A Via Campesina condena a produção agrícola sob o controle de grandes proprietários de terra e empresas transnacionais, que prioriza a produção de monocultivos extensivos em grande escala e que destina a maior parte de sua produção para exportação. As entidades camponesas reiteram que é o agronegócio que recebe mais incentivos governamentais (cerca de 80% do que é destinado à agricultura), mesmo gerando desemprego no meio rural e a expulsão do camponês de suas origens. Por outro lado, os pequenos agricultores, que garantem a produção de mais de 70% do alimento que chega a casa do brasileiro e quase 40% do valor bruto da produção agrícola do país, não têm os mesmos privilégios nem na hora de renegociar suas dívidas com a União.
Veja os principais pontos da pauta de reivindicação dos movimentos sociais do campo:
- Criação de um fundo de reserva ambiental com o pagamento de um valor mensal para cada família que fizer a preservação e a recuperação ambiental em suas propriedades. Este recurso deve vir das multas por degradação ambiental e dos impostos sobre as empresas poluidoras;
- Rebate de R$ 10 mil reais das dívidas e renegociação do restante para os pequenos agricultