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Para Folha, fiscal diz 'Prefeito [Kassab] sabia de tudo'. Mas fiscal diz 'Prefeitos' [Kassab e Serra]

Ronilson Bezerra Rodrigues
Ele acusa Serra, Kassab e Mauro Ricardo
de saberem de tudo


O auditor fiscal Ronilson Bezerra Rodrigues, preso sob acusação de liderar o grupo que cobrava propina para reduzir o ISS (Imposto sobre Serviços) de imóveis, diz num telefonema que o "secretário" e o "prefeito" com que trabalhou "tinham ciência de tudo", revela gravação da conversa obtida pela Folha.

Assimm começa matéria da Folha. E é verdade. A Folha reproduz até o áudio na matéria. Só que... Ronilson disse mais: " Chama o secretário e os prefeito (sic) ".

O secretário a que se refere é Mauro Ricardo (leia sobre ele aqui: Mauro Ricardo, que arquivou processo do desvio de meio bilhão de reais em SP, é homem de confiança de Serra desde 1995). Os prefeitos são José Serra e Gilberto Kassab.

A Folha escondeu Serra, no título e no corpo da matéria, mas deixou o rabo de fora, no áudio. Tudo lá, é só conferir aqui.

Abaixo, o trecho do áudio, que eu subi para o Youtube.





Madame Flaubert, de Antonio Mello

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Funcionamento

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Sistemas integrados


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Folha de São Paulo e o casamento de Cachoeira: jornalismo ou canalhismo?




Jornalismo à moda de Al Capone 



Leandro Fortes, no Facebook

O que é mais incrível não é a Folha de S.Paulo mandar uma repórter
“enviada especial” a Goiânia para cobrir o casamento de um mafioso com
uma mulher indiciada por chantagear um juiz federal para tirá-lo da
prisão, e sequer citar esse fato.

Carlinhos Cachoeira, vocês sabem, tem trânsito livre na imprensa brasileira.

Dava
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Senado deve votar impeachment de Fux

O que jovens juízes, idealistas, que acreditam na Lei e na Justiça, hão de pensar da vida e de seu futuro ? O que o cidadão há de pensar das “decisões” do Ministro Fux ?

Conversa Afiada

Os votos do Ministro Fux estão irremediavelmente sob suspeita.

O depoimento de Gilberto Carvalho o incrimina de forma inequívoca.

Como é que um “candidato” – Viva o Brasil ! – a Ministro do Supremo visita um Ministro de um Governo petista e promete a este Ministro petista que “tomaria uma posição muito clara” num processo que “não tinha prova nenhuma” e incriminava líderes ?

Onde é que nós estamos ?

Com que mais ele fez campanha ?

Com o Daniel Dantas ?

Com o Padim Pade Cerra ?

Não cabe nem julgar se essa promessa de “matar o mensalão (o do PT) no peito” foi decisiva para ser indicado.

O que importa é que a “campanha” é inequivocamente espúria.

Desonra o Supremo.

Não importa saber se ele “não entregou” o que prometeu.

E quando o PiG começou a votar, ele amarelou.

Amarelou e ingressou de armas, bagagens e caderno telefônico nos Chinco Campos.

O que importa é o processo, é o meio.

É a tecnologia de chegar ao mais alto posto da Magistratura.

O que jovens juízes, idealistas, que acreditam na Lei e na Justiça, hão de pensar da vida e de seu futuro ?

“O que tenho que fazer para chegar ao Supremo ?”

“Com quem tenho que conversar ?”

“O que devo prometer ?”

O que o cidadão há de pensar das “decisões” do Ministro Fux ?

O Senado perdeu a histórica oportunidade – na verdade, o seu Presidente, José Sarney – de abrir um processo de impeachment de Gilmar Dantas, tal qual proposto com argumentos irrefutáveis pelo Dr Piovesan.

Onde estão os petistas do Senado ?

O Suplicy, o Pinheiro, o Vianna ?

Ou ali só se salvam o Collor e o Requião, que denuncia o Golpismo com todas as letras ?

Se o Senado – o único instrumento constitucional de censura a um ministro do Supremo – se calar diante das promessas de campanha do Ministro Fux estará aberto o caminho para campanhas similares preencherem as vagas do trânsfuga Ayres Britto e do decano Celso de Mello, aquele que o PiG quer transformar em mentor intelectual do presidente Joaquim Barbosa.

