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O peso da aliança com o PMDB



UAI DILMA! MOREIRA FRANCO? O CARA É UM VERME


Laerte Braga


O ex-governador do estado do Rio Moreira Franco ministro secretário de Assuntos Estratégicos é pior que piada, ou não tem nada a ver com piada. É um retrocesso sem tamanho. Sai o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, um dos mais qualificados do Itamaraty, intelectual e pensador de renome em todo o mundo e entra um verme lato senso.

Moreira Franco é ex-genro do genro de Getúlio Vargas e em 1982 foi um dos protagonistas da tentativa de fraude das eleições para o governo do Rio. O célebre escândalo PROCONSULT. Transformar os votos em branco e nulos em votos favoráveis ao candidato da ditadura militar e derrotar Leonel Brizola.

Quem era o candidato da ditadura? Wellington Moreira Franco, escolhido agora por Dilma Roussef para um Ministério da vital importância, a Secretaria Nacional de Assuntos Estratégicos.

Moreira Franco não disputa cargos eletivos desde que derrotado na última vez e imaginava-se que o ex-governador (foi eleito em 1986 em disputa com Darcy Ribeiro) estivesse posto em aposentadoria, afinal, o que amealhou com a corrupção generalizada em seu governo é mais que suficiente para uma aposentadoria às custas do povo fluminense e brasileiro.

Sai das cavernas e indicado pelo PMDB vira ministro de uma secretaria decisiva para o País.

Não conhece assuntos estratégicos, conhece “quanto é o meu”.

A presidente eleita Dilma Roussef parece ter se equivocado de caminho em seus primeiros momentos, a escolha do Ministério, a julgar por figuras sem o menor compromisso com os compromissos que Dilma assumiu em campanha.

Garibaldi Alves ministro da Previdência? É o fim da picada.

Não é possível que o PMDB não tenha quadros melhores. Edíson Lobão? Dilma perdeu o senso deve estar embriagada ainda pela vitória nas eleições de outubro.

Há um compromisso claro da presidente de continuidade das políticas do governo Lula. Não significa que seja um terceiro mandato como sugerem alguns (pelo contrário, o Ministério mostra que está mais para Serra que outra coisa). Nem significa que as políticas do governo Lula sejam todas merecedoras de aplausos.

O governo como um todo, isso sim, representou e representa um avanço se levarmos em conta o que até agora se nos foi apresentado, digamos assim.

Duas molas mestras, as políticas sociais e a política externa são o ponto alto do governo Lula. Se observarmos a lógica capitalista, a econômica também.

Dilma já dá sinais claros que vai mudar a política externa (ao sabor dos interesses de Washington), manter uma figura no mínimo traiçoeira como Nelson Jobim no Ministério da Defesa e agora anuncia Moreira Franco, Garibaldi Alves e Edison Lobão.

É trinca para desmoralizar qualquer governo antes de começar.

Há uma realidade da qual Dilma não pode escapar sob pena de se mostrar a “víbora” que Lamarca teria falado. É produto de Lula, foi eleita por isso e olhe que era o produto mais pesado que o presidente tinha. Por si não era nada.

Ou mantêm os compromissos assumidos, suas raízes, ou vai sucumbir a alianças com as forças conservadoras e teremos uma versão petista do tucanato.

Pelo Ministério até agora indicado, a maioria das figuras, não há dúvidas quanto a essa capitulação.

Se estiver muito pressionada em relação à Saúde, pode deixar a máscara cair e chamar José Serra de uma vez, aí fica claro que Lamarca estava certo.

E o PT?

Há uma semana o presidente Lula anunciou que o Brasil reconhece o Estado Palestino nas fronteiras anteriores à guerra de 1967, o que representou um avanço notável na posição do País sobre o Oriente Médio.

Na mesma semana Dilma anuncia que Celso Amorim está fora do Ministério das Relações Exteriores, que Jobim vai ficar no Ministério da Defesa e agora se livra de Samuel Pinheiro Guimarães.

Troca a inteligência, o caráter, a brasilidade pela pilantragem política, nomeia ministro um sujeito desqualificado em qualquer ângulo que se queira ver como Moreira Franco o é.

Eu, se fosse Lula, antes que lambança comece e aproveitando os dias últimos do mandato ia a uma rede nacional de rádio e tevê e diria mais ou menos o seguinte. “Companheiros e companheiras me desculpem, cai no conto Dilma Roussef, peço perdão, afinal sou humano e errar todo mundo erra”.  

A moça virou à direita, mas ligou a seta, durante a campanha, para a esquerda.

Moreira Franco é um verme, nada além disso e sua indicação é a negativa de tudo o que a presidente eleita disse como candidata.

Alianças? Tudo bem, mas pelo menos nomes respeitáveis, competentes e a turma indicada, esse trio, é pior que parada dura, é quadrilha. 
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Sobre a entrevista com o Pres. Lula para rádios comunitárias

Do Blog do Planalto:

