Mais, nesta casa, a Band foi a escolha para assistir jogos de futebol muito antes desse bafafá. Trata-se de um dos tentáculos do oligopólio midiático? Sim! Mas diferente da Globo e da ABERT, BAND/ABRA participaram do processo democrático da I Conferência Nacional de Comunicação. Não se recusaram a dialogar com a sociedade civil em momento algum e foi com seus votos e os da Telebrasil que a instituição dos conselhos de comunicação em todos os níveis administrativos foi eleita como demanda aprovada da I CONFECOM. Merece consideração, quem sabe, nossa audiência, frente às possibilidades fora da Globo.
Desde hoje, #diasemglobo em sua casa, ou trabalho. Como bem avalia Gilmar Crestani no artigo abaixo, pescado do seu blog Ficha Corrida, é mexendo no bol$o que a gente desestabiliza monopólios midiáticos [mesmo a BAND]:
“Merda, puto, cagão!” só (não!) se vê na Globo
Não dá outra, quando ouço Rede Globo lembro de Dominique Laporte. Logo vais saber porquê. Antes, voltemos a Vespasiano e o tributo sobre as latrinas: non olet. O Imperador Romano teria instituído um tributo sobre latrinas públicas. Seu filho Tito teria sugerido a extinção do tributo, por sua origem. Do pai, ao filho: Olet? (tem cheiro?). Tito teria respondido: Non olet! (não tem cheiro). No Direito Tributário importam os fatos econômicos, não a natureza jurídica.
Antes de passarmos ao “tributo” de Dunga à Globo, um pequeno troço sobre o termo. Segundo Dominique Laporte, no seu História da Merda, o lixo tem que ter alguém que se responsabilize por lançá-lo longe. E Dunga tem sido o duto através do qual repelimos o esgoto que sai das telas da Globo & afiliadas.
Afinal, por que quando os atores vão entrar em cena desejam “merda”? Para desejar sorte. E se Dunga desejou “sorte” ao Alex Escobar na busca de entrevistas exclusivas com jogadores de outras seleções, por que os funcionários da Globo reagem dizendo tanta merda? Já deveriam ter entendido que na seleção canarinha de Dunga não há mais espaço para exclusividade da Globo. Até porque não é a seleção da Globo & seus patrocinadores. É a seleção dos brasileiros de todos os veículos. Democraticamente!
O diário Lance! traz uma informação reveladora: “Mas os excessos (impedir entrevista exclusiva…) do técnico passaram a atingir questões maiores, como os patrocínios (ah! bom!). Assim, a costura política (substitua por mafiosa, dá no mesmo) tem sido uma das missões da entidade nos últimos dias.“
E democracia também é isso: não pode haver discriminação com as palavras que estão no dicionário. Todas estão lá para serem usadas… Roland Barthes (Sade, Fourier, Loyola) modernizou Vespasiano, adequando-a ao seu metier, “a merda escrita não cheira” , do tipo “a palavra cão não morde”. Por que, quase sempre, se grita “merda” na maioria dos países do mundo, quando se quer ofender alguém? Outro francês, Ferdinand Saussure, mostrou que se deve adequar a linguagem ao momento, ao assunto e ao interlocutor. Por que não chamar, então, a coisa pelo seu nome? Se só a Globo não ousa dizer seu nome, voilá, merde!
Vale a pena ver de novo“Merda, puto, cagão!” Foi o que Dunga, sem as máscaras gregas, e numprocesso catárquico, lavou nossa alma quando deixou gravado em áudio e vídeo a definição do jornalismo made in Globo. Como é do conhecimento até do reino mineral a Escola das Américas se mudou do quintal Panamá para a cloaca do Jardim Botânico.
Como diria Gandi, “aquele que não é capaz de se governar a si mesmo não será capaz de governar os outros”. Por não terem conseguido influenciar Dunga, os anões da Globo, esnobando Gandhi, foram buscar no ditador Ricardo Teixeira um atalho para defecarem. Logo ele que sobrevive à frente da Capitani Hereditária da CBF graças ao casamento com a filha de Havelange. Antes, para parecer grande a Rede Globo lustrava as botas dos militares. Hoje, para nossa felicidade e opróbrio da Globo, os ventos mudaram. A internet democratizou o “mercado” da informação.
Pivô? Patrocinadores!
Primeiro, os patrocinadores exigiram Ronaldinho. Não deu. Depois tentaram emplacar “os meninos da vila”, mas, depois do banho de loja, de vila os meninos já não tinham mais nada. De patrocínio em patrocínio, foi declinando o poder da Globo. Os brancaleones da Globo passaram a atacar os moinhos de vento para atingir Dunga. Na Globo é assim, se estás contra ela, ela tentar fazer acreditar que estão contra o Brasil. Foram-se os tempos do ame-o ou deixe-o.
A Globo e seus funcionários compraram Dunga por anão mas receberam um Davi armado de funda de troco. No queixo!
Os assalariados da Globo usam o argumento de que estão representando os brasileiros em busca de informação. Não tenho certeza, mas nem todos patrocinadores a quem a Globo e seus funcionários servem são brasileiros. Quanto ao povo, bem, nós já sabemos o apreço que Globo & suas afiliadas têm por ele. Mais, esse mesmo povo a quem a Globo diz querer atender, faz campanha contra ela. No Twiter, a campanha “Cala a boca, Galvão!” “deu no NewYork Times”.
Agora a blogosfera faz novo convite, ver os jogos do Brasil por outro canal, a começar pela partida com Portugal, jogando uma bola nas costas da Globo e de seus paitrocinadores.
Faça sua parte, torça pelo Brasil assistindo o jogo por qualquer outro canal que não seja da Rede Globo. Vamos ensinar a eles a democracia que eles entendem, a dos $$$$$! Afinal, uma transmissão da Band non olet!
Perguntar não ofende
A pergunta que não quer calar: quem deu e de onde vem a autoridade de qualquer jornalista da Globo pensar que pode falar por mim ou pelos brasileiros? Houve concurso, eleição, estudo, preparação especial outorgando tal poder? Quem deu ou dá a eles a exclusividade de falar sobre os fatos?