, dificilmente o quadro se repetirá.<br /><br />Primeiro, o fator surpresa não existirá mais. Segundo, com a confusão programática e pragmática da aliança com Campos, a aura de “diferente” de Marina perdeu muito.<br /><br />Terceiro, os reais articuladores das manifestações – os jovens do Passe Livre – aprenderam uma lição prática.<br /><br />Os protestos, na sua origem, tinham uma clara aura de reivindicações sociais. O que estava sendo dito nas ruas é que a sociedade queria menos pobreza, menos desigualdade, menos violência contra os índios, menos concessões aos conservadores em nome da “governabilidade”.<br /><br />Depois, com a ajuda entusiasmada da mídia, houve uma manipulação. Malandramente, tentou-se dar à manifestações um caráter – falso – de cansaço da “corrupção”.<br /><br />Foi quando a Veja colocou em suas páginas amarelas um celerado carioca que era “o rosto que emergiu das ruas”, pausa para rir. Pouco tempo depois, sem a ajuda da esquerda jovem, o “líder” da Veja reuniu dez pessoas num protesto que ele convocou como se fosse Danton.<br /><br />Os garotos do PL perceberam a usurpação que se quis fazer nos protestos, e se recolheram. O resultado é que as manifestações imediatamente começaram a minguar. Perderam seu motor.<br /><br />Dilma parece ter compreendido a mensagem das ruas. A firmeza com que enfrentou a resistência retrógrada no Mais Médicos foi um sinal disso.<br /><br />Acelerar ações sociais em curso e promover novas é a melhor forma de prevenir manifestações. No Brasil, como de resto em quase todo o mundo, o alvo delas é a desigualdade social.<br /><br />Marina vai ter que fazer mais, caso queira ter relevância em 2014, que torcer por novas Jornadas de Junho.<br /><br />Ela vai ter que mostrar que tem planos reais para reduzir a iniquidade brasileira.<br /><br />Até aqui, ela não mostrou nada neste que é o maior desafio nacional, embora tenha falado muito.</div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-11634594368192340332013-12-30T07:09:00.000-08:002013-12-30T13:54:22.880-08:00Classes e luta de classes em 2013<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmt0FawOwXMGwy6yvTShl7Dcw0O_CWMmCmJU-Ohq7Ts_6aUEFI-n3dHegPFWChmCQQAxEJOvWLM9YKqXBFGfaY6IhGkXiViL318dmoz78ug9XRSgyb-JO6NRmjk9pz6PAfWynTmMnUiVcV/s1600/MensalaoMineiro10PF.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmt0FawOwXMGwy6yvTShl7Dcw0O_CWMmCmJU-Ohq7Ts_6aUEFI-n3dHegPFWChmCQQAxEJOvWLM9YKqXBFGfaY6IhGkXiViL318dmoz78ug9XRSgyb-JO6NRmjk9pz6PAfWynTmMnUiVcV/s320/MensalaoMineiro10PF.jpg" width="320" /></a></div><strong>Por Wladimir Pomar, no sítio <a href="http://www.correiocidadania.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=9195:pomar201213&catid=14:wladimir-pomar&Itemid=88">Correio da Cidadania</a>:</strong><br /><br />No final de 2012, dizíamos que as perspectivas para 2013, qualquer que fosse o ângulo de que se olhasse, prometiam ser um ano carregado de turbulências, desafios e emoções. Pode-se até discordar das formas que tais turbulências, desafios e emoções tomaram, mas não de que elas se fizeram cada vez mais presentes.<br /><br /><a name='more'></a>Dissemos que, em âmbito internacional, nada indicava que a crise que assolava os Estados Unidos e os países da Europa amainasse. A globalização capitalista, ao invés de resolver os problemas decorrentes da enorme concentração e centralização do capital, da imensa elevação da produtividade, e da decorrente tendência de queda da taxa de lucratividade do capital, tendia a agravá-los. Continuaria desindustrializando os países centrais, gerando desemprego neles, industrializando países periféricos, e acirrando a concorrência entre todos. Apesar dos anúncios em contrário, essas tendências permaneceram.<br /><br />Também dissemos que, apesar ou por causa de seu declínio relativo, os Estados Unidos continuariam procurando reaver sua posição hegemônica. Isso poderia lhe render alguns sucessos, mas poderia agravar suas contradições com muitos outros países do mundo, e inclusive com algumas outras potências capitalistas. Não calculamos que isso iria ocorrer justamente pela ação de funcionários assalariados norte-americanos, como Snowden, que denunciaram os sistemas globais de espionagem do poder supostamente imperial dos Estados Unidos. E seria difícil prever que a disputa interna entre as diversas frações burguesas colocaria esse país diante da possibilidade de declarar uma moratória, de qualquer modo uma demonstração do ponto a que chegou o declínio da maior potência militar do globo.<br /><br />Achamos que a derrubada supostamente legal de governos dirigidos pela esquerda poderia ganhar conotações diversas e se tornar o padrão da contraofensiva tentada pela direita. Mas tal padrão só se tornaria efetivo se as forças de esquerda não conseguissem encontrar formas de desenvolvimento econômico e social, que conquistassem os trabalhadores das cidades e dos campos e a maior parte das classes médias urbanas, dividissem as oligarquias e as burguesias, e isolassem os aliados do capital corporativo norte-americano. Embora o padrão não tenha se configurado, a tendência a ele continuou presente, principalmente na Venezuela, onde a intensa mobilização da classe trabalhadora assalariada, da ralé e de parte da pequena-burguesia, a fez fracassar.<br /><br />Alertamos que o Brasil talvez se transformasse, em 2013, no epicentro dessa disputa. Afirmamos que a grande burguesia já não suportava um governo dirigido pelo PT, que começara a baixar juros, a pressionar a maior parte da burguesia a investir no sistema produtivo, e a intervir de forma mais ativa na economia. Acostumada a ganhar no mercado financeiro e nos aluguéis indexados, a burguesia tendia a se voltar cada vez mais contra o governo Dilma, embora tivesse uma grande representação nele. Essa tendência também seria agravada pela teimosia do governo em realizar uma distribuição de renda menos extremamente desigual, e em aumentar a participação e o controle democrático das camadas populares nos três poderes, nas comunicações e na economia.<br /><br />Nessas condições, a estratégia da direita burguesa deveria sofrer uma inflexão paulatina, com duas vertentes principais. Por um lado, através do adesismo de forças de direita ao governo, como o PSD, de modo a impedir uma maior unificação dos setores de esquerda, e minar a direção do PT nos assuntos governamentais. Por outro, aproveitando a defensiva do PT em travar uma luta sem trégua contra o uso de recursos privados nas campanhas eleitorais, o chamado caixa dois, que o STF o transformou em crime de compra de votos parlamentares, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e outros delitos penais.<br /><br />O supremo tribunal do país já estava em condições de assumir o papel de forjar um novo procedimento legal, sob aparente adesão aos códigos jurídicos, criar uma comoção nacional no julgamento dos chamados mensaleiros, encurralar o PT, e criar condições para um posterior golpe fatal em Lula. Os cinco meses de julgamento do suposto mensalão representaram apenas a primeira batalha da nova guerra para destruir Lula e o PT através da criminalização judicial da política. Batalha que foi seguida da campanha do partido da mídia e da oposição conservadora para demonstrar que Lula e o PT nada tinham a ver com a melhoria das condições de vida do povo brasileiro nos últimos anos.<br /><br />Transformaram fatos positivos em negativos, e sabotaram os programas de crescimento e desenvolvimento. Nessas condições, os cenários políticos brasileiros mais prováveis para o restante de 2013 dependiam da posição que o PT e Lula assumissem. Um cenário seria o de continuidade da defensiva passiva, decorrente das resistências a assumir publicamente o erro de aceitar acriticamente as regras ambíguas de uso de recursos privados em campanhas eleitorais. Outro cenário poderia ocorrer se o PT transformasse a defensiva passiva em defensiva ativa, trabalhando para incentivar a mobilização popular pelas reformas políticas que dessem fim aos financiamentos privados, estabelecessem o financiamento e o controle público das campanhas eleitorais, impusessem a fidelidade partidária, e restabelecessem uma divisão clara dos poderes da república.<br /><br />A direita burguesa não conseguiu fazer com que os milhões de beneficiados pelas políticas governamentais de transferência de renda, tanto da ralé quanto da classe trabalhadora assalariada, acreditassem naquela campanha negativa. No entanto, o PT também não conseguiu passar a uma defensiva ativa, capaz de preparar o terreno para a retomada da ofensiva política. Não foi incisivo no reconhecimento público de seus erros. Não conseguiu retomar o tipo de ação militante que marcou sua participação nas mobilizações sociais, nas Diretas Já! e nas Campanhas Presidenciais de 1989, 2002 e 2006. E ficou totalmente atrelado ao desempenho do governo, em especial na área econômica.<br /><br />O governo Dilma até que se esforçou para elevar rapidamente a taxa de investimento, reduzir a taxa de juros, utilizar a taxa de câmbio como instrumento de competição industrial, aumentar a produção de alimentos pela agricultura familiar, qualificar as forças humanas sem condições de acesso ao mercado de trabalho, e elevar a concorrência nos setores monopolizados ou oligopolizados. No entanto, como grande parte da efetivação dessas medidas dependia da burguesia, muitas delas não se realizaram, ficaram incompletas, ou foram revertidas, a exemplo do que ocorreu com a redução da taxa de juros.<br /><br />Foi em meio a essas tentativas de redefinição de rumos que as mobilizações sociais emergiram espontaneamente, em junho de 2013. Elas apresentaram uma amplitude de reivindicações ainda maior do que aquelas que estavam na agenda política da esquerda, sem que esta participasse das manifestações de forma organizada e consciente. As ruas colocaram em evidência a intensa luta de classes urbana, e os problemas urgentes que precisam ser solucionados para que um desenvolvimento econômico e social de novo tipo seja efetivado.<br /><br />Muito mais do que era esperado, 2013 se tornou, em especial no segundo semestre, um ano carregado de turbulências, desafios e emoções, promovendo profundas rearticulações econômicas, sociais e políticas, ainda não clarificadas de todo. Setores conservadores e reacionários da burguesia e da pequena-burguesia, esta ainda sob a marca genérica de classe média, procuraram impor a luta contra a corrupção, apenas ligada ao governo ou ao Estado, como a principal bandeira de luta. Mas a ralé, a classe trabalhadora assalariada, e setores da pequena-burguesia urbana, embora ainda não de forma consistente, colocaram em pauta a prioridade de solução da mobilidade urbana, saúde, segurança e alimentação, esta sem repiques inflacionários.</div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-40183307978473476172013-12-30T06:55:00.000-08:002013-12-30T13:32:51.319-08:00Chico de Oliveira – Porque o outro lado é pior. Os tucanos são piores.<br /><div class="publicidade-full-banner"> </div><header> <h1 id="blog-titulo"> <a href="http://click.uol.com.br/?rf=blogosfera-header&u=http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br" style="background-image: url('http://w3.i.uol.com.br/blogosfera/fernandorodrigues/header.jpg');"><small>Blog do Fernando Rodrigues</small></a> </h1><div id="blogosfera"> </div></header> <header> <div class="blog-navigation"> <div class="publicidade-full-banner"> </div><h1 id="blog-titulo"> <br /> </h1><span class="color1"></span> </div><h1 class="pg-color10">Chico de Oliveira, crítico do PT, votará em Dilma<div id="comentarios-teaser"><span class="comentarios teaser"> </span></div></h1><div class="info-header"> <div class="pg-color10">Fernando Rodrigues</div><time class="pg-color5" datetime="2013-12-30BRST8:00" pubdate=""><span class="data"></span></time></div></header> <div style="text-align: center;"><a href="http://imguol.com/blogs/52/files/2013/12/chicooliveira-roda-viva.jpg"><img alt="Jair Magri/Roda Viva/Divulgação" class="aligncenter size-full wp-image-7439" height="315" src="http://imguol.com/blogs/52/files/2013/12/chicooliveira-roda-viva.jpg" title="Jair Magri/Roda Viva/Divulgação" width="600" /></a></div>No programa “<a href="http://tvcultura.cmais.com.br/rodaviva" target="_blank"><span style="text-decoration: underline;"><span style="color: blue; text-decoration: underline;">Roda Viva</span></span></a>”, da TV Cultura, desta segunda-feira (30.dez.2013), o sociólogo Francisco de Oliveira declara que votará em Dilma Rousseff na eleição presidencial do ano que vem.<br />Aos 80 anos e crítico do PT (“como força transformadora foi engolido pelo atraso”), partido do qual se desligou em 2003, Chico de Oliveira (como é chamado pelos amigos), afirma ao “Roda Viva” que os atuais adversários do Palácio do Planalto são “a oposição que todo governo gostaria de ter”. E mais: “Ela [a oposição] é tão frágil, tão sem sentido… Não tem um eixo pra martelar junto à população. É mais pela fraqueza das oposições que eu acho que essa eleição está decidida [em favor de Dilma]”.<br />Em seguida, é indagado: “O senhor vai votar em quem, professor? O senhor revela o voto?”<br />E Chico de Oliveira: “A provocação é boa, porque eu já estou com 80 anos [completados em 7.nov.2013], passei da obrigação de votar. Mas isso é uma saída fácil. Eu vou votar de novo. Eu vou votar na Dilma”.<br />Eis o restante do diálogo:<br /><strong>Roda Viva</strong> – Embora o senhor diga que ela [Dilma] é uma personagem difícil, coitada, uma personagem trágica… O senhor continua pensando tudo isso?”<br /><strong>Chico de Oliveira</strong> – Continuou pensando tudo isso.<br /><strong>Roda Viva</strong> – E por que o senhor vota nela então?<br /><strong>Chico de Oliveira</strong> – Porque o outro lado é pior. Os tucanos são piores.<br />O “Roda Viva” desta segunda-feira (30.dez.2013) vai ao ar na TV Cultura de São Paulo às 22h. O programa foi gravado em 11.dez.2013. Por ser o último do ano, teve um formato um pouco diferente do usual. Os entrevistadores convidados foram também instruídos a fazer um debate mais aberto, dando suas opiniões, sobre temas políticos que marcaram este ano.<br />Intelectual marxista respeitado, Chico de Oliveira disse uma vez que “arrependimento, só no amor. Em política não cabe, cabe análise”. Era uma resposta a respeito de ter votado em Luiz Inácio Lula da Silva em 2006 no segundo turno daquela eleição (no primeiro turno o sociólogo havia ficado com Heloísa Helena, do PSOL).<br />Às vezes, análises apaixonadas de Chico Oliveira não se comprovam na prática. Em 2006, quando Lula foi reeleito, fez uma avaliação sobre como seria o poder do então presidente da República em mais quatro anos de mandato. Respondeu: “Será fraco. Perdeu a noção de quem é o adversário”. O petista Lula acabou fazendo o governo mais popular da história recente do Brasil e foi forte a ponto de alavancar a campanha de sua sucessora, Dilma Rousseff.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-62455012504519055682013-12-30T05:19:00.000-08:002013-12-30T13:47:52.818-08:00POLÍTICA - O Sadismo do JB.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><span style="font-size: large;"><a class="post-author-format-type" href="http://www.zedirceu.com.br/author/equipedoblog/"><span class="rounded-container"><span class="iconfont"><br /></span></span></a></span><br /><div class="entry-content clearfix standard-content"><h1 class="post-title"> <span style="font-size: large;"><a href="http://www.zedirceu.com.br/miguel-do-rosario-barbosa-nega-direitos-a-genoino-ilegal-e-dai/" rel="bookmark" title="Permanent Link: Miguel do Rosário: “Barbosa nega direitos a Genoino. Ilegal e daí?”">Miguel do Rosário: “Barbosa nega direitos a Genoino. Ilegal e daí?” <span class="post-format-icon minor-meta"></span> </a></span></h1><span style="font-size: large;"><span class="post-meta-infos"><span class="blog-author minor-meta"><a href="http://www.zedirceu.com.br/author/equipedoblog/" rel="author" title="Posts de Equipe do Blog"></a></span></span></span><span style="font-size: large;">“Condenados em regime semiaberto seguem presos em regime fechado, e mesmo assim a Globo continua chamando-os de privilegiados, tentando produzir ainda mais animosidade contra os condenados.”</span><br /><br /><span style="font-size: large;"><a href="http://tijolaco.com.br/blog/?p=12011">Artigo publicado no Tijolaço</a></span><br /><br /><span style="font-size: large;"><i>Leio na imprensa que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, negou pedido feito por José Genoino para cumprir a sua pena de residência domiciliar em sua… residência.</i></span><br /><span style="font-size: large;"><i>A lei diz que os presos têm direito de cumprir a sua pena no estado onde mantém residência. Trata-se de um direito humano, baseado na lógica, pois facilita o acesso dos familiares ao condenado.</i></span><br /><span style="font-size: large;"><i>Mas no Brasil de Joaquim Barbosa e Rede Globo, a única lei que vale é a da vingança e do justiçamento midiático. Barbosa também se negou a conceder, em caráter definitivo, a prisão domiciliar para Genoino. Prefere mantê-lo, e à sua família, em estado de torturante suspense, até fevereiro do ano que vem.</i></span><br /><span style="font-size: large;"><i>Condenados em regime semiaberto seguem presos em regime fechado, e mesmo assim a Globo continua chamando-os de privilegiados, tentando produzir ainda mais animosidade contra os condenados.</i></span><br /><span style="font-size: large;"><i>Nenhum colunista levantou a voz para comentar alguma dessas ilegalidades. Chico Caruso hoje publica outra charge contra Dirceu, em mais um ato nojento de covardia contra um político que não pode responder porque está preso ilegalmente em regime fechado. A tropa midiática é organizada, fiel, e mau caráter.</i></span><br /><span style="font-size: large;"><i>O jornal O Globo tem um slogan que costuma usar para ironizar o chamado “jeitinho” brasileiro. A frase agora se volta contra o próprio jornal. O Globo sabe que Joaquim Barbosa está cometendo ilegalidades, e nem dá bola. Ilegal, e daí?</i></span><br /><span style="font-size: large;"><i>Além de ilegal, a atitude de Joaquim Barbosa, de negar conceder em caráter definitivo a prisão domiciliar para Genoíno, um cidadão brasileiro que foi torturado barbaramente durante a ditadura, reflete uma personalidade má, vingativa, mesquinha. Definitivamente, ele não tem as qualidades que se espera de um juíz.</i></span><br /><span style="font-size: large;"><i>Genoíno sofre de grave doença cardíaca, precisa de estabilidade emocional para viver um pouco mais. Ao manter o suspense sobre sua prisão domiciliar, estendida apenas provisoriamente até fevereiro, Joaquim Barbosa agride diretamente a saúde de Genoíno. Ao negar que ele cumpra sua prisão domiciliar em sua própria casa, conforme manda a lei, ele se arvora em verdugo sem escrúpulos, disposto a afrontar a lei para satisfazer seu próprio sadismo.</i></span></div></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-48521498327541318212013-12-30T05:13:00.000-08:002013-12-30T13:47:54.142-08:00POLÍTICA - Escolha mais do que acertada.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="ecxsubscribe-header" style="background-color: #efefef; border-bottom: 1px solid #DDD; color: #0088cc; font-size: 1.6em; padding: 0; width: 100%;"><tbody><tr><td><h2 class="ecxsubscribe-title" style="color: #464646; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1.8em; font-size: 16px !important; font-weight: 400; line-height: 1; padding: 0;"><strong>Diário do Centro do Mundo</strong> </h2></td> <td style="text-align: right;"> <img alt="" border="0" class="ecxhead-avatar" src="https://blu180.mail.live.com/Handlers/ImageProxy.mvc?bicild=&canary=JS%2f50PEjRSa3dDHlmRVpDoa6kckoppBMNwUoTfeq5BU%3d0&url=http%3a%2f%2fs.wordpress.com%2fi%2femails%2fblavatar-default.png" style="vertical-align: middle; vertical-align: middle;" /> </td> </tr></tbody></table><table bgcolor="#ffffff" border="0" cellpadding="20" cellspacing="0" style="width: 100%;"> <tbody><tr> <td> <table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 100%;"> <tbody><tr> <td class="ecxthe-post" valign="top"> <table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 100%;"> <tbody><tr> <td style="vertical-align: top; white-space: nowrap; width: 60px ! important;"> <span style="font-size: x-large;"><a href="http://www.diariodocentrodomundo.com.br/?author=2" style="color: #2585b2; display: block; text-decoration: underline;" target="_blank"><img alt="" border="0" class="ecxavatar ecxavatar-50" height="50" src="https://blu180.mail.live.com/Handlers/ImageProxy.mvc?bicild=&canary=JS%2f50PEjRSa3dDHlmRVpDoa6kckoppBMNwUoTfeq5BU%3d0&url=http%3a%2f%2f0.gravatar.com%2favatar%2f3a4eef99129a4a83f754cb0f25d606e6%3fs%3d50%26d%3didenticon%26r%3dG" width="50" /></a></span> </td> <td> <h2 class="ecxpost-title" style="color: #555555;"><span style="font-size: x-large;"><a href="http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-pior-brasileiro-do-ano/" style="color: #2585b2; text-decoration: none ! important;" target="_blank">O pior brasileiro do ano</a></span></h2><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #888888;">by <a href="http://www.diariodocentrodomundo.com.br/?author=2" style="color: rgb(136, 136, 136) ! important; text-decoration: underline;" target="_blank">Paulo Nogueira</a></span></span> </td> </tr></tbody></table><div class="ecxpost-content" style="max-width: 560px;"> <div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"></div><div class="ecxaligncenter" id="ecxattachment_62553"><span style="font-size: x-large;"><a href="http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/ato-pro-joaquim-barbosa-em-sp-reune-29-e-termina-em-pedido-de-armas-para-os-cidadaos/joaquim-barbosa-20130912-01-size-598/" rel="attachment wp-att-62553" style="color: #2585b2; text-decoration: underline;" target="_blank"><img alt="Um péssimo exemplo para os brasileiros" border="0" class="ecxsize-full ecxwp-image-62553" src="https://blu180.mail.live.com/Handlers/ImageProxy.mvc?bicild=&canary=JS%2f50PEjRSa3dDHlmRVpDoa6kckoppBMNwUoTfeq5BU%3d0&url=http%3a%2f%2fwww.diariodocentrodomundo.com.br%2fwp-content%2fuploads%2f2013%2f12%2fJoaquim-Barbosa-20130912-01-size-598.jpg" style="height: auto; max-width: 100%;" /></a></span><div class="ecxwp-caption-text" style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: x-large;">Um péssimo exemplo para os brasileiros.</span></div><div class="ecxwp-caption-text" style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><br /></div></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: x-large;">X é um amigo querido meu. Mesma profissão, mesma geração, mesma redação durante anos.</span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><br /></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: x-large;">X é, também, uma demonstração do efeito deletério de Joaquim Barbosa sobre a alma dos brasileiros.</span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><br /></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: x-large;">X é, essencialmente, um bom cara: solidário, generoso, magnânimo. São as razões que me levaram a mantê-lo entre os amigos no correr dos longos dias.</span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><br /></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: x-large;">Fui notar o veneno de JB em menções de X a Genoino. O desespero de Miruna, a delicada situação de saúde de Genoino: nada disso provocou o menor sentimento de piedade em X, e isso mesmo no Natal, um período em que tendemos a ser mais tolerantes e mais compassivos.</span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><br /></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: x-large;">Genoino é, para X, um “mensaleiro” que “quer moleza”. Moleza é cumprir a prisão domiciliar em casa, na modesta residência do Butantã, em São Paulo, e não em Brasília, onde contraparentes lhe cederam um quarto.</span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><br /></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: x-large;">Isto é a “moleza”.</span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: x-large;">] </span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: x-large;">Já escrevi sobre isso e repito: o mal maior de Joaquim Barbosa é o exemplo de inclemência – maldade, usemos logo a palavra certa – que ele passa a brasileiros como meu amigo X.</span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><br /></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: x-large;">É um crime contra a nacionalidade.</span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><br /></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: x-large;">Veja, no extremo oposto, o que o papa Francisco transmite: tolerância, generosidade, solidariedade.</span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><br /></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: x-large;">Se a humanidade seguir Francisco, todos ganharemos. Se os brasileiros seguirem Barbosa, será uma tragédia.</span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><br /></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: x-large;">Não gosto de simplificações, mas é como se um representasse as forças do bem e o outro as forças do mal.</span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><br /></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: x-large;">X, como tantas outras pessoas, está seguindo JB ao se pronunciar com ausência completa de simpatia – com raiva, na verdade -- sobre o “mensaleiro que quer moleza”.</span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><br /></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: x-large;">E então chego a Miruna, a filha de Genoino, modesta professora em São Paulo.</span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><br /></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: x-large;">Em mais um gesto de desespero, ela enviou uma mensagem a alguns jornalistas, entre os quais eu.</span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><br /></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: x-large;">O título é autoexplicativo: “Revolta!”</span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><br /></div><span style="font-size: large;"></span><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: large;">Tomo a liberdade de reproduzir, por entender que é um caso de interesse público. Repare que ela não consegue citar o nome de Joaquim Barbosa.</span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><br /></div><span style="font-size: large;"></span><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: large;">Abaixo, a mensagem.</span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><br /></div><span style="font-size: large;"></span><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: large;"><i>"Palavras textuais do presidente do STF sobre a situação do meu pai:</i></span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: large;"><i><br />“Por fim, considerada a provisoriedade da prisão domiciliar na qual o condenado vem atualmente cumprindo sua pena, e a forte probabilidade do seu retorno ao regime semi-aberto ao fim do prazo solicitado pela Procuradoria-Geral da República, considero que a transferência ora requerida fere o interesse público.</i></span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: large;"><i><br />Por todo o exposto, indefiro o pedido de cumprimento da pena em regime domiciliar em São Paulo."</i></span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: large;"><i><br />Eu sei que não posso falar tudo o que penso sobre o presidente da suprema corte de justiça de meu país. Mas, também, que adjetivo é possível usar para alguém que proíbe um condenado CARDÍACO de cumprir sua pena DOMICILIAR em seu DOMICÍLIO e ainda ameaça de que em fevereiro vai colocá-lo de volta na prisão?</i></span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: large;"><i><br />O próprio laudo feito pelos médicos escolhidos a dedo por Barbosa fala: "Desta feita, o tratamento anti-hipertensivo de longo prazo deve incluir (... cita a dieta, exercícios e tal) A RESTRIÇÃO DA INFLUÊNCIA DE FATORES PSICOLÓGICOS ESTRESSANTES".</i></span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><br /></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: large;"><i> Que tal isso ser considerado a começar pelo presidente do Supremo? O que vocês acham que se pode dizer de alguém que já ameaça e anuncia, no dia 28 de dezembro, uma época realmente propícia para ameaças, que a pessoa vai voltar para a cadeia em dois meses????????????"</i></span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><br /></div><span style="font-size: large;"></span><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: large;">Os vários pontos de interrogação refletem a perplexidade de Miruna.</span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><br /></div><span style="font-size: large;"></span><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: large;">Se lesse isso, meu amigo X louvaria Joaquim Barbosa.</span></div><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><br /></div><span style="font-size: large;"></span><div style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; line-height: 1.4em;"><span style="font-size: large;"><span>Pelo mal que JB faz à índole nacional, e pela influência sinistra que exerce sobre meu amigo X, elejo-0 o Pior Brasileiro do Ano.</span></span></div></div></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-8827173266404069312013-12-30T04:59:00.000-08:002013-12-30T13:47:54.181-08:00POLÍTICA - Como não envolve o PT........<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"> <h3><span style="font-size: x-large;">Depois de denúncia revelada por ISTOÉ, Ministério Público quer saber por que a Procuradoria-Geral da República não investigou financiamento irregular da campanha da governadora do Rio Grande do Norte</span></h3><span style="font-size: x-large;"> <span>Josie Jeronimo</span> </span><div id="divCompleta"> <span style="font-size: x-large;"><span></span></span><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-large;"><img alt="DEM-01-IE-2302.jpg" src="http://content-portal.istoe.com.br/istoeimagens/imagens/mi_3018039226139369.jpg" title="Credito: " /></span><span style="font-size: x-large;"><span><strong>Linha suspeita<br />O senador José Agripino Maia aparece em grampos <br />acertando financiamento ilegal de campanha</strong></span></span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-large;">O caixa 2 do DEM no Rio Grande do Norte foi parar no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que agora quer saber por que o ex-procurador-geral Roberto Gurgel não investigou o caso. Em sua última edição, ISTOÉ revelou um esquema envolvendo a governadora Rosalba Ciarlini. Como mostrou a reportagem, interceptações telefônicas flagraram o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), e o marido de Rosalba, Carlos Augusto Rosado, acertando detalhes de um financiamento de campanha ilegal. A partir do telefone do contador da legenda Galbi Saldanha, hoje secretário-adjunto da Casa Civil da governadora, funcionários aparecem fornecendo números de contas pessoais para receber transferências irregulares de recursos. </span><span style="font-size: x-large;"><br />As gravações já haviam sido enviadas à Procuradoria-Geral da República em 2009, mas desde então nada foi feito. O conselheiro do CNMP Luiz Moreira questiona os motivos que levaram ao arquivamento dos grampos. “Este é um exemplo da controvertida gestão de Roberto Gurgel”, diz Moreira. “Trata-se de uma falta de clareza de critérios, que faz com que se pense que ele atuava com parcialidade.” Não é a primeira vez que um parlamentar do DEM se beneficia da vista grossa de Gurgel. O ex-senador Demóstenes Torres, flagrado em escutas da operação Vegas da Polícia Federal, deixou de ser investigado pela Procuradoria Geral da República até a deflagração de outra ação da PF, a Operação Monte Carlo, que confirmou a ligação do parlamentar com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-large;"><img alt="DEM-12-IE-2302.jpg" src="http://content-portal.istoe.com.br/istoeimagens/imagens/mi_3018066797757819.jpg" title="Credito: " /></span><span style="font-size: x-large;"><span><strong>Engavetou?<br />Ministério Público quer saber a razão de <br />Roberto Gurgel, ex-procurador-geral da República, <br />não ter investigado o caixa 2 do Democratas </strong></span> </span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-large;">A retomada das investigações do Ministério Público e da PF no Rio Grande do Norte também provoca efeitos no quadro político local, mais especificamente na prefeitura de Mossoró, segunda maior cidade do Estado. Afastada do cargo por denúncia de abuso de poder econômico, a prefeita Cláudia Regina, também do Democratas, teve a campanha financiada pelo empresário Edvaldo Fagundes. A PF identificou manobra de Fagundes para driblar o bloqueio judicial de seus bens – o empresário estava usando funcionários de suas companhias para movimentar valores expressivos, na maioria das vezes fazendo saques em dinheiro vivo. Afilhada política do senador Agripino, Cláudia tenta conseguir junto ao Tribunal Superior Eleitoral uma liminar para voltar ao cargo, mas o Tribunal Regional Eleitoral determinou que eleições suplementares sejam convocadas em fevereiro ou março para escolher o novo prefeito. </span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-large;"><span><strong>fotos: Adriano Machado/AG. ISTOÉ; Alan Marques/Folhapress </strong></span></span></div></div></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-61557294197472944582013-12-30T04:51:00.000-08:002013-12-30T13:47:54.215-08:00POLÍTICA - Documentos sobre a corrupção tucana.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div id="main"><div class="container_wrap main_color sidebar_right"><div class="container template-blog template-single-blog "><div class="content units nine alpha"><div class="post-36526 post type-post status-publish format-standard hentry category-blog-do-ze post-entry post-entry-type-standard post-entry-36526 post-loop-1 post-parity-odd post-entry-last multi-big "><div class="entry-content clearfix standard-content"><span style="font-size: large;"><span class="post-meta-infos"><span class="blog-author minor-meta"> </span></span></span><span style="font-size: large;">A IstoÉ desta semana traz reportagem contando que, em fevereiro, devem chegar ao Brasil documentos da Suíça sobre o esquema de corrupção que originou o escândalo do Metrô paulista. “São provas de que políticos do PSDB receberam propina da multinacional francesa Alstom em troca de contratos na área de energia”, diz a revista.</span><br /><span style="font-size: large;">“A papelada inclui registros bancários e movimentações financeiras feitas no país europeu por suspeitos de se beneficiarem do esquema, como Robson Marinho, chefe da Casa Civil durante o governo Covas, e Jorge Fagali Neto, ex-diretor dos Correios do governo Fernando Henrique Cardoso.”</span><br /><span style="font-size: large;">A revista lembra que até agora dez pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal. Entre elas está o tucano Andrea Matarazzo, secretário estadual de José Serra e Mário Covas.</span><br /><span style="font-size: large;">De acordo com a revista, em agosto, quando os documentos estavam para ser enviados, Robson Marinho e Fagali Neto ingressaram na Justiça suíça para tentar impedir o envio. Mas recentemente o pedido foi negado. Agora só falta a autorização do juiz do Tribunal Penal de Bellinzona, na Suíça, para que os papéis desembarquem no Brasil.</span><br /><span style="font-size: large;">A revista diz que “o desembarque dos documentos deve complicar a situação de Jorge Fagali Neto”. Ex-secretário de Transportes e diretor dos Correios na gestão FHC, ele é acusado de usar o seu trânsito no tucanato para favorecer a Alstom. Para tanto, teria recebido da empresa cerca de 7,5 milhões de euros, no banco Afdié, na Suíça.</span></div></div></div></div></div></div></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-70678563055288071122013-12-30T03:51:00.000-08:002013-12-30T13:54:22.907-08:00A violência "sem regras" do UFC<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl0I9Q-l7epegXaHXdkYnpg9jSq4poTNb51lSmOZKn2doqPL0HbKvZzYV4O7Bwm2f1AhfEu7MAuElPKawkL5giNc-phZcJxhTV7rCzo4XYIzX86iqZpD6SVqgCTXIHDuqxVlESfUQI6yEI/s1600/mma.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl0I9Q-l7epegXaHXdkYnpg9jSq4poTNb51lSmOZKn2doqPL0HbKvZzYV4O7Bwm2f1AhfEu7MAuElPKawkL5giNc-phZcJxhTV7rCzo4XYIzX86iqZpD6SVqgCTXIHDuqxVlESfUQI6yEI/s320/mma.jpg" width="320" /></a></div><strong>Por Haroldo Ceravolo Sereza, no sítio <a href="http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/33203/a+violencia+sem+regras+do+ufc+saudades+de+mike+tyson.shtml">Opera Mundi</a>:</strong><br /><br />A grave contusão de Anderson Silva e o interesse generalizado pelo destino do ex-campeão expõe, mais uma vez, a popularidade dessa luta incrivelmente aceita que é o UFC, o Ultimate Fight Championship – a grande competição mundial de artes marciais mistas, ou MMA.<br /><br /><a name='more'></a>As disputas de MMA surgiram nos anos 1990, e substituíram em prestígio, especialmente entre o público masculino, o boxe. Embora essas lutas tenham, conforme passaram a se tornar atração televisiva (especialmente no Pay Per View), adotado algumas restrições – proibiu-se o “dedo no olho”, o puxão de cabelos e o ataque a genitais, por exemplo -, o esporte foi criado e prosperou como negócio sob o slogan “There are no rules!”, ou seja, nada de regras.<br /><br />A proposta inicial era criar uma espécie de competição entre as diversas artes marciais, sem diferenciação de peso (isso foi mudado depois das primeiras edições do UFC), para que os “especialistas” nas modalidades – boxe, kung fu, karatê, kickboxing, jiu-jítsu – se enfrentassem e se chegasse à conclusão de qual seria a mais completa e eficaz arte marcial.<br /><br />Como na economia neoliberal e na natureza darwinista em sua simplificação mais improdutiva, a lógica era “que vença o mais apto” (Darwin pensa nos limites naturais como um fator de diversificação, a seleção que em geral estimula a diferença e, ao cabo, a convivência, e não a destruição de todos pelo mais forte). Mas o que aconteceu de fato nesse ambiente da luta sem regras pela sobrevivência no octógono?<br /><br />O MMA não levou ao aprimoramento das artes marciais. Pelo contrário: as artes marciais se dissolveram em um grande vale-tudo. Quando é preciso ter uma regra que iniba o puxão de cabelos e o “dedo-no-olho”, é porque na prática tudo é permitido.<br /><br />Nesse ambiente, a lesão de Anderson Silva não é um mero acidente, é consequência lógica de um tipo de luta que não tem muito pouco de arte e um excesso de guerra. Não se sabe ainda como não passou pela cabeça dos organizadores a ideia genial de por um homem para lutar com um felino de grande porte. Que vença o melhor, afinal.<br /><br />Há algo de infantilmente belo em todas as lutas marciais. A ideia de treino, de dedicação, de perfeição pela repetição é algo de fato admirável. É essa beleza que explica sucessos como a série Karatê Kid e que inspira a filosofia que está por trás, por exemplo, do karatê e do judô.<br /><br />Mas toda essa beleza convive com a ideia do grotesco, especialmente quando o respeito ao saber e ao conhecimento do adversário sucumbe diante da ideia de que o melhor espetáculo não é o do movimento perfeito, mas o da violência absoluta. Aquela que não apenas dá cabo ao adversário, mas que o destrói e o desfigura.<br /><br />Nunca fui um fã de boxe, mas confesso que, ao abrir os portais de internet neste ano da graça de 2013 que não acaba, fiquei com saudades daquele bom moço chamado Mike Tyson. Para não falar de Mohammed Ali, Sugar Ray Leonard, George Foreman e Éder Jofre.</div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-80373226937534941602013-12-30T03:39:00.000-08:002013-12-30T13:54:22.931-08:00Em 2014, segue a batalha das ideias<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL_IgMt2Hq_jLURqnDk25q8KLfjrxIWV2CIBFX0g3ALkvsrDqvfctm_gA_G55aisT1vLNO9vNt5OJ7cNvxXGBgFzBDjMDi05Ke-XNCruSrlwKscOcJKBsgjISocWAQ-NcuS5InT4L_oJ0-/s1600/Pobres-e-ricos.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL_IgMt2Hq_jLURqnDk25q8KLfjrxIWV2CIBFX0g3ALkvsrDqvfctm_gA_G55aisT1vLNO9vNt5OJ7cNvxXGBgFzBDjMDi05Ke-XNCruSrlwKscOcJKBsgjISocWAQ-NcuS5InT4L_oJ0-/s320/Pobres-e-ricos.jpg" width="320" /></a></div><strong>Editorial do sítio <a href="http://www.vermelho.org.br/editorial.php?id_editorial=1313&id_secao=16">Vermelho</a>:</strong><br /><br />Durante o ano que se encerra, foi vasta, intensa e multidimensional a batalha das ideias. O Portal Vermelho sente-se gratificado por ter integrado uma das trincheiras dessa luta e, ao mirar retrospectivamente o caminho percorrido, constatar que as forças comunistas, revolucionárias, progressistas, de esquerda consequente deram novos passos na afirmação das suas convicções.<br /><br /><a name='more'></a>Na luta de ideias, aspecto inseparável do conjunto da luta política e social de classes, confrontamo-nos no cotidiano com o poderoso arsenal de ideias conservadoras e retrógradas, elaboradas segundo o figurino dos interesses do imperialismo, da burguesia monopolista-financeira, oligarquias agrárias e proprietários dos meios de comunicação/indústria cultural. <br /><br />O pano de fundo desta luta, o cenário objetivo em que se desenrola, é a conjuntura mundial e nacional caracterizada por embates entre as forças conservadoras e as progressistas, pela crise do capitalismo, por abalos e transições na “ordem” mundial, por rivalidades interimperialistas, lancinantes conflitos, agressões aos povos, ameaças à paz advindas das potências dominantes e pelas lutas dos povos por sua emancipação nacional e social. <br /><br />Como intérprete e porta-voz da corrente comunista, o Portal Vermelho se empenhou na difusão de um programa de luta pelo socialismo em nosso País, em sintonia com o desenvolvimento do curso político real e as aspirações do povo brasileiro. Nas condições concretas do Brasil deste início do século 21, a luta pelo socialismo entrelaça-se com as grandes bandeiras nacionais e populares: pelo desenvolvimento, a soberania nacional, o aprofundamento da democracia, a solução dos graves problemas sociais, as reivindicações dos trabalhadores e de todo o povo, as reformas estruturais democráticas. É uma luta em que as vertentes patriótica, democrática e social formam um todo único e inseparável e dão substância à mobilização do povo brasileiro e das amplas correntes políticas e sociais que o representam.<br /><br />Do ponto de vista dos comunistas, o ano de 2013 foi pontilhado de acontecimentos – que culminaram na realização do 13º Congresso do PCdoB. Muito se acumulou em termos de amadurecimento de uma organização política que possui apurado referencial ideológico. Tomou ainda maior nitidez a luta pelo socialismo, a afirmação do caráter revolucionário do partido, sua identidade comunista, seu caráter de classe como intérprete e defensor das aspirações mais sentidas das classes trabalhadoras. Faz parte desse amadurecimento a defesa e desenvolvimento criador da teoria marxista-leninista nas condições peculiares da presente época e do desenvolvimento concreto da realidade objetiva nacional e mundial. <br /><br />Foi o ano de 2013 um período rico para o desenvolvimento da luta de ideias também no âmbito do exercício do internacionalismo proletário. Fez parte do nosso cotidiano a denúncia das mazelas do capitalismo, a análise das contradições inarredáveis desse sistema, da sua crise geral e estrutural. Inseriu-se nesse quadro o combate às políticas de guerra do imperialismo estadunidense e demais potências a este aliadas, a denúncia dos crimes do sionismo, a oposição às políticas neoliberais, antidemocráticas e militaristas de governos conservadores mundo afora. Nesse combate, afirmamos os direitos dos trabalhadores, suas aspirações, assim como os valores da paz, da justiça, do progresso social, da soberania nacional, do direito internacional, da autodeterminação das nações e dos povos. <br /><br />As forças progressistas e revolucionárias empenharam-se pela afirmação de suas ideias em meio a uma guerra midiática que se iguala a uma espécie de terrorismo, a “guerra fria” da atualidade, uma guerra em que o inimigo usa mentira e a manipulação como norma e arma. Os meios de comunicação a serviço do imperialismo estadunidense e seus aliados se transformaram em uma verdadeira usina de mentiras e na trincheira privilegiada de orientação e ação das classes dominantes. <br /><br />As forças transformadoras que se dispõem a figurar na vanguarda da luta pelo socialismo têm nas ideias revolucionárias o indispensável referencial de identidade e orientação para a formulação correta de suas linhas estratégicas e as necessárias flexões táticas e políticas de alianças.<br /><br />Neste contexto, é animador que partidos comunistas à frente de países socialistas, imersos na realização da gigantesca tarefa de atualizar seus modelos de desenvolvimento, tenham recentemente reiterado em pronunciamentos oficiais dos seus principais dirigentes a vigência do socialismo e proclamado a atualidade de sua linha política geral, missão histórica e ideologia. <br /><br />A batalha das ideias se projeta também para 2014, tão aguda quanto no período precedente e com novos e maiores desafios.</div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-49549917993141865752013-12-30T03:34:00.000-08:002013-12-30T13:54:22.989-08:00Um Bolsa-Dondoca pra madame da Folha<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwHnrqAd5ySFc4ZOB7ufHGJol5thRgrUGhDvP8Q8TFCSAtP1KRGrSPs0PwjY6xcHbvtrg1G3ZDGT6SXClIvCYo40Lnlrf_Pyrd-MBfcJzuhRFcJRBYVYVJHSGJfrWd-R7oeejltufj5wvX/s1600/eliane+cantanhede_aecio_1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwHnrqAd5ySFc4ZOB7ufHGJol5thRgrUGhDvP8Q8TFCSAtP1KRGrSPs0PwjY6xcHbvtrg1G3ZDGT6SXClIvCYo40Lnlrf_Pyrd-MBfcJzuhRFcJRBYVYVJHSGJfrWd-R7oeejltufj5wvX/s320/eliane+cantanhede_aecio_1.jpg" width="282" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/">http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/</a></td></tr></tbody></table><strong>Por Eduardo Guimarães, no <a href="http://www.blogdacidadania.com.br/2013/12/um-bolsa-dondoca-para-a-madame-por-favor/">Blog da Cidadania</a>:</strong><br /><br />Enquanto Lula e Dilma se preocupavam com futilidades como tirar dezenas de milhões de brasileiros da pobreza extrema, em implantar o virtual pleno emprego no país, em fazer a renda média do trabalhador bater recordes sucessivos de crescimento, em levar médicos a regiões em que muitos nunca foram atendidos por tais profissionais durante toda uma vida, aqueles que realmente importam neste país foram deixados à míngua.<br /><br /><a name='more'></a>A crueldade da ditadura lulopetista, porém, ultrapassou todos os limites com o recente aumento do IOF sobre os gastos dos turistas brasileiros no exterior. Esse governo sádico acaba de impor mais uma sevícia a essa pobre classe social rica que, lá se vai mais de uma década, vem sendo submetida a torturas cada vez mais diabólicas e que agora, para completar, nem pode mais buscar refúgio consumista em Miami.<br /><br />Para se refazer das agruras nacionais, as madames e os doutores podiam ir obter suas bolsas Prada, seus X-Box ou mesmo um mísero burgundy Henri Jayer de 16 mil dólares em condições monetárias minimamente aceitáveis. Agora, no entanto, graças à perversidade de Dilma Rousseff tais condições ficaram insuportáveis.<br /><br />É um crime de lesa-pátria, se não de lesa-humanidade. Só porque uma classe social que tem tanto do que reclamar – não é mesmo? – torrou vinte bilhõezinhos de dólares em compras de bugigangas no exterior, chegando a desequilibrar as contas externas do país, a imperadora vermelha baixou uma carga desumana de impostos sobre quem produz.<br /><br />E o que é pior: para torrar tudo em programas sociais para uma gentinha que não faz a menor ideia do que são esses itens tão essenciais a qualquer pessoa com um mínimo de bom gosto.<br /><br />Mas eis que surge uma heroína, fidedigna defensora dos pobres e oprimidos ricaços. Essa verdadeira Joana D’Arc dos Jardins e do Leblon tem nome e profissão. Eliane Cantanhêde, uma simples colunista de jornal, levantou seu brado retumbante contra a iniquidade lulodilmista.<br /><br />Quem não leu o grito de indignação contra a crueldade rubra da presidente da República agora pode conhecer esse documento histórico que se ombreia à Declaração francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão – muito mais chique do que as declarações de direitos humanos sucedâneas.<br /><br />O post, claro, prossegue em seguida, logo que o leitor tiver ingerido um copo d’água para arrefecer a emoção.<br /><br />*****<br /><br /><em>Eliane Cantanhêde<br /><br />Presente de grego no Natal<br /><br />BRASÍLIA – Os viajantes brasileiros deixaram (deixamos) mais de US$ 20 bilhões no exterior neste ano. No fim das contas vai dar umas cinco vezes mais do que a compra de caças suecos para renovar a frota da FAB, a serem pagos durante décadas.<br /><br />Em vez de aquecer a economia do Brasil, estamos movimentando o comércio e gerando empregos nos países alheios, sobretudo nos ricos. Miami passou a ser o principal destino da brasileirada, que volta com malas gigantescas abarrotadas de peças de grife e todo tipo de bugiganga.<br /><br />Na versão cor de rosa do governo, tudo isso é resultado do sucesso: o país está bombando, e os brasileiros estão cheios de amor para dar e com montanhas de dinheiro para viajar e gastar. Mas a realidade é outra e tem um nome: preço. Os preços no Brasil estão pela hora da morte.<br /><br />Numa tarde em Miami, sentei para tomar um café e me senti em casa, mas a minha casa é aqui. À mesa da direita, paulistas; à da esquerda, nordestinos. E havia três moças de Minas. Todos cheios de sacolas.<br /><br />Na volta, fiquei vagando duas horas num shopping em São Paulo à procura de lembrancinhas de Natal e tudo o que comprei foram dois lencinhos de seda, só para não sair de mãos abanando. Ah! E gastei R$ 60 de estacionamento num único dia.<br /><br />Os produtos nacionais viraram artigo de luxo, os importados custam três vezes mais que nos EUA. Nem as feiras e o comércio popular escapam. Imagine a aflição da maioria de trabalhadores ao procurar brinquedos, tênis e roupas para os filhos.<br /><br />Não foi nenhuma surpresa saber que o comércio teve seu pior Natal em 11 anos. A surpresa ficou por conta da reação desvairada do governo: em vez de se preocupar e se ocupar com os preços internos abusivos, aumentou o IOF e penalizou os cartões de débito em moeda estrangeira. Falta pão? Suprimam-se os brioches.<br /><br />Se o brasileiro ficar, o bicho preço come; se correr, o bicho imposto pega. Obrigada, presidente Dilma, pelo presente de grego no Natal.</em>*****<br /><br />Essa classe que afirma, pela pena da colunista revolucionária, que não pode pagar os preços extorsivos do Brasil – e que, como mostra essa colunista, já não encontra por aqui os itens que lhe apeteçam o paladar consumista –, diante de tanta carestia teve que recorrer aos aeroportos que a ditadura petralha encheu de “paraíbas” e “baianos”.<br /><br />Com tantos brasileiros vivendo nessas condições degradantes na ponte aérea Cumbica/Galeão-Miami, a presidente da República vai à televisão e ainda tem a petulância de reclamar do que fazem a colunista e seus coleguinhas ao alardear racionamentos de energia que teimam em não dar as caras, crises inflacionárias que não se materializam, surtos de desemprego que ninguém vê.<br /><br />Aquela que um site dito “de homens bons” chama de “búlgara escarlate” bem que poderia, em seu pronunciamento do último domingo, ter anunciado um programa social para madames como a tal colunista. Uma espécie de Bolsa-Dondoca. Uns mil dólares mensais para cada membro da família. Para sacar o benefício bastaria procurar as boas casas de câmbio dos shoppings e dos aeroportos. Com câmbio subsidiado, claro.</div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-91733497858606360982013-12-30T03:28:00.000-08:002013-12-30T13:54:23.017-08:00Ilusão e utopia na imprensa<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIjgLPkn31BmE1vxLTPJs8H7RSEwKChkdRB9ObQyv7dDrt6OcxQDJ4-iHyxbuNl2hnYsmhr_UVNLT58sA6gJnXXYzWwm-qW6vEQvZ5ETBBiZAAwlYGuanu-FcHtN7uAIIlnh4e1MH_ebuV/s1600/MidiaManipula.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="194" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIjgLPkn31BmE1vxLTPJs8H7RSEwKChkdRB9ObQyv7dDrt6OcxQDJ4-iHyxbuNl2hnYsmhr_UVNLT58sA6gJnXXYzWwm-qW6vEQvZ5ETBBiZAAwlYGuanu-FcHtN7uAIIlnh4e1MH_ebuV/s320/MidiaManipula.jpg" width="320" /></a></div><strong>Por Luciano Martins Costa, no <a href="http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/ilusao_e_utopia_na_imprensa">Observatório da Imprensa</a>:</strong><br /><br />Os jornais e revistas destes dias festivos trazem suas próprias versões dos fatos que consideraram mais relevantes no ano que termina. Em geral, são os acontecimentos que eles mesmos selecionaram ao longo do tempo, com os quais tentaram influenciar a opinião dos cidadãos.<br /><br /><a name='more'></a>Como a imprensa, de modo geral, há muito mergulhou no processo de espetacularização da notícia, tudo tem um certo ar de banalidade, como se o excesso de informações transformasse toda novidade em um ato a ser superado no momento seguinte.<br /><br />As imagens remetem a um mundo de emoções misturadas: o lutador com a perna fraturada, a presidente da República denunciando guerra psicológica na economia, ruas vazias e praias lotadas, tudo acaba na conta do entretenimento.<br /><br />Um olhar sobre o conjunto do universo mediado, que alguns chamam de hipermediado, passa a convicção de que o ambiente social, ou seja, o espaço público onde nos realizamos como seres sociais, está vazio de significados.<br /><br />Se, como dizia Norbert Wiener, criador do conceito de Cibernética, o ciclo da comunicação reorganiza o mundo dos homens e das máquinas, criando uma resistência ao processo natural de nulificação, é preciso pensar se o que recebemos dos sistemas da mídia ainda é informação.<br /><br />Boa parte do que a mídia apresenta como relevante não passa do conjunto de ilusões que formulam a estrutura simbólica da cultura de massa. Esse sistema institucional compõe um campo político próprio, com suas doutrinas e dogmas, e pode-se dizer que se assemelha muito ao sistema das religiões, onde a racionalidade é condicionada pelas crenças. Faz parte desse processo, por exemplo, tratar como ilusão as utopias coletivas, quase sempre apresentadas como objetivos inalcançáveis, em contraposição às potencialidades da vontade individual.<br /><br />Uma dessas fantasias é exatamente a ideia de que existem seres superiores, capazes de produzir, por sua iniciativa particular, o paraíso capitalista. O ano de 2013 trouxe um exemplo catastrófico dessa ilusão específica, na figura do empresário Eike Batista.<br /><br />Erigido a super-herói da iniciativa privada, ele montou um conglomerado de negócios com apoio do Estado, e tudo desmoronou quando se revelou que havia errado os cálculos de riscos numa empresa de petróleo. Quando foi à bancarrota, e sua fortuna caiu do patamar dos bilhões para “meras” centenas de milhões de reais, a imprensa passa a tratá-lo como um pária.<br /><br /><strong>O padrão residual</strong><br />Esse fato específico, visto a partir do final desastroso, dissimula o que se passa no dia a dia da imprensa. Em geral, se olharmos para trás, acompanhando a retrospectiva proposta por jornais e revistas, o que vamos ver é uma coleção de erros da própria mídia, com previsões que nunca se realizaram, avaliações que acabaram negadas pelos fatos, e análises que o tempo desmentiu. <br /><br />No entanto, no apanhado seletivo do passado recente, omitem-se os erros e renova-se a crença na capacidade do sistema de produzir reflexões lineares que possam se amoldar à realidade complexa e multifacetada. Como em todo processo comunicacional se produz sempre um padrão residual de informações que se convenciona chamar de realidade, a imprensa trabalha esse resultado como se fosse a completa realidade.<br /><br />O curioso exercício de ler as retrospectivas tendo ao lado aquilo que a mídia apresentou sobre cada fato em seu tempo mostra como esses padrões residuais se distanciam dos fatos reais.<br /><br />Sabemos que o processo de educação de uma sociedade passa quase sempre pela capacidade de seus indivíduos de identificar os sinais de realidade em meio aos eventos ilusórios da vida. Um povo alienado dificilmente aprenderá a reconhecer e exercer seus direitos e deveres de cidadania e um dos papéis da imprensa é colocar na agenda pública as informações socialmente mais relevantes e os meios para sua compreensão.<br /><br />Até que ponto a manutenção de ilusões favorece o conservadorismo? O que impede o sistema da mídia, poder estruturante da indústria cultural, de propor uma visão mais progressista do mundo?<br /><br />Quando o ano termina e as pessoas se abrem a manifestações de boa vontade, os balanços de notícias poderiam ser úteis para captar o que seria o desejo coletivo de uma sociedade melhor. Mas a seleção da mídia é centrada em sua própria versão da história, uma versão particular que prefere a manutenção das coisas como elas sempre foram.<br /><br />Muda o calendário, mas os dias são iguais.</div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-15685690298562066432013-12-30T03:11:00.000-08:002013-12-30T13:54:23.079-08:00Como o PSDB controla a mídia em MG<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0WUnHXu6XXoN3TCDiHJc28Vtbb9qKImJVIma0Dlil1DoJAZS62Pr8Htys1EpH0NVV5GIVkn-nr67PzM81_zF1urqZVQwuamxarscgzK7t6hyphenhyphenTs4vkDtfXrc1gReBKMgrOqmR3FmoKy7so/s1600/AecioCensura.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0WUnHXu6XXoN3TCDiHJc28Vtbb9qKImJVIma0Dlil1DoJAZS62Pr8Htys1EpH0NVV5GIVkn-nr67PzM81_zF1urqZVQwuamxarscgzK7t6hyphenhyphenTs4vkDtfXrc1gReBKMgrOqmR3FmoKy7so/s320/AecioCensura.jpg" width="320" /></a></div><strong>Por Lúcia Rodrigues, no blog <a href="http://www.viomundo.com.br/denuncias/lider-da-oposicao-em-minas-diz-que-irma-de-aecio-se-comporta-como-goebbels-das-alterosas.html">Viomundo</a>:</strong><br /><br />A explicação para que o mensalão tucano e outros escândalos que envolvem políticos do partido não repercutam em Minas Gerais tem nome, segundo o deputado estadual Sávio Souza Cruz (PMDB-MG), líder do bloco Minas Sem Censura, na Assembleia Legislativa do Estado. Trata-se de Andréa Neves, irmã mais velha do senador Aécio Neves (PSDB-MG).<br /><br /><a name='more'></a>O parlamentar se refere a ela como a “Goebbels das Alterosas”, em uma clara alusão ao ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels, que exercia forte controle sobre os meios de comunicação da Alemanha.<br /><br />De acordo com Sávio, Andréa comanda o controle à mídia mineira com mão-de-ferro, para evitar que o irmão e políticos aliados sejam atingidos por notícias desfavoráveis.<br /><br />Formada em jornalismo pela PUC Rio, Andréa integra desde 2003, quando Aécio assumiu o Executivo, o Grupo Técnico de Comunicação do Governo de Minas Gerais. O núcleo estratégico reúne representantes de empresas públicas e dos órgãos da administração direta, responsáveis pelas áreas de comunicação.<br /><br />O deputado oposicionista relata que a maioria das empresas privadas sediadas em Minas está concentrada nas áreas de mineração, siderurgia e metalurgia, e que estas normalmente não são grandes anunciantes na imprensa local. Isso confere ao governo mineiro poder e controle sobre a mídia, por ter peso decisivo como anunciante preferencial.<br /><br /><strong>Tudo dominado</strong><br />É por isso que escândalos como o do mensalão tucano quase não reverberam nas páginas dos noticiários locais. Ao ser anunciante de destaque, o governo cuida de abafar o que o desfavorece. O controle exercido por Andréa evita que em Minas os tucanos apareçam de forma negativa na mídia.<br /><br />Sávio tem esperança de que a situação se inverta, mas ressalta que a pressão exercida sobre os vários setores do Estado e da sociedade é praticamente total.<br /><br />“Aqui tá tudo dominado… Produzimos um Aécinho Malvadeza. A Assembleia [Legislativa] está de joelhos. Se o governador mandar pra cá um projeto revogando a Lei da Gravidade, a Assembleia aprova. A imprensa, comprada, sempre disposta a publicar os releases da Andréa Neves. O nosso Ministério Público não denuncia os mal-feitos do governo. E o Tribunal de Contas se converteu em um tribunal do faz de contas”, denuncia.<br /><br /><strong>Rompendo o esquema</strong><br />Quando foi secretário de Administração do governo Itamar Franco, Sávio orientou o governador a romper todos os contratos com as empresas do publicitário Marcos Valério.<br /><br />Itamar sucedeu Eduardo Azeredo, hoje réu no processo do mensalão tucano, que aguarda julgamento. O esquema teria sido montado para garantir a reeleição de Azeredo, em 1998, com o desvio de dinheiro de estatais minerais para as empresas de Marcos Valério.<br /><br />O publicitário foi recentemente condenado no STF por envolvimento com o mensalão do Partido dos Trabalhadores, o esquema de caixa dois que o Supremo entendeu ser voltado para comprar votos no Congresso.<br /><br />Quando assumiu o cargo no governo Itamar, Sávio diz ter percebido que as agências de publicidade de Valério serviam de fachada para o desvio do dinheiro público que abasteceu o mensalão tucano.<br /><br />Sávio Souza Cruz ressalta que não foi difícil chegar à conclusão.<br /><br />É que agências de publicidade recém formadas, às quais ele se refere como “portinholas”, tiveram crescimento extraordinário em pouco tempo.<br /><br />Cita outros indícios, como declarações do então presidente da Copasa, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais, de que teria sido orientado a abastecer as empresas.<br /><br />O deputado do bloco Minas Sem Censura destaca que quando Aécio Neves assumiu o governo do Estado, sucedendo Itamar Franco, deu um giro de 360 graus.<br /><br />Os contratos com agências de publicidade, que haviam sido cancelados pelo antecessor, foram retomados.<br /><br />Hoje o líder do bloco Minas Sem Censura critica a manobra que excluiu vários beneficiários do mensalão tucano dos processos que correm no STF e na Justiça estadual de Minas.<br /><br />O senador do PSDB Aécio Neves foi um dos que se beneficiaram da decisão do Supremo Tribunal Federal.<br /><br />Segundo o relatório da Polícia Federal, ele teria recebido R$ 110 mil no esquema de corrupção montado pelo partido.<br /><br />Para o parlamentar, a pressão da sociedade é fundamental para que justiça seja feita no caso do mensalão tucano.<br /><br />“Não tem nada mais injusto do que justiçar um lado”, afirma ao se referir à condenação dos réus no processo do mensalão petista.<br /><br />Enquanto isso, o esquema original só deverá ser julgado no final de 2014 ou em 2015.<br /><br />Ele espera que as redes sociais ajudem na cobrança por isonomia do STF.<br /><br />Sávio exemplifica com o caso de Marcos Valério, operador dos dois esquemas de corrupção.<br /><br />Por enquanto, foi condenado apenas na ação penal que envolveu representantes do Partido dos Trabalhadores.<br /><br />“Fica essa situação para o Judiciário explicar”, frisa.<br /><br />Segundo o deputado, o tratamento diferenciado do Supremo Tribunal Federal em relação aos dois mensalões se deve à influência exercida pelo PSDB sobre a mídia.<br /><br />Casos parecidos são tratados com dois pesos, duas medidas, diz o peemedebista.<br /><br />Sávio lamenta que outro esquema de corrupção promovido por tucanos de Minas Gerais não tenha resultado em punição, pelo menos até agora: o da Lista de Furnas.<br /><br />O esquema, voltado para abastecer as campanhas do PSDB e do extinto PFL em 2002, teria tido início em 2000.<br /><br />Dirigentes da estatal de energia elétrica Furnas são acusados de fazer pressão sobre fornecedores da empresa para arrancar doações que abasteceram o caixa de campanha.<br /><br />A autenticidade da lista com a relação de doadores foi reconhecida em perícia da Polícia Federal.<br /><br />Sávio não descarta a hipótese de que outro esquema de corrupção esteja em marcha em Minas Gerais.<br /><br />Como não existe espaço para o contraditório na mídia do Estado fica muito difícil exercer a vigilância sobre quem governa, diz o líder do bloco Minas Sem Censura.</div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-15069980547817164252013-12-30T02:56:00.000-08:002013-12-30T13:54:23.106-08:00Anderson Silva, lutas e berinjelas<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrkdovFRRBTxa2pPoZrWPk58hDACwOr6LVYR_WaLh3xRsNOBaGydOeZJ1s2fB1HeLDa8nU1sfkW3S5gM9tNvTfjQmq3-RcuzHoVXGz_ydswwf9D5jQv6YRaolYRvNCpYIlC3yQxmH5P2UJ/s1600/andersonsilva.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="175" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrkdovFRRBTxa2pPoZrWPk58hDACwOr6LVYR_WaLh3xRsNOBaGydOeZJ1s2fB1HeLDa8nU1sfkW3S5gM9tNvTfjQmq3-RcuzHoVXGz_ydswwf9D5jQv6YRaolYRvNCpYIlC3yQxmH5P2UJ/s320/andersonsilva.jpg" width="320" /></a></div><strong>Por Fabio Chiorino, na revista <a href="http://esportefino.cartacapital.com.br/andersonsilva-ufc-chrisweidman/">CartaCapital</a>:</strong><br /><br />Nunca fui fã de MMA. Não consigo captar a essência da modalidade. Simplesmente olho para uma luta e penso que estão lá basicamente para machucar um ao outro. Mas até aí, um assíduo em UFC poderá replicar que enxerga a mesma coisa ao observar as arquibancadas do futebol brasileiro. E teremos então duas visões distorcidas basicamente pelos motivos que levam alguém a eleger um esporte como preferido.<br /><br /><a name='more'></a>Essa concepção bastante simplória da minha parte não provoca qualquer miopia em relação a Anderson Silva. Sim, trata-se de um dos maiores ídolos esportivos da história do Brasil. As provas são inequívocas: conquistas, patrocinadores, audiência, torcedores que o acompanham pelo mundo. Torcedores brasileiros que foram até Las Vegas para ver o duelo contra o americano Chris Weidman, que talvez tenha representado a aposentadoria de Spider.<br /><br />É triste demais ver um esportista sofrendo uma grave lesão, mesmo que se coloque em uma posição de risco muito maior, como é o caso do lutador brasileiro. Impossível não fazer as associações com outros ídolos. Gustavo Kuerten e Ronaldo, por exemplo, que sofreram muito com questões físicas em suas carreiras. A diferença brutal é a repulsa que a imagem da canela de Anderson quebrada provoca.<br /><br />Há muitos torcedores que passaram a acompanhar o UFC por causa de Anderson Silva. Mas também há tantos outros que, por essa mesma razão, descobriram e acompanharam diversos lutadores, até mesmo de outras nacionalidades. Spider hoje não é o único brasileiro de destaque nos octógonos, mas é o maior nome, a referência máxima para o torcedor do seu país.<br /><br />Desqualificar o UFC por conta desse episódio é desonesto. A canela triturada de Anderson Silva é uma entre tantas graves lesões já presenciadas no UFC. A proporção é maior justamente pelo que o lutador representa. A modalidade segue após o choque e continuará existindo como uma das indústrias esportivas mais rentáveis e de maior alcance no mundo.<br /><br />Aos 38 anos, Anderson Silva possivelmente se despede da luta de forma melancólica. Mesmo que consiga retornar, dificilmente terá a mesma confiança que demonstrou durante toda a carreira. Mas também fazem parte dos roteiros dos grandes ídolos os retornos impossíveis, as redenções fabulosas. Impossível cravar o desfecho desse acidente.<br /><br />Nunca fui fã de MMA, mas isso equivale a dizer que nunca fui fã de berinjela. Quem se importa? Nenhuma percepção contrária diminui a importância de Anderson Silva. Deixo de lado a pressa em apontar a luta como selvageria e apenas mantenho o foco em outros esportes. A queda de Spider, a sexta em toda a sua carreira, comove, pois impossibilita o homem – e não só o atleta – de fazer aquilo que mais gosta na vida. E isso vai muito além de qualquer preferência particular.</div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-46701979341239725652013-12-30T02:52:00.000-08:002013-12-30T13:54:23.168-08:00Jango teria sido reeleito em 1965<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyM_fqLa5HsQWKvc7KlHvmEw4gCWo6o_PfFfxJvWdKCDmtn0bGc78vDuynVESJ1MMDHMGRlg39Pv0fhFt0RphY_n2SEQz9Mt9lhPCHIZRqRVbeaqnX-OdnGnonwnPDVDOJhZYVPwDMxtM-/s1600/jango.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyM_fqLa5HsQWKvc7KlHvmEw4gCWo6o_PfFfxJvWdKCDmtn0bGc78vDuynVESJ1MMDHMGRlg39Pv0fhFt0RphY_n2SEQz9Mt9lhPCHIZRqRVbeaqnX-OdnGnonwnPDVDOJhZYVPwDMxtM-/s1600/jango.jpg" /></a></div><strong>Por Luis Nassif, no <a href="http://jornalggn.com.br/noticia/segundo-o-ibope-jango-teria-sido-reeleito-em-65">Jornal GGN</a>:</strong><br /><br />A primeira vez que ouvi falar nas pesquisas do Ibope sobre o governo Jango foi em um congresso da Wapor (a associação latino-americana de pesquisas de opinião) em Belo Horizonte. Participei de um debate sobre o novo papel dos blogs junto à opinião pública. Um dos papers apresentados mencionava dados gerais da pesquisa, localizada nos arquivos que o Ibope doou à Unicamp.<br /><br /><a name='more'></a>Nesta semana, na Carta Capital, há uma entrevista de Rodrigo Martins com o historiador Luiz Antônio Dias sobre as pesquisas. Os números são impressionantes:<br /><br />· Em junho de 1963, Jango era aprovado por 66% da população de São Paulo, desempenho superior ao do governador Adhemar de Barros (59%) e do prefeito Prestes Maia (38%).<br /><br />· Pesquisa de março de 1964 revela que, caso fosse candidato no ano seguinte, Goulart teria mais da metade das intenções de voto na maioria das capitais pesquisadas. Apenas em Fortaleza e Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek tinha percentuais maiores<br /><br />· Havia amplo apoio à reforma agrária, com um índice superior a 70% em algumas capitais.<br /><br />· Pesquisa na semana anterior ao golpe, realizada em São Paulo a pedido da Fecomercio, apontava que 72% da população aprovava o governo Jango.<br /><br />· Entre os mais pobres a popularidade alcançava 86%.<br /><br />· 55% dos paulistanos consideravam as medidas anunciadas por Goulart no Comício da Central do Brasil, em 13 de março, como de real interesse para o povo.<br /><br />· Entre as classes A e B, a rejeição a Goulart era um pouco maior em 1964. Ao menos 27% avaliavam o governo como ruim ou péssimo na capital paulista.<br /><br />*****<br /><br />É o mais contundente documento até agora divulgado sobre o desproporcional poder político dos grupos de mídia na democracia brasileira e latino-americana no século 20.<br /><br />Quase todas as ditaduras latino-americanas foram implementadas por meio de golpes de Estado legitimados por um suposto apoio da opinião pública. E esse apoio era medido exclusivamente pelo volume de notícias veiculados nos grupos de mídia, e pela mobilização que conseguiam em algumas classes sociais. Um enorme espectro da opinião pública passava ao largo desse jogo restrito.<br /><br />*****<br /><br />Depois da redemocratização, houve vários golpes de Estado institucionalizados no continente, não apenas contra governos ditos de esquerda - como o fracassado golpe contra o venezuelano Hugo Chávez - como contra governos tidos como de direita - Fernando Collor, no Brasil, Carlos Andrés Perez, na Venezuela.<br /><br />Em todos os episódios, juntavam-se interesses contrariados de grupos políticos e de grupos de mídia. Levantavam-se denúncias sólidas ou meros factoides, criava-se a atoarda, passando a sensação de que a maioria da opinião pública desejava a queda do governante.<br /><br />*****<br /><br />O ponto mais relevante das pesquisas do Ibope é mostrar que a chamada opinião pública midiática sempre foi um segmento minoritário indo a reboque de uma aliança que incluíam os grupos, alguns partidos conservadores e alguns interesses do grande capital.<br /><br />Esse modelo, que domina o debate econômico e político em todo século 20, chega ao fim com o advento das redes sociais.</div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-41009821381531153602013-12-30T02:29:00.000-08:002013-12-30T13:54:23.224-08:00O PSDB e a "indignação seletiva"<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifG7eY71Ps9gGp3Ju7cRomsx710lkgDV2baXeMMMHIBB4avtb4DSCsgvBzwi3SuYc3pInpbNEnv71zz1ooCha6xYQ6CZUCMTDdx3CJhzRgT35NFsUtINEFbNpC_NBS_x-mHsR1beOYEuN8/s1600/PSDBMidiaPF.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifG7eY71Ps9gGp3Ju7cRomsx710lkgDV2baXeMMMHIBB4avtb4DSCsgvBzwi3SuYc3pInpbNEnv71zz1ooCha6xYQ6CZUCMTDdx3CJhzRgT35NFsUtINEFbNpC_NBS_x-mHsR1beOYEuN8/s320/PSDBMidiaPF.jpg" width="320" /></a></div><strong>Por Daniel Quoist, no sítio <a href="http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/O-PSDB-e-sua-indignacao-seletiva-para-casos-de-corrupcao-/4/29881">Carta Maior</a>:</strong><br /><br />Impressiona a indignação seletiva do PSDB com casos de corrupção. Mas a frase, para ser verdadeira, não pode terminar aí.<br /><br />É que a indignação tucana é um primor de seletividade e parcialidade: só há indignação se houver suspeita de malfeito que envolva, mesmo que com meros sinais de fumaça, o PT ou Dilma Rousseff, seja o governo, seja a pessoa.<br /><br /><a name='more'></a>Qualquer denúncia urdida na grande imprensa - das rotativas de Veja às empresas de comunicação da Globo, passando pelos jornais Folha de S.Paulo e Estado de São Paulo – que tenha poder de desgastar o PT ou o governo Dilma Rousseff, recebe desdobramentos previsíveis e imediatos por parte do PSDB.<br /><br />No Senado, a indignação assoma à tribuna juntamente com Álvaro Dias. Na Câmara, perfaz o espetáculo “indignadosinho de sempre” emulado por Carlos Sampaio. Na blogosfera tucana repercute nos textos de Augusto Nunes e Reinaldo Azevedo, ambos abrigados no portal de Veja.<br /><br />Se é contra o PT/Dilma Rousseff a força da marola é potencializada em tsunami indonésio.<br /><br />Mas se o assunto é corrupção envolvendo próceres tucanos, o silêncio, além de constrangedor, é sepulcral. É o caso do cartel permeando contratos dos trens de São Paulo. É o caso da máfia do ISS também em São Paulo. É o caso do mensalão tucano, envolvendo o deputado Eduardo Azeredo e dando origem aos esquemas criminosos chancelados por Marcos Valério, personagem-chave e onipresente no chamado mensalão do PT.<br /><br />Este maniqueísmo tucano é o mesmo maniqueísmo midiático que vem solapando a fugidia credibilidade de veículos de nossa grande imprensa, acima nomeados. A mídia tonifica a indignação tucana com supostos escândalos envolvendo seu inimigo figadal, o PT, e reduz a poucos tons de cinza a repercussão de maracutaias das grossas envolvendo os quase vinte anos de poder tucano em São Paulo, passando pelos governos Covas, Alckmin e Serra.<br /><br />É tão desigual – e tão partidarizada – a cobertura de uns e de outros que não tardará o dia em que a Associação Nacional de Jornais e o Instituto Millenium irão requerer participação no Fundo Partidário, a par com o PSDB, PT, PMDB, DEM, PSOL.<br /><br />A defesa do PSDB é valsa de uma nota só. “Tudo é armação. Não passa de perseguição. Isso se chama aparelhamento do Estado”. No caso do “trensalão tucano” nenhum porta-voz pessedebista estranhou que o procurador Rodrigo de Grandis tenha justificado a perda do prazo de cooperação com as autoridades suíças afirmando que havia arquivado numa pasta errada os ofícios do Ministério da Justiça que continham os pedidos de cooperação sobre o cartel da CPTM. E o engavetamento, ôpa!, o arquivamento em pasta errada vem desde 2010. Não é algo por demais estranho? E exótico, mesmo para os padrões brasileiros?<br /><br />Ninguém viu Álvaro Dias no Senado pedindo instalação de CPI para investigar o cartel dos trens de São Paulo e muito menos propor a convocação do procurador De Grandis para receber aula da Comissão Permanente do Senado sobre a arte de arquivar corretamente documentos. A TV Câmara não transmitiu nenhum discurso estabanado de Carlos Sampaio descendo a lenha em Rodrigo De Grandis. Trens, então, nenhum piado.<br /><br />Ao mesmo tempo, sempre em conluio com a grande imprensa, o PSDB se fez de morto com a recente operação em que a Polícia Federal apreendeu 445 quilos de cocaína em helicóptero do senador mineiro Zezé Perrela. Optou por fazer gênero indignação zero. Também nenhum chiado. Silentes estavam, calados ficaram. E por quê? Simples, é muito delicado colocar em uma mesma frase palavras como Cocaína – PSDB – Aécio. E no caso do helicóptero o que mais se especulou foi a muito próxima amizade entre Zezé Perrela e o senador Aécio Neves, ambos torcedores apaixonados do Cruzeiro, mas não só isso, atestam muitos perfis nas redes sociais da internet.<br /><br />Fato é que imagem de helicóptero com quase meia tonelada de cocaína apreendida, sendo de propriedade de um figurão da política mineira e cujo piloto é lotado como assessor de seu filho, deputado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, jamais deixaria de ser capa de revistas semanais e de jornais de circulação nacional.<br /><br />Mas no Brasil, país que tanto se preza a liberdade de imprensa, simplesmente deixou de ser capa. No caso de Veja, a capa foi sobre games. Peculiar, não? E é assim que com pés e mão de barro desejam empunhar a bandeira da moral e dos bons costumes, onde imoralidade e maus costumes só se pode ver no lado do governo.<br /><br />Ridículo se não fosse pateticamente risível.</div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-49306101979230362932013-12-30T02:18:00.000-08:002013-12-30T13:54:23.257-08:00O funesto império das corporações<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq2cQIEefXjUKQJIT0_nKFKjOjoW0hmaQYhRJXVlmfX2dMLvgaLQN3pYMLGLF7wB6PIYkqI3wfEnujH_oITAIv90Ho1n33jBShTgL2t9ljbwOhJ_BuJgkyEkslSP1QJo9Kr60FDjN7BZZU/s1600/capitalismo07.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq2cQIEefXjUKQJIT0_nKFKjOjoW0hmaQYhRJXVlmfX2dMLvgaLQN3pYMLGLF7wB6PIYkqI3wfEnujH_oITAIv90Ho1n33jBShTgL2t9ljbwOhJ_BuJgkyEkslSP1QJo9Kr60FDjN7BZZU/s320/capitalismo07.jpg" width="320" /></a></div><strong>Por Leonardo Boff, no sítio da <a href="http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=PT&cod=79266">Adital</a>:</strong><br /><br />O individualismo, marca registrada da sociedade de mercado e do capitalismo como modo de produção e sua expressão política o neoliberalismo, revelam toda sua força mediante as corporações nacionais e multinacionais. Nelas vigora cruel competição dentro da lógica do ganha-perde.<br /><br /><a name='more'></a>Pensava-se que a crise sistêmica de 2008 que afetou pesadamente o coração dos centros econômico-financeiros nos USA e na Europa, lá onde a sociedade de mercado é dominante e elabora as estratégias para o mundo inteiro, levasse a uma revisão de rota. Ainda mais que não se trata apenas do futuro da sociedade de mercado mundializada, mas de nossa civilização e até de nossa espécie e do sistema-vida.<br /><br />Muitos como J. Stiglitz e P. Krugman esperavam que o legado da crise de 2008 seria um grande debate sobre que tipo de sociedade queremos construir. Enganaram-se rotundamente. A discussão não se deu. Ao contrário, a lógica que provocou a crise foi retomada com mais furor.<br /><br />Richard Wilkinson, epidemiologista inglês e um dos maiores especialistas sobre o tema desigualdade foi mais atento e disse, ainda em 2013 numa entrevista ao jornal Die Zeit da Alemanha: "a questão fundamental é esta: queremos ou não verdadeiramente viver segundo o princípio que o mais forte se apropria de quase tudo e o mais fraco é deixado para trás?”.<br /><br />Os superricos e superpoderosos decidiram que querem viver segundo o princípio darwinista do mais forte e que se danem os mais fracos. Mas comenta Wilkinson: "creio que todos temos necessidade de uma maior cooperação e reciprocidade, pois as pessoas desejam uma maior igualdade social”. Esse desejo é intencionalmente negado por esses epulões.<br /><br />Via de regra, a lógica capitalista é feroz: uma empresa engole a outra (eufemisticamente se diz que se fizeram fusões). Quando se chega a um ponto em que só restam apenas algumas grandes, elas mudam a lógica: ao invés de se guerrearem, fazem entre si uma aliança de lobos e comportam-se mutuamente como cordeiros. Assim articuladas detém mais poder, acumulam com mais certeza para si e para seus acionistas, desconsiderando totalmente o bem da sociedade.<br /><br />A influência política e econômica que exercem sobre os governos, a maioria muito mais fracos que elas, é extremamente constrangedor, interferindo no preço das commodities, na redução dos investimentos sociais, na saúde, educação, transporte e segurança. Os milhares que ocupam as ruas no mundo e no Brasil intuíram essa dominação de um novo tipo de império, feito sob o lema: "a ganância é boa” (greed is good) e "devoremos o que pudermos devorar”.<br /><br />Há excelentes estudos sobre a dominação do mundo por parte das grandes corporações multilaterais. Conhecido é o do economista norte-americano David Korten "Quando as corporações regem o mundo” (When the Corporations rule the World, Berret-Koehler Publisher 1995/2001)). Mas fazia falta um estudo de síntese. Este foi feito pelo Instituto Suíço de Pesquisa Tecnológica (ETH), em Zurique em 2011 que se conta entre os mais respeitados centros de pesquisa, competindo com MIT. O documento envolve grandes nomes, é curto, não mais de 10 páginas e 26 sobre a metodologia para mostrar a total transparência dos resultados. Foi resumido pelo Professor de economia da PUC-SP Ladislau Dowbor em seu site. Baseamo-nos nele.<br /><br />Dentre as 30 milhões de corporações existentes, o Instituto selecionou 43 mil para estudar melhor a lógica de seu funcionamento. O esquema simplificado se articula assim: há um pequeno núcleo financeiro central que possui dois lados: de um, são as corporações que compõe o núcleo e do outro, aquelas que são controladas por ele. Tal articulação cria uma rede de controle corporativo global. Esse pequeno núcleo (core) constitui uma superentidade (super entity). Dele emanam os controles em rede, o que facilita a redução dos custos, a proteção dos riscos, o aumento da confiança e, o que é principal, a definição das linhas da economia global que devem ser fortalecidas e onde.<br /><br />Esse pequeno núcleo, fundamentalmente de grandes bancos, detém a maior parte das participações nas outras corporações. O topo controla 80% de toda rede de corporações. São apenas 737 atores, presentes em 147 grandes empresas. Ai estão o Deutsche Bank, o J.P. Morgan Chase, o UBS, o Santander, o Goldes Sachs, o BNP Paribas entre outros tantos. No final menos de 1% das empresas controla 40% de toda rede.<br /><br />Este fato nos permite entender agora a indignação dos Occupies e de outros que acusam que 1% das empresas faz o que quer com os recursos suados de 99% da população. Eles não trabalham e nada produzem. Apenas fazem mais dinheiro com dinheiro lançado no mercado da especulação.<br /><br />Foi esta absurda voracidade de acumular ilimitadamente que gestou a crise sistêmica de 2008. Esta lógica aprofunda cada vez mais a desigualdade e torna mais difícil a saída da crise. Quanto de desumanidade aquenta o estômago dos povos? Pois tudo tem seu limite nem a economia é tudo. Mas agora nos é dado ver as entranhas do monstro. Como diz Dowbor: "A verdade é que temos ignorado o elefante que está no centro da sala”. Ele está quebrando tudo, cristais, louças e pisoteando pessoas. Mas até quando? O senso ético mundial nos assegura que uma sociedade não pode subsistir por muito tempo assentada sobre a superexploração, a mentira e a antivida.<br /><br />A grande alternativa é oferecida por David Korten que tem trabalhado com Joanna Macy, uma das mais comprometidas educadoras com o novo paradigma e com um futuro diferente e otimista do mundo. A grande virada (The Great Turning) se dará com a passagem do paradigma "Império” para o da "Comunidade da Terra”. O primeiro dominou nos últimos cinco mil anos. Agora chegou seu ponto mais baixo de degradação. Uma virada salvadora é a renúncia ao poder como dominação imperial sobre e contra os outros na direção de uma convivência de todos com todos na única "Comunidade da Terra”, na qual seres humanos e demais seres da grande comunidade de vida convivem, colaboram e juntos mantém uma Casa Comum hospitaleira e acolhedora para todos. Só nesta direção poderemos garantir um futuro comum, digno de ser vivido.</div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-3565619033908998192013-12-29T17:26:00.000-08:002013-12-30T13:54:23.313-08:00Pronunciamento de final de ano de Dilma<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="330" src="//www.youtube.com/embed/rv7m5HtpdGo" width="440"></iframe></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9034081955663834464.post-86563657189737261562013-12-29T17:07:00.000-08:002013-12-30T13:54:23.338-08:00Direita aposta no caos na Argentina<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJtFLkAkcLTqI6GCfrjc3rg8KUm0PiYpeJi4VDIGKCYblGamK6H1hrGZq-f7IynvM9tNzpvtlbrTzvT7FlUSfG5_6hIloJrgUJe4qrVhphAPjQNvSlhVNrYlRIsZgiR6pmEHwPOnbJaOMK/s1600/Cristina-Fernandez-Clarin-e1349398865557.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJtFLkAkcLTqI6GCfrjc3rg8KUm0PiYpeJi4VDIGKCYblGamK6H1hrGZq-f7IynvM9tNzpvtlbrTzvT7FlUSfG5_6hIloJrgUJe4qrVhphAPjQNvSlhVNrYlRIsZgiR6pmEHwPOnbJaOMK/s320/Cristina-Fernandez-Clarin-e1349398865557.jpg" width="320" /></a></div><strong>Por Altamiro Borges</strong><br /><br />A vizinha Argentina está vivendo dias tensos e preocupantes. Os últimos dois meses foram abalados por ondas de saques, quedas suspeitas no fornecimento de energia elétrica, revolta das forças policiais e até mortes. A mídia local, liderada pelo Grupo Clarín – que fez fortuna na sanguinária ditadura no país –, e a mídia colonizada do Brasil afirmam que a culpa do caos é da presidenta Cristina Kirchner, “uma populista”. Já o governo argentino acusa as forças de direita de tentarem desestabilizar a nação com vistas às eleições de 2015.<br /><br /><a name='more'></a>Nesta sexta-feira (27), parte de Buenos Aires ficou às escuras e os moradores de alguns bairros foram às ruas para protestar contra a falta de luz. A rodovia Luis Dellepiane, que liga o centro da capital ao aeroporto de Ezeiza, foi bloqueada pela quarta vez em dois dias. Também ocorreram panelaços em áreas nobres, como no bairro turístico de Palermo. Segundo as distribuidoras, privatizadas na gestão neoliberal de Carlos Menem, o corte no fornecimento se deu devido às altas temperaturas – o verão mais quente em 43 anos –, que elevaram a demanda por energia.<br /><br />Diante da postura irresponsável das empresas, “o chefe de gabinete da Presidência, Jorge Capitanich, voltou a ameaçar estatizar as companhias de distribuição de energia elétrica se os problemas não forem solucionados. Já o ministro do Planejamento, Investimentos e Serviços, Julio De Vido, informou que os consumidores serão ressarcidos por danos causados pela falta de energia”, relata a Folha. Na avaliação de integrantes do governo federal, há fortes indícios de que várias empresas estejam apostando na desestabilização econômica do país e no caos social.<br /><br />A mesma suspeita surge diante dos protestos radicalizados de policiais que atingiram 20 das 23 províncias argentinas nos últimos dois meses. As greves exigiram reajuste salarial – e vários governos cederam à pressão. Mas muitos protestos foram violentos. Com a crise na segurança pública, uma onda de saques a lojas e residências se espalhou pelo país. A mídia divulga que 1.888 estabelecimentos foram saqueados e a Federação Argentina de Empresas (Came) garante que os prejuízos superaram os US$ 210 milhões. Estima-se que onze pessoas morreram nos confrontos.<br /><br />Em pronunciamento na televisão após a onda de saques, a presidenta Cristina Kirchner disse respeitar os protestos democráticos, mas atribuiu a violência a uma ação planejada “com precisão cirúrgica”. “Eu não sou ingênua, não acredito em casualidades. Tampouco acredito em fatos que se produzem por contágio”, afirmou. Ela acusou grupos de oposição de incitarem a insegurança para “desgastar a democracia” e reafirmou as medidas recentes do governo de congelamento de preços dos produtos essenciais.<br /><br />Neste quadro de turbulência, a mídia local e internacional aposta no aumento dos protestos em 2014 – algo parecido com o que ocorre no Brasil. A revista britânica “Economist”, conhecida por seus vínculos com a ditadura financeira, divulgou nesta semana que a Argentina – juntamente com a Bolívia e a Venezuela – apresenta “risco muito alto de instabilidade social” no próximo ano. A “Unidade de Inteligência” da publicação analisou a probabilidade de distúrbios em 150 países. O Brasil aparece na categoria abaixo da mais grave, a de "alto risco", com outras 45 nações.<br /><br />Sintonizada com a oligarquia internacional, a mídia nativa também detona o país vizinho. Em editorial no último dia 13, a Folha quase decretou a falência da Argentina, acusando o governo de irresponsabilidade fiscal. Já o Estadão, em editorial na mesma data – comemorativa dos 30 anos de reestabelecimento da democracia no país –, garantiu que a onda de explosões que abala o país “não é um problema pontual”, mas sim “sintoma da insatisfação generalizada” e prevê que “a temporada de protestos na Argentina pode estar apenas começando”. <br /><br />*****<br /><br /><strong><span style="color: red;">Leia também:</span></strong><br /><br />- <a href="http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/12/teremos-protestos-de-rua-em-2014.html">Teremos protestos de rua em 2014?</a><br /><br />- <a href="http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/12/o-ano-em-que-direita-voltou-as-ruas.html">O ano em que a direita voltou às ruas</a><br /><br />- <a href="http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/12/usaid-interferencia-na-america-latina.html">Usaid e a interferência na América Latina</a></div>Unknownnoreply@blogger.com