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A "democrática" mídia velha e velhaca



A mídia estrebucha quando o presidente a critica por sua parcialidade. Diz que Lula é um ditador, é contra a liberdade de imprensa. Como pode? Um ditador que viveu quase oito anos sendo chamado de bêbado, de analfabeto, de incapaz por essa mídia, sem reagir. Durante quase oito anos seu governo foi perseguido impiedosamente, em campanhas torpes e mentirosas.

A mídia é que é tirana. Quer reinar sozinha em seu império da desinformação. Não aceita uma crítica sem reagir como inocente vítima.

Mas agora ela já não pode agir como antes. Sua parcialidade, suas mentiras, têm rápida resposta. Como neste claro exemplo: uma fala de José Dirceu, inimigo eterno desta imprensa partidária e golpista, foi mudada escandalosamente.

Leiam o texto do Marco Weissheimer em seu blog:

Os grandes jornais, rádios e redes de TVs do Brasil publicaram dias atrás uma notícia falsa e mentirosa que ajudou a alimentar uma burlesca cruzada cívica contra uma suposta ameaça à liberdade de imprensa no país, partindo do PT e do governo Lula. No dia 14 de setembro, o jornal O Estado de São Paulo publicou matéria intitulada “Na BA, José Dirceu critica excesso de liberdade de imprensa no Brasil”. Um trecho da “reportagem”:

Em palestra para sindicalistas do setor petroleiro da Bahia, na noite desta segunda-feira, 13, em Salvador, o ex-ministro da Casa Civil e líder do PT José Dirceu criticou o que chamou de “excesso de liberdade” da imprensa. “O problema do Brasil é o monopólio das grandes mídias, o excesso de liberdade e do direito de expressão e da imprensa”, disse.

As declarações atribuídas a José Dirceu são falsas. Mais grave ainda: ele disse exatamente o contrário: “Não existe excesso de liberdade; para quem já viveu em ditadura não existe excesso de liberdade”. (ver vídeo acima)

A mesma matéria falsa e mentirosa foi reproduzida por dezenas de outros veículos de comunicação em todo o Brasil. Algum desmentido? Algum “erramos”? Nada. Do alto de uma postura arrogante e cínica, os editores desses veículos seguiram reproduzindo a informação.

Um outro exemplo, no mesmo contexto da suposta ameaça à liberdade de imprensa que estaria pairando sobre a vida democrática do país. Há dois escandalosos casos concretos de censura registrados na campanha até aqui: ambos foram protagonizados por tucanos. O candidato José Serra exigiu que fossem apreendidos os arquivos de vídeo que registraram sua discussão com a jornalista Márcia Peltier, durante entrevista na CNT. O “democrata” Serra se irritou com as perguntas, ameaçou abandonar o programa e exigiu que as fitas fossem entregues à sua equipe, o que acabou acontecendo. O outro caso ocorreu agora no Paraná, onde o candidato do PSDB ao governo do Estado, Beto Richa, conseguiu proibir na Justiça a divulgação de pesquisas eleitorais.

Onde está a indignação e a ira dos jornalistas, juristas e intelectuais que denunciaram o “mal a ser evitado”? O vídeo acima mostra que as práticas da chamada grande imprensa estão ultrapassando o âmbito da manipulação editorial e ingressando na esfera do crime organizado. É um absurdo que jornalistas que se julguem sérios e que respeitem a profissão que abraçaram sejam cúmplices e/ou omissos diante desse tipo de coisa.

O PT e os partidos e organizações sociais que apóiam a candidatura de Dilma Rousseff poderiam convidar jornalistas internacionais para acompanhar o que está acontecendo no Brasil e divulgar para o resto do mundo esse tipo de prática.
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Serra e seus amigos



No encontro de José Serra com militares, na última sexta-feira, algumas imagens foram feitas para o Jornal Nacional antes do candidato entrar no salão e fechar as portas para seu discurso sobre o "terror" da "ditadura sindical" de Lula. O encontro foi censurado para a imprensa pela campanha do tucano, este "grande democrata". Nelas, aparece animado bate-papo do candidato com Jair Bolsonaro, deputado do Rio de Janeiro. Na foto, por acaso, à esquerda.

Para quem não sabe, trata-se de notório fascista. Entre tantos episódios, promoveu uma sessão solene na Câmara dos Deputados, em 2005, para um tributo aos militares que torturam e assassinaram na Guerrilha do Araguaia.

É um saudoso da ditadura militar, responsável por frases como "O grande erro foi ter torturado e não matado".

No ano passado, quando familiares de ex-guerrilheiros mortos no Araguaia buscavam no congresso apoio para o paradeiro de seus filhos, pais e irmãos, ostentava cartaz em seu gabinete com os dizeres "quem procura osso é cachorro".

Este é o tipo de gente que apoia Serra, com quem o tucano conversa e pensa o futuro.
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recomendação de leitura

Prezados, assim como Jurandir sumiu por uns tempos, sumi porque meu trabalho não permite uma frequencia maior minha aqui. Mas acreditem, na militância estou na ativa. Passo aqui para compartilhar este post, que mostra mais uma faceta da baixaria do pessoal do PSDB, no Sexismo na Política Preparem-se, a coisa é horrorosa.
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As duas caras de José Serra


A hipocrisia não tem tamanho no ninho tucano. Ontem, José Serra fez discurso de campanha na ANJ. Defendeu a liberdade de imprensa e criticou uma possível censura do governo Lula à sua querida mídia. Explicou que há vários níveis para tal, a publicidade seria uma delas, favorecendo até "blogues sujos". Veja a realidade:

A Associação dos Delegados de Polícia de São Paulo (Adpesp) recebeu, na última sexta-feira, notificação judicial para suspender a veiculação no Estado de uma campanha publicitária de protesto às condições de trabalho e salariais da categoria. A ação foi pedida pelo PSDB paulista, alegando ser propaganda negativa ao candidato, o mesmo que diz que segurança será uma de suas principais metas em Brasília.

No governo de José Serra foi gasto R$ 314 milhões em publicidade. Este dinheiro foi investido em agências de propaganda e no pagamento de veículos. O próprio Tribunal de Contas do Estado de SP (TCE) aprovou o orçamento do último ano com ressalvas, com o conselheiro Antonio Roque Citadini pedindo maior transparência e chamado atenção para os abusos.

Para uma categoria que deseja expressar seu pensamento, a censura. Para o governo Lula, a hipócrita crítica. Mas para o PIG, dinheiro a rodo em troca de apoio e promessas de muito mais no futuro.
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Serra esconde logo federal de obra


Flagrante do Emerson, repórter leitor do nosso blog: a administração Serra tampa logo do governo federal em obra do Rodoanel em São Paulo.

Tento me dizer que exagero, mas realmente o que não falta é canalha.

Vejam aqui.
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O fundamentalismo israelense mata mais uma vez

E a nossa mídia? Na capa do site do jornal O Globo a notícia é menos importante que o show do Aerosmith em SP.

Prefiro viver o luto por mais estas vítimas vendo outro show, da banda espanhola Ska-P, com a música "Intifada", aqui a letra.

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Para cada um nascem dois

Estes são os banners que a Folha de S.Paulo quer censurar:





Pois temos outros, são apenas o começo de uma série. Faremos mais.









Podem escolher também mais este, do Cloaca News:



Ou mais este, do Levy, do Brasil 21:

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Somos todos Antonio Arles. Fora Folha!

O jornal Folha de S.Paulo intimidou nesta sexta-feira o blogueiro Antonio Arles com uma notificação extra-judicial. Alega o documento que o blogueiro “denegriu” a marca da empresa ao publicar banners que pedem o cancelamento de assinaturas do jornal e de seu portal na internet.

Nosso blog manifesta repúdio a tal atitude de censura à livre manifestação do pensamento, garantida na lei máxima de nosso país, e topa todos os desafios para fazer valer o direito maior do povo brasileiro. É o próprio jornal que macula sua marca ao ferir constantemente o jornalismo, manipulando a informação com propósitos escusos, tal como recentemente ao falsificar uma ficha policial da ministra Dilma Roussef, ou a dar espaço privilegiado a uma intriga contra o presidente da república.

A marca da Folha já foi para o esgoto, como aqui já desenhamos nossa opinião:


E estamos prontos a brigar pelo nosso direito de assim manifestarmos em opinião. Desafiamos a empresa a nos intimidar.

Todos neste sábado, às 10h, na porta do jornal, para protestarmos contra mais um ato de vandalismo contra os interesses da informação do povo brasileiro.
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Haja fedentina


A Folha desceu pelo esgoto mais pútrido. A repercussão que pretendia ficou restrita aos recantos malcheirosos, onde permanentemente exalam os odores mais pestilentos. Fiquei com uma sensação de déjà vu, lembrando alguns dos momentos mais horrendos da ditadura, quando jovens torturados iam a TV falar de seus arrependimentos. Não fui o único com tal associação. César Benjamim não é tão jovem, e se assim reagiu agora foi tardiamente. Seu artigo é de uma inequívoca construção para criar um fato político, a favor de seus antigos inimigos de classe. A Folha o sabia, esperava por ele. Baixaram todos pela cloaca, em um dos piores momentos do jornalismo.


Apesar de todo o esforço midiático para transformar a corrupção no governo Arruda em algo conhecido − falam em caixa 2, mensalão −, o que se vê é a mais explícita roubalheira, como nunca antes vista, em imagem, som e movimento. O tal Durval Barbosa filmou o suficiente para mais de um longa metragem de patifarias. Os momentos são os mais variados e estarrecedores, mas o vídeo divulgado hoje com a “oração da propina” ganha qualquer concurso de documentarista. Que gente é essa?



E Arruda hoje falou grosso com o DEM. Ameaçou que se radicalizarem vai radicalizar também. Recado dado com efeito imediato: a bancada demo recuou e já se dividiu. Voltarão a conversar amanhã. Parece que se abrir a Caixa de Pandora não vai sobrar ninguém.


Piada pronta não tem graça. Mas essa história de panetones pode explicar a forma física de alguns políticos.


E aliás, pensando na proporção do escândalo, vale lembrar da “gentileza” do deputado Vic Pires Franco do DEM em patrocinar uma tapiocada na CPI dos Cartões Corporativos. Foi festa para as fotos. Quando haverá um novo festival gastronômico?


E com tanto mau cheiro, a mídia “esqueceu” de lembrar que o novo escândalo no Detran em São Paulo é de mais um governo tucano, há 16 anos dando seu “choque de gestão”.


São muito duras as pedras no caminho de Serra. Apesar de seu esforço de campanha para reverter o quadro de declínio nas pesquisas, com mais uma viagem ao Nordeste, suas várias horas em entrevistas em programas populares de TV, a ladeira ficou mais íngreme e ensaboada. Arruda seria seu candidato à vice em um dos cenários mais prováveis. Aposto que o vampiro continuará assustando as criancinhas até quando puder, mas já jogou a toalha.
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Quem pagou?

Foi post neste blog em abril. O picareta Diogo Mainardi recebeu um dossiê, divulgou e pautou a imprensa por dias com suposições sobre a atuação de Victor Martins na ANP. Tudo para tentar atingir o irmão de Victor, o ministro Franklin Martins.

Pois, passados meses, Marcelo Auler, sério e conhecido jornalista, publica reportagem hoje no Estadão revelando que o dossiê que originou a denúncia de Mainardi era falso, e que há na justiça o pedido de prisão de seu autor, o agente federal aposentado Wilson Ferreira Pinna, lotado na Agência Nacional de Petróleo. Vejam post no Luis Nassif, com links para a matéria do Estadão e o texto embusteiro do Mainardi.

Nossa imprensa voltará ao assunto com o mesmo destaque que antes? Irá adiante na informação, procurando saber quem pagou ao agente?
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Ah, meu domingão

Passei o domingo grudado na TV. Nada diferente de muitos outros que escolhiam a sua programação favorita. Havia os que se deliciavam com a dança de qualquer coisa do Faustão. Ou as diversificadas reportagens do Fantástico, todas revelando os mais precisos detalhes da vida e da morte de Michael Jackson. Ou as lutas de full contact, como gosta meu vizinho marombeiro. Ou toda essa conhecida diversa e fundamental programação repleta de “lições”, drama, suspense e circo.

