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Ditadura das Minorias?

Parece que o público do RS, que ainda lê jornal impresso, está mal de novos articulistas. Nesta mesma tarde de domingo, depois de indexar vários artigos só da página inicial da Agência Carta Maior, deparei-me com o irretocável artigo do Vitor Necchi Eu tenho turma no RSurgente sobre mais um infeliz artigo de David Coimbra em Zero Hora.

Mais um, porque no dia 2 de junho de 2011, ele cometeu o artigo As vítimas do Brasil, também em ZH, que pode ser lido no Bike Drops e que gerou a análise abaixo. Imagens da página Cycle Chic.

Ditadura das minorias?
"O Brasil atingiu um nível de tolerância intolerável". Mentira. Nosso país é uma panela de pressão de intolerância. A começar pela intolerância de certos "cronistas", tão rápidos em identificar "minorias" que estariam oprimindo as maiorias, mas sem se admitirem eles próprios como uma minoria mais insignificante do que a suposta "minoria" que eles acusam de opressora. Se comparados ao conjunto da sociedade, tais "cronistas" são completamente inexpressivos e só se fazem ouvir, por se disporem a dizer, na mídia, aquilo que seus patrões permitem. E a insignificância não está só no seu número - uma meia dúzia de paus mandados - mas, sobretudo, no seu discurso raso e tendencioso. 
Walking Dry

Trazer a questão do eventual bloqueio de uma via pública por um pelotão de ciclistas para o centro do debate sobre o direito de ir e vir, é um truquezinho tão manjado quanto cretino. Bem ao nível e ao gosto desses davis coimbras que infestam a mídia. 
Copenhagen Bicycle Traffic in Rush Hour
E no mais das vezes, no cotidiano, o que acontece a um ciclista que ainda ousa aventurar-se sozinho no transito caótico de Porto Alegre? Como fica o direito de ir e vir desse cidadão que tem de lidar com as bestas feras motorizadas da cidade? Tal debate só poderia ser colocado nesses termos, se os ciclistas, tendo garantido o seu próprio espaço de circulação, invadissem o espaço dos automóveis, o que nem de longe é o caso. Eles precisam disputar os espaços com os carros numa desvantagem desleal, muitas vezes correndo risco de vida. Mas, para o "cronista" da RBS, esse parecer ser um dado irrelevante já que, de acordo com sua peculiar percepção da realidade a "vítima pode tudo, no Brasil." Os "inimigos do motor à explosão, defensores intransigentes da tração animal" sempre podem xingar o motorista e "chutar a lataria do carro". Desde que, fazendo a ressalva que o "cronista" "esqueceu" de fazer, consigam sair de baixo do automóvel que os atropelou e recolocar no lugar a perna ou o braço que lhes foram arrancados.
Montreal Cycle Chic_4
É muito comum tais "cronistas", no afã de legitimarem seus pontos de vista e fiéis ao seu complexo de vira latas, recorrerem a exemplos daquilo que acontece no que eles consideram como o "primeiro mundo". Por que no "primeiro mundo é assim, por que no primeiro mundo é assado". Mas existem exemplos e exemplos, aqueles que convém mencionar e aqueles para os quais deve-se fazer olho branco.
Red at Red Light *
Um dos poucos bons exemplos que podemos tirar desse "mundo civilizado", ao qual nossos "cronistas" recorrem com tanta frequência, é justamente o uso que se faz da bicicleta por lá. Na zorópia, um cidadão ciclista não é um cidadão de quinta categoria em cima do qual pode-se passar com o carro. A bicicleta é muito bem vista como um veículo de transporte, um sinônimo de modernidade, até, por tantas razões que seria tedioso enumerá-las aos leitores.
Montreal Cycle Chic_15
Mas está aí um exemplo que não nos serve, pois implica numa discussão em profundidade sobre a reformulação e democratização do espaço urbano, sobre o modelo de cidade onde queremos viver. Ainda mais quando temos um perfeito modernoso, que não colocaria um centavo na construção de uma ciclovia, mas se dispõe a trazer para nossa cidade a tal fórmula indy, torrando dinheiro público nessa bobagem, com o objetivo de compensar sua ineficácia, seu descompromisso com a população, sua falta de projeto, de rumo, mas sempre disposto a abraçar qualquer delírio megalômano na caça ao voto dos incautos, tudo dentro da lógica do "governo espetáculo".
Montreal Cycle Chic 002
E nisso o prefeito pode contar com o silêncio obsequioso desses "cronistas". Se não for pelo "nobre" motivo de garantir o emprego evitando emitir opiniões que possam desagradar ao patrão, no mais das vezes é simplesmente por que não conseguem ver o mundo com seus próprios olhos, acostumados que estão a vê-lo pelos olhos desse patrão.
Long John
Bizarro o malabarismo retórico do "cronista" e seu esforço para nos empurrar goela abaixo essa salada indigesta sob a forma de, vá lá..."crônica". Mistura alhos com bugalhos, ciclistas, homofobia, políticos...
É verdade, enxovalhar o parlamento é o esporte preferido da nossa população. Pela crítica que os brasileiros fazem aos políticos, o Brasil deveria ser uma país imune a corrupção. Mas então quem elege os políticos corruptos? Quem elege as "bestas" como Bolsonaro? Mais uma vez nosso "cronista " fica pelo meio do caminho perdido no emaranhado q ele próprio teceu. Sim, por q não é só a população q esculhamba o parlamento! Tem mais alguém fazendo isso. E esse alguém é a mídia. São recorrentes as matéria sobre corrupção na política veiculadas de maneira oportunista por uma mídia que se arvora a baluarte moral da sociedade. Um paradoxo, quando se sabe que grande parte desses políticos corruptos se elegem com o apoio da mídia. A eleição do Collor é o melhor exemplo. Isso quando esses mesmos políticos não operam concessões de mídia através de laranjas, o que também e uma ilegalidade.
Red Nuance
Trazendo essa conversa mais para perto de nós, ou melhor, mais para perto do "cronista" errebessiano, podemos afirma que a empresa onde ele trabalho tem sido um verdadeiro seleiro (ou seria chiqueiro?) onde foram engordados vários desse políticos, através dos quais a RBS assumiu o poder em nosso estado.
Um poder tentacular, que vai desde o controle da mídia na região sul do Brasil, num sistema ilegal de propriedade cruzada, até interesse imobiliários que destroem a legislação urbana, subjugando a cidade à especulação predatória do capital. Se Porto Alegre está transformando-se em uma cidade inabitável, isso se deve a essa relação promíscua entre políticos servis e interesses privados dos quais a RBS é uma típica representante.  
CNN in Copenhagen
Nesse ponto cabe recuperar o discurso do "cronista" sobre minorias que tiranizam maiorias. Se os ciclistas são uma minoria e os "cronistas" da mídia corporativa são mais minoria ainda, o que dizer de uma família que mantém todo um estado atrelado aos seus interesses, usando o poder da mídia para moldar a realidade de acordo com sua vontade, publicando estultices como essa "crônica" do David Coimbra?
Eugênio
06/06/2011

Copenhagen Milano

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Municipários em estado de greve

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Blogueir@s mobilizad@s

 
Abertas as inscrições para o I Encontro de Blogueir@s e Tuiteir@s do RS e do II Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas.
PARTICIPEM!
Inscrições:
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Nota da Rede Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos


A Rede Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, em nota pública, está reafirmando a defesa da garantia da atenção integral à saúde das mulheres e dos direitos sexuais e direitos reprodutivos, alertando que esta política não pode sofrer nenhum tipo de retrocesso. O manifesto integra as ações do mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher e fortalece as atividades do ano internacional dedicado às populações afrodescendentes. No documento, a entidade revela que se mantém atenta e mobilizada para o cumprimento da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres, da Política de Saúde Integral da População Negra e dos marcos legais de saúde.

Para Rede, isto significa a busca de respostas concretas para os graves problemas de saúde das mulheres brasileiras, nos quais devem ser observadas as desigualdades de gênero, de raça e de etnia, de orientação e identidade sexual, de ciclos de vida e das condições em que vivem as mulheres: mortes evitáveis na gestação, parto e puerpério, abortos inseguros e gestações indesejadas e não planejadas, elevados índices de mortalidade por cânceres reprodutivos - mama, cólo de útero, ovário e colo retal -, violência doméstica e sexual que alcançam patamares alarmantes, violência institucional na atenção as mulheres de todas as idades, particularmente no atendimento ao aborto, ao parto e nas prisões femininas, especialmente, contra as mulheres negras e pobres, e por fim, omissão quanto a saúde mental.


A nota também destaca o compromisso assumido pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, quando da audiência realizada em janeiro último com representantes da RFS, da manutenção da área técnica da saúde da mulher, bem como com a preparação da conferência de saúde da mulher em 2012, e o fortalecimento do Conselho Nacional de Saúde - CNS. Na avaliação da Rede, "nos últimos anos a área responsável pela saúde das mulheres vem sendo esvaziada e afastada até fisicamente da esfera de decisões".

Agenda: Dia Internacional da Mulher

No Carnaval, Ponto Final na Violência

Campanha Ponto Final na Violência contra Mulheres e Meninas está inserida no Bloco Ilê Mulher, atividade que há dez anos se realiza no Carnaval de Porto Alegre. Este ano, o eixo da programação é “As mulheres podem”. O bloco abre o desfile das campeãs do Carnaval de Porto Alegre marcado para sábado, 12, na passarela do samba do complexo Cultural Porto Seco, a partir das 20 horas. Ilê Mulher virá embalado pelo samba de autoria de Zilah Machado que faleceu em janeiro último. Nesta terça-feira, 8, às 18h30min, tem ensaio geral, quando da realização da Muamba da Santana, na Rua Leopoldo Bier, entre as ruas São Luiz e Bernardo Pires, Bairro Santana. A promoção é do Fórum Municipal de Mulheres de Porto Alegre. Ouça o samba enredo do bloco. [...]


Ciclo de Debates – As Mulheres Podem – com o desenvolvimento de mesas temáticas sobre Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos. A promoção é do Forum Municipal da Mulher, Rede Feminista de Saúde e será realizada nos dias 15, 17, 21, 22 e 23 de março, sempre às 17 horas, no auditório do SindBancários- Rua Gal. Câmara 424 – Centro. No último dia do ciclo de debates, as organizações Coletivo Feminino Plural, Themis, Maria Mulher e o Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre a Mulher e Gênero –NIEM/Ufrgs comemoram seus aniversários. Agendado para o dia 24/03 às 10 horas a apresentação da Pesquisa "As mulheres no mundo público e privado", da Fundação Perseu Abramo no Plenarinho da Assembleia Legislativa. Na sexta-feira, 25 de março, haverá o lançamento do Aborto- Guia para profissionais de comunicação, às 14 horas, no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, Rua dos Andradas, 1270 – 13º andar.
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Asmaa Mahfouz e a revolta no Egito




Asmaa Mahfouz, uma jovem egípcia cujo blog video chamando à mobilização teve um enorme sucesso, é considerada como uma das vozes que desencadeou a revolta. [Em inglês. Fonte: Nouvelobs.com via Observatório da Mulher]
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Florianópolis, “a cidade de Floriano”, 31 anos de Novembrada e as políticas do esquecimento

Fortaleza do Anhatomirim - Foto: Germano Schüur

Por Laurene Veras* especialmente para o blog.

Em 14 de outubro de 1893, o comandante Federico de Lorena declarou instalado o Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil na cidade de Nossa Senhora do Desterro, em Santa Catarina. Em plena revolução federalista, Desterro passou a ocupar o status de uma capital do país paralela, ilegítima para os legalistas, estratégica para os federalistas do sul do país. O novo governo considerava-se separado da União, enquanto Floriano Peixoto, que comandava o país desde o Rio de Janeiro, não fosse deposto. Esta ‘vitória’ do movimento federalista durou seis meses, após os quais, enfraquecido por dissidências internas, o movimento revoltoso foi desmembrado e derrotado em 16 de abril de 1894, três dias antes da chegada do interventor federal Antônio Moreira César. Moreira César iniciou então uma operação pente fino na ilha de Santa Catarina e colocou toda força à sua disposição no encalço dos remanescentes revolucionários. A partir daí, Desterro testemunhou um dos momentos mais sangrentos e traumáticos de sua história. Em maio de 1894, após meses de perseguição, execuções, tortura e todos os conhecidos meios de repressão e coação praticados pelo Estado, ocorreu o que ficou conhecido – ou desconhecido, dependendo da interpretação – como o “Massacre de Anhatomirim”, quando cerca de 200 homens teriam sido executados na ilha presídio num movimento revanchista e arbitrário de extermínio e profilaxia política. Em 1º de outubro do mesmo ano, o então governador Hercílio Luz − cujo próprio primo e cunhado havia sido assassinado pela mão de ferro de Moreira César −, sancionou a lei que mudaria o nome da capital do estado de Nossa Senhora do Desterro para Florianópolis, em homenagem a Floriano Peixoto, ninguém menos que o mentor político dos verdugos dos ilhéus revolucionários. A troca do nome da cidade foi uma tentativa de varrer os fatos traumáticos de Anhatomirim para baixo do tapete da história e passar um verniz sobre uma ferida que deveria ser bem cicatrizada pelas políticas do esquecimento articuladas pelas autoridades competentes.

