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Ilusão e utopia na imprensa

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os jornais e revistas destes dias festivos trazem suas próprias versões dos fatos que consideraram mais relevantes no ano que termina. Em geral, são os acontecimentos que eles mesmos selecionaram ao longo do tempo, com os quais tentaram influenciar a opinião dos cidadãos.

Como a imprensa, de modo geral, há muito mergulhou no processo de espetacularização da notícia, tudo tem um certo ar de banalidade, como se o excesso de informações transformasse toda novidade em um ato a ser superado no momento seguinte.

As imagens remetem a um mundo de emoções misturadas: o lutador com a perna fraturada, a presidente da República denunciando guerra psicológica na economia, ruas vazias e praias lotadas, tudo acaba na conta do entretenimento.

Um olhar sobre o conjunto do universo mediado, que alguns chamam de hipermediado, passa a convicção de que o ambiente social, ou seja, o espaço público onde nos realizamos como seres sociais, está vazio de significados.

Se, como dizia Norbert Wiener, criador do conceito de Cibernética, o ciclo da comunicação reorganiza o mundo dos homens e das máquinas, criando uma resistência ao processo natural de nulificação, é preciso pensar se o que recebemos dos sistemas da mídia ainda é informação.

Boa parte do que a mídia apresenta como relevante não passa do conjunto de ilusões que formulam a estrutura simbólica da cultura de massa. Esse sistema institucional compõe um campo político próprio, com suas doutrinas e dogmas, e pode-se dizer que se assemelha muito ao sistema das religiões, onde a racionalidade é condicionada pelas crenças. Faz parte desse processo, por exemplo, tratar como ilusão as utopias coletivas, quase sempre apresentadas como objetivos inalcançáveis, em contraposição às potencialidades da vontade individual.

Uma dessas fantasias é exatamente a ideia de que existem seres superiores, capazes de produzir, por sua iniciativa particular, o paraíso capitalista. O ano de 2013 trouxe um exemplo catastrófico dessa ilusão específica, na figura do empresário Eike Batista.

Erigido a super-herói da iniciativa privada, ele montou um conglomerado de negócios com apoio do Estado, e tudo desmoronou quando se revelou que havia errado os cálculos de riscos numa empresa de petróleo. Quando foi à bancarrota, e sua fortuna caiu do patamar dos bilhões para “meras” centenas de milhões de reais, a imprensa passa a tratá-lo como um pária.

O padrão residual
Esse fato específico, visto a partir do final desastroso, dissimula o que se passa no dia a dia da imprensa. Em geral, se olharmos para trás, acompanhando a retrospectiva proposta por jornais e revistas, o que vamos ver é uma coleção de erros da própria mídia, com previsões que nunca se realizaram, avaliações que acabaram negadas pelos fatos, e análises que o tempo desmentiu.

No entanto, no apanhado seletivo do passado recente, omitem-se os erros e renova-se a crença na capacidade do sistema de produzir reflexões lineares que possam se amoldar à realidade complexa e multifacetada. Como em todo processo comunicacional se produz sempre um padrão residual de informações que se convenciona chamar de realidade, a imprensa trabalha esse resultado como se fosse a completa realidade.

O curioso exercício de ler as retrospectivas tendo ao lado aquilo que a mídia apresentou sobre cada fato em seu tempo mostra como esses padrões residuais se distanciam dos fatos reais.

Sabemos que o processo de educação de uma sociedade passa quase sempre pela capacidade de seus indivíduos de identificar os sinais de realidade em meio aos eventos ilusórios da vida. Um povo alienado dificilmente aprenderá a reconhecer e exercer seus direitos e deveres de cidadania e um dos papéis da imprensa é colocar na agenda pública as informações socialmente mais relevantes e os meios para sua compreensão.

Até que ponto a manutenção de ilusões favorece o conservadorismo? O que impede o sistema da mídia, poder estruturante da indústria cultural, de propor uma visão mais progressista do mundo?

Quando o ano termina e as pessoas se abrem a manifestações de boa vontade, os balanços de notícias poderiam ser úteis para captar o que seria o desejo coletivo de uma sociedade melhor. Mas a seleção da mídia é centrada em sua própria versão da história, uma versão particular que prefere a manutenção das coisas como elas sempre foram.

Muda o calendário, mas os dias são iguais.
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Uruguai, maconha e hipocrisia

Por Cadu Amaral, em seu blog:

O Senado uruguaio aprovou a legalização do uso de maconha. Seguindo o modelo holandês, o uso no pequeno país sul-americano será regulamentado com a definição de quantidade, locais de consumo, plantio e quem poderá fazer uso da erva.

Com o feito, o Uruguai se torna o primeiro país do subcontinente a aprovar tal medida, se contrapondo a lógica falida de “guerra às drogas” imposta pelas grandes economias.

Entre as inúmeras falácias sobre a maconha está a de que ela é porta de entrada para outras drogas, argumento bem comum usado por quem defende sua proibição.

A campanha contra a maconha surgiu na década de 1930 do século XX nos Estados Unidos. Harry Jacob Anslinger do Narcotic Bureau of Prohibition (Birô de Proibição de Narcóticos – tradução livre) comandou a desinformação a fim de garantir a criminalização de seu uso.

O próprio Tio Sam já reconheceu, em 1972, que toda a campanha contra a maconha foi baseada em premissas falsas. E a American Medical Association (Associação Americana de Medicina) também concluiu que ela não possui nenhum componente que seja condutor ao consumo de outras drogas. Está tudo muito bem explicado por Wálter Fanganielo Maierovitch na edição 779 de Carta Capital.

No Brasil a maconha já chegou a ser vendida em farmácias para combater cefaleia, insônia e mal estar. Trazida pelos colonizadores europeus, logo ela se difundiu entre os escravos. Ela foi criminalizada no país em 1936.

Além da indústria têxtil, pois o cânhamo – um parente próximo da maconha – serve para fazer tecidos. Outras indústrias que atuaram – e atuam – para a sua criminalização são o álcool, tabaco e farmácia.

Ao invés de usar a maconha para aliviar o sintoma de uma dor de cabeça ou como recreação, toma-se um analgésico ou se bebe álcool. Mas se a erva tivesse caído no gosto da elite branca talvez a história fosse diferente.

Reflita sobre quantas mortes por overdose de maconha você vê nos noticiários. Estudos apontam que a quantidade para sofre uma overdose com o uso da erva é de quatro quilos. Isso são quatro mil vezes mais do que a quantidade usada normalmente por quem consome maconha. Quem teria capacidade de fumar tudo isso?

O óbvio ululante é que quem ataca as medidas de liberação ao uso da maconha como se isso fosse transformar populações inteiras viciadas em drogas não está nem um pouco interessado em saúde pública, pois não há uma única fala ou linha escrita sobre o uso das drogas de nosso dia a dia. Ninguém diz nada do consumo de cerveja ou uísque. Nem mesmo do consumo de remédios, analgésicos, pílulas termogênicas bastante usadas em academias ou mesmo sobre o consumo excessivo de cafeína.

Drogas não faltam nas prateleiras dos supermercados e drogarias. Nas esquinas em bares e restaurantes. Como também o que não falta é a hipocrisia de quem ainda dissemina mitos sobre o uso da cannabis.

Não sabem, boa parte desses, que apenas servem de exército ideológico de poderosos setores econômicos, inclusive a indústria da “guerra às drogas”. Tudo em nome da moralidade, mas a serviço da hipocrisia. O Uruguai é um exemplo a ser seguido, principalmente por tratar o tema de frente sem contos da carochinha.
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Mercedes Sosa e Luciano Pavarotti

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De quem eu gosto, nem às paredes confesso

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Teve Howe - Bachianas Brasileiras nº 5

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46 museus virtuais para você visitar de graça


Em: Catraca Livre

As informações são do site Universia

O Brasil conta com mais de 3.000 museus e você já visitou pelo menos 5% deles? Pensando nisso alguns museus digitalizaram seus acervos para espelhar a cultura e informação pela internet. Confira os 46 museus virtuais que você pode visitar:



 American Museum of Natural History

 My studios

 Museu Virtual Gentileza

 RTP Museu Virtual

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15 sites para baixar livros gratuitamente








Páginas oferecem títulos para leitura em diferentes plataformas de graça

Publicado em Catraca Livre





Para ampliar a sua experiência de leitura, o Catraca Livre fez
uma lista com 15 sites nacionais e internacionais em que é possível
baixar  livros e ler online de maneira legal, sem complicações e, o
melhor, de graça.




Ler para aprender, ler para expandir a mente, ler
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Walt Disney e Salvador Dalí: "Destino" uma viagem fantástica e surreal







por Anna Carvalho em 23 de dez de 2012 às 20:35




"Escondido nos Arquivos dos Estúdios Disney, estava um projeto de um
curta com a arte de Walter Elias Disney com Salvador Dalí. Em meados dos
anos 40, Disney esquematizou com Dalì para promoverem um curta baseado
em suas artes surrealistas. Porém Disney não tinha dinheiro o suficiente
para continuar, então só foram produzidos 17
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Marisa Monte monta videoclipe com videoclipes dos fãs

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Há 35 anos, falecia Charles Chaplin


Charles Chaplin foi um dos maiores artistas que a humanidade já produziu; um gênio como não há outros nos dias de hoje. Reproduzo, abaixo, matéria publicada na FSP, por ocasião dos 30 anos da morte de Chaplin.



"A vida é uma tragédia quando vista de perto, mas uma comédia quando
vista de longe", dizia Charles Chaplin, e 30 anos após sua morte, ainda
não há distância suficiente para explicar
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São Francisco de Assis, o homem que criou o presépio




Entre tanta porcaria que a Globo exibe, achei essa matéria sobre a cidade de Assis, na Itália e seu patrimônio cultural. Muito interessante.

Conheça a cidade onde foi montado primeiro presépio do mundo




Assis é a terra de São Francisco. Para comemorar o Natal, os 50 frades lançaram o primeiro filme em 3D da história da Igreja.








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Contos de Grimm completam 200 anos de lançamento




Irmãos Grimm




Davi de Castro - EBC 



















Era uma vez dois irmãos que há 200 anos começavam a publicar histórias
que habitariam o imaginário das crianças de todo o mundo. Uma moça
humilde que vai ao baile oferecido pelo príncipe e acaba perdendo um de
seus sapatos. Uma princesa tão graciosa e alva como a neve que teve de
fugir de seu
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O comunismo ético de Oscar Niemeyer

Por Leonardo Boff, no sítio da Adital:

Não tive muitos encontros com Oscar Niemeyer. Mas os que tive foram longos e densos. Que falaria um arquiteto com um teólogo senão sobre Deus, sobre religião, sobre a injustiça dos pobres e sobre o sentido da vida?

Nas nossas conversas, sentia alguém com uma profunda saudade de Deus. Invejava-me que, me tendo por inteligente (na opinião dele) ainda assim acreditava em Deus, coisa que ele não conseguia. Mas eu o tranquilizava ao dizer: o importante não é crer ou não crer em Deus. Mas viver com ética, amor, solidariedade e compaixão pelos que mais sofrem. Pois, na tarde da vida, o que conta mesmo são tais coisas. E nesse ponto ele estava muito bem colocado. Seu olhar se perdia ao longe, com leve brilho.

Impressionou-se sobremaneira, certa feita, quando lhe disse a frase de um teólogo medieval: "Se Deus existe como as coisas existem, então Deus não existe”. E ele retrucou: "mas que significa isso?” Eu respondi: "Deus não é um objeto que pode ser encontrado por ai; se assim fosse, ele seria uma parte do mundo e não Deus”. Mas então, perguntou ele: "que raio é esse Deus?” E eu, quase sussurrando, disse-lhe: "É uma espécie de Energia poderosa e amorosa que cria as condições para que as coisas possam existir; é mais ou menos como o olho: ele vê tudo mas não pode ver a si mesmo; ou como o pensamento: a força pela qual o pensamento pensa, não pode ser pensada”. E ele ficou pensativo. Mas continuou: "a teologia cristã diz isso?” Eu respondi: "diz mas tem vergonha de dizê-lo, porque então deveria antes calar que falar; e vive falando, especialmente os Papas”. Mas consolei-o com uma frase atribuída a Jorge Luis Borges, o grande argentino:”A teologia é uma ciência curiosa: nela tudo é verdadeiro, porque tudo é inventado”. Achou muita graça. Mais graça achou com uma bela trouvaille de um gari do Rio, o famoso "Gari Sorriso: "Deus é o vento e a lua; é a dinâmica do crescer; é aplaudir quem sobe e aparar quem desce”. Desconfio que Oscar não teria dificuldade de aceitar esse Deus tão humano e tão próximo a nós.

Mas sorriu com suavidade. E eu aproveitei para dizer: "Não é a mesma coisa com sua arquitetura? Nela tudo é bonito e simples, não porque é racional mas porque tudo é inventado e fruto da imaginação”. Nisso ele concordou adiantando que na arquitetura se inspira mais lendo poesia, romance e ficção do que se entregando a elucubrações intelectuais. E eu ponderei: "na religião é mais ou menos a mesma coisa: a grandeza da religião é a fantasia, a capacidade utópica de projetar reinos de justiça e céus de felicidade. E grande pensadores modernos da religião como Bloch, Goldman, Durkheim, Rubem Alves e outros não dizem outra coisa: o nosso equívoco foi colocar a religião na razão quando o seu nicho natural se encontra no imaginário e no princípio esperança. Ai ela mostra a sua verdade. E nos pode inspirar um sentido de vida.”

Para mim a grandeza de Oscar Niemeyer não reside apenas na sua genialidade, reconhecida e louvada no mundo inteiro. Mas na sua concepção da vida e da profundidade de seu comunismo. Para ele "a vida é um sopro”, leve e passageiro. Mas um sopro vivido com plena inteireza. Antes de mais nada, a vida para ele não era puro desfrute, mas criatividade e trabalho. Trabalhou até o fim, como Picazzo, produzindo mais de 600 obras. Mas como era inteiro, cultivava as artes, a literatura e as ciências. Ultimamente se pôs a estudar cosmologia e física quântica. Enchia-se de admiração e de espanto diante da grandeur do universo.