O Requião diz que o Congresso transformou-se numa ameba, porque tem o rabo preso.

O Collor denunciou um Procurador Geral que chama de chantagista e prevaricador, como quem pregasse no deserto.

Tem o PT vermelho, do Marco Maia, que disse não ao Barbosa e, certamente, contribuiu para que a Democracia caísse na cilada do Gurgel.

Mas, tem também o PT amarelo, o Odarelo.

Esse PT Odarelo é o que, aparentemente, predomina no Senado.

E, nesse intervalo natalino, o próximo Ministro do Supremo deve estar a prometer ao Felipão, ao Faustão e ao Gilberto Carvalho que vai “matar os tucanos” com um tiro no peito …


Paulo Henrique Amorim
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Documentos revelam participação de FHC e Gilmar Mendes no ‘valerioduto tucano’



 

De: Correio do Brasil




Documentos reveladores e inéditos sobre a contabilidade do chamado ‘valerioduto tucano‘,
que ocorreu durante a campanha de reeleição do então governador de
Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998, constam de matéria
assinada pelo jornalista Leandro Fortes, na edição dessa semana da
revista Carta Capital. A reportagem mostra que receberam
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Fux, um ministro sem igual


Os caminhos para o alto
JANIO DE FREITAS

Não consta que entre os demais ministros haja histórico assemelhado ao do ministro Luiz Fux

A repercussão do relato feito pelo ministro Luiz Fux, do périplo de anos até obter sua nomeação para o Supremo, tem incluído uma dedução incabível, por distorcer negativamente o regime atual mais do que seria justo fazê-lo.

À parte os seus possíveis componentes não apenas formais, o percurso do ministro Luiz Fux foi a sua maneira, não a regra, de ir do desejo à realização. E não é regra porque não há um percurso comum aos ministros. Vale o chavão: cada caso é um caso.

Não estou entre os capazes de descrever em minúcias, verdadeiras ou não, o que levou à nomeação de cada um dos ministros em exercício. Mas sei que não é correto debitar as nomeações, por exemplo, das ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber à intensidade das respectivas buscas de apoios políticos e empresariais. Para a nomeação da primeira, ainda que tivesse mais adeptos, decisiva foi a indicação feita por Sepúlveda Pertence, em sua aposentadoria antecipada no Supremo. A segunda foi, acima de tudo ou tão só, escolha da própria Dilma Rousseff.

Não consta, nem remotamente, que entre os demais ministros haja histórico assemelhado às deduções negativas provocadas, sem o pretender, pelo relato de Luiz Fux.

É certo que, sem estar no confronto de influências, ninguém sobe degrau algum em Brasília. Nisso há razão bastante para a mudança do sistema de nomeações ao Supremo. Mas não a principal, que é a adoção verdadeira da separação de Poderes, como fundamento do regime democrático. Não tem sentido a escolha dos componentes do Supremo pelo presidente da República, mesmo submetida à (aparente) apreciação do Senado.

Nem adiantaria efetivar tal mudança apenas para o Supremo. Mais graves são as vulnerabilidades do atual sistema quando se trata de nomeações para outros tribunais, como o Superior Tribunal de Justiça. E no nível de desembargador, aí então é que as ambições e os interesses -políticos e outros- tornam mínimas as chances de legitimidade das escolhas e designações.

Esperar que a mudança se dê, no entanto, não se sustenta nem como visão do futuro distante.
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Lula tem que processar o canalha e covarde Anthony Garotinho


Lula tem o dever de processar Garotinho
Renato Rovai 

No último domingo, o ex-presidente Lula foi acusado pelo deputado federal Garotinho (PR-RJ) de ter utilizado Rosemary Noronha, no popular, como mula para transportar 25 milhões de euros do Brasil para um banco em Portugal. O parlamentar deu o nome do banco e garantiu que haveria um registro no aeroporto de Lisboa com o registro da operação.

A reportagem da Agência Brasil procurou o banco Espírito Santo, citado pelo parlamentar, e a a resposta foi clara: “O BES não tem registo de qualquer depósito realizado pela senhora mencionada na sua pergunta. Aliás, a referida senhora não é cliente do BES. O BES dispõe de um sistema de prevenção e detecção de branqueamento de capitais, equipado de ferramentas informáticas de última geração, que responde integral e eficazmente a todas as exigências da legislação em vigor em Portugal e dos normativos de referência internacional. Por maioria de razão, um depósito em numerário do montante referido, seria necessariamente detectado pelos sistemas de controlo instalados no BES”.