           
No que diz respeito à tradição e à dor, a Ilha de Anhatomirim faz parte do imaginário dos florianopolitanos como um lugar mal assombrado. As narrativas oriundas da tradição local contam estórias de fantasmas e maldições relacionados ao lugar. Entretanto, para além do anedótico e folclórico, após quase um século de esquecimento gerado no trauma, a significância da memória cultural se faz notar em um dos mais importantes levantes populares da História da ditadura militar no Brasil. Em 30 de novembro de 1979, o então presidente General João Figueiredo fez uma visita a Florianópolis a fim de conhecer o projeto de implantação de uma indústria siderúrgica na região e para a cerimônia de descerramento de uma placa em homenagem a Floriano Peixoto. O Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina organizou uma manifestação contra o regime militar, e a manifestação acabou ganhando força e destaque por causa da indignação causada pelo monumento em homenagem ao ditador da revolução federalista. O general foi hostilizado pela população e reagiu com agressividade. A confusão na Praça 15 de novembro foi generalizada, e a famigerada placa foi arrancada do lugar e queimada pelos manifestantes. Com base nesse fato, é possível afirmar que neste dia, dois chefes de regimes autoritários de épocas diferentes foram desafiados pelo povo. O episódio da Praça 15 de novembro ficou conhecido como Novembrada, mas assim como o esquecimento de Anhatomirim, a Novembrada também teve existência curta na memória oficial do país, especialmente por se tratar de um levante que ocorreu em meio à repressão da ditadura militar, a qual tratou de acionar as usuais ferramentas do esquecimento.


*Mestranda em Literatura, UFRGS.
Imagens Novembrada: Banco de Dados/JSC
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Mulheres são destaque no V Fórum Social Pan-amazônico

Por Terezinha Vicente na Ciranda



“As mulheres são como as águas... crescem quando se encontram.”

O famoso encontro das águas em Santarém, reunindo os Rios Amazonas e Tapajós, deu o mote para o movimento de mulheres da Amazônia brasileira marcar sua participação na abertura do V FSPA. Um grande cortejo cultural, que deverá terminar na orla do Rio Tapajós, no centro da cidade estará sendo preparado e estima-se a presença de mais de cinco mil pessoas, vindas principalmente dos oito países que compõe atualmente a Pan-Amazônia.
Como o dia 25 de novembro é também o Dia Internacional contra a Violência à Mulher, lideranças feministas preparam uma bela manifestação para o evento de abertura. “Vamos mostrar a aliança das entidades femininas indígenas e africanas na defesa das águas”, explica Nilde Sousa, do MAMA (Movimento Articulado de Mulheres da Amazônia). Representando figuras conhecidas de nossa cultura popular, como Iara, Iemanjá, a cabocla Nanã, as mulheres pretendem convocar um grande abraço significando a aliança dos povos, e a defesa da floresta e da terra, além das águas.
“O processo de organização do Fórum aqui é diferenciado”, fala Nilde, “pois trabalhamos várias linguagens, já que o povo amazônico expressa-se muito pela música, pelos tambores”. Um destaque maior para o tema da violência contra a mulher foi proposto pelas feministas, que queriam fazer um pequeno ato durante a tradicional marcha de abertura do Fórum, mas não foi aprovado pela coordenação. “As mulheres vão tomar conta do Pan?!!”, foi comentário ouvido por Luciene Santos, da Associação de Domésticas de Santarém.

Casa Feminista

De acordo com as lideranças, as mulheres se organizam para ter incidência em todos os eixos, embora tenham programado debates específicos, como um Diálogo entre feministas e Indígenas sobre o conceito do “bem viver” e o Tribunal “Impactos Ambientais na vida das Mulheres”, que acontecerá no primeiro período de debates, no dia 26, na Câmara Municipal de Santarém. Nilde destaca a diversidade de mulheres da Amazônia que estarão representadas neste FSPA, como as extrativistas, as quilombolas, as camponesas e as “icambiabas”, que são as mulheres guerreiras, conhecidas como amazonas.
Elas estão empenhadas na organização da “Casa Feminista” em uma das escolas que estão sendo preparadas para receber os participantes. Lídia Costa, da Articulação de Mulheres do Amapá, uma das mais entusiasmadas, explica o necessário rodízio a ser feito entre as mulheres, para dar conta das várias tarefas de manutenção da casa, do plantão diário à limpeza, cozinha, primeiros socorros. A “Casa Feminista”- que já tem mais de uma centena de mulheres inscritas - funcionará na Escola Rubens Ludwig, próxima ao Parque da Cidade, principal território do Fórum. Atividades culturais rolarão todas as noites.

Quilombolas

Fortes presenças da organização feminista local vêm do Grupo de Mulheres Quilombolas de Santarém, com lideranças dos quilombos de planalto (em terra firme) e de várzea, como Maicá, Saracura e Arapemã. Além dos indígenas, a população negra é muito forte nos movimentos sociais do Pará, onde existem muitos quilombos. São dez as comunidades em processo de titulação coletiva, como informa Águida Vasconcelos, da Coordenação de educação étnico racial do municipal de Santarém. “Existem 1050 alunos matriculados nas escolas quilombolas”, conta Águida. “O movimento negro é muito organizado”, diz a educadora. “Toda segunda-feira, as lideranças se reúnem na FOQS (Federação dos Quilombos de Santarém), para tratar de suas questões de educação, saúde, território, cultura, etc”. Resultado da diáspora africana para nosso país, e da luta pela liberdade, as quilombolas sabem da sua importância na construção de outra Amazônia possível.
Atualmente a Pan-Amazônia é uma região que se espalha pelo território nacional de nove países ( Suriname, Guiana Francesa, República Cooperativa da Guiana, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Brasil). Com exceção do Suriname, República da Guiana e Guiana Francesa, todos os demais são países tem o seu poder político e econômico centralizado em outras regiões. Assim, a maioria de suas populações tem sido excluída das principais decisões sobre a Amazônia, território cobiçado internacionalmente, e delegações de todos esses países se farão presentes. São quatro os eixos deste V FSPA: Em defesa da mãe terra e dos territórios; Poder para os povos pan-amazônicos; Direitos Humanos e Cultura, Comunicação e Educação Popular.


#FimdaViolenciaContraMulher


Mais sobre o IV FSPA em Ciranda Pan-Amazônicaa
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Ato "Diálogo na Esquina" nesta terça


O CENTRO É DO POVO!


A Rede Brasileira de Teatro de Rua (RS) convoca a todos para participar do Ato Diálogo na Esquina. Ato em repúdio ao desrespeito com os artistas, à autorização para apresentações e cobrança para utilização de espaços públicos, que pertencem à todos nós!
Com apresentações e performances teatrais, musicais e poéticas!!!

Dia 17 de Novembro, 4ª feira, à partir do meio-dia.
NA ESQUINA DEMOCRÁTICA, CENTRO.


Artigo 5º da Constituição Federal:
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;


Compareça com sua voz, com seu instrumento, com sua performance...
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Encontro de blogueir@s no Paraná

Primeiro Encontro Estadual de Blogueiros Progressistas do Paraná – I EEBPPR


O Primeiro Encontro Estadual de Blogueiros Progressistas do Paraná é uma  conseqüência direta da participação de blogueiros paranaenses no Primeiro Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, que aconteceu entre os dias 20 e 22 de Agosto p.p., em São Paulo (SP) e uma ação preparatória para o Segundo Encontro Nacional, a realizar-se em Maio de 2011.

Naquela oportunidade, criou-se o comitê para organizar o I Encontro Estadual de Blogueiros Progressistas no Paraná (I EEBP-PR).

Este evento está marcado para ocorrer na Sede Campestre do SINDIJUS, em Curitiba, nos dias 26, 27 e 28 de novembro de 2010, em Curitiba.

O tema do Primeiro Encontro será: “A cidadania ativa na Internet: o caráter revolucionário dos blogs. O desafio do Paraná”.

O encontro estadual terá como objetivos disseminar o fenômeno dos blogs no Paraná e ampliar o número de agentes ativos na blogosfera como forma de aprofundar o conteúdo de cidadania da internet.

Além do I EEBP-PR, ficou definido que sindicatos e partidos políticos progressistas serão convidados para fazer parte do “Movimento Paranaense pelo Direito à Comunicação” – organizado pela recém-criada Associação, como resposta à perseguição à mídia livre e independente e aos blogueiros progressistas, em especial, ao jornalista Esmael Morais, que foi eleito diretor da entidade.

Na mesma direção, a diretoria provisória resolveu realizar um “Ato em Defesa da Liberdade de Expressão e da Mídia Alternativa”, em respeito ao artigo 220 da Constituição Federal, a ser realizado no próximo dia 21, às 19h, na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor), na capital paranaense.
Esse ato foi muito concorrido, contando com a presença de mais de 50 pessoas, entre as quais vários representantes da sociedade civil, entidades estudantís e sindicais.

A diretoria provisória da Associação dos Blogueiros Progressistas do Paraná é a responsável por realizar as primeiras eleições da entidade e está assim definida:
Presidente: Sérgio Luís Bertoni  (www.tie-brasil.org)
Vice-Presidente: Mário Candido de Oliveira (www.porumparanamelhor.com/mariocandido)
Secretário Geral: Ivo Augusto de Abreu Pugnaloni
(www.porumparanamelhor.com/mariocandido)
Diretora de Finanças: Nelba Maria Nycz de Lima (http://midiacrucis.wordpress.com)
Diretor de TI: Walter Koscianski  (www.engajarte-blog.blogspot.com)
Diretor de Comunicação: Edson Osvaldo Melo (http://blogdoedsonmelo.blogspot.com)
Diretor Jurídico: a definir
Diretor de Mobilização: Esmael de Morais (www.esmaelmorais.com.br)
Conselho Fiscal: Paulo Afonso Nietsche (www.naluta.net), Robson Jamaica (http://protesto-jamaica.zip.net/)
O blog oficial da ABPP é o  www.paranablogs.wordpress.com

Programação do I Encontro Estadual de Blogueiros Progressistas
Palestrantes ainda por confirmar

26/11/2010
Sexta-Feira

19:00 Abertura Festiva

19:45 – I Festival de Blogo-violeiros do Paraná

27/11/2010
Sábado – Exposição dos Temas

08:30 hs Liberdade de Expressão e Internet
Campanha Eleitoral de 2010 e a Manipulação via TV, Rádio . Jornais e Internet

10:00hs A internet, a cidadania e Mov Sociais
A experiência de entidades sindicais com internet

12:00 hs Almoço

13:30 hs Papel dos Blogs, Twitter e outras
O risco da censura jurídica, tecnológica e regulatória da Internet
Palestrante: Associação de Blogueiros Progressista do Paraná

15:00 hs Estratégias de formação de cidadãos ativos e conectados na internet – Sistemas de formação de quadros para o movimento social
Palestrante: Associação de Blogueiros Progressista do Paraná

17:00 hs Conteúdo prioritário para os Blogs:
O papel da Narrativa, da Pesquisa, da Informação e da Opinião

19:00 hs Janta

28/11/2010 Domingo Grupos por Tema

08:30 – Inicio Discussão nos Grupos

12:00 Almoço

13:30 Plenária Aprovação dos Relatórios

16:00 Encerramento

16:30 Reuniões por Região

Fonte: Paraná Blogs
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Twitter e eleição 2010

Nem Huck, nem Sato, nem robôs, nem trolleiros preconceituosos venceram militância pró-Dilma no Twitter

Por Conceição Oliveira no Maria Frô


Bastante interessante o artigo que reproduzo a seguir analisando o comportamento das hashtags sobre Dilma e Serra no twitter dia 31/10, dia da votação do segundo turno.
Lembrando que todas as webcelebrities – indivíduos que têm alta exposição na tevê em diferentes canais e vão para o twitter disputar entre si a fogueira das vaidades e uns trocos em publicidade -, são pró-Serra.
Marcelo Tas do CQC e seu meninos* amestrados e preconceituosos, por exemplo, além de  se declararem pró-Serra  na timeline, têm episódios clássicos de campanha detratora em relação à candidata, a seus partidários, aos políticos do PT e até mesmo ao presidente da República,  acusando-os de corrupção, censura e  os tornando alvos de toda a sorte de preconceitos. Danilo Gentili, por exemplo, tem um vídeo no youtube que poderia ser facilmente enquadrado pelo MP: da aparência da candidata até sua sexualidade tudo é posto à prova com piadas sexistas e, como tal, de extremo mau gosto. O presidente é ‘corrupto’, ‘analfabeto’, ‘cachaceiro’… Mas as críticas ao seu vídeo são tidas por eles como críticas de petistas que não entendem ‘humor’, como de gente comunista que é a favor de ‘censura’.
Há ainda os que se tornaram famosidades via twitter como @OCriador que igualmente declarou seu voto a Serra. Há os fakes criados pela campanha de Serra imitando celebridades como o que se passou por Ronaldo, jogador do Corinthians e que durante a campanha enganaram incautos e ajudaram a bombar tags negativas com o nome de Dilma. E houve ainda vários jornalistas que abertamente fizeram campanha diária contra a candidata e também contra os jornalistas que não embarcaram na onda de detratação.
Pensando que a campanha de Serra no twitter foi coisa de profissional, planejada muito antes de Serra sequer ser candidato ( Serra um ano antes da campanha já estava no twitter), que Graeff, Soninha Francine e outros  que coordenaram na rede uma campanha agressiva e detratora contra a candidata Dilma Rousseff seu partido e aliados, é realmente surpreendente que  a presidenta eleita tenha tido resultado positivo no twitter.
Ponto para a militância e ponto para o projeto político defendido por Dilma Rousseff que mobilizou uma militância espontânea de não filiados e até mesmo de não petistas. Ponto para a blogosfera progressista sempre atenta que denunciou todas as tentativas de ataques desonestos disseminados no twitter.
Infelizmente o mesmo não podemos dizer para a campanha oficial do PT na rede, sem investimento, sem coordenação, sem foco. Espero imensamente que o PT, para as próximas campanhas, tenha aprendido que o mundo off line e o mundo on line estão conectados. #ficaadica.
*PS. Eu havia visto a declaração de Rafinha Bastos no twitter de que não votaria em Serra, não vi a de que ele disse que a vida dele e dos brasileiros melhoraram nos últimos oito anos. De todo modo, não vi sua declaração explícita de que votaria em Dilma, como fez, por exemplo, Tas e outras famosidades twitteiras tucanas que declararam abertamente seu voto em Serra.