Mas mais que tudo cultivou a amizade, a solidariedade e a benquerença para com todos. "O importante não é a arquitetura” repetia muitas vezes, "o importante é a vida”. Mas não qualquer vida; a vida vivida na busca da transformação necessária que supere as injustiças contra os pobres, que melhore esse mundo perverso, vida que se traduza em solidariedade e amizade. No JB de 21/04/2007 confessou: ”O fundamental é reconhecer que a vida é injusta e só de mãos dadas, como irmãos e irmãs, podemos vive-la melhor”.

Seu comunismo está muito próximo daquele dos primeiros cristãos, referido nos Atos dos Apóstolos nos capítulos 2 e 4. Ai se diz que "os cristãos colocavam tudo em comum e que não havia pobres entre eles”. Portanto, não era um comunismo ideológico, mas ético e humanitário: compartilhar, viver com sobriedade, como sempre viveu, despojar-se do dinheiro e ajudar a quem precisasse. Tudo deveria ser comum. Perguntado por um jornalista se aceitaria a pílula da eterna juventude, respondeu coerentemente: "aceitaria se fosse para todo mundo; não quero a imortalidade só para mim”.

Um fato ficou-me inesquecível. Ocorreu nos inícios dos anos 80 do século passado. Estando Oscar em Petrópolis, me convidou para almoçar com ele. Eu havia chegado naquele dia de Cuba, onde, com Frei Betto, durante anos dialogávamos com os vários escalões do governo (sempre vigiados pelo SNI), a pedido de Fidel Castro, para ver se os tirávamos da concepção dogmática e rígida do marxismo soviético. Eram tempos tranquilos em Cuba que, com o apoio da União Soviética, podia levar avante seus esplêndidos projetos de saúde, de educação e de cultura. Contei que, por todos os lados que tinha ido em Cuba, nunca encontrei favelas mas uma pobreza digna e operosa. Contei mil coisas de Cuba que, segundo frei Betto, na época era "uma Bahia que deu certo”. Seus olhos brilhavam. Quase não comia. Enchia-se de entusiasmo ao ver que, em algum lugar do mundo, seu sonho de comunismo poderia, pelo menos em parte, ganhar corpo e ser bom para as maiorias.

Qual não foi o meu espanto quando, dois dias após, apareceu na Folha de São Paulo, um artigo dele com um belo desenho de três montanhas, com uma cruz em cima. Em certa altura dizia: "Descendo a serra de Petrópolis ao Rio, eu que sou ateu, rezava para o Deus de Frei Boff para que aquela situação do povo cubano pudesse um dia se realizar no Brasil”. Essa era a generosidade cálida, suave e radicalmente humana de Oscar Niemeyer.

Guardo uma memória perene dele. Adquiri de Darcy Ribeiro, de quem Oscar era amigo-irmão, uma pequeno apartamento no bairro do Alto da Boa-Vista, no Vale Encantando. De lá se avista toda a Barra da Tijuca até o fim do Recreio dos Bandeirantes. Oscar reformou aquele apartamento para o seu amigo, de tal forma que de qualquer lugar que estivesse, Darcy (que era pequeno de estatura), pudesse ver sempre o mar. Fez um estrado de uns 50 centímetros de altura E como não podia deixar de ser, com uma bela curva de canto, qual onda do mar ou corpo da mulher amada. Aí me recolho quando quero escrever e meditar um pouco, pois um teólogo deve cuidar também de salvar a sua alma.

Por duas vezes se ofereceu para fazer uma maquete de igrejinha para o sítio onde moro em Araras em Petrópolis. Relutei, pois considerava injusto valorizar minha propriedade com uma peça de um gênio como Oscar. Finalmente, Deus não está nem no céu nem na terra, está lá onde as portas da casa estão abertas.

A vida não está destinada a desaparecer na morte, mas a se transfigurar alquimicamente através da morte. Oscar Niemeyer apenas passou para o outro lado da vida, para o lado invisível. Mas o invisível faz parte do visível. Por isso ele não está ausente, mas está presente, apenas invisível. Mas sempre com a mesma doçura, suavidade, amizade, solidariedade e amorosidade que permanentemente o caracterizou. E de lá onde estiver, estará fantasiando, projetando e criando mundos belos, curvos e cheios de leveza.
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A genialidade de Oscar Niemeyer

Editorial do sítio Vermelho:

Para ele, a vida era um sopro, considerava-se um homem comum e dizia que não representava grande coisa ter ultrapassado a idade de cem anos. O mais importante, afirmava, é a solidariedade.

No entanto, o Brasil, as nações do mundo, os movimentos sociais, os partidos de esquerda, o Partido Comunista inclinam suas bandeiras no falecimento de um dos maiores gênios da cultura brasileira, personalidade de envergadura singular e gigantesca do Brasil contemporâneo, cujo nome e obra são perenes, eternizando os melhores traços da civilização brasileira, o pensamento humanista revolucionário, a atitude generosa perante o semelhante e a vida, a ação militante na luta por uma sociedade sem a exploração do homem pelo homem, sem opressão de classe, sem guerras imperialistas de rapina – a sociedade socialista.

Niemeyer deu exemplos edificantes de dignidade. Dois dias antes da sua morte, pedia para sair do hospital, pois tinha muitos trabalhos e projetos a executar. Nunca visou a benefícios pessoais, sempre teve em mente as grandes causas sociais e a solidariedade com o ser humano.

Homem de convicções arraigadas, desde 1945, quando ingressou no Partido Comunista, até o último suspiro, foi comunista e fazia questão de proclamar seu engajamento pela causa da emancipação dos trabalhadores e de toda a humanidade.

A evolução da sua obra arquitetônica caminhou a par com a modernização do Brasil. Inspirado no impulso das forças produtivas nacionais a partir dos anos 1950 e na exuberância da natureza do país, foi parte constitutiva fundamental deste processo, do que são exemplos o conjunto arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte; o Edifício Copan, em São Paulo; os Centros Integrados de Educação Pública (Cieps); a Passarela do Samba, no Rio de Janeiro; o Memorial da América Latina e o Parque do Ibirapuera, em São Paulo; o Caminho Niemeyer, em Niterói; o Museu de Arte Contemporânea de Niterói (RJ), o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, e sobretudo a majestosa Brasília, a nova capital do Brasil.

A obra arquitetônica de Oscar Niemeyer, sendo profundamente inspirada na cultura brasileira, tornou-se universal. O gênio brasileiro deixou a marca do seu talento modificando a paisagem urbana de muita cidades mundo afora, destacando-se, entre outros, o edifício-sede da Organização das Nações Unidas, a Universidade de Constantine e a Mesquita de Argel, na Argélia; a Feira Internacional e Permanente do Líbano; o Centro Cultural de Le Havre-Le Volcan, na França; a sede do Partido Comunista Francês.

Niemeyer viveu intensamente a evolução da vida política nacional. Ligou o seu trabalho às causas democráticas e patrióticas do povo brasileiro, na luta pela redemocratização do país no imediato pós-guerra, no esforço pelo desenvolvimento nacional entre 1955 e 1964, no combate à ditadura militar, na edificação da nova democracia, e nos tempos atuais apoiando com entusiasmo o novo ciclo político aberto no país a partir da eleição de Lula em 2002.

Niemeyer deu nova dimensão à cultura nacional e deixou um vivificante exemplo de luta.
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A torcida pelo genial Verissimo

Por Altamiro Borges

O escritor Luis Fernando Verissimo foi internado ontem no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Segundo a sua filha Fernanda, o pai de 76 anos começou a se sentir mal na sexta-feira (16), após participar de um evento literário em Araxá (MG). Ele viajou para o Rio de Janeiro e, na sequencia, ao Rio Grande do Sul, onde seu estado de saúde piorou. Internado, ele hoje apresentou sinais de melhora, segundo o médico Nilton Brandão. Mesmo assim, seu caso ainda é considerado grave. Ele está sedado e respira por aparelhos.

A notícia sobre o seu estado de saúde abalou todos os ávidos leitores do genial escritor. Filho de Érico Verissimo, Luis Fernando nasceu em 26 de setembro de 1936, na capital gaúcha. Em 1973, ele publicou o seu primeiro livro, O Popular. Em 1981, a primeira edição de O Analista de Bagé esgotou-se em apenas dois dias. Atualmente, ele é um dos mais consagrados autores nacionais de contos e crônicas e também se dedica a escrever romances. Suas obras já foram traduzidas para outros idiomas. Ele também é articulista de vários jornais.

Em maio de 2010, quando da criação do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, entrei com contato com Verissimo para convidá-lo a participar do seu conselho consultivo. De imediato, ele topou e elogiou a iniciativa. Ele sempre admirou o espírito crítico e o refinado senso de humor do também gaúcho Apparício Torelly, o Barão de Itararé. De forma irreverente, o incansável e genial escritor só pediu para não lhe dar mais trabalho. Agora, faço-lhe um pedido, um apelo: recupere-se logo. Estamos na torcida!
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Verônica Spnela n'A CORTIÇA & A CORTIÇA no L.O.T.E.

L.O.T.E? Sei lá o que é isso! Mas me convenceram que rola diversão a valer! Então A CORTIÇA participa e divulga o L.O.T.E. - Lugar, Ocupação, Tempo e Espaço (uma parada de artes e tal lá na UNESP).

Vejam só:

L.O.T.E. - Ação-vivência em Arte inspirada nas proposições das JAC's (Jovem Arte Contemporânea), Mitos Vadios e Muitas Vadias, Faxinal das Artes, Festival da  Serrinha etc. A proposta é demarcar lotes nos espaços internos e externos do Intituto de Artes da UNESP (com grandes áreas de metros cúbicos ou quadrados... tipo DogVille, saca?!) e distribuí-los para que os estudantes possam deitar e rolar com produções artísticas livres e todas as propostas legais das artes visuais.

Para mim, o momento mais esperado é o encerramento do evento (dia 11 de junho), pois vai ter festinha, canapés, bebidinhas e "arthistash conthipurâneush" de nariz em pé preparados para levar uma boa tortada! Então, entre bêbado e vire notícia! Fun, fun, fun!

A Programação deve ser confirmada no site http://www.ia.unesp.br/saia/saia.php

Falando nessa tal de arte, agora A CORTIÇA conta também com a maravilhosa participação da V.Spnela e suas fotos radicais! Fantastic! Seguindo os conselhos do Rodchenko, a V. procura acostumar as pessoas a ver a partir de novos pontos de vista, com fotos de objetos familiares, cotidianos, a partir de perspectivas e posições completamente inesperadas. Ou algo mais ou menos desse tipo que ela tinha me falado!

Enfim, como degustação, apreciem alguns de seus registros de olhares ao longo do interior do Estado de SP.















Amazing... isn't it?!?! E para ver ainda mais fotos da V., acesse Like To See. Sim, você vai gostar!
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Descaminhos de Ana de Hollanda

 [NOTA: A CORTIÇA continua passando por reformulações e essas coisas... Enfim, dentro em breve a coisa fica mais definitiva! Enquanto isso, vamos descer o pau na Veja, que também é responsável pela tragédia de 07 de abril na escola do Rio de Janeiro....

  Matança no RJ??? Bota na conta da Veja!!!

.... ah, e vamos meter o dedo no olho da elegantérrima, sempre bem quista, mesmo portando todo aquele glamour decadente, Ana de Hollanda!]

 DESCAMINHOS DE ANA DE HOLLANDA 
(ou " Como Foder Tudo em Apenas 100 Dias de Governo")

Como dizia a canção “toda família tem alguém que não convém”! Sim, Ana de Hollanda é a "irmã que lê a Veja"!! (nos sábios dizeres de um amigo meu)

A mídia corporativa até deu algum destaque (ao longo do mês de março) para os descaminhos e retrocessos que a Ministra da Cultura, Ana de Hollanda tem imputado sobre o MinC. 

 Realmente, é tão simples ser a grande mácula dos 100 primeiros dias de mandato Dilma

Pelos motivos torpes típicos da imprensa golpista, deu-se muito destaque à queda do Emir Sader, por ele ter dito que a atual ministra é “meio autista”. Pouco se falou das mentiras que Ana de Hollanda anda disseminando por aqui.

Por conta disso, recomendamos o artigo de Rodrigo Savazoni publicado na revista Fórum: “Ana de Hollanda e as Mentiras sobre o Creative Commons”. Basta clicar no link.

Na verdade, ela já deixou bem claro de que ela nem sabe do que está falando. Veja as pathasquadas por ela aprontadas em audiência no Senado clicando aqui.

Nesta semana, deixando claro que a gestão Ana de Hollanda desagrada a qualquer ser pensante, José Castilho Marques Neto pediu saída imediata do cargo de secretário Executivo do Plano Nacional do Livro e da Leitura, que ocupava desde 2006. Ele ainda preside a Editora da Unesp e foi diretor da Biblioteca Mário de Andrade.

E foi então que a bruxa má assustou a todos com seu olhar psicótico e frases de gelar a alma:
"É claro que eu acho que o Bolsonaro seria o cara ideal para gerir o ECAD"

Diferentemente do Emir Sader, Marques Neto não é alguém odiado pela grande mídia corporativa. Será que vão tratar o assunto como "ainda bem, um a menos" assim como fizeram com Sader? E agora, Ana? Vai continuar ignorando ou desdenhando os que obviamente são contrários às suas práticas retrocessuais?

Enfim, só para lembrar, reproduzimos aqui um artigo de maio de 2010, de Pedro Venceslau publicado na Revista Fórum. Ah, e de quebra há ainda uma excelente entrevista sobre o ECAD (o poderoso Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) com o produtor musical Tim Rescala. 

Aliás, você sabia que, de acordo com a lei vigente, um exemplar único de uma obra rara de alguma biblioteca, não pode ser xerocado, ainda que esteja sendo devorado por traças?

A ministra rompe o silêncio...

Bizarro, não é mesmo?! Então aproveite a sua a leitura!