A irresponsabilidade do parlamentar não assombra. No primeiro governo Lula, a revista Veja produziu uma capa onde afirmava, sem uma fonte em on, que Lula e Gushiken, entre outros petistas, tinham contas em paraísos fiscais. A Veja não provou a acusação e tudo ficou como dantes na terra de abrantes.

Enquanto o PT continuar se acovardando no debate político, esse mar de acusações que criminalizam o partido e sua principal liderança continuarão. Se Lula não tem recursos dessa ordem fora do país, tem obrigação moral com aqueles que lhe devotam confiança em processar o parlamentar.

Essa passividade bovina do PT e de suas lideranças com todo e qualquer tipo de acusação não contribui em nada para o processo democrático. O exercício da liberdade de opinião tem que ser realizado no plano da responsabilidade. Se ele é ultrapassado, faz-se necessário buscar a Justiça. O que está acontecendo hoje não apenas transforma o PT em sinônimo de organização criminosa, mas a política em algo de bandidos. A falta de ação do petismo em defesa do partido e dos seus líderes, agride à política como um todo.

Ao que parece, suas lideranças não se deram conta disso. Que não deveriam fazer contas pensando apenas em resultados do hoje, mas do processo como um todo. Se não se sensibilizam em defender o partido, poderiam ao menos fazer algo para defender o exercício da política e a democracia.
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Joaquim Barbosa e Rosemary Noronha são amigos!


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Não tem como confundir


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Torquemada Barbosa e Guitarrista Fux lançam programa "Topo Tudo Pelo Poder"

A pedidos 

Cantor-ministro Luiz Fux faz uma espécie de 'back voice' dos votos entoados por Joaquim Barbosa

Além do guitarrista, cantor, praticante de jiu-jitsu e ministro Luiz Fux, outro dos integrantes do Supremo Tribunal Federal recorreu em pessoa a José Dirceu para favorecê-lo na indicação ao tribunal. Restaram duas diferenças entre as nomeações alcançadas. Mas logo extintas na prática dos votos trazidos pelos nomeados.

O ministro Luiz Fux diz-se convicto, como se viu na esplêndida entrevista/reportagem feita por Mônica Bergamo, de que José Dirceu o ouviu, mas não o apoiou. Vale a convicção declarada, embora incerta. À época em que foi procurado, José Dirceu já era réu no processo do mensalão. E vicejava, por aquela altura, uma outra convicção: a de que Luiz Fux emitira sinais contrários à condenação de Dirceu.

No outro caso, o apoio de José Dirceu não foi posto sob ressalvas. A rigor, nem foi reconhecido ou negado por quem o buscou. Assim como disse para uma de suas condenações a Dirceu, o ministro Joaquim Barbosa "não pode ter deixado de saber" que sua procura pelo apoio já deixou de ser segredo.

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, chamado de Kakay, confirma e conta com os devidos pormenores que o então procurador Joaquim Barbosa lhe pediu para levá-lo a José Dirceu. E Dirceu, por sua vez, tanto confirma haver recebido Joaquim Barbosa como o motivo da conversa. E nem sequer insinua que lhe tenha negado apoio quando da escolha final por Lula.

Se houve, a diferença de trampolins anulou-se no pouso. Nas votações, o cantor-ministro faz uma espécie de "back voice" dos votos entoados pelo ministro Joaquim Barbosa, cantores da mesma música. Ainda bem que desacompanhada dos acordes para lá de primários, na luta de Luiz Fux com a guitarra.

A partir do relato de Almeida Castro chega-se a uma consonância mais fértil. Aquele Joaquim Barbosa do recurso a José Dirceu é o que defendeu, há pouco, no seu discurso de posse como presidente do Supremo, que as carreiras de magistrado se desliguem da relação com políticos. Pelo sistema em vigor, são os políticos quem os eleva no decorrer da magistratura.

Pelo relato do advogado, a resposta de Dirceu à sua intermediação foi que receberia Joaquim Barbosa, mas um dos seus objetivos no governo era a mudança no modo de se escolherem os ministros do Supremo. Para acabar com as nomeações por meio de pedidos a políticos e pressões sobre presidentes.

