Carta aberta ao meu amigo Genoino
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Caro Genoino,
Fiquei sabendo que você não está querendo receber visitas. Nem deve. Quanto mais tranquilo você puder ficar com a família e se cuidar nestes dias difíceis, melhor. O mais importante é se alimentar bem para revigorar as forças e tomar os remédios na hora certa.
Por isso, e porque está proibido de dar entrevistas, resolvi escrever esta breve carta só para te dizer que, embora fosse dolorido, você fez muito bem em renunciar ao mandato e acabar de uma vez com este deprimente espetáculo de humilhação que vinha sofrendo por parte de setores da oposição e da mídia amiga (deles).
Sei que você já vinha pensando nisso há algum tempo, não foi uma decisão tomada no calor do embate, e só estava esperando o melhor momento, mas tem uma hora em que é preciso haver um desfecho e qualquer solução é melhor do que nenhuma.
Com certeza, você deve agora estar se sentindo mais aliviado, embora tua agonia esteja longe de acabar, sempre dependendo dos outros para saber o que vai ser da tua vida amanhã.
Nessa situação, cada dia é um dia ganho que pode ser decisivo, como agora nesta sexta-feira, em que termina o prazo para a defesa apresentar seus argumentos sobre a prisão domiciliar ao STF. Depois, é esperar por uma decisão de Joaquim Barbosa, o presidente do tribunal.
O grande trunfo com que você conta, e ninguém vai lhe tirar, é esta tua maravilhosa família, que encontrei muito unida quando fui lhe visitar no hospital depois da cirurgia. Depois da prisão, Rioco e Miruna revelaram-se duas leoas na defesa da sua integridade física e moral.
Quarenta anos atrás, vocês se abraçaram numa cela e Rioco teve que esperar o namorado sair da cadeia para poder se casar. Agora, repetiram a cena, quando ela foi te ver na Papuda, e vai ter que precisar de muita paciência outra vez. Nunca vocês, nem ninguém, poderiam imaginar que isso pudesse acontecer de novo.
Qualquer dia desses a gente se vê para colocar as conversas em dia. Te cuida, meu amigo.
Vida que segue.
Fiquei sabendo que você não está querendo receber visitas. Nem deve. Quanto mais tranquilo você puder ficar com a família e se cuidar nestes dias difíceis, melhor. O mais importante é se alimentar bem para revigorar as forças e tomar os remédios na hora certa.
Por isso, e porque está proibido de dar entrevistas, resolvi escrever esta breve carta só para te dizer que, embora fosse dolorido, você fez muito bem em renunciar ao mandato e acabar de uma vez com este deprimente espetáculo de humilhação que vinha sofrendo por parte de setores da oposição e da mídia amiga (deles).
Sei que você já vinha pensando nisso há algum tempo, não foi uma decisão tomada no calor do embate, e só estava esperando o melhor momento, mas tem uma hora em que é preciso haver um desfecho e qualquer solução é melhor do que nenhuma.
Com certeza, você deve agora estar se sentindo mais aliviado, embora tua agonia esteja longe de acabar, sempre dependendo dos outros para saber o que vai ser da tua vida amanhã.
Nessa situação, cada dia é um dia ganho que pode ser decisivo, como agora nesta sexta-feira, em que termina o prazo para a defesa apresentar seus argumentos sobre a prisão domiciliar ao STF. Depois, é esperar por uma decisão de Joaquim Barbosa, o presidente do tribunal.
O grande trunfo com que você conta, e ninguém vai lhe tirar, é esta tua maravilhosa família, que encontrei muito unida quando fui lhe visitar no hospital depois da cirurgia. Depois da prisão, Rioco e Miruna revelaram-se duas leoas na defesa da sua integridade física e moral.
Quarenta anos atrás, vocês se abraçaram numa cela e Rioco teve que esperar o namorado sair da cadeia para poder se casar. Agora, repetiram a cena, quando ela foi te ver na Papuda, e vai ter que precisar de muita paciência outra vez. Nunca vocês, nem ninguém, poderiam imaginar que isso pudesse acontecer de novo.
Qualquer dia desses a gente se vê para colocar as conversas em dia. Te cuida, meu amigo.
Vida que segue.