PROPRIEDADE QUASE ILIMITADA
Por Pedro Venceslau
Revista Fórum, maio de 2010


A melhor maneira de entender o debate sobre a reforma da lei autoral no Brasil é fazer um jogo de “pode ou não pode”. Escutar música no IPod? Não pode. A cada música que você escuta no seu aparelho, dois crimes estão sendo cometidos: um por baixar no computador e outro por repassá-la ao aparelho. O máximo permitido é ouvir pequenos trechos ou ficar só no refrão. Fazer xerox de livro na Faculdade, pode? Poder, até pode, mas só um pedacinho. A questão, nesse caso, é: o que se entende por um pedaço? Varia, dependendo do interlocutor.

Para a Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR), por exemplo, trata-se de questão altamente filosófica, do tipo ser ou não ser. Uma simples página pode extrapolar o limite de “pequeno trecho” se ela contiver a essência do pensamento do autor. Mas e as outras 199 não extrapolam? Há quem seja mais específico e defenda que 10%, 20% ou até menos da metade do livro possa ser copiado sem grandes prejuízos. Pelo sim, pelo não, a associação acima citada promoveu uma ofensiva contra centros acadêmicos e copiadoras. Resultado: por medo, muitos simplesmente deixaram o negócio ou passaram para a ilegalidade. Um adendo: livros de autores como Platão e Sócrates podem ser copiados integralmente, já que caíram em domínio público. O difícil é listar isso.
  
E exibir um filme em sala de aula para os alunos, pode? Não, não e não. Nem mesmo os cursos de cinema podem mostrar filmes sem pagar uma taxa ao Ecad, o poderoso Escritório Central de Arrecadação e Distribuição. Fazer adaptações teatrais na escola, pode? Pode, mas só dentro dela. Recentemente, uma escola pública decidiu transferir sua peça de fim de ano para a praça em frente, com intuito de que houvesse mais espaço para os pais. Receberam então uma visita do Ecad exigindo que fossem pagos direitos autorais. Música no dentista? Na academia? Na festa junina? Nada feito. A lei de direitos autorais em vigor no Brasil é uma verdadeira caixa de surpresas. Enquanto algumas destas distorções são decorrentes da velocidade alucinante do desenvolvimento das novas tecnologias, outras estão instaladas na sociedade devido à força do lobby da indústria. Para corrigir ambas, o Ministério da Cultura lançou, em 2007, uma ofensiva, que começou com o Fórum Nacional de Direito Autoral, e vai terminar com apresentação, para consulta pública, de um novo projeto de lei. No meio do caminho, o Minc promoveu mais de 80 reuniões e envolveu, direta e indiretamente, 10 mil pessoas no debate. Fórum ouviu especialistas, artistas e membros do governo para entender o que vai mudar e onde estão os nós da nova lei.

 

Entre o certo e o duvidoso O cerne da questão é quem está faturando com o quê. Comecemos com o caso do xerox. A ideia do projeto de lei do Minc é seguir o padrão europeu. Quem explica é Marcos Alves de Souza, diretor de direitos autorais do ministério: “Vamos resolver esse assunto na consulta pública e o consenso está muito distante. As editoras e a ABDR, por exemplo, não vão querer que deixem copiar nada. Por outro lado, a UNE e a Academia vão querer copiar tudo de graça. O que a gente quer propor é que a cópia possa ser feita para uso privado. Mas, se tiver um intermediário que ganha dinheiro com isso, é justo que ele remunere o autor. Para isso, seria criada uma gestão coletiva de direito reprográfico. Vou poder xerocar o livro todo, mas o dono do xerox terá que pagar uma taxa”. Ou seja: o xerox vai acabar ficando mais caro para o aluno? “Vai, mas é muito pouco. Isso não inviabilizou o xerox no resto do mundo. É um valor irrisório, na casa dos dois centavos”, conclui.
  
O que ocorre hoje é que o dono do xerox vive um dilema. Em várias universidades não se pode copiar nada, nem um pequeno trecho. Ou eles atuam na legalidade ou mudam de ramo. Outro ponto importante é que será permitido copiar integralmente discos ou livros que estejam com a edição esgotada, ou fora do catálogo e do mercado por um prazo de cinco anos. Já o caso do IPod será diferente. Pelo projeto, baixar música deixa de ser crime e ponto final. Mesmo aí há quem discorde. Em alguns países cobra-se uma pequena taxa extra de direito autoral na hora da compra do aparelho e, depois, repassa-se o lucro através de uma entidade de gestão. “A diferença em relação ao xerox é que no IPod você não usa intermediário. Ninguém está faturando com isso. Trata-se de uso privado, a não ser que você dê uma festa, use as músicas e cobre ingresso”, diz Marcos Souza.

Outro aspecto importante do projeto é regular a relação entre o criador da obra e a indústria do entretenimento. “A nova lei vai resolver algumas lacunas e problemas de redação da lei atual. Sempre se pensa no criador como alguém que fica em casa, produzindo, mas, hoje, grande parte do mercado trabalha com obra sob encomenda, especialmente na área publicitária. São jingles, filmetes e slogans. Isso está muito mal regulado. A lei é muito dependente de contrato, e a gente sabe que muitas vezes não se faz contrato”, explica Manoel Pereira dos Santos, professor e coordenador do curso de especialização em propriedade intelectual da FGV.

Um exemplo hipotético. Uma agência de publicidade contrata um músico para produzir um jingle para a Coca-Cola. A quem pertence o direito dele? Há muita discussão sobre isso e, como a lei não fala nada, faz-se um contrato. “O projeto vai definir isso e regular. Uma boa regra seria que, se a empresa contratou o músico e ele fez o jingle, então pode usar sempre em suas campanhas, mas não em outros produtos. O ministério deu a entender que vai regular nesse sentido: se eu encomendei, então uso só para isso. Com a internet e a difusão maior das obras isso se agravou. As obras circulam muito mais. Virou um problema sério”, diz o professor da FGV. A nova lei deve, ainda, definir regras claras para as chamadas “obras orfãs”, que é quando não se consegue localizar o autor, nem os herdeiros. Quem se arrisca a usar o material nessas circunstâncias corre o risco de ser acionado na Justiça a qualquer momento. “Nesses casos, vamos atuar para evitar abuso de direito. A ideia é criar a licença não voluntária. No caso de abuso de direito, o prejudicado pode apresentar uma denúncia. Mediante um processo legal, se estabelecerá uma licença tendo como base os usos e costumes. O poder público vai definir”, explica o representante do ministério.

Muitos intelectuais lamentaram que o projeto de lei não tenha avançado em um ponto: o tempo que uma obra demora para cair em domínio público. A lei prevê 70 anos depois da morte do autor. “Isso quer dizer o seguinte: se o autor faz a obra aos vinte e morre aos noventa, são 140 anos de espera. É uma duração completamente desproporcional. Eu gostaria que isso fosse revisto. É preciso pensar em outras formas esses prazos. Mas em Portugal também é assim por imposição da Comunidade Europeia. Isso, aliás, foi uma consequência negativa da integração ao mercado comum europeu”, lamentou para Fórum o professor J.Oliveira Ascensão, especialista em direito autoral, catedrático da Faculdade de Direito de Lisboa e considerado o papa desse tema na Europa. “Não vai mudar o tempo de domínio público, que é de setenta anos. Isso seria uma guerra. Haveria muitos problemas para implementar”, conclui Marcos Souza.
 