Não parecem afirmações do que acusa e do que é acusado de querer destruir a independência dos Poderes. Nem parece possível que o ministro Luiz Fux seja seguidor milimétrico do acusador, apesar da caça à nomeação como a descreveu à Folha. Da qual é impossível não reproduzir ao menos esta admissão inigualável:..."alguém me disse: 'Olha, o Delfim é uma pessoa ouvida pelo governo'. Aí eu colei no pé dele [risos]".

É isso mesmo. Nada de perder a tranquilidade. "Seria um absurdo condenar alguém sem provas. ". Como, nos julgamentos, tantos possíveis indícios são elevados pela vontade a provas irrefutáveis, estão disponíveis modernos indutores de sono.
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Luiz Fux confirma que não vale nada e conta como enganou todo mundo


Numa entrevista em que abre seu coração, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, revela à jornalista Mônica Bergamo os caminhos que percorreu para chegar à corte máxima do País; ele próprio diz que fez lobby junto a Delfim Netto, Antonio Palocci, João Pedro Stédile e… pasmem… José Dirceu; Fux diz ainda que não se lembrava que o ex-ministro da Casa Civil era réu e seria julgado por ele, embora admita ter pronunciado a expressão "mato no peito"; dá para acreditar?

Brasil 247 - Corre em Brasília que, antes de ser indicado para o Supremo Tribunal Federal, o ministro Luiz Fux cunhou uma frase emblemática. "Mensalão? Eu mato no peito", com jeitão típico de carioca. Se é verdade ou não, pouca gente sabe. Mas o fato é que Fux pediu ao próprio José Dirceu, apontado como "chefe de quadrilha" pelo procurador-geral Roberto Gurgel, para ser indicado ao STF. Sobre matar no peito… bom, aí é outra história. Fux sempre votou pela condenação e, em quase todos os casos, alinhado com o relator Joaquim Barbosa.

Se Fux mentiu na sua caminhada rumo ao STF, é uma questão para administrar junto ao seu travesseiro. Mas ele concedeu uma entrevista à jornalista Mônica Bergamo, que circula neste domingo na Folha, no mínimo desastrosa. Fux revela como fez lobby e se humilhou para chegar à suprema corte. Pediu favores a todos que poderiam lhe ajudar – inclusive ao próprio Dirceu, a quem teria a missão de julgar. Sobre isso, ele conta uma história pouco crível. "Eu confesso a você que naquele momento não me lembrei [que Dirceu era réu]", disse Fux a Bergamo. "Porque a pessoa, até ser julgada, é inocente".

Fux revela que sonhava com o STF desde 1983, quando foi aprovado num concurso para juiz em Niterói (RJ). E afirma que estava lutando para chegar à suprema corte desde 2004. "Bati na trave três vezes", disse.

Sentindo-se preterido, ele partiu para o "tudo ou nada". E se aproximou de todos que pudessem ajudá-lo. O primeiro foi Delfim Netto. "Fizemos amizade em um debate. E aí comecei a estreitar. Alguém me disse: 'Olha, o Delfim é uma pessoa ouvida pelo governo'. Eu colei no pé dele", revela Fux, no seu ato de "sincerídio".

O ministro também pediu ajuda a João Pedro Stédile, líder dos sem-terra, e a Antonio Palocci, o queridinho dos mercados financeiros. "Houve confronto e eu fiz uma conciliação no STJ entre fazendeiro e sem-terra. Depois pedi ao Stédile para mandar fax me recomendando. Ele mandou", conta. Em relação a Palocci, Fux revela que deu um voto que ajudou o governo a poupar US$ 20 bilhões. "Você poupar 20 bilhões de dólares, o governo vai achar o máximo. Aí toda vez que eu concorria, ligava para o Palocci."

O mais surpreendente, no entanto, é ele ter procurado o próprio Dirceu, que era o principal réu na Ação Penal 470. Fux diz que não se lembrava dessa situação e que imaginava não haver provas. Mas afirma que, quando leu o processo, encontrou evidências assustadoras. "Eu tinha a sensação 'bom, não tem provas'. Eu pensei que realmente não tivesse. Quando li o processo, fiquei estarrecido".

