- «A disse o que a gente sabe: B fez x, e C é ligado a B. É um sócio incômodo que C tem.»
É um belo exercício de lógica -- apesar desse ser um argumento logicamente suspeito, pois "ser ligado" e "ser sócio" são coisas diferentes -- apresentar instâncias dessa forma de raciocínio nas quais B é "FHC", C é "José Serra", e x é um desastre qualquer dos anos FHC:
- «A disse o que a gente sabe: FHC fez o Brasil ficar sem energia elétrica, e José Serra é ligado a FHC. É um sócio incômodo que José Serra tem.»
- «A disse o que a gente sabe: FHC fez a farra do Proer, e José Serra é ligado a FHC. É um sócio incômodo que José Serra tem.»
- «A disse o que a gente sabe: FHC fez o desemprego chegar a níveis alarmantes, e José Serra é ligado a FHC. É um sócio incômodo que José Serra tem.»
- «A disse o que a gente sabe: FHC fez o salário mínimo ser uma merreca, e José Serra é ligado a FHC. É um sócio incômodo que José Serra tem.»
Você pode continuar este exercício até cansar, pois material não falta. Para fazer isso, veja estes 45 escândalos que marcaram o governo FHC.
Também é um bom exercício usar "o PSDB" como valor de B:
- «A disse o que a gente sabe: o PSDB fez parte do escândalo bilionário do Banestado, e José Serra é ligado ao PSDB. É um sócio incômodo que José Serra tem.»
- «A disse o que a gente sabe: o PSDB fez obras que caem e matam em São Paulo, como o metrô e o viaduto, e José Serra é ligado ao PSDB. É um sócio incômodo que José Serra tem.»
Veja mais sobre isso lá no Tijolaco.com, pois o mérito desse pequeno exercício de lógica é todo do Brizola Neto, o principal bloguista das eleições de 2010, como bem notou o Idelber Avelar em uma buzzada.