 E a vida no Ministério era tão boa. 
Todo dia era dia de alegria: có, có, có, có, có, có!!!

Polêmica à vista Trem da alegria, empreguismo estatal, estatização do direito autoral. Antes mesmo do projeto de reforma da lei ter sido enviado para consulta pública, o Ecad já havia preparado um arsenal retórico para combater a mudança. Para quem não o conhece, trata-se do poderoso Escritório Central de Arrecadação e Distribuição. Apesar de ser uma sociedade civil de natureza privada, é ele que controla a arrecadação e a distribuição de recursos provenientes de direito autoral no Brasil. A revolta se deu porque o ministro da Cultura Juca Ferreira ousou mexer em um vespeiro. A redação da nova lei prevê a criação do Instituto Brasileiro de Direito Autoral, um órgão público que terá a missão de fiscalizar e dar transparência ao trabalho das entidades arrecadadoras. A fim de organizar a ofensiva, o grupo criou uma entidade, o Conselho Nacional de Cultura e Direitos Autorais. O objetivo, segundo eles, é “mostrar que a nova regulamentação eleva o risco de estatização dos direitos autorais e do sistema de arrecadação”.

O curioso é que foi justamente um deputado tucano, Bruno Covas, quem presidiu a CPI do Ecad da Assembleia Legislativa de São Paulo no ano passado. Depois de meses de investigação, a comissão concluiu que “os direitos autorais ligados à música estão em estado institucional anárquico em razão da falta de poder de normatização, supervisão e fiscalização do Estado”. Segundo o relatório final da CPI, esta "anarquia" permite ao Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) “exorbitar das suas obrigações financeiras, legais e estatutárias, dando origem a irregularidades e indícios de crimes como falsidade ideológica, sonegação fiscal, apropriação indébita, enriquecimento ilícito, formação de quadrilha, formação de cartel e abuso de poder econômico”.

Na prática, o escritório deixaria de operar como a CBF, por exemplo. E teria que dar satisfação ao Estado. “O que o Minc quer fazer é criar um órgão que opere como agência reguladora, como a Anac e a Anatel, que não substituem o Judiciário. Isso daria mais confiança e mais tranquilidade”, explica o professor Manoel Pereira, da FGV. “É mais ou menos isso, uma agência como a Anac. A diferença é que os aeroportos são do Estado e as obras não são nossas. São privadas e vão continuar sendo. Mas de fato é como ter um ente regulador. O Ecad vai fazer tudo como faz hoje, mas com regras e transparência. É preciso que a transparência seja um pilar, assim como é necessário definir quais critérios devem ser seguidos e que o pagamento corresponda ao efetivo uso da obra. É assim no mundo inteiro. Esse provavelmente será o ponto mais problemático do projeto”, pondera Marcos Souza, do Minc. “É uma vergonha. É o Estado interferindo naquilo que é um direito claramente privado”, protestou Roberto Mello, presidente da Associação Brasileira de Música e Arte (Abramus), durante ato no dia 8 de abril. Até o fechamento dessa edição, o projeto ainda não havia sido colocado em consulta pública (apesar de o prazo inicial do Minc ser meados de abril). Ainda assim o ministério aproveitou o I Seminário de Políticas Públicas para a Digitalização de Acervos Digitais, em São Paulo, para fomentar o debate. O Ecad, claro, faltou ao evento.

Curiosidades autorais Você sabia que...
Pela lei atual, um exemplar único de obra rara de uma biblioteca não pode ser xerocado, ainda que esteja sendo comido por traças?
Academias de ginástica e consultórios dentários são obrigados a pagar direitos autorais ao Ecad?
É proibido cantar músicas em lugares públicos?
A família de Vinícius de Morais liberou a obra para domínio público?


“O Ecad arrecada bem e distribui mal”

Além de pianista, arranjador e autor teatral, Tim Rescala é produtor musical da Globo desde 1988 e um dos profissionais mais requisitados desse mercado. Entre outros trabalhos, estão produções como “Hoje é dia de Maria”, “Escolinha do Professor Raimundo” e “Zorra Total”. Crítico do Ecad, ele foi processado pelo escritório por tê-lo chamado de “caixa preta” em entrevista a um jornal. Nessa entrevista para Fórum, ele avalia (e defende) o projeto do Minc, além de passar a limpo o sistema de arrecadação de direitos no Brasil.
 
 Tim Rescala

Fórum – Você apoia a reforma de lei de direito autoral?
Tim Rescala – Essa reforma não só é oportuna como é urgente. E devia ter acontecido antes. O cenário atual se mantém há décadas e piorou com a revisão da lei em 1998. A lei brasileira é sui generis no mundo.

Fórum – Acha que o Ecad deve ser fiscalizado?
Tim – O Ecad arrecada bem e distribui mal. Todas as sociedades de gestão de coletiva do mundo têm supervisão estatal. No Brasil, por conta da revisão de 98 e em consequência de muito lobby, manteve-se o monopólio do Ecad na arrecadação e distribuição. Eles têm esse direito, por lei, e, ao mesmo tempo, não são fiscalizados. Trata-se de uma empresa privada. Essa situação é absurda. O governo tem a obrigação de fiscalizar. Se tem monopólio, tem que admitir fiscalização.

Fórum – Você recebe do Ecad todo dinheiro a quem tem direito?
Tim – Não recebo. Meu dinheiro foi tungado, assim como o de todos os autores do audiovisual. Desde 2001, meu recebimento foi reduzido em 1/12 avos.

Fórum – Como é sua relação com o Ecad hoje?
Tim – Eu disse, em uma entrevista ao O Globo, que o Ecad é uma caixa preta. Estou sendo processado por isso, mas também estou processando eles.

Fórum – Como funciona a arrecadação?
Tim – A Globo, por exemplo, tem um contrato com o Ecad. Ela paga (por ano) por todo o repertório. Dentro desse repertório estão as minhas músicas e a de todo mundo. Então a emissora tem direito patrimonial. Ou seja: não posso exibir em outra emissora, mas o direito autoral é meu. Cabe ao Ecad repassar isso.

Fórum – De quanto é esse contrato com a Globo?
Tim – Era de R$ 3,9 milhões. Mas (o Ecad) reduziu nosso recebimento.

Fórum – Por quê?
Tim – Porque a Globo e o Ecad estão brigando na Justiça. Eles pediram 2,5% do faturamento bruto da empresa. Funciona assim: o Ecad pede o quanto quiser. Aí começou a briga jurídica e a Globo passou a pagar em juízo. Mesmo assim, eles conseguem receber 90% do dinheiro. Só que estão pagando 12 vezes menos que em 2001.

Fórum – Como é formado o Ecad?
Tim – Por dez sociedades (de autores). Seis são efetivas e quatro não têm direito a voto. A lei exige que seja assim. As sociedades competem entre si, oferecem adiantamento para o autor sair de uma ir e para outra. Acusam-se mutuamente de aliciamento. Vivem se acusando de ilícito criminal. É um dinheiro muito fácil de ganhar. Os autores não têm como reclamar. Manda mais quem arrecada mais. Antes, a Abramus era mínima. Ela foi fundada por Wilson Sandoli, da Ordem dos Músicos de São Paulo. Pesquise no Google para saber quem ele é... Hoje, a Abramus é a mais forte.

Fórum – O Ecad diz que a nova lei se caracteriza por intervenção estatal e empreguismo...
Tim – Eles querem caracterizar como intervenção estatal, mas isso é desviar do cerne da questão. O autor prejudicado vai reclamar a quem? Ao Estado ou a uma empresa privada? O que o Estado vai fazer é fiscalizar. É um dever. Tem que fazer isso. Quem paga reclama que paga muito, como a Globo, e quem recebe, reclama que recebe pouco. Tem algum erro aí, né? Já o Ecad sempre comemora recorde de arrecadação. Compositores de nome passaram ou passam dificuldade como o Johnny Alf, o Walter Alfaiate.

Fórum – O que mudou na relação entre os autores a as gravadoras com o fenômeno da internet?
Tim – As gravadoras que não se interessavam por direitos autorais passaram a se interessar, com o fenômeno da internet e do download, que abalou muito o mercado. Eles perderam muito dinheiro. As gravadoras hoje em dia se ocupam muito de empresariar o artista. Antes, o dinheiro principal deles era com venda de discos. Hoje, é com direito autoral. Os contratos são leoninos e para a vida inteira. São perenes. O autor, que normalmente está sem dinheiro, recebe um adiantamento que nunca consegue pagar. Então passa a vida preso à editora-selo, que pode ou não divulgar sua obra. Existem casos em que o autor libera o direito para uma obra didática, por exemplo, mas a editora não. O autor nunca se nega quando tem fundo educacional. Mas a editora não abre.

Fórum – Como era essa relação antes?
Tim – Os empresários dos artistas não eram necessariamente ligados a gravadoras. Hoje, são. Elas estão fazendo o papel dos empresários. Estão tentando sobreviver de alguma forma. Eles viram que no direito autoral circula muito dinheiro.

Essa matéria é parte integrante da edição impressa da Fórum 86, de maio de 2010

"...Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça..."


Clique para ver...

Mas ééé Carnaval...

Apesar de tudo, junto com o carnaval vem aquela tristeza.... de saber que daqui a pouco começa o intervalinho sofrível até o ano novo. Mas ééé Carnaval....

Piratas do Tietê e Jacaré pulando carnaval ao som do Chico!

Então, o mínimo que podemos fazer é exercer nosso direito à luxúria e ao entorpecimento, "balançando as cadeiras", "arrastando as sandalhas" e aquecendo os tamborins para o inferno se instaurar na Terra:  É CARNAVAL NA GOZOLÂNDIA!..... E, como todos sabem ,não existe pecado ao sul do Equador. Então, todo mundo rebolando e suando o cóccix!

 Hey, gringo! Let's have some balaco-baco of boleco-teco! In Brazilian's FUCK we trust!



Eu realmente amo esse país....!
"...os dias sem sol raiando e ela inda está sambando
Ela não vê que toda gente, já está sofrendo normalmente
Toda a cidade anda esquecida, da falsa vida, da avenida
..."

Divirtam-se, foliões, com uma sonzera de primeiríssima categoria! Aproveite logo pois esses links expiram meio rápido (ou seja, o blogspot remove a publicação).

LUXO E GLAMOUR PARA AS MASSAS....

MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL - Bateria Nota 10 (1975)
Para quem nunca ouviu falar, isso se chama samba. Repitam comigo: SAM-BA! Mestré André (José Pereira da Silva, 1938-1980) comanda a Bateria Nota 10 da Mocidade Independente e nos presenteia com uma das batucadas mais fodas já registradas em vinil. É sério! Mesmo se você for um daqueles sujeitos ruins da cabeça ou doentes do pé, com esse LP você vai sair por aí rebolando e suando o cóccix. 
Clique embaixo da capa ilustrada por Júlio Guerra e vá se preparando pro carnaval!

SAMBA À PAULISTA  - fragmentos de uma história esquecida (2007)
Documentário irado de Gustavo Mello sobre algumas histórias esquecidas a respeito do samba de São Paulo. Foi exibido na TV Cultura algumas vezes. Por meio de um extenso e inédito trabalho de pesquisa, o filme recupera personagens, músicas e arquivos do samba paulista, dando um panorama dessa importante manifestação popular que estava sendo esquecida. 

 Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, Largo do Paiçandu

Com a participação de personagens importantes dessa história como Toniquinho Batuqueiro, Oswaldinho da Cuíca, Evaristo de Carvalho, Dona Lola e Tio Mario e arquivos raros como o de Dionísio Barbosa, Henricão, Geraldo Filme e Inocêncio Tobias, "Samba à Paulista" reúne fragmentos que contam como essarica cultura, muitas vezes marginalizada, tem identidade e tradições próprias. 

 Tambu de Piracicaba

Um sotaque singular, que vem dos batuques do interior e chega na nova geração de sambistas. Veja tudo isso clicando nos links abaixo


E como nem só de samba vive o carnaval....


Ska & Skinhead Reggae (A CORTIÇA)
Para os fãs da tradicional música jamaica, eis uma compilação de algumas boas pedradas de Ska e Skinhead Reggae. 115MB do melhor rude boy style. Aqui você encontra Skatalites, Roland Alphonso, Don Drummond, Symarips, Upsetters e vários outros. Vale sempre lembrar que a melhor fonte de informações e discos desse estilo musical é o blog You & Me on a Jamboree. Vale a pena acessar! Fantastic!. 
Enquanto isso, clique no link abaixo da imagem e relembre os velhos tempos!

Ska & Skinhead Reggae – A CORTIÇA 

BURNING  SPEAR – Living Dub Vol. 02 (1980)
Sendo o segundo de uma série de seis álbuns de dub versões, em Living Dub Vol. 02 Winston Rodney ("Burning" era o nome do grupo, mas recaiu sobre ele) se diverte juntamente com Aston "Family Man" Barrett, Nelson Miller, Junior Marvin, Tyrone "Organ D" Downie, Earl "Wire" Lindo, Herman Marquis, Bobby Ellis, Egbert Evans.... precisa dizer mais? 
Clique no título do álbum de receba essa bigorna no cérebro.

BURNING  SPEAR – Living Dub Vol. 02 (1980)


Surf Music (A CORTIÇA)

Para quem está imaginando aquelas musiquinhas havaianas de luau de filme hoolywoodiano, esquece! Aqui você encontrará uma seleção de 175MB do que há de melhor na surf music de todos os tempos. Sonzera acelerada de grandes nomes como Dick Dale, Surfaris, Trashmen e até mesmo Al Hirt (que de surf não tem nada). 

Na foto abaixo, meu antigo comparsa Carlão em mais um dia duro de trabalho honesto no escritório em El Salvador. Clique no link embaixo dessa imagem e se prepare para um reverb melhor que o outro.



CANNONBALL ADDERLEY- Somethin' Else (1958)
Julian "Cannonball" Adderley, Miles Davis, Art Blakey, Hank Jones e Sam Jones estão juntos nesse histórico álbum do mais fino jazz. Sabe aquele seu Blue Label guardado para ocasiões especiais.... esse disco é uma ocasião especial. 
Chame os amigos, clique no título do álbum e noooossa....


Feliz 2011... Estamos contando os segundos à espera do próximo reveillon....
Clique para ver...

O Trágico Fim da Lei do Fomento

Como sabemos, nem só de arte vive o homem! Mas alguns não querem sequer uma gota de arte em nossas parcas vidas!

Inúmeros eventos artísticos na cidade somente são possíveis por conta da Lei Municipal de Fomento às artes. E é exatamente com essa lei que os políticos do PSDB e do DEMO querem acabar. Mais uma empreitada dos tucanos e seus amigos do peito contra a cultura!

O fomento às artes é uma das principais atribuições do Departamento de Expansão Cultural (DEC), que apóia e financia projetos de grupos profissionais que atuam nas três linguagens fomentadas: cinema, dança e teatro.

Os programas de fomento ao teatro e à dança são regulamentados por leis específicas, e o fomento ao cinema é uma política cultural que vem sendo preservada desde o começo dos anos 90. Periodicamente o DEC divulga os editais dos três programas, onde os grupos profissionais das respectivas linguagens artísticas concorrem aos subsídios, que são diretamente financiados com recursos da Prefeitura de São Paulo.

O DEC também subsidia atividades artístico-culturais desenvolvidas principalmente por jovens de baixa renda, através do VAI - Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais.

Mas o Prefeito Gilberto Kassab e o Secretário Municipal de Cultura Carlos Augusto Calil já iniciaram suas mobilizações para acabar com o Fomento.

 O Secretário Municipal de Cultura, Carlos Augusto Calil, respondendo 
após ser questionado sobre o que ele pensa da classe artística

Para quem não se lembra do Calil, acesse o post d'A CORTIÇA sobre suas traquinagens na Virada Cultural no link abaixo

Na impossibilidade de criarem outros programas que fomentem as artes cênicas, arbitrariamente resolveram criar novas regras objetivando obviamente isentar os cofres públicos de encargos tributários jogando-os nas costas dos artistas da dança e do teatro. Obviamente de forma bem discreta, as novas regras foram publicadas no Diário Oficial de 22 de fevereiro de 2010, através do decreto nº 51.300.
A classe artística, afogada com suas criações, seus ensaios, em criar novos projetos ou readequar os antigos para concorrer aos editais seguintes, se deu conta da estratégia da prefeitura apenas no segundo semestre de 2010.
 
A lei de Fomento, uma importante conquista da classe, já nasceu fragilizada por causa de alguns vetos ou golpes desferidos pelo então prefeito José Serra descaracterizando a essência do programa.O que ocorre agora é que com este decreto a lei de fomento à Dança e Teatro irá desaparecer muito em breve.

Contra a brutalidade, mobilização e arte!
 
O fomento é uma conquista do Teatro e da Dança de grupos e coletivos brasileiros, que defendem um modo de produção artística. Ele não é uma disputa por verbas. Ter verba pública é a reivindicação de um conceito que estrutura um modo de instaurar o espaço das artes cênicas nos bairros, nas comunidades, no cotidiano de uma sociedade, proposto por artistas que vivem esta relação com o público: uma relação pública.

Informe-se e se mobilize contra mais esse ataque à cultura brasileira!

Acesse os blogs atualizados sobre o assunto
MEGAFONE CULTURA - http://megafonecultura.blogspot.com/
PENSAR A DANÇA - http://pensaradanca.blogspot.com/
RODA DO FOMENTO - http://rodadofomento.blogspot.com/

"Burocracia versus democracia cultural. Sabemos que, por sua natureza própria, a burocracia é contrária às práticas democráticas (quando mais não fosse, bastaria examinar os totalitarismos para reconhecer essa obviedade). 
De fato, a burocracia opera fundada em três princípios: a hierarquia do mando e da obediência, que define os escalões de poder: o segredo do cargo e da função, que garante poderes e controle dos graus superiores sobre os inferiores; a rotina dos hábitos administrativos que, por definição, são indiferentes à especificidade do objeto administrado (produzir uma ópera, comprar livros, contratar um bailarino, realizar um seminário ou um colóquio, comprar tijolos, lâmpadas, papel higiênico e sabonete são atos burocráticos e administrativos idênticos). 
Hierarquia, segredo e rotina são o contrário e a negação da democracia, que opera com igualdade de direitos, e não com distinções hierárquicas; com a plena circulação da informação e o direito de produzí-la tanto quanto recebê-la e não como um segredo: e, em vez de rotina, opera com a inovação contínua, suscitada pela dupla marca do democrático, isto é, a legitimidade dos conflitos e a criação de novos direitos." (Marilena Chauí)
Clique para ver...

100 ANOS DO CAMPEÃO DOS CAMPEÕES

ISSO MESMO, 100 ANOS DO CORINTHIANS!
O MEU CORINTHIANS!
O NOSSO CORINTHIANS!
100 anos de conquistas e glórias! É só o começo!



Não! Não é a elite do morumbi (argh), nem os fascistas da barra funda (urgh), nem os caiçaras de esgoto (blargh)!! AQUI É CURINTIA, PORRA!

Os outros podem ter título de bolinha de gude ou mundial, MAS SÓ O CURINTIA TEM UMA NAÇÃO, UM POVO! É O TIME DO POVO!

Vamos lembrar do gol de 77, aquele mesmo! Narrado por Osmar Santos! Imagens do Canal 100!!! 100 anos de glórias e conquistas!!! Chora fiel, é a nossa vez!!!!!!



É O TIME DO POVO!!!

Cidade Aquariana (Gaviões da Fiel, 1992 )

DE NORTE, SUL
NORTE, SUL, LESTE, OESTE (AI AMOR)
FAÇO O MEU SINAL DA CRUZ (E NA AVENIDA)
A IMAGEM DE SÃO JORGE ME ILUMINA
E ENCHE OS GAVIÕES DE LUZ (DE LUZ, DE LUZ)

DA PAIXÃO
PELA MAGIA ME FIZ APRENDIZ
CONSULTO OS ASTROS PARA SER FELIZ
NESTA SÃO PAULO AQUARIANA
DE ANDAR
JÁ ME CANSEI, CADÊ A CONDUÇÃO?
TRABALHO, ESTUDO, NUM LUGAR FORA DE MÃO
UM DIA QUERO SER BACANA
PRA PODER SAMBAR
CAIR NA ZOEIRA
E DEPOIS DO CARNAVAL
LAVAR TUDO QUE É MAL NA CACHOEIRA
DEFENDER O MEU ARROZ
EDUCAR UMA CRIANÇA
PARA NÃO PRENDER DEPOIS

LI A MÃO
COM A CIGANA
SIMPATIA
SALVE A BAIANA
E O MEU GOL
CARREGADO DE EMOÇÃO
DEDICO A NAÇÃO CORINTIANA




(caralho, tô chorando)

Que venham mais 100 anos de conquistas e glórias!

RAÇA, CURINTHIA!!!
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