A entrevista da Folha revela um juiz vaidoso. Que fala do seu próprio implante capilar e da preocupação estética. "Quando a roupa aperta, neurotizo". Fux não se incomoda em demonstrar que fez de tudo para chegar ao STF – inclusive, tomando decisões que pudessem agradar alguns padrinhos, como Palocci e Stédile. Ao ser confirmado, numa ligação do ministro José Eduardo Cardozo, Fux diz que se emocionou como uma criança. "Foi aí que eu chorei. Extravasei".
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A justiça foi feita, agora é só comemorar!!


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Formação de quadrilha


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Prevaricador com a faca no pescoço

Gurgel acuado
Mauricio Dias

É sinal positivo o clamor da oposição, em coro com trêfegos parlamentares da base governista, contra o texto do deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da CPMI sobre as atividades criminosas e as afinidades eletivas do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Cunha incomodou muita gente e contrariou variados interesses. Não se sabe se o relatório conseguirá cruzar a tempestade provocada pelos contrariados e chegar a porto seguro. Na partida, se assemelha a um barquinho navegando sob bombardeio. E pode afundar antes de ancorar.

A lista de indiciados e de responsabilizados, elaborada por Cunha, é uma carga pesada. O relator julgou suficientes as provas colhidas que, em princípio, são capazes de derrubar o governador tucano Marconi Perillo (GO); de incriminar jornalistas que, ao romper limites éticos, transitaram do campo da investigação para o da associação, e de provocar danos graves ao empresário Fernando Cavendish, da Delta, entre outros casos. Notadamente, o relatório pode desestabilizar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Gurgel é peixe graúdo. A contrariedade da mídia, com a inclusão do nome dele na lista de Cunha, comprova. Ele tornou-se um procurador heterodoxo. Virou peça do jogo político de curto e de longo prazo. Em linhas gerais, passou a atuar afinado com a oposição a Dilma, a colaborar com o esforço de neutralização de Lula e, por fim, mas não menos importante, a agir com o objetivo de encerrar o ciclo do PT no poder.

Caso aprovado, o relatório de Cunha pode abalar Gurgel e, inclusive, interferir na própria sucessão dele, na PGR, em julho de 2013.

Roberto Gurgel é acusado por crimes constitucional, legal e funcional. A aprovação do relatório, nesse ponto, levará a questão à Comissão de Constituição e Justiça do Senado, competente para processar o procurador-geral por crime de responsabilidade. No STF, Gurgel seria julgado por improbidade administrativa e por prevaricação.

O procurador-geral foi fisgado porque manteve engavetadas as denúncias da Operação Vegas. Assim atraiu a suspeita de ter sido conivente com as atividades criminosas de Cachoeira, apuradas pela Polícia Federal. Ele alegou à CPI que tinha detectado somente desvios no “campo ético”, insuficientes para abrir ação penal.

Gurgel, no entanto, mantém outros problemas na gaveta. Há quase cem dias guarda o processo enviado ao Ministério Público, no qual a governadora Roseana Sarney (MA) é acusada de assinar convênios com as prefeituras, no valor aproximado de 1 bilhão de reais. Cabe a ele dar um parecer que pode levar Roseana a perder o mandato.

Há quem veja nessa morosidade um conluio entre o senador Sarney, pai da governadora, e Gurgel. Sustentam essa hipótese renitentes coincidências. José Arantes, assessor parlamentar do procurador-geral foi assessor parlamentar de Sarney na Presidência da República. Seria apenas um detalhe curioso?

Mas há problemas concretos. Um deles, já denunciado nesta coluna, levou o presidente da Câmara quase à exasperação. Na terça-feira 20, o deputado Marco Maia criticou pública e duramente o Senado pela morosidade em votar a indicação do professor Luiz Moreira, já aprovada pelos deputados, para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNPM).
Seria “morosidade gurgeliana”?

Ou seja, a indicação estaria bloqueada por Sarney em favor de Gurgel? Gurgel teria bloqueado o processo de Roseana em favor de Sarney? Finalmente, haveria nessa história uma vergonhosa troca de favores?
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Governo paulista anunciou em jornais fantasmas

Ricardo Mendonça

O governo do Estado de São Paulo gastou mais que o dobro do governo federal para fazer publicidade oficial em jornais que não existem.

Entre 2008 e 2010, durante a gestão do ex-governador José Serra (PSDB), o Palácio dos Bandeirantes desembolsou pelo menos R$ 309 mil para pagar anúncios nos jornais "O Dia de Guarulhos", "Jornal do ABC Paulista" e "Diário de Cubatão", todos fictícios.