Minha escolha foi sintonizar o computador na TeleSur. Fiquei horas absorvido em ver o drama de um povo desarmado enfrentando o golpe de suas oligarquias. Em um momento tudo parecia encaminhar para um confronto. A multidão foi parada por centenas de policiais armados que impediam que prosseguissem para o aeroporto. O cerco foi relaxado, sugeria que os golpistas haviam desistido. Notícias chegavam pelas poucas agências que cobriam o acontecimento, e repercutiam no meu Twitter por aqueles que estavam mais próximos. Davam a entender que o golpe estava acabando, fazia sentido com o que cedo já se sabia sobre a retirada de apoio ao golpe de importantes setores empresariais de Honduras. Informação que levou a valorosa repórter Lidieth Diaz, da Rádio Globo de Honduras, em entrevista coletiva pedir a confirmação diretamente a Roberto Micheletti, empossado pela suprema corte do país como presidente. Informação transmitida em meia tela pela TeleSur, junto à manifestação. Fundamental detalhe: ela usou a palavra golpe em sua pergunta. A resposta, não foi sim e nem não, mas algo vago, tipo não importa quem nos apóie, “estamos fazendo o melhor por Honduras, onde você pertence”. Temo por ela agora. E seguiu a retirada das tropas, cercando a pista do aeroporto. O presidente Manuel Zelaya dava entrevista ao vivo para a emissora do avião. Corri para ver outras imagens na TV a cabo. A CNN noticiava um campeonato de golfe. A Globonews reproduzia um Globo Rural. E o avião chegava. No meio da fala do presidente, a repórter pede para interromper com notícias do aeroporto. Policiais jogavam bombas de gás lacrimogêneo na multidão que se aproximava da pista. Tiros foram ouvidos. Notícias de feridos e mortos. Os repórteres da Telesur correm como doidos ao local onde há conflitos, esbaforidos ao celular. A CNN passa a transmitir com repórter distante do local, não fala em mortos, a imagem é da TeleSur. A Globonews mostra a reprise de uma entrevista com um economista. O avião se aproxima. Tensão, o exército coloca caminhões na pista. Ouvimos Zelaya e o piloto do avião venezuelano falar sobre a dificuldade de pouso. O avião segue para Manágua.

Talvez o domingão do Faustão tenha sido mais emocionante para quem viu, mas o meu não perdeu. Sei que não interessa à nossa mídia um assunto deste tipo, onde está em jogo uma lição ao vivo de História para nossos jovens. Onde há o drama de um povo, o suspense na luta de classes ao vivo. Onde há exemplos de coragem de tantos.

Foi um domingo inesquecível. Ainda estou me recuperando. Meu vizinho marombeiro talvez tenha perdido.
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Nossa direita e suas vergonhas

A Veja tem um blogueiro pago para brindar seu “seleto” público com este tipo de opinião:

O cerco está se fechando sobre o governo provisório de Honduras. Parece difícil que resista à pressão. Se Barack Obama não exercesse a presidência dos EUA com uma espécie de vergonha da história gloriosa do seu país, teria a coragem de não incentivar o circo.

Reinado Azevedo, hoje

Imagino a que tipo de história gloriosa o blogueiro se refere, saudoso. São muitas, destaco três, entre extensa lista:


Momento glorioso 1) Guerra do Vietnã, onde as forças armadas americanas viajaram léguas para defender, segundo elas, a “democracia”. Usaram, para convencer a população civil, produtos como o napalm e o agente laranja, deixando um rastro de milhões de vítimas inocentes.


Momento glorioso 2) Em 2003, mais uma vez os americanos viajaram léguas para impor sua “democracia”, agora ao povo iraquiano. Diziam que procuravam armas químicas, mas todos sabiam que estavam de olho no petróleo do país.


Momento glorioso 3) Depois da guerra hispano-americana, os EUA foram tomar posse de seu butim nas Filipinas. Em 1906, o general Leonard Wood comanda o que ficou conhecido como o Massacre Moro, quando pelo menos nove centenas de filipinos, incluindo mulheres e crianças, foram encurralados numa cratera vulcânica na ilha de Jolo e metralhados e bombardeados durante dias. Tal corajosa façanha mereceu cumprimetos do presidente Theodore Roosevelt: “Congratulo a si e aos oficiais e homens sob o seu comando pelo brilhante feito de armas que o senhor e eles sustentaram tão bem a honra da bandeira americana”.
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plus c'est la même...

Primeiro, notícias do nosso companheiro Jurandir. Ele está vivo e bem, colecionando posts que irá publicar quando chegar de sua viagem ao interior. Posso adiantar, como correspondente privilegiada que sou, que não perdemos por esperar a CPI imaginária da Petrobrax, opa, Petrobras, o caminho ladeira abaixo que o jornalismo brasileiro está tomando, a liberdade de Álvaro Lins, e outras pérolas do nosso cancioneiro popular, comentadas pelo nosso querido Jura.

Então assumo o papel de coadjuvante feliz e chamo atenção para um livro sobre o qual recebi a capa e um pequeno resumo:



O dito veio em um email cujo título chamava:

Uma nova oportunidade para a sua empresa.

Ao abrir o email, leio o título do livro: Um mergulho na base da pirâmide.
E segue o resuminho: Uma obra prática e repleta de imagens que traça o panorama de uma população que já passou de esquecida a valorizada e que hoje está nos planos das grandes empresas.

Ah, a base da pirâmide, ou exércitos de reserva, ou os miseráveis, ou os que aceitam trabalhar em qualquer condição, recebendo qualquer coisa, só agora estão nos planos das grandes empresas? Hm. Como consumidores também, certo? E eles terão que trabalhar para consumir aquilo que as tais grandes empresas querem colocar como necessidades reais ou imaginárias, certo? Então eu encerro meu expediente aqui, com mais uma da canalhada.
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Os próximos dias

A nova patifaria dos tucanos vai encher de letras os jornais nos próximos dias. Estes inventarão assunto, recuperando suas esvaziadas pautas de ajuda à eleição do Serrosferatu. A Petrobras será o mal a ser combatido. Darão vivas a Exxon e a Chevron. E o blogueiro, ávido para entrar na briga, estará ausente. Lamento muito. Tenho uma viagem inadiável, ainda sem data de retorno, onde provavelmente ficarei sem acesso a internet. Mas volto a tempo para algumas bordoadas na canalhada. Não vou perder este arranca-rabo.
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O Rio de Janeiro em dois tempos

O Rio de Janeiro, em 15 de abril de 2009, captado por câmera de sua maior rede de TV.

Há quase dois séculos, o mesmo Rio de Janeiro captado pelos olhos do francês Jean Baptiste Debret.

Pergunto:

Além de punir os responsáveis da empresa concessionária dos transportes ferroviários, quando abrirão finalmente a CPI da Fetranspor? Será que o motivo é a federação dos donos de ônibus ter laços fortes com governadores, prefeitos, deputados, vereadores, empresas jornalísticas? Ou seria porque esta CPI não poder contar com um “íntegro líder”, como Marcelo Itagiba, que recebe ordens do STF e de Daniel Dantas?
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E mais uma farsa vai para o ralo

Quem viu o depoimento de delegado Protógenes Queiroz na CPI dos Grampos, tem elementos hoje para entender como parte do parlamento é fraco, despreparado, servil ao poder econômico e como nossa mídia é venal. Leiam os jornalões, se tiverem paciência. Ali está a derrota. Esperavam elementos para uma boa manchete. Nada. Repetem burocraticamente as mesmas desqualificações ao delegado que ousou prender um banqueiro. Nada contam das trapalhadas de presidente da CPI, sua tentativa aparvalhada de exibir uma apresentação em power point para desqualificar o depoente. Acabou sendo acusado em público de receber doações de campanha do banqueiro Daniel Dantas, um dos investigados pela própria CPI. Que moral tem uma CPI onde seu presidente está enredado em interesses de um condenado por diversos crimes, assunto da própria comissão?