Dilma venceu Serra também no Twitter
Por: Risoletta Miranda, no IdgNow
Na espera do início da campanha e entre elaborações de projetos e trabalhos, tinha uma certeza: o Twitter seria a rede “estrela” das Eleições 2010.
Não era uma dedução difícil: os políticos estavam adotando, os jornalistas idem (usando e se pautando) e a curva de adesão no Brasil cresce em números impressionantes (23% de penetração) mundial). Também há a parte conceitual, pois o microblog faz uma interessante mistura de rede social (há divergências) com uma rede de informação em tempo real. Bons ingredientes para a campanha.
O fato é que assim o foi. Esses itens combinados e potencializados pela convergência com a imprensa clássica deram para o Twitter um papel de protagonista. Tenho lido boas análises sobre isso, e as mais recentes foram do blog Interney, escrita por Gilberto Consoni , que fala sobre a preocupação quanti, quali e a presença de hashtags no Trending Topics. Da mesma forma a pesquisa de Marcelo Coutinho quando mostra que o microblog foi o segundo meio de informação mais importante na campanha para mobilizar o eleitorado, logo depois da televisão.
O que eles abordam são duas boas questões. Neste momento, a primeira é mais instigante para mim é: funcionou o “barulho” feito pela veiculação de hashtags? No Twitter prevalece o “fale bem ou mal mas falem de mim”?
Novamente fomos (a equipe da @fsprdigital) a campo com ferramentas e recursos humanos atrás de algumas respostas. Escolhemos a trajetória das hashtags no dia do voto, 31/10.
Quando as urnas estavam liberadas para o voto, a campanha de Dilma Rousseff pedia para que a militância e eleitores da candidata usassem as hashtags #dilmaday e #13neles. Do lado da campanha de José Serra houve um foco maior em #euquero45. A hashtag #bra45il também foi divulgada, mas não “pegou”.
A seguir, o resultado quantitativo quando comparamos #dilmaday e #euquero45, considerando o que foi postado apenas no dia 31/10, entre 8 e 17 horas:
1. #dilmaday teve 127 mil tweets postados por 43 mil pessoas. Essa atividade de postagem alcançou 3,7 milhões de pessoas e foi repetida na rede 73 milhões de vezes. Lembrando que exposição pode contar mais de uma vez.
2. No caso do #euquero45 foram 43 mil tweets postados por 24 mil perfis. O alcance foi 4,4 milhões e o número de impressões ficou em 24 milhões de vezes.
Pelos números dá para dizer que Dilma ganhou na “disputa” das hashtags? Que isso contribuiu para a qualidade das mensagens que falavam sobre ela? Afinal, ela teve quase 3 vezes mais tweets do que Serra e quase o triplo em exposição (número de impressões).
E sobre Jose Serra? Quem contribuiu para sua divulgação no dia da eleição o fez como? Que tipo de mensagem usou? Quem foram os multiplicadores mais ativos?
A avaliação da qualidade desses tweets é bem interessante. Tirem conclusões pelos dados abaixo. Consideramos os 50 maiores multiplicadores das mensagens dos candidatos. Ou seja, aquelas pessoas que possuem elevado número de seguidores, que, por sua vez, fazem retweets de suas mensagens:
• Dilma teve 51% de exposição negativa contra 5% de Serra.
• Todos os 51% dos perfis negativos usam palavrões ou expressões preconceituosas contra a candidata. Foi o que se chama na rede de “trollagem” pesada.
• Serra teve 69% de multiplicadores que possuem características de robots ou fakes (classificamos no gráfico abaixo como “neutros”).
• Dilma teve 39% de exposição positiva e Serra 26%. Eram mensagens de apoio.
• No caso de subtrair os 51% de presença negativa de Dilma – provocada pelos eleitores e militantes do outro candidato -, ainda assim seus apoiadores teriam feito uma campanha mais positiva no Twitter. Inclusive porque não identificamos o uso de robots ou fakes no caso do #dilmaday.
• Os 10% de “neutros” alocados na conta do #dilmaday foram pessoas que fizeram apenas piadas sem tomar partido.
• O perfil de Luciano Huck – com um tweet pedindo para dar RT’s em #euquero45, por volta de 12h – gerou quase 3 milhões de exposição para Serra. Ele é uma espécie de horário nobre do Twitter, nesse quesito. Foi assim no 1º turno.
• Embora nos principais influenciadores de audiência de José Serra o principal fato tenha sido os robots/fakes, nos tweets negativos sobre ele não há ofensas como no caso de Dilma. Mas foi muito veiculado e com grande exposição uma possível indicação (fake) de que Marina Silva, do PV, teria dito para não votar em Dilma.
twitterEleicao
Entre tantas, uma conclusão possível: os “tuiteiros” contra Dilma foram muito hostis (audiência negativa de 51%) e entre os de Serra parece que prevaleceram os robots (69%). Sobre as celebridades (caso de @sabrinasatoreal e @huckluciano): eles realmente alavancam qualquer idéia que publicam.
Ainda assim, o saldo de 39% positivo de #dilmaday (muita militância partidária) e 26% de #euquero45 (idem militância) podem ser retirados desse contexto e mostrar um dado peculiar: o Twitter espelhou o mundo real, pois a diferença entre um e outro ficou muito parecida com a diferença nas urnas: 13% na web e 12,1 nos votos.
Fontes:
Os dados apresentados neste artigo foram coletados e analisados com a ferramenta TweetReach no dia 31/10/10.
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Governo Dilma. Qual deve ser a postura do movimento popular e sindical?


Qual deve ser a postura do movimento popular e sindical, e quais as bandeiras centrais no governo Dilma, recém-eleita presidente do país? A ofensiva conservadora que marcou as eleições de 2010, as reivindicações da classe não cumpridas durante o governo Lula e a base econômica deixada pelo atual governo são alguns dos pontos de partida para as lutas dos movimentos sociais, de acordo com as reflexões de suas lideranças.
A reportagem é de Pedro Carrano e publicado pelo Brasil de Fato, 31-10-2010.

Para o integrante da coordenação nacional do MST, Gilmar Mauro, o resultado eleitoral não quer dizer apenas uma derrota de José Serra (PSDB), mas da grande mídia como um todo. Mauro avisa que os movimentos sociais terão uma relação de autonomia com o próximo governo, com quem as organizações devem confrontar suas reivindicações. A reforma agrária, por exemplo, não foi pautada na campanha eleitoral deste ano e deve voltar à agenda.

Sobre a questão agrária, Mauro enfatiza que o debate se dá em três frentes: sobre o uso do solo e recursos naturais, que não devem ser transformados em mercadorias, sobre o tipo de alimentos que a população está consumindo, e a serviço de quem serão usadas as tecnologias no campo.