Esse valores, corrigidos pela inflação pela reportagem, estão listados num relatório de gastos com publicidade do Estado obtido pela Folha no primeiro semestre deste ano com base na Lei de Acesso à Informação.

As três publicações citadas são vinculadas à Laujar Empresa Jornalística Ltda, com sede registrada num imóvel vazio em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

A Laujar é a mesma empresa que, conforme mostrou a Folha no domingo passado, recebeu R$ 135,6 mil da Presidência da República por anúncios em cinco jornais inexistentes: os três que aparecem citados como veiculadores de anúncios do governo paulista, mais "Gazeta de Osasco" e "O Paulistano".

Após a reportagem sobre os gastos do governo federal, a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) anunciou ter pedido uma investigação à Polícia Federal sobre o caso.

Disse ainda que, caso constate irregularidades "tomará as atitudes judiciais cabíveis" contra a Laujar.

Os jornais que receberam verba publicitária dos governos paulista e federal inexistem em bancas das cidades citadas em seus títulos.

Eles não são cadastrados em nenhuma entidade do meio editorial e são totalmente desconhecidos de jornalistas e diversos jornaleiros consultados nessas regiões.

Além disso, exemplares usados para "provar" a existência das publicações têm sinais de serem forjados. Diferentes publicações têm exatamente os mesmos textos.

Uma das "reportagens" num jornal com data de 15 de março na capa cita declarações de um ministro que foram dadas no próprio dia 15. É improvável que a impressão tenha ocorrido na data informada, ainda mais no caso de um jornal pequeno.

Outra estranheza são anúncios da Unimed que, segundo a empresa de plano de saúde, nunca foram contratados.

O governo paulista afirma que anunciou nesses jornais por orientação da Contexto, uma das agência de publicidade que prestam serviço ao Palácio dos Bandeirantes.

A Contexto confirma ser "responsável pelo plano de mídia do Estado". Uma representante da empresa afirmou que irá verificar a documentação sobre esses jornais e "tomará as providências cabíveis" em caso de irregularidade.

O dono da Laujar, Wilson Nascimento, diz que os jornais existem. Em documento enviado à Secom, a empresa informou que suas publicações, vendidas por R$ 2,50, têm tiragem total de 250 mil exemplares. Nascimento alega que elas circulam de terça a sábado, mas não quis informar em quais bancas seria possível encontrá-las.
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Prevaricador-geral Gurgel é acusado de associação criminosa com revista Veja

Collor acusa Roberto Gurgel de vazar depoimento de Marcos Valério à 'Veja'
Da Agência Senado, em Brasília

Em discurso nesta segunda-feira (12), o senador Fernando Collor (PTB-AL) voltou a criticar a atuação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a quem chamou de “prevaricador”. Segundo Collor, o próprio Gurgel teria vazado à revista "Veja" as informações sigilosas do depoimento que o publicitário Marcos Valério teria prestado ao Ministério Público em setembro, e cujo conteúdo teria rendido a matéria que estampou a capa da publicação no mesmo mês.

Segundo Collor, a entrevista de Marcos Valério à "Veja" nunca existiu, porque as informações colhidas foram vazadas "por ninguém menos do que Roberto Gurgel Santos, procurador-geral da República e chefe maior do Ministério Público Federal" por ocasião do novo depoimento prestado.

"Sua conduta [de Gurgel] cada vez mais o revela como mais um membro pernicioso de uma quadrilha arraigada com a imprensa marrom, especialmente pela preferência e acertos escusos dele com 'chumbetas' de Veja, sempre ela", disse.

Para ele, não é à toa que até agora a revista não divulgou e nem mostrou as gravações da entrevista, mesmo sabendo da quebra do acordo por parte de Marcos Valério, quando seu advogado Marcelo Leonardo, no dia seguinte à edição da matéria, negou as declarações de seu cliente.

Collor afirmou que "agora se sabe o real motivo do silêncio e da inércia" da revista "Veja", a que chamou de "folhetim", perante a repercussão do que publicou e do "crime cometido contra os leitores" ao vender uma entrevista bombástica que, simplesmente, nunca existiu: foi baseada no vazamento de informações prestadas por Marcos Valério ao procurador-geral da República.