Ativistas, preparem-se! Vem aí debate sobre regulação dos meios de comunicação

Entrevista a rádios comunitárias

Foto: Ricardo Stuckert/PR



Os ativistas da comunicação no Brasil devem se preparar para um importante debate que vai ganhar corpo a partir do ano que vem: a mudança na regulação dos meios de comunicação do País. O alerta foi dado pelo presidente Lula nesta quinta-feira (2/12) no Palácio do Planalto, em Brasília (DF) em entrevista coletiva a oito rádios comunitárias. Segundo informou, o Ministério das Comunicações do governo Dilma Rousseff vai priorizar esse debate, com ampla participação da sociedade, porque a legislação brasileira é ultrapassada e não reflete o mundo altamente tecnológico e conectado à internet que temos hoje. A discussão está na mesa:
O novo Ministério está diante de um novo paradigma de comunicação. Quero alertar vocês porque esse debate vai ser envolvente, tem muita gente contra e muita gente a favor. Certamente, o governo não vai ganhar 100% e quem é contra não vai ganhar 100%. Eu peço que vocês se preparem para esse debate. Se a gente fizer um bom debate conseguiremos encontrar um caminho do meio. Esse será o papel do novo Ministério de Comunicações.
Lula expressou a vontade de se dedicar às discussões a respeito do Marco Regulatório das Comunicações após o fim do mandato, já que, segundo disse, poderá ter um discurso que não podia ter na função de presidente da República. Ele disse que como militante político exercerá um papel centralizador dos debates da sociedade brasileira para politizar a questão do marco regulatório e “resolver a história das telecomunicações de uma vez”. Para isso, ΅é preciso ter força política” e embasamento, para vencer “o monopólio”que existe atualmente nas comunicações.
Na opinião do presidente, é preciso mudar urgentemente o padrão da comunicação brasileira, que não reflete a pluralidade do País e não contribui para a difusão da diversidade cultural. Lula disse que não é mais possível que uma pessoa que mora na região Norte, por exemplo, só tenha acesso à programação de São Paulo e do Rio de Janeiro. Na opinião dele, “sem querer tirar nada de ningúem”, é preciso que se dê a oportunidade para que moradores do Sudeste tenham acesso às informações de todo o País e para que todas as regiões estejam em contato com sua própria cultura.
A democracia tem uma mão para ir e uma para voltar. Por isso é que nós trabalhamos a necessidade que você tenha uma programação regional para uma interação mais forte. Acho que poderemos avancar.
Ouça aqui a íntegra da entrevista:

Durante a entrevista, que durou pouco mais de uma hora, o presidente falou sobre o preconceito que existe na política brasileira que o vitimou “a vida inteira” e que o assustou durante a campanha presidencial. Lula ressaltou, entretanto, que acredita que prevalecerá o bom senso e que está certo de que Dilma Rousseff fará mais e melhor, porque encontrou um País muito mais desenvolvido e com a economia em amplo crescimento.
O que eu vi nessa campanha me assustou. Eu sempre fui vítima de preconceito, carreguei a vida inteira, e o preconceito deixa marcas profundas, quase que incuráveis. Eu não tinha noção de que eles seriam capazes de fazer uma campanha tao preconceituosa quanto fizeram com a Dilma… apenas porque era uma mulher candidata. Mas podem ficar certos de que a Dilma não veio de onde eu vim, mas ela vai para onde eu fui.
Participaram da entrevista com o presidente Lula as rádios Maria Rosa, de Curitibanos (SC); Heliópolis, de São Paulo (SP); Líder Recanto, do Recanto das Emas (DF); Oito de Dezembro, de Vargem Grande Paulista (SP); Santa Luzia, de Santa Luzia (MG); Cidade, de Ouvidor (GO), Fercal, de Sobradinho (DF) e Comunitária Integração, de Santa Cruz do Sul (RS). A entrevista foi transmitida ao vivo pelo Blog do Planalto e também por diversos outros blogs do País.
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Rádios Comunitárias entrevistam Pres. Lula às 9 horas

O Blog do Planalto transmitirá, nesta quinta-feira (2/12), a partir das 9 horas, a entrevista coletiva que o presidente Lula concederá a 10 emissoras de rádio comunitária no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), num evento promovido pela Secretaria de Imprensa da Secom, Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e pela Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço).

A transmissão será ao vivo e terá sinal aberto para todas as emissoras de rádio do País. Você poderá acompanhar a entrevista aqui ou, se preferir, em seu próprio blog/página – basta copiar o código abaixo e colar no local desejado.

 
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Nelson Jobim: afastem esse 5ª coluna do Governo!


Agora temos um informante da Embaixada estadunidense dentro do Governo Lula. Por muito menos que isso, caíram Paulo Lacerda e Erenice Guerra.

#forajobim

Arte: Blog da Dilma
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Assista ao vivo entrevista de Blogueiros [Sujos] com o Presidente Lula



Blogueiros brasileiros terão um encontro inédito com o presidente Lula nesta quarta-feira (24) no Palácio do Planalto, em Brasília, para uma entrevista coletiva que você poderá acompanhar, ao vivo a partir das 9 horas.   Clique aqui e veja a  página especial do encontro desenvolvida pelo  Blog do Planalto.
Nessa página especial da entrevista, é possível incorporar o vídeo do encontro em sua página ou blog pessoal. Basta copiar o código e colar no post desejado. E mais do que apenas acompanhar a entrevista ao vivo, você poderá também enviar sua pergunta pelo twitter, utilizando a hashtag #lulablogs.  A#Dilmanarede acompanha o encontro e convoca uma grande #coberturacolaborativa.
O evento acontecerá às 9h da manhã, no Palácio do Planalto, e será transmitido ao vivo pelo Blog do Planalto. Se quiser, você também poderá acompanhar o encontro por meio da tela abaixo.
Solicitada por um grupo de blogueiros progressistas, a entrevista já tem as presenças confirmadas de: Altamiro Borges (Blog do Miro), Altino Machado (Blog do Altino), Conceição Lemes (Viomundo), Cloaca News (Cloaca News), Eduardo Guimarães (Cidadania), Leandro Fortes (Brasilia, Eu Vi), Pierre Lucena (Acerto de Contas), Renato Rovai (Blog do Rovai), Rodrigo Vianna (Escrevinhador) e Túlio Vianna (Blog do Túlio Vianna).  
A coletiva é um momento de celebração da diversidade informativa. Ao abrir sua agenda à blogosfera o presidente demonstra estar atento às transformações que acontecem no espaço midiático, e ao mesmo tempo atesta a importância dessa nova esfera pública da comunicação.




Assista ao vídeo!
Acompanhe no Twitter: http://twitter.com/
Utilize a hashtag: #lulablogs
Conheça a página especial da entrevista: http://entrevista.blog.planalto.gov.br/
Leia as perguntas que o Tsvakko elaborou AQUI  e o post do Somos Andando AQUI.

Atualizado em 27/11/2010 às 8h23min.
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Governo Lula investe em formação de novos cientistas

É a garantia de tecnologia nacional para a soberania brasileira no pré-sal

A formação de jovens cientistas brasileiros




A produção de combustível a partir do hidrocarboneto de óleo vegetal utilizando o carboneto de molibdênio suportado; conversor estático de baixo custo e alto rendimento para sistemas eólicos de pequeno porte; e filtro positivo separador de poluentes são os trabalhos vencedores da 24ª edição do Prêmio Jovem Cientista. Os vencedores receberam troféus e cheques em cerimônia realizada nesta quinta-feira (18/11), no Palácio do Planalto, em Brasília.

Saiba aqui como concorrer ao prêmio.

O Blog do Planalto mostra o vídeo institucional que apresenta os trabalhos vitoriosos nas categorias Graduado, Ensino Superior e Ensino Médio. Na categoria Mérito Institucional venceu a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Os segundos e terceiros lugares em cada categoria também receberam troféus.

Fonte: Blog do Planalto
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Brasil: como serão governo e oposição?

Eric Nepomuceno no Página 12 [em espanhol]

Brasil: a ver cómo serán gobierno y oposición

Pasada la tensión de la campaña, suavizada la euforia de los ganadores, queda todavía el iracundo inconformismo de los derrotados. Y en ese clima las atenciones se dividen en dos vertientes muy claras en Brasil. De un lado, se barajan nombres, se multiplican presiones, rumores caen en cascada: todos quieren saber cuál será la formación del gobierno que Dilma Rousseff, del PT, inaugura el primer día de 2011.

De otro, lo que se busca es respuesta a una sola pregunta, igualmente enigmática: ¿cómo será la oposición a ese gobierno? ¿Quién la encabezará? Luego de tres derrotas consecutivas en sus intentos de alcanzar la presidencia del país que tiene la octava economía del mundo, ¿cómo debe actuar el PSDB? ¿Cuál será el rol reservado a José Serra, protagonista central de dos de esos fracasos? ¿Logrará imponer a su partido la furia con que se lanzó, golpes bajos inclusive, a la disputa presidencial?

Luego de su primer viaje como presidenta electa –acompañó a Lula en la reunión del G-20 realizada en Seúl–, Dilma Rousseff regresó a Brasilia y se instaló en la Granja del Torto, su residencia oficial de aquí al 1° de enero de 2011. Llegó y de inmediato se reunió con el presidente del PT, José Eduardo Dutra, uno de los encargados de sondear a los diez partidos que conforman la coalición de su futuro gobierno, para las primeras consultas sobre aspiraciones y eventuales nombres para formar su gabinete. Dilma optó por participar sólo en las negociaciones finales, evitando desgastes prematuros.

Como sería de esperar, hay especulaciones de todo tipo y calibre. Parte sustancial de las curiosidades está concentrada en los consejos –o pedidos– que Lula hará a su sucesora. El actual presidente reitera que no tendrá ninguna interferencia en la formación del nuevo gobierno. Es de suponer que siquiera él crea en eso. En todo caso, gente cercana a la futura mandataria resalta que ella sabrá acatar consejos y sugerencias, pero definirá su equipo a su manera. Queda por ver cuál será la verdadera dimensión de ese espacio de independencia. Quien la conoce prevé que será amplio lo suficiente para sorprender a seguidores y adversarios, pero al mismo tiempo advierten que sería absurdo no tomar en cuenta nada de lo que le diga Lula.

De momento, lo que hay es una serie de movimientos de cautela. Principal aliado, el PMDB (mayoría en el Senado y segunda bancada en Diputados), dueño de justificada fama de ávido por puestos y presupuestos y experto en negociar su apoyo sin preocuparse demasiado con principios éticos, habla poco. El PT, igualmente hambriento por espacio, se mueve mucho. La futura presidenta sabe que enfrentará, en las filas de su partido, un apetito voraz. Sabe igualmente que es considerada una neófita en el PT, en el cual ingresó recién en 2001, oriunda del laborismo de Leonel Brizola, figura histórica de la izquierda. Ahora mismo ocurre una no tan discreta guerra interna entre dos poderosos caciques del PT, José Dirceu, quien fue jefe de Gabinete de Lula entre 2003 y 2005, y Antonio Palocci, ministro de Hacienda entre 2003 y marzo de 2006. Ambos fueron defenestrados en el rastro de escándalos de supuesta corrupción. Palocci escapó de ser juzgado por la Corte Suprema. Dirceu no tuvo la misma suerte y aguarda el fallo, que podrá tardar al menos otro año más. De no haber explotado el escándalo que casi le costó a Lula da Silva la reelección en 2006, uno de los dos estaría hoy en el lugar de Dilma. Administrar esa batalla entre dos estrellas del PT es algo que seguramente requerirá el apoyo de Lula, y la presidenta lo sabe.

Del lado de los derrotados el panorama no es menos turbio, tenso y confuso. A estas alturas, quedaron claras las dimensiones de las heridas no cicatrizadas.