Para as perguntas maliciosas de Marcelo Itagiba, foram significativas as recusas de Protógenes nas respostas, repetindo mecanicamente que o objetivo da CPI era investigar interceptação clandestina de grampos. Ficou clara a pauta dos interesses da CPI, seu desvio dos objetivos. Não faltaram respostas depois, frustrando a mídia que poderia dizer que o delegado calou-se por culpa. Para uma pergunta do relator, sobre evidências de escuta clandestina, o delegado fez longa exposição sobre as origens da Satiaghara, na Operação Chacal, onde Daniel Dantas foi acusado, com provas abundantes, de fazer espionagem. Para outra, contou que teve acesso aos documentos da investigação em que Gilmar Mendes acusa ter sido grampeado. Segundo ele, o documento nada explica sobre grampos, mas o nome Protógenes Queiroz é citado inúmeras vezes. Farsa!

Não estou do lado da claque do delegado, ontem presente, que o quer como uma nova liderança política no país. Mas em nenhum momento estarei ao lado de seus detratores. O delegado cumpriu com seu dever na operação. Ontem foi brilhante. Desnudou a farsa montada. Cabe agora a sociedade varrer para longe a escória, comprometida com um banqueiro corrupto.
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Hoje é dia do Gran Circus Itagiba


Marcelo Itagiba entende tudo de picadeiro. Faz acrobacias, até mágicas. Conseguiu ficar ileso depois de ser secretário de segurança no Rio, tendo como subordinado imediato Álvaro Lins, preso por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e contrabando. Não deveria estar solto, é o que diz o sindicato dos delegados de polícia do Rio, Itagiba sabia de tudo. O próprio Lins já tinha dado a pista. Em 2006, na campanha eleitoral do PMDB no Rio, assim foi saudado pelo futuro deputado: “Bom dia meu amigo Marcelo Itagiba, nosso chefe”.

Hoje é dia de espetáculo na CPI do Dantas, o chefe do chefe. Itagiba já ameaçou o delegado Protógenes com indiciamento, caso não fale a verdade. Já ameaçou o ex-diretor da Abin, Paulo Lacerda, caso não compareça na quinta-feira para um terceiro depoimento e após ter enviado um documento de 90 páginas com tudo o que sabe sobre a Operação Satiagraha. Um homem disciplinador, e obediente a quem de direito. José Serra talvez possa dar seu testemunho, deve muito ao ex-delegado, especialista em grampos e espionagem no geral.

O homem certo no lugar exato. Itagiba já despachou antes um delegado que teimava em fazer seu trabalho. Aconteceu quando era superintendente da PF no Rio de Janeiro. Deuler da Rocha, o Protógenes da época, teimava em pegar Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-tesoureiro de Serra e FHC, o homem que enchia a mala depois de cada privatização fechada. Há muitos agradecidos que até hoje beijam os pés do ex-delegado por tal feito.

Comprem a pipoca. Hoje é dia de luzes, piruetas, ilusionismo. Itagiba é um show.
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O que vi no Roda Viva

Não foi muito diferente do que imaginava. Os entrevistadores do Roda Viva levantaram a bola para Gilmar Mendes fazer seu joguinho, repleto de dissimulações, diversionismos e empáfia. Não me impressionei com Eliane Catanhêde, como hoje leio em alguns comentários em blogs. A jornalista da febre amarela fez pose para a foto. A previsibilidade foi antecipada ontem em post do Rodrigo Vianna. Bem sacado, lembrou de quando Brizola esteve no programa, os entrevistadores eram claramente seus inimigos. Um deles, jornalista do Estadão, de notória vocação reacionária, provocou Brizola com uma antiga lenda sobre dinheiro de Cuba para a guerrilha, supostamente embolsada por ele, o que motivou seu apelido de “El Raton” dado por Fidel. O resultado foi antológico. Brizola virou o jogo e chamou o entrevistador diversas vezes de Raton, que a cada momento mais ficava parecido com um rato, acuado na sua maldade.