"Seu acordo, na verdade, é com o prevaricador-geral da República: Roberto Gurgel Santos. Prevaricador-geral. O vazamento de informações sigilosas, isso a revista não pode assumir, muito menos de quem partiu. Por isso, prefere continuar mentindo, blefando e chantageando, como é de seu costume", afirmou.

Confirmado o vazamento à imprensa do conteúdo de um depoimento sigiloso por parte do chefe maior do Ministério Público, é preciso tomar providências, julgou o senador, lembrando o art. 325 do Código Penal segundo o qual constitui crime contra a Administração Pública, tipificado como violação de sigilo funcional, “revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação”.

A pena prevista é de detenção de seis meses a dois anos. E mais, o §2° deste artigo diz ainda que, se da ação ou omissão resultar dano à Administração Pública ou a outrem, a pena passa para de 2 a 6 anos de reclusão.

Collor citou o caso de um procurador da República do Ministério Público de São Paulo, suspenso por 90 dias pelo cometimento de infração funcional quando divulgou informações protegidas por sigilo em entrevista coletiva. O senador disse esperar que o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) tome alguma atitude ou, caso contrário, apresentará nova representação contra Gurgel.

Recondução

Fernando Collor também acusou Roberto Gurgel de perseguição ao conselheiro do CNMP Luiz Moreira ao tentar impedir a sua recondução ao cargo, "inclusive com o uso de dossiês falsos e documentos apócrifos destratando o conselheiro".

"O Senado não pode e não deve se submeter aos interesses de nenhum outro órgão, menos ainda aos caprichos e ações políticas desse chefete daquela cafua, cujo principal objetivo é, tão somente, não ser investigado pelo controle interno do próprio Ministério Público. Trata-se de uma afronta à independência do Poder Legislativo."

Collor também questionou a "ousadia" do Ministério Público, que segundo ele quer pautar o Parlamento ao tentar impedir a votação da recondução do conselheiro. Segundo afirmou, atitudes como essa abalam a relação entre os poderes da República.

"Até quando suportaremos tamanho desrespeito à lei por parte do chefe maior da instituição que deveria defender os interesses da população? Ao contrário, comete crime de responsabilidade, crime de prevaricação, crime de improbidade administrativa, crime de vazamento de documentos, crime de perseguição política, crime de falsidade ideológica, chantagem", afirmou.

Collor disse ser preciso impedir que "Gurgel e seus asseclas" continuem vazando informações em segredo de justiça por meio de um "conluio criminoso com jornalistas e veículos da imprensa marrom", e o principal, descobrir quais interesses estão por trás desse modus operandi do procurador-geral da República.
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Advogado de Marcos Valério diz que denúncias contra tucanos foram engavetadas pelo PGR

Advogado diz que mensalão de MG do PSDB não foi considerado
Políticos foram poupados no mensalão mineiro tucano, diz defesa
FAUSTO MACEDO

O advogado do empresário Marcos Valério, Marcelo Leonardo, acusou o ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza de tratar "de forma diversa" o mensalão mineiro e o petista. Leonardo disse que Valério entregou nomes de beneficiários do esquema em MG, mas "o procurador considerou que, como crime eleitoral, já estava prescrito, e a pena é pequena". O STF retomará julgamento hoje.

Na etapa derradeira do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, que abrange a fixação das penas aos 25 réus, e sob clima de forte tensão provocado pelo depoimento secreto de Marcos Valério Fernandes de Souza, seu advogado, o criminalista Marcelo Leonardo, acusou ontem o ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza de tratar "de forma diversa" dois fatos que teriam, em sua visão, a mesma origem e finalidade: o mensalão mineiro, que envolve tucanos, e o federal, que envolve petistas.

"No caso (do mensalão mineiro) ele (Antonio Fernando) não ofereceu denúncia contra os deputados que receberam valores por entender que participaram de caixa 2 eleitoral e o crime já estava prescrito", disse Leonardo. "O procurador entendeu de maneira diversa a ação penal 470 (mensalão do governo Lula)."

Na ação penal que está sendo julgada pelo STF, Antonio Fernando denunciou 40 investigados, entre eles o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), o ex-presidente do PT, José Genoino, e o ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares. O ex-procurador não acolheu os argumentos das defesas, que alegavam crime eleitoral, e denunciou o núcleo político por corrupção ativa e quadrilha - crimes relacionados à compra de apoio parlamentar no Congresso Nacional.