 “Eu acho que a reforma agrária é uma das coisas mais modernas do mundo na atualidade. Mas uma reforma agrária vai ter que alterar o modelo agrícola, o modelo de produção, o tipo de comida, o tipo de tecnologia, e esse debate vamos ter que fazer o debate com a sociedade. Esperamos  que o governo Dilma possa ajudar, no sentido de favorecer, de criar espaços para que esse debate ocorra e que a sociedade participe da discussão de uma verdadeira reforma agrária que altere a estrutura fundiária no Brasil e o modelo de produção no Brasil.”

A postura do movimento negro será de apoio crítico e pressão permanente em defesa de políticas públicas. Esta é a posição da Uneafro, de acordo com Douglas Belchior, do conselho geral da organização. Para ele, Dilma terá que revisar as políticas de segurança pública que vitimam a população negra em todos os estados. O aprofundamento das políticas de acesso à educação e a pressão pelo Estatuto de Igualdade Racial são pontos estratégicos na avaliação da entidade.
 “O movimento negro deve ter uma postura de luta permanente e vamos ocupar as ruas. Também vamos ocupar as universidades no sentido de pressionar para que o governo haja e preste serviço ao povo brasileiro e não para os latifundiários, para os racistas, empresários e banqueiros.”

A base econômica construída nos oito anos de governo Lula resultou na geração de empregos e estancou a flexibilização do trabalho no período Fernando Henrique Cardoso (FHC) é o que  analisa o sindicalista Milton Viário, da Federação dos Metalúrgicos do Rio Grande do Sul e da CUT. Ele enxerga que o momento é de pautar a plataforma unificada dos trabalhadores, construída em 2010 pelo movimento social e sindical. No campo sindical, maior democracia e condições de trabalho, jornada de 40 horas e o fim do fato previdenciário são pontos centrais nesse projeto.

“Nós vamos ter condições melhores para apresentar a plataforma da classe trabalhadora, voltada basicamente no desenvolvimento econômico. Portanto, ampliando a atividade produtiva, mas reivindicando fortemente a geração de empregos de qualidade, empregos aonde se possa ter uma melhor remuneração, empregos aonde se possa ter de fato uma qualificação profissional e que haja a especialização do trabalho.”
A deputada federal recém-eleita pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) de São Paulo, Luiza Erundina, aponta que o governo Dilma terá que enfrentar o desafio de maior democratização do Estado brasileiro. O que, de acordo com ela, passa por dois caminhos: reforma política e democratização dos meios de comunicação.

“A reforma política que já tem um acúmulo no Congresso, tem uma frente parlamentar pela reforma política com participação popular. Já tem inclusive um Projeto de Lei de iniciativa popular que está na Comissão de Legislação Participativa e já responde a questões importantes, estruturais do sistema de comunicação. Tem, por exemplo, a reforma Tributária como mecanismo de distribuição de renda.”

Na mesma linha da democratização da mídia como bandeira central para a luta da esquerda, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, avalia que a pressão a partir as bandeiras nascidas no processo das Conferências de Comunicação devem ser pautadas desde janeiro de 2011.
“Este é um ponto da agenda, o debate que as organizações sociais vão ter que estar muito organizadas, mobilizadas, pressionando o governo. Não pensem que vai ser fácil. Eu lembro que a primeira Conferência de Comunicação só saiu no último ano do governo Lula. Era um governo em disputa. E, portanto, nós temos que continuar debatendo isso. O próximo governo da Dilma Roussef também será um governo de disputa.”
A luta das mulheres tem dimensão importante em 2011. Darli Sampaio, da Casa do Trabalhador de Curitiba, acredita que o debate ideológico sobre a questão do aborto nas eleições agora deve ter o efeito contrário. Uma vez que as organizações devem pressionar para obter avanços neste tema. De acordo com ela, a união civil dos homossexuais e os desafios da inserção da mulher no mundo da política também são desafios no debate de gênero.

 “Do ponto de vista da organização das mulheres, tem uma pauta já que ela não se esgota, porque as questões não estão resolvidas. Por exemplo, a discussão sobre a questão de gênero, que abarca polêmicas que nós vimos agora no período da campanha, que diz respeito à questão do aborto, aliás, a forma desrespeitosa com que essa discussão foi travada no debate político. O Movimento de Mulheres entende que aborto é uma questão de saúde pública”.

Na avaliação de Luiza Erundina, há um espaço no Estado brasileiro para a politização a partir do governo, mesmo o Estado tendo um caráter de classe.

“É exatamente a forma de governar. É mais do que os resultados, é a forma de dividir o poder, a relação com a sociedade civil. Fatos que leva a uma mudança de cultura política na forma de governar, um governo democrático, além de popular, no sentido de priorizar os interesses da maioria da população. Também ser um governo voltado, desde o primeiro momento, sobre todas as questões estratégicas, a participação popular organizada e politizada. Lamentavelmente não tivemos isso num governo Lula.”


Fonte: Instituto Humanitas Unisinos
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Se você realmente pretende eleger Dilma

Na reta final um recado à militância: Se você realmente pretende eleger Dilma
Por Conceição Oliveira em seu blog:

O Maria Frô sempre falou em política, vai continuar falando depois das eleições. O twitter @maria_fro idem. Aos amigos que decidiram pelo voto nulo, eu só tenho a lamentar, aos que deixaram de me seguir porque acham que estou over, aviso que não viram nada. Eu vou eleger Dilma Presidente, para mim não há escolha ou é Dilma ou exílio, eu não aguentarei ver meu país entregue nas mãos de uma extrema-direita que joga na lata do lixo os direitos humanos, os direitos civis, os avanços na pesquisa científica, os avanços em políticas sociais, o crescimento com inclusão.
Vejo alguns militantes petistas feito baratas tontas dando tiro no pé: repassam link do PIG, fazem spam no twitter sem conteúdo nas mensagens; repassam mentiras da campanha suja sem desmenti-las  quando tem dezenas de blogs com vários posts desmentindo a campanha da direita conservadora mais suja da história. Isso é burrice.
Neste blog e via twitter está blogueira aqui já está com os dedos doendo de tanto avisar incautos que: se você recebeu um mail ou link ou pegou um trolleiro safado que se faz passar por Dilma você deve denunciar por mail ou diretamente no site do espalhe a verdade qual é a calúnia que estão espalhando. No twitter bloqueie e reporte spam o trolleiro detrator.
Pense comigo, vc leu a mentira se indignou e passa ela pra frente, dando RT ou espalhando o mail com a palavra DENÚNCIA! Isso não é lá muito inteligente, não é? Você está contribuindo para espalhar a mentira e não a verdade.
Você é blogueiro, os trolleiros vão no seu blog e xingam Dilma, Lula etc., você aprova os comentários? Transforma o espaço dos comentários do seu blog em lixo exposto? Você realmente acha isso inteligente?
Na reta final desta campanha tente, ao menos esta semana, parar de dar tráfego para UOL, Veja, Estadão, O Globo e afins. Cada vez que você lê e linka uma matéria mentirosa e partidária destas famiglias que monopolizam a mídia no país, que agem como partido da oposição, você justifica a existência deste tipo de jornalixo que estas empresas praticam; estimula os anunciantes a continuarem financiando-os, afinal você os lê. Que tal pegar essas matérias e lê-las de forma crítica, já que você parece não conseguir deixar de lê-las? Mas me faça um favor não me mande esses links nem por mail, nem no meu twitter. Vou começar a radicalizar, se você me mandar eu vou bloqueá-lo.
Se você realmente pretende eleger Dilma seja um militante consciente, tenha na ponta da língua os argumentos que te convenceram a apoiar o governo Lula e a dar continuidade ao projeto político do PT. No Maria Frô tá cheio de manifestos, de textos próprios ou de bons autores que sabem com clareza porque o governo Lula merece ser defendido e merece ter continuidade com a eleição de Dilma Rousseff.
Se você realmente pretende eleger Dilma a cada e-mail detrator que receber, especialmente se for de pessoas amigas e conhecidas, faça o seguinte: além de denunciar para o espalhe a verdade (faça uma busca com a expressão aqui no maria frô que vc encontra todos os dados necessários para fazer a denúncia) responda às pessoas, usando a verdade, se não sabe pesquise no site espalhe a verdade e também  no site seja dita a verdade. Ambos vêm fazendo um excelente trabalho para desmentir a campanha suja da extrema-direita.
Se você realmente pretende eleger Dilma não fique o dia inteiro no twitter, vá pra outras redes sociais e dê visibilidade às propostas de Dilma e às realizações do governo Lula. Entre em comunidades de viagens e explique às pessoas que no governo Lula podemos entrar em 27 países europeus, ficar 3 meses sem exigência visto. Na época de FHC até ministro tirava sapato em aeroportos. Explique como o governo Lula fez o Brasil ganhar respeitabilidade no exterior. Explique que no governo Lula a classe C está andando pela primeira vez de avião. Reflita e escolha diferentes comunidades de diferentes temas de grande número de pessoas quais assuntos você pode abordar para convencer os indecisos ou desinformados, sempre mostrando as realizações de um governo que tem 82% de aprovação.
Se você realmente pretende eleger Dilma esqueça os trolls, dê block e reporte spam, não perca seu tempo com cretinos, use-o para convencer indecisos com paciência, delicadeza, generosidade, simpatia.
Se você realmente pretende eleger Dilma visite os blogs que produzem bom conteúdo e argumentos, há muitos na rede com vídeos, fotos, bons textos e os espalhe entre os seus amigos por mail, nas redes sociais, use-os em suas conversas no trabalho, na faculdade, com parentes e amigos.
Se você realmente pretende eleger Dilma ligue para seus parentes e amigos e argumente em favor da sua candidata.
Se você realmente pretende eleger Dilma saia às ruas e vá para os bares, butecos, igrejas, praças, ônibus, metrô, exiba com orgulho a sua candidata e converse com as pessoas. Imprima os belíssimos e bem feitos cartazes comparativos do @ilustrebob e converse com as pessoas.
E saiba de uma vez por todas, esqueça a vantagem das pesquisas, trabalhe como se a sua candidata estivesse em segundo lugar. Você tem uma semana para lutar com toda a sua força e amor pelo Brasil para que o nosso país continue avançando em políticas públicas inclusivas, para que cresça com justiça, para que o pré-sal realmente continue um patrimônio dos brasileiros e seus rendimentos sejam aplicados em educação, saúde, cultura e preservação do meio ambiente, para que o Brasil amplie sua infra-estrutura, invista em transportes públicos, para que façamos as Olimpíadas e a Copa mais bonitas da história, para que todos sejamos efetivamente cidadãos.
Eu estou na luta, bóra?
Hoje vou para a USP neste ato aqui e estarei em todos os demais que puder estar em minha cidade e estou fazendo tudo que disse pra vocês nos parágrafos anteriores, mas tenho certeza que não estou sozinha.
Atualizado às 21h21min.
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Ato Público pelo direito à informação

Lembra o Saitica:

Elmar Bones (ex-editor do Coojornal) convida para ato público, 19 horas, pelo direito à informação e 25 anos do Jornal Já - Hoje, sexta-feira, dia 8/10, no Teatro Dante Barone, Assembléia Legislativa do RGS.

Participe!
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Movimento em apoio ao Jornal JÁ


Do boletim do Sindicato dos Jornalistas RS:

Criado o movimento em apoio ao Jornal JÁ de Porto Alegre

Um público de 50 pessoas composto por jornalistas e representantes de entidades sindicais e da sociedade civil se reuniu na manhã de sábado, 11 de setembro, em apoio ao Jornal JÁ de Porto Alegre, cuja saúde financeira está ameaçada por uma indenização de100 mil reais cobrada judicialmente pela família Rigotto.

Na mesma sala da Associação Riograndense de Imprensa onde, em agosto de 1974, foi realizada a assembléia de fundação da CooJornal - iniciativa que entrou para a história do Jornalismo e que foi um modelo de organização em plena ditadura militar - foi fundado o Movimento Resistência JÁ, cujo objetivo é impedir a extinção do veículo comunitário de 25 anos.

"A situação que vive o JÁ atualmente guarda muitas semelhanças com a forma que terminou a CooJornal. No mínimo, conta também com o amplo silêncio da mídia", criticou o diretor da JÁ Editores e editor do JÁ, Elmar Bones. O Jornal JÁ foi condenado pela Justiça a pagar uma indenização de 100 mil reais à viúva Julieta Vargas Rigotto, mãe do ex-governador do Rio Grande do Sul e atual candidato ao Senado pelo PMDB, Germano Rigotto.

O motivo da ação é uma reportagem publicada em 2001 - vencedora do Prêmio ARI de Jornalismo daquele ano - que resgata documentos e aponta o envolvimento de Lindomar Rigotto, filho de Julieta e irmão do ex-governador gaúcho, em uma fraude que desviou cerca de 800 milhões de reais, em valores atualizados, da antiga CEEE.

"Germano Rigotto tenta se isentar dos problemas que nos causa essa ação. Mas a verdade é que sofremos um tremendo efeito político com essa condenação, pois é a família de um ex-governador que está processando um jornal. Não conseguimos anúncios, pois as grandes agências não querem se indispor", revelou Bones.

Sentenças contraditórias marcam o processo

Elmar Bones chamou atenção para o fato de que a própria Justiça havia considerado improcedentes as acusações pretendidas pela família Rigotto em um processo análogo. Julieta Vargas Rigotto ajuizou duas ações, uma penal contra o jornalista e outra, cível, contra a editora responsável pelo jornal.

Apesar de o conteúdo de ambas ser idêntico, Elmar Bones foi absolvido porque, segundo a juíza Isabel de Borba Lucas, "não se afastou da linha narrativa e teve por finalidade o interesse público, não agindo com intenção de ofender a honra do falecido Lindomar Vargas Rigotto". Entretanto, a editora foi condenada.

