«Visualmente era um mundo novo, criado não só por artistas mas também pela máquina fotográfica. A câmera era verdadeiramente objetiva, pois nenhum observador humano intervinha entre o objeto e o registro. Ao lado das impressões criadas pela pintura, devemos inserir as imagens reproduzíveis captadas pelas lentes. No final dos acima mencionados doze anos [1874-1886], Jean-Martin Charcot, mestre da neurologia, tornou-se fascinado pelas representações pictóricas da histeria, antigas e novas. Ele e seus estudantes tornaram visual a doença. Os histéricos tinham de ter alguma aflição que pudesse ser fotografada.»
-- Ian Hacking, Múltipla personalidade e as ciências da memória, p. 13
Foto de Jean-Martin Charcot, ataques epiléticos induzidos por histeria, 1878, via theslideprojector.com.