Partido de muchos cuadros pero carente de militancia efectiva, el PSDB está claramente dividido entre el grupo de San Pablo, cuyo control es disputado por el derrotado José Serra y el gobernador electo Geraldo Alkmin, y los del resto del país, cuya nueva estrella es el ex gobernador y senador electo de Minas Gerais, Aécio Neves. Los integrantes de la llamada “vieja guardia” se enfrentan al ímpetu del joven senador de Minas Gerais, quien, a los 50 años, se muestra dispuesto a pavimentar una carrera que lo eleve al puesto alcanzado por su abuelo, Tancredo Neves, quien sería el primer presidente civil luego de 21 años de dictadura militar. Tancredo jamás asumió la presidencia: una enfermedad fatal lo tumbó en la víspera de la ceremonia de asunción. El nieto, astutamente, hizo carrera reivindicando ese legado.

Seguidores de Serra acusan a Aécio de no haberse esforzado lo suficiente para darle la victoria. La verdad es que Aécio recorrió varios estados pidiendo votos para Serra. Pero en Minas, donde su popularidad es efectiva, actuó de manera discreta. Sabía que Serra sería derrotado, y que en el vacuo de esa derrota surgiría el espacio que ahora reivindica, con los ojos puestos en las presidenciales de 2014.

Aécio Neves defiende una oposición constructiva. Los de Serra, una oposición impiadosa, rencorosa. Aécio –con el sorprendente respaldo del ex presidente Fernando Henrique Cardoso– quiere una reformulación profunda del partido. Los de Serra dejan claro que él pretende mantenerse con el control.
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OS “MISERÁVEIS” E O AUTOMÓVEL

Laerte Braga



Uma jovem francesa de nome Sabrina foi trocada pelos pais como parte do pagamento por um carro usado. À época tinha 23 anos e hoje tem 30. Doente, foi deixada à porta de um hospital em estado lastimável.  O fato não aconteceu no Irã, mas na França, na cidade de Melun.

O jornal francês LE POST cita os nomes dos proprietários do carro, Franck Franoux e Florence Carrasco. O valor estimado da prestação paga em forma de Sabrina foi de 750 euros, algo como 1 760 reais.

Sabrina viveu em cativeiro entre 2003 e 2006, acorrentada a um abrigo. Tomava conta dos filhos do casal, foi queimada várias vezes com pontas de cigarros, ferro quente, espancada com barras de ferro e obrigada a manter relações sexuais com outros homens que pagavam ao casal para isso (naturalmente por conta de outras prestações atrasadas).

Quando largada às portas de um hospital em Paris ela não tinha dentes, pesava 34 quilos e foi submetida a várias cirurgias para reconstrução de nariz, orelhas e ainda hoje se encontra em “estado físico e psicológico deploráveis”.

Os pais e os que receberam Sabrina em pagamento estão sendo julgados e podem ser condenados a até 15 anos de prisão, mas dependendo das tais prestações, quem sabe, a pena mínima é de dois anos.

Luís Carlos Prates é um comentarista da RBS/GLOBO em Santa Catarina. Segundo ele “esse governo espúrio popularizou o automóvel e quem nunca leu um livro tem um carro”. Comentava o número de acidentes e mortos no feriadão do dia 15 de novembro. O livro a que se refere deve ser MEIN KAMPF, o único que provavelmente folheou. Leu as orelhas, mas absorveu o espírito. Registre-se que o comentário foi em estilo furibundo, salvador da pátria, faltou só o anauê ao final.

Na opinião do distinto os onze mortos em acidentes no feriadão de finados e os vinte nesse da proclamação da República se devem a isso. Para Luís Carlos Prates as pessoas ficam desatinadas para sair a qualquer custo. Maridos que não se entendem com mulheres, ou vice versa, tentam, através do automóvel, vencer curvas invencíveis na frustração do casamento fracassado.  Já imaginou ficar um feriadão olhando a cara metade, ou o cara metade? É o raciocínio do comentarista padrão global.

E é bem o padrão GLOBO, aquele do BBB onde o diretor tem o hábito de jogar água suja nas pessoas que julga vadias. Nem Lúcia Hipólito no dia que estava bêbada.

O comentário do cidadão está em



O prefeito da cidade de Detroit, a maior concentração da indústria automobilística em todo o mundo, está abrindo mão de 40% da área do município abandonada por desempregados hoje vivem em abrigos, nas ruas, em trailers, num país onde a taxa oficial de desemprego é de pouco mais de nove por cento, mas o governo nos bastidores admite que ultrapassa a vinte por cento. Qualquer semelhança com manipulação de números durante a ditadura militar ou o governo FHC não é mera coincidência.

É  culpa da China.

A consultoria ECONOMATICA fez um levantamento sobre empresas na América Latina e nos EUA e concluiu que a PETROBRAS é a segunda maior empresa latino americana e nos EUA, com um patrimônio líquido de 175,5 bilhões de dólares.

O desespero do comentarista deve ser rescaldo da derrota de José FHC Serra. É que esse patrimônio foi recuperado pelo governo brasileiro e a perspectiva é que a empresa se torne a maior do setor petrolífero do mundo nos próximos anos.

Não vira PETROBRAX como queriam os tucanos. 

Breve nos classificados de jornais de alto gabarito aquele anúncio troco filha loura, um metro e setenta, forma física de assombrar, carinhosa e meiga, faz serviços domésticos e de cama, por OPALA em boas condições, tratar pelo telefone 00000000.

O espetáculo “é o momento histórico que nos contém” (DEBORD).