Gilmar teve vida fácil. E saiu pela tangente nos pouquíssimos momentos de perguntas mais constrangedoras. Indagado sobre os vários processos a seu irmão, em Diamantino (MT), respondeu que eles não existem por não terem chegado à primeira instância, tal questionamento só havia por parte de uma “revista desqualificada”. Não levou em conta que em sua terra não existe estado de direito. A justiça é feita à bala, tal como a que matou a jovem Andréa Paula Pedroso Wonsoski, que fazia oposição a seu irmão. Ninguém ousou questionar, defender o sério jornalismo da Carta Capital, nada a acrescentar. E foi possível ouvir risinhos dos entrevistadores ao fundo.

É a cara de nossa elite, ainda com os dois pés na casa grande. Escárnio com o andar de baixo em caricatos momentos orwellianos, quando falam de “jornalistas de aluguel”. Não, não são os que recebem gratificações de Dantas, que estão com seus nomes arrolados nas investigações da Satiagraha. Não. Segundo Mendes são os blogueiros, que existem por patrocínios obscuros.

É muita canalhice para um dia só.
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As gracinhas de Serra

O que seria da oposição sem a bela ajuda da mídia? Na Folha de hoje há um claro exemplo de como a desinformação é usada para confundir e ajudar o grupo que está com saudades do butim:


REAÇÃO

Partidos de oposição dizem que PT é culpado pela crise econômica

Os presidentes do PSDB, DEM e PPS criticaram ontem a cúpula do PT, que culpou a oposição pela crise. Em nota, Rodrigo Maia (DEM), Sérgio Guerra (PSDB) e Roberto Freire (PPS) disseram que a culpa pela atual situação é do PT, que se mostra incapaz de apresentar um programa contra a crise. O governador José Serra (SP) foi irônico: "O PSDB saiu do governo em 2002. Então tem um poder extraordinário".


Como a maioria dos leitores de um jornal não acompanha as notícias todos os dias, fica fácil manipular para que entendam algo diferente. Quem leu hoje a nota vai achar que há uma discussão sobre gestão. E é este o objetivo da oposição, a de responsabilizar o atual governo por qualquer efeito da crise. Mas o que disse a cúpula do PT, que motivou esta reação e que a Folha não reproduz?

Em seminário no domingo, o secretário nacional de comunicação do PT, Gleber Nalme, disse:

“A crise tem pai e mãe. Ela é uma crise do modelo neoliberal, daqueles que no Brasil defenderam as idéias de desregulamentação do Estado, ou seja, o PSDB e o DEM. E esse debate o PT vai fazer. Os neoliberais perderam”.

Certíssimo. Isso se chama discussão política. A atual crise representa o fim de um modelo, repetido e reproduzido em quantidade pela mídia ao longo de muitos anos. Perderam. A vai ser muito difícil juntarem os pedaços de seus velhos discursos para emendar um novo. Daí, vem um José Serra fazer gracinha como se não tivesse entendido a questão.
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Crise, que crise?

Ok, ok. O Lula disse que estávamos blindados. Que seria uma marola a crise. A imprensa certamente conhece, e usa sem parcimônia uma das máximas - quantas há, aliás? - da economia que as profecias se auto-cumprem. Caligaris hoje fala de novo sobre a confiança que temos que ter na confiança alheia para que a "economia" funcione. Li artigos e mais artigos sobre como essa lógica funcionaria. Em Copacabana, isso seria chamado de maria vai com as outras.
Vamos aos fatos. Miriam Porcao et alli devem saber mais que eu sobre o tal funcionamento do mercado. Mas não. Tampouco sabem sobre lógica, mas conhecem muito bem como acionar o pânico para que esse se dissemine. Ela e outros vão, todos os dias, acreditando que a crise chegou, vai piorar e que qualquer ação anti crise que seja minimamente otimista deve ser evitada como o diabo foge da cruz. E cá estamos, com medo da crise que os banqueiros bonzinhos - oxímoro lido no Veríssimo de hoje - criaram, de fato exista.

Mas já que estamos tratando de crenças, eu prefiro crer que quem anda com fé vai, que a fé não costuma faiá :)

. ei, sei que o bicho tá pegando, mas precisamos repetir tal como mantra (sic)?
. esses caras estão ganhando com isso. Não precisa pensar muito pra sacar.
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