"Não acho justo pagar a indenização - ainda que na época tivéssemos dinheiro para isso. Mas trata-se de uma matéria correta, bem apurada e que teve como motivação o interesse público no assunto", protesta o diretor do JÁ. Em agosto, a Justiça determinou a presença de um interventor na redação do JÁ para garantir o repasse de uma verba mensal à viúva. E, mais recentemente, bloqueou as contas correntes dos dois sócios da editora - Elmar Bones e Kenny Braga.

Matéria apontou a maior fraude da história gaúcha

A matéria em questão parte do assassinato de Lindomar, em fevereiro de 1999, quando saía da boate Ibiza na praia de Atlântida, da qual era sócio, após contar a féria da última noite de Carnaval. Dois meses antes de ser assassinado, havia sido indiciado pela morte de uma garota de programa que caiu da janela de seu apartamento na rua Duque de Caxias, no Centro de Porto Alegre. O empresário da noite também estava com seus bens declarados indisponíveis pela Justiça por ser suspeito de desviar verbas públicas. Foi esse processo que o jornal JÁ resgatou na matéria, fruto de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembléia Legislativa e de uma investigação conduzida pelo Ministério Público.

Lindomar foi considerado o protagonista de um desvio de cerca de 800 milhões de reais da CEEE, através do direcionamento de uma licitação. Segundo o depoimento à CPI do secretário de Minas e Energia do governo Pedro Simom, do PMDB, Alcides Saldanha, o cargo que Lindomar ocupava na estatal de energia havia sido criado sob medida para ele, por pressão do então líder governista na Assembléia, Germano Rigotto.

O processo que derivou dessas investigações vai completar 15 anos em fevereiro, e está em segredo de Justiça, embora tenha sido gerado a partir de uma ação civil pública.

Movimento Resistência JÁ cria duas frentes de atuação

O movimento em apoio ao Jornal JÁ definiu duas frentes prioritárias de ação para os próximos dias. A primeira é ampliar ao máximo a divulgação dos fatos, e a segunda é buscar recursos emergenciais para garantir a circulação da próxima edição do jornal.

Aqueles que tiverem interesse em integrar-se ao grupo ou que desejarem receber informações sobre o caso podem escrever para comite.resistenciaja@gmail.com. Também é possível entrar em contato com a redação do Jornal JÁ a través do telefone 3330-7272.
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Movimento Resistência JÁ luta pelo direito à informação


Foi deflagrado na manhã deste último sábado o movimento “Resistência JÁ”, em alusão à ação movida pela família do ex-governador Germano Rigotto, agora candidato ao Senado pelo PMDB do Rio Grande do Sul e supostamente alheio ao processo aberto em 2001 por sua mãe, dona Julieta, contra o Jornal JÁ, de Porto Alegre.

Segundo Elmar Bones, jornalista e proprietário da publicação, “o processo não é contra o jornal ou contra o Elmar, mas contra toda uma escola de jornalismo”. Ele admite a resistência para evitar que aconteça com o JÁ o que aconteceu com o Coojornal no passado que, por pressões do Serviço de Informações do Exército (SIEX), durante o governo do general Ernesto Geisel, acabou fechando.

“Me recusei a pagar porque a matéria foi absolvida em outros processos. Isso seria uma confissão de culpa, e não fiz nada errado. Pelo contrário. Produzimos uma reportagem bem feita, correta e de interesse público, que ganhou os maiores prêmios. Como posso aceitar pagar por isso?”, indaga-se. “Seria contra a minha própria profissão”, emenda.

Sem condições de sobrevivência pela retirada dos anúncios, Elmar acredita que o jornal ficou queimado na praça, afinal, perdeu um processo para a mãe de um ex-governador. “Estamos sofrendo um efeito político colateral muito grande”, resume, pois o governo é o maior anunciante dos veículos de comuncação. “Nosso problema hoje é fazer o jornal se reabilitar perante os anunciantes”.

A idéia, a partir deste primeiro encontro - realizado na sede da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) - é executar uma série de atividades que tratem do direito à informação.

Apoio

“Somos culpados porque não discutimos a imprensa. Aos poucos estamos tendo mais coragem para debater. Mas precisamos de mais ênfase”. Ercy Pereira Torma, presidente da ARI.

“Esse processo é contra o exercício da profissão e não contra o JÁ”. Adroaldo Correa, jornalista.

“Estão querendo massacrar a informação de cima para baixo. Quero ter o direito de ir na banca e escolher o que quero ler”. Marcia Camarano, diretora de Comunicação do Sindsep.

“O judiciário se ajoelha perante à grande mídia. A questão aqui não é contra o jornalista, mas contra a informação”. Vania Barbosa, diretora aposentada da Escola do Legislativo da AL-RS.

Entenda o caso

A família Rigotto atacou em duas frentes, indignada com uma reportagem de quatro páginas, publicada em maio daquele ano num pequeno mensário (tiragem de 5 mil exemplares) de Porto Alegre, o JÁ, que jogava luzes sobre a maior fraude da história gaúcha e repercutia o envolvimento de Lindomar Rigotto, filho de Julieta e irmão de Germano.

Uma ação, cível, cobrava indenização da editora por dano moral. A outra, por injúria, calúnia e difamação, punia o editor do JÁ e autor da reportagem, Elmar Bones da Costa, hoje com 66 anos. O jornalista foi absolvido em todas as instâncias, apesar dos recursos da família Rigotto, e o processo pelo Código Penal foi arquivado. Mas, em 2003, Elmar Bones, jornalista e dono do jornal, acabou sendo condenado na área cível ao pagamento de uma indenização de R$ 17 mil.

Em agosto de 2005 a Justiça determinou a penhora dos bens da empresa. O JÁ ofereceu o seu acervo de livros, cerca de 15 mil exemplares, mas o juiz não aceitou. Em agosto de 2009, quando a pena ascendera a quase R$ 55 mil, a Justiça nomeou um perito para bloquear 20% da receita bruta de um jornal comunitário quase moribundo, sem anúncios e reduzido a uma redação virtual que um dia teve 22 jornalistas e hoje se resume a dois – Bones e Patrícia Marini, sua companheira.
Cinco meses depois, o perito foi embora com os bolsos vazios, penalizado diante da flagrante indigência financeira da editora.

Até que, no mês passado, no maldito agosto de 2010, a família de Germano Rigotto saboreou mais um giro no inacreditável garrote judicial que asfixia o jornal e seu editor desde o início do Século 21: o juiz Roberto Carvalho Fraga, da 15ª Vara Cível de Porto Alegre, autorizou o bloqueio on-line das contas bancárias pessoais de Elmar Bones e seu sócio minoritário, o também jornalista Kenny Braga.

Assim, depois do cerco judicial que está matando a editora, a família Rigotto assume o risco deliberado de submeter dois dos jornalistas mais conhecidos do Rio Grande ao vexame da inanição, privados dos recursos essenciais à subsistência de qualquer ser humano.

Por Tatiana Feldens, Asscom PT-POA, com informações de Luiz Claudio Cunha, do Observatório da Imprensa.
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