E vai daí que, sem saída, o modelo falido, os norte-americanos decidiram apelar para a máquina de imprimir dinheiro, despejar toneladas de dólares verdadeiros/falsos mundo inteiro, no afã de recobrar o status de Disneyworld dos “miseráveis”, na falácia da “guerra do ópio” neoliberal.

Um relógio produzido em compartimentos segmentados de trabalho escravo, mão de obra barata e vendido na Quinta Avenida a não miseráveis que concentram todo o poder e riqueza do mundo, enquanto Obama finge que governa alguma coisa.

Leão desdentado é um trem, leão enfurecido é outra coisa, leão fracassado é um perigo maior ainda. O risco de perder a juba torna os EUA um conglomerado doentio e ameaçador.

No chamado vale do silício, na Califórnia, executivos de grandes empresas falidas na crise da soberba capitalista, abençoados por Bento XVI, como o fora por João Paulo II, passam o chapéu e alguns, os que aprenderam, ensaiam acordes em violões desafinados sem a menor sintonia com o sentido João Gilberto de ser.

As empresas? Imensos desertos varridos pela loucura dos arsenais capazes de destruir o mundo cem vezes.

O ser humano?

No filme O INCRÍVEL EXÉRCITO BRANCALEONE, de Mário Monicelli, o notável Vitório Gassman, quando percebe esgotadas todas as tentativas de ascender ao baronato, toma o rumo da Terra Santa. À frente um profeta e um sino à moda daquelas tropas de burros.

O problema todo é que a Terra Santa é propriedade privada do terrorismo sionista, escritura outorgada pelo Todo Poderoso, o deles evidente e lá se cobra ingresso para pedir perdão e para espetáculos de palestinos/palestinas sendo torturados, estuprados. Assassinatos custam um pouco mais caro, afinal os custos são altos e com a crise do patrocinador, os EUA, é preciso fechar o balanço no mínimo empatando a casa das despesas com a das entradas.

Se o distinto turista tiver sorte e dispuser de informações privilegiadas pode ser seduzido por uma agente do MOSSAD. Existem autorizações expressas na lei e nos fundamentos do sionismo para esse tipo de ação. O diabo é depois.

Acaba morto num quarto de hotel em Dubai.

Há anos atrás o programa GLOBO REPÓRTER mostrou uma simulação interessante produzida por um tevê norte-americana. Se todos os carros saíssem a um só tempo numa determinada cidade, acho que New York, nem haveria como chegar e nem haveria como voltar.

Cerca de 15% da população dos EUA teve dificuldades em colocar comida à mesa no ano de 2009. Passaram fome. Como registra Milton Temer, já imaginou se isso fosse em Cuba onde a saúde e a educação pública de boa qualidade alcançam a totalidade das pessoas?

O que a REDE GLOBO não faria?

Balela? Informação do próprio Departamento de Agricultura do governo do império.

Nos castelos de  Wall Street tudo bem, lagosta.

Nos arredores de Detroit quem sabe calangos?

Será que a indignação do comentarista da RBS/GLOBO, assim como alguém que se revolta com uma baita injustiça foi a mesma quando o filho de um diretor da empresa da qual é empregado estuprou com alguns amigos uma colega?

Foi não, enfiou a viola no saco. A indignação com “miseráveis” andando de automóvel é puro preconceito e a dedução sobre maridos e mulheres insatisfeitos é patologia comum a globais de qualquer dimensão. No caso, ele é de quinta ou sexta.

Importante são as receitas de Ana Maria Braga e os passeios de Susana Vieira no shopping com os cãezinhos e o namorado.

Um dia, quem sabe não custa ter esperança, televisão brasileira chega a um estágio em que a debilidade mental que resulta do ódio e do preconceito não seja a regra. Sem robôs como Bonner e sem comentaristas do naipe de Luís Carlos Prates.

Olhe, houve um tempo que num só jornal se juntaram, Nélson Rodrigues, Sérgio Porto, Antônio Maria, Luís Jatobá, isso apesar de Flávio Cavalcanti, mas noutro canal.

Que pena, a invenção de Ford para as elites saírem do pesadelo das diligências acabou nas mãos de “brasileiros miseráveis”, por obra e graça de um governo “espúrio”.

Cretinice não é bem a palavra, nem canalhice, difícil mensurar.  

Deve estar pensando em servir em São Paulo, em posição de sentido para o esquema FIESP/DASLU. Só pode. Ou então nas pessoas que comem por conta do “governo espúrio”. Medo de faltar caviar.

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Sobre a política de isenção de IPI dos automóveis, uma boa leitura crítica pode ser feita no Diário Gauche AQUI.

E sobre o "Caso Prates" leiam o Raul Longo e o Mirgon.

Atualizado às 2h10min.
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Daquele chargista que desenha mal pra caramba

Mas que é dono absoluto do espaço há mais de 30 anos, o que é completamente natural, considerando-se a ruindade editorial do jornal Zero Hora.


A deselegância de Marco Aurélio com as mulheres de importantes cargos do Partido dos Trabalhadores é antigo. Quando a então Vereadora Margarete Moraes assumiu a Prefeitura de Porto Alegre, sendo ela Presidente da Cãmara Municipal, substituindo o prefeito e o vice ausentes, este sujeito teve a capacidade de escrever a palavra Porto, com dois pingos inseridos dentro de cada letra "O", numa explícita alusão a seios. Lamentavelmente, não temos mais, em nossos arquivos, a tal "charge".

Agora, ele comete esse desenho acima. Um conhecido chargista riograndense, ao analisar qualquer charge do Marco Aurélio, afirma que o desenho ruim, muitas vezes inintelegível, é o menor dos seus problemas. A questão é a abordagem, quase sempre preconceituosa e conservadora, para com o campo político que o desagrada e omissa ao campo político com o qual simpatiza.

JornalismoB, Somos Andando e Blog do Mirgon escreveram sobre o tema.
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Presidente Lula cumprimenta Presidenta eleita Dilma Rousseff



(Vídeo: Ricardo Stuckert/PR)

Após a divulgação do resultado oficial da votação no segundo turno das eleições presidenciais deste ano, o presidente Lula e a primeira-dama Marisa Letícia receberam a recém-eleita presidenta Dilma Roussef no Palácio da Alvorada. “Presidenta!”, cumprimentou Lula, dando em seguida um forte abraço.


Fonte: Blog do Planalto
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Lula e Alencar: bastidores de uma foto comovente



Na sexta-feira, 29 de outubro, quando o fotógrafo Ricardo Stuckert entrou no quarto do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, o presidente Lula já estava conversando com seu vice, José Alencar, internado para mais uma sessão de quimioterapia. “Meu helicóptero chegou dez minutos depois”, explicou Stuckert ao blog. No quarto também estavam Marisa, mulher do vice-presidente, e o médico Roberto Kalil.

Lula e Alencar conversavam sobre a festa de aniversário do presidente, realizada na quarta-feira, em Brasília. Na ocasião, foi exibido um DVD com depoimentos de um neto de Lula, de sua mulher, Marisa Letícia, e do vice, que emocionaram o presidente. Alencar, desanimado, lamentou não ter participado da festa, por ter reiniciado, mais uma vez, o tratamento contra o câncer.

Foi quando Lula disse: “Zé, nós subimos a rampa (do Palácio do Planalto) juntos, nós vamos descer juntos”. Alencar se emocionou, levando o presidente a fazer o gesto captado pela lente do fotógrafo.

Stuckert acompanha Lula como fotógrafo da Presidência desde o primeiro dia de governo e vai deixar o Planalto no dia 1º de janeiro de 2011.

Em tempo: a foto, em tamanho maior, pode ser vista aqui.
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Breve comparação entre FHC, Lula, Serra e Dilma

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Comparativo FHC e Lula: na balança 2

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Porque Dilma Lá!



[Valeu, Ivana!]
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A pauta religiosa da campanha eleitoral

Através da lista de discussão da Rede Mulher e Mídia, soubemos que a candidata Dilma Rousseff afirmou, no Jornal Nacional da Rede Globo, que vetaria qualquer pauta religiosa. Quer dizer, alguém da Globo trouxe a agenda imposta pelos demotucanos, que é o trato religioso. 

Está aí uma coisa que a Dilma pode afirmar, porque ela sabe que, antes de chegar no Executivo, passará pelo Legislativo e nós ainda não sabemos o tamanho da bancada evangélica na sua atual composição.


Não foi nem 1, nem 2 vezes, que o Governo Lula voltou atrás nas suas decisões, porque não teve coragem do enfrentamento. Nem por isso deixou de melhorar as condições de vida do povo brasileiro. Não será a Dilma que, em plena campanha eleitoral, fará isso. Aliás, ela poderia responder de forma diferente. Suponhamos que a questão do aborto não tenha vício de origem, ou seja, não é assunto a ser encaminhado pelo Poder Executivo, mas seja competência do Poder Legislativo, que achamos ser o caso, frente a resposta da candidata.
O que ela deveria responder? 

O fulaninho, ou fulaninha, esse tema não será prerrogativa do Executivo, por isso, não sei a razão desta pergunta ser feita a mim. Você deveria questionar cada parlamentar eleita/eleito sobre o que pensam a respeito. É deles a decisão, não minha e, quando chegasse na minha mesa, se chegasse, minha decisão seria pautada pelo anseio do povo brasileiro, afinal, foi o povo que escolheu os seus representantes do Legislativo.

Pronto! Dava um chega para lá no assunto e seguia-se em frente! Por isso, o que nos cansa é ver a campanha da Dilma morder a isca e permitir a imposição da pauta. Cansa-nos saber que ela vai, ou faz entrevista para o JN, sendo a Globo uma das empresas de comunicação da campanha terceirizada do Serra, um crime eleitoral escancarado que, se existisse Justiça nesse país, já teria tirado do ar a concessão pública da família Marinho.

Estamos em frente a uma luta de classes, pois esta eleição, desde o princípio, foi pautada pelo desespero da extrema-direita em ficar mais 4 anos fora do poder do Estado e longe das trocentas maracutaias que a fez enriquecer ilegitimamente. Por isso, trazer a pauta da TFP, mais a evangélica, para tentar detonar com a representante dos comunistas que comem criancinhas, cinicamente, não é problema para essa gente escrota.

Esse tema é um legítimo pega ratão! Como os denuncismos não tiveram o efeito desejado, pois a mentira tem perna curta, o negócio foi apelar para a religião e a discussão do projeto programático do Governo Lula e da candidata fica, mais uma vez, adiado, para a felicidade geral do demotucanato.

Leiam, também, o artigo no Leandro Fortes FHC e a Contra-Reforma Tucana.


Atualizado às 7h40min.
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Lula, o Pré-sal e os 5ª coluna

Vejam, noss@s leitor@s, a quantidade de instituições de pesquisas que o pré-sal impulsiona! E o potencial que ele tem para o desenvolvimento nacional. 
Mesmo assim, o tal David Zylberstein, infiltrado no tucanato, e que nem brasileiro é, quer entregar essa riqueza aos seus comparsas do estrangeiro.
Além dos quinta coluna de fora, temos os quinta coluna de dentro. Ouçam, AQUI, as declarações da venal Lucia Hippolito, para quem o pré-sal, antes de ser uma solução, é um monumental problema!

Do blog Guaciara [via @iavelar]:


Lula mandando seu recado: mais quatro anos de avanços econômicos e sociais com Dilma e aliados!

Mais uma vez o Demétrio faz com que este blog se torne melhor. Agora explica e desfaz algumas bobagens difundidas sobre o pré-sal. Assim que descobriram os recursos na profundidade, começaram a falar sobre a sorte do presidente Lula, como se as riquezas houvessem sido descobertas espontaneamente. O Demétrio desfez a bobagem nos debates acadêmicos, políticos e nas mesas de botequim. Disse que sem um ativismo científico do estado, típico do governo Lula, a fonte nunca teria sido descoberta. Desde então, a cada notícia publicada, checo com o representante do Guaciara em Massachussets. O texto, os links, as imagens e as legendas são do Demétrio. O cabra já virou blogueiro. RA!

  • O pré-sal, para todos os efeitos, ainda não existe. Ele precisará ser “criado” por meio de tecnologias e processos capazes de recuperar quantidades assombrosas de petróleo e gás nas condições mais adversas de exploração já enfrentadas desde as gigantescas descobertas no Mar do Norte na década de 1960.


  • A riqueza do pré-sal, essa então não apenas ainda não existe como pode nunca realizar todo o seu potencial. Maior ainda do que os desafios de desenvolver as tecnologias e processos de exploração e recuperação do petróleo e gás do pré-sal são os desafios políticos, econômicos e sociais de transformar essa riqueza potencial em motor do desenvolvimento nacional justo, distributivo e progressista.
  • O primeiro desafio, o desenvolvimento tecnológico e científico aplicado à exploração, beneficiamento e comercialização das riquezas do pré-sal, a Petrobrás já demonstrou que podemos vencer, como, aliás, vencemos, sob condições relativamente parecidas de dificuldades tecnológicas e produtivas quando das descobertas das reservas nos campos de Albacora e Marlim na Bacia de Santos, na década de 1980. Enfrentar e vencer esses desafios colocou a Petrobrás na condição de líder mundial em exploração petrolífera em águas profundas.


  • O segundo desafio, transformar a riqueza do pré-sal em desenvolvimento nacional econômico e justo, distributivo e progressista é muito mais difícil.  As dificuldades podem assumir duas ordens: a maldição dos recursos naturais e a doença holandesa. A maldição da abundância de recursos naturais refere-se à correlação negativa entre crescimento econômico e abundância de recursos naturais: quanto mais abundantes os recursos naturais, menor o crescimento econômico. A doença holandesa é mais específica, pois identifica um tipo de recurso natural (petróleo e gás) e o mecanismo causal que gera um crescimento econômico mais modesto e de menor qualidade, além de tratar de um caso histórico específico, os efeitos deletérios das descobertas de reservas petrolíferas no Mar do Norte sobre a economia holandesa. O argumento é o seguinte: a maior rentabilidade do setor de exploração do petróleo e gás combinada aos efeitos da apreciação cambial causada pelo enxurrada de divisas externas que afluirão ao país resultará em um movimento de fatores (capital e trabalho) dos setores manufatureiros para o setor de exploração dos recursos naturais e de serviços, diminuindo a competitividade do setor industrial exportador, deixando  no lugar uma economia especializada na extração e comercialização de recursos naturais que cedo ou tarde se esgotarão.
  • A descoberta de petróleo e gás no Mar do Norte na décade de 1960 oferece um caso raríssimo exemplo de quase-experimento nas ciências sociais: duas economias bastante parecidas – a holandesa e a norueguesa; o mesmo evento exógeno – descobertas de petróleo e gás no Mar do Norte – na mesma época – década de 1960; mas resultados muito diferentes a médio e longo prazo, com a Noruega desenvolvendo uma das sociedades mais justas e desenvolvidas do mundo , superando suas irmãs escandinávas Suécia e Dinamarca, e a Holanda emprestando seu nome a uma “doença”, feito de pouco ou nenhum mérito, convenhamos. A figura abaixo mostra a Noruega tirando a distância dos outros dois países escandinavos, Suécia e Dinamarca, em termos de PIB per capita (Produto Ingterno Bruto=Gross Domestic Product), de um ridículo terceiro e último lugar até a década de 1960 até a inquestionável dianteira:



  • Como explicar resultados tão diferentes? A Noruega, ao contrário da Holanda, adotou uma abordagem que tratava a enorme riqueza a que a sociedade norueguesa teria acesso nas décadas seguintes como uma oportunidade cheia de perigos e desafios. Trataram logo de garantir que  80% da riqueza gerada pelo petróleo e gás da plataforma continental norueguesa seria propriedade da nação; ampliaram e desenvolveram a companhia estatal norueguesa de petróleo (StatOil), dando a ela primazia na exploração e desenvolvimento do setor de petróleo e gás na Noruega; deram às companhias internacionais papel secundário e auxuliar no setor petrolífero norueguês, valendo-se das parcerias para garantir transferência de conhecimento das multinacionais para as empresas norueguesas – em um processo conhecido como capacidade adaptativa, em que um país consegue se apropriar de conhecimentos de fontes externas e aplicá-los para o desenvolvimento do país; desenvolveram o setor de subsea norueguês, dedicado a tudo que diz respeito à exploração subaquática, de risers – basicamente, tubos e conexões que, como sabemos, podem ser um baita mico nas mãos erradasv- até robótica e computação aplicadas à exploração de petróleo e gás – hoje em dia a norueguesa Aker Kværner é uma das maiores e mais importantes companhias do setor de subsea do mundo, setor altamente intensivo em capital e tecnologia e presente no mundo inteiro, isto é, em todo lugar em que os desafios tecnológicos para a extração do petróleo, logo, em que os custos envolvidos, portanto os lucros potenciais, são grandes; e a criação de um fundo soberano para reter e aplicar os dividendos do setor de petróleo e gás, evitando com isso a sobrevalorização cambial e as consequências da doença holandesa e a maldição que recai sobre quase todos os países ricos em recursos naturais mas pobres em futuro.
  • O pré-sal como fronteira tecnológica da exploração do petróleo é brasileiro, é nosso, foi feito por pessoas como você e eu que têm se dedicado a fazer do nosso país um lugar melhor para todos nós. O pré-sal como fenômeno geológico é muito provavelmente mundial, isto é, as condições geológicas de presença de petróleo nas camadas de pré-sal mundo afora são muito favoráveis e existem seguramente na costa ocidental da África (em que países como Nigéria e Angola já exploram petróleo e gás em suas plataformas marítimas) e possivelmente no Japão, no Golfo do México e no Mar Cáspio. O país que dominar as tecnologias de exploração dessa fronteira tecnológica terá uma vantagem competitiva de pelo menos duas décadas (o tempo que levou para o Brasil desenvolver a tecnologia capaz de extrair petróleo e gás do pré-sal) em relação aos demais – e no momento esse país é o Brasil.
  • Os desafios políticos, econômicos e sociais exigem muita atenção e sentido de futuro e de nação. Como mostram as histórias de inúmeros países ricos em recursos naturais – aqueles afetados pela maldição da abundância de recursos naturais – só isso não basta, é necessário saber o que fazer com tanta riqueza.
  • O Brasil precisa evitar a todo custo a tentação de gastar as riquezas do pré-sal em atividades e ações imediatas e com alto retorno político imediato mas baixo retorno no médio e longo prazo. Para isso, é preciso que o Brasil direcione a riqueza gerada pelo pré-sal para:
  1. Investir em educação em todos os níveis, de modo a qualificar a mão de obra não apenas do setor de petróleo mas de todos os outros setores da economia brasileira, mas sobretudo como forma de ampliar as condições mínimas de uma cidadania plena;
  2. Investir em inovação em todos os setores da economia brasileira, de modo a desenvolver no Brasil um tecido produtivo intensivo em conhecimento e competitivo internacionalmente;
  3. Garantir em alto grau o retorno das riquezas do pré-sal à sociedade brasileira, tanto no investimento dos recursos em políticas públicas de educação, inovação, ciência e tecnologia como na constituição de empresas brasileiras capazes de competir internacionalmente e gerar para o país empregos e dividendos que possam ser, via tributação, redistribuídos, reduzindo as tremendas desigualdades e injutiças que ainda existem no Brasil.
  • Mas pré-sal não é apenas e nem mesmo principalmente extrair petróleo e gás do fundo do mar de modo responsável e fazer com que isso se se reverta em um desenvolvimento nacional justo, distributivo e progressista. Como a experiência da Noruega nos mostra, para extrairmos todos os benefícios do pré-sal e evitarmos as armadilhas e roubadas que podem vir junto, uma geração inteira terá que se empenhar no esforço coletivo para aplicar da melhor maneira possível essa enorme riqueza. Nós precisaremos nos dedicar de corpo e alma à tarefa de compreender quais os impactos dessas descobertas sobre a fauna e flora marinhas, a chamada Amazônia Azul; as profundas alterações sociais e urbanísticas que afetarão os municípios e estados mais beneficiados com os royalties do pré-sal; os movimentos demográficos, a reconfiguração do mercado de trabalho e seus impactos sobre os ambientes urbanos que tenderão a crescer naquelas áreas; os desafios ambientais envolvidos na utilização intensiva de recuros energéticos de fontes fósseis; o que fazer para não perdermos a liderança no desenvolvimento e produção de biocombustíveis; e quais as políticas sociais mais adequadas para redistribuir toda essa riqueza sem com isso colocar em risco nosso futuro, uma vez que cedo ou tarde toda essa riqueza irá acabar e teremos que ter algo para colocar no lugar. Nossa geração e a de nossos filhos serão beneficiárias dessas riquezas, mas precisamos fazer com que nossos netos e bisnetos, assim como todos os brasileiros que vieram antes nós e sofreram a tragédia de um país injusto, racista e desigual, sejam contemplados com um país melhor.
  • É preciso lembrar, por último, que as forças reacionárias da sociedade brasileira encarnadas na candidatura de José Serra e sua aliança neo-udenista com a escória mais baixa da ditadura, o PFL, prometem fazer, no que toca ao pré-sal, mas não apenas a isso, o contrário de tudo que a experiência histórica de países que se desenvolveram com qualidade recomenda.  O mesmo partido que buscou sem sucesso privatizar a Petrobrás ameaça, segundo declarações de David Zilberstajn, assessor para assuntos energéticos de Serra: acabar com a necessidade de participação da Petrobrás na operação das áreas licitadas de modo a abrir caminho para as multinacionais do petróleo e gás, entregando de mão beijada a riqueza nacional para o capital estrangeiro à moda do que se fazia à época da colônia, e depois no império e por boa parte da história da república. Nós, nossos filhos e nossos netos pagaremos caro por isso se não agirmos a tempo e decididamente. E o momento é já!
  • Este filminho é aquele que nos enche de orgulho e nos informa mais sobre o pré-sal:

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