A mesma crítica já havia sido feita pelo defensor de Valério em novembro de 2007, logo após Antonio Fernando apresentar a denúncia do mensalão mineiro. Leonardo afirmou que o então procurador-geral foi parcial ao analisar, em 1998, os fatos relacionados à campanha do ex-governador de Minas Eduardo Azeredo (PSDB) - atualmente deputado federal.

Carta. O advogado voltou ao tema ao enviar carta em resposta a um post publicado pelo jornalista Luis Nassif em seu blog. Leonardo sustentou que, assim como no caso do mensalão federal, Valério entregou à Procuradoria-Geral da República nomes de beneficiários dos repasses do valerioduto de 1998.

"Entreguei, na ocasião, a lista com os nomes de parlamentares e ex-parlamentares, 79 nomes ao todo, com valores recebidos e comprovantes. Mas ele (Antonio Fernando) entendeu que o crime já estava prescrito porque os fatos se deram em 1998. O procurador considerou que, como crime eleitoral, já estava prescrito, e a pena é pequena", disse Leonardo ao Estado.

Na denúncia de novembro de 2007 ao STF, Antonio Fernando afirma que um "esquema delituoso verificado no ano de 1998 foi a origem e o laboratório dos fatos descritos" na acusação formal do mensalão. O ex-procurador-geral apontou desvio de pelo menos R$ 3,5 milhões para a campanha à reeleição, por meio da "retirada criminosa" de recursos públicos da Copasa (R$ 1,5 milhão), Comig (R$ 1,5 milhão) e do antigo Banco Estadual do Estado, Bemge (R$ 500 mil).

"Faz tanto tempo que saí de lá (da procuradoria), quase quatro anos, que sinceramente não tenho lembrança desse caso específico", disse Antonio Fernando. "Tenho quase certeza de que não se tratou de crime eleitoral, mas acho que era a tal lista de Furnas sobre a qual havia dúvida de sua autenticidade."

"Vazamento seletivo". Na carta ao jornalista, Leonardo trata como vazamento "parcial" as revelações do Estado e da revista Veja sobre o depoimento e os pedidos de delação premiada e proteção feitos por Valério.

"Se alguém "vazou" de forma seletiva, parcial e ilicitamente alguma providência jurídico-processual que está sujeita a sigilo, eu não tenho absolutamente nada a dizer, a confirmar ou não confirmar", disse o advogado de Marcos Valério.
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23% dos brasileiros são corruptos

Lista aponta 10 práticas de corrupção comuns no dia a dia do brasileiro 
Embora legalmente crime envolva agentes públicos, promotor cita desvios de conduta já enraizados na sociedade.
BBC Brasil 

Quase um em cada quatro brasileiros (23%) afirma que dar dinheiro a um guarda para evitar uma multa não chega a ser um ato corrupto, de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais e o Instituto Vox Populi.

Os números refletem o quanto atitudes ilícitas, como essa, de tão enraizados em parte da sociedade brasileira, acabam sendo encarados como parte do cotidiano.

"Muitas pessoas não enxergam o desvio privado como corrupção, só levam em conta a corrupção no ambiente público", diz o promotor de Justiça Jairo Cruz Moreira.

Ele é coordenador nacional da campanha do Ministério Público "O que você tem a ver com a corrupção", que pretende mostrar como atitudes que muitos consideram normal são, na verdade, um desvirtuamento ético.

Como lida diariamente com o assunto, Moreira ajudou a BBC Brasil a elaborar uma lista de dez atitudes que os brasileiros costumam tomar e que, por vezes, nem percebem que se trata de corrupção.
  • Não dar nota fiscal
  • Não declarar Imposto de Renda
  • Tentar subornar o guarda para evitar multas
  • Falsificar carteirinha de estudante
  • Dar/aceitar troco errado
  • Roubar TV a cabo
  • Furar fila
  • Comprar produtos falsificados
  • No trabalho, bater ponto pelo colega
  • Falsificar assinaturas
"Aceitar essas pequenas corrupções legitima aceitar grandes corrupções", afirma o promotor. "Seguindo esse raciocínio, seria algo como um menino que hoje não vê problema em colar na prova ser mais propenso a, mais pra frente, subornar um guarda sem achar que isso é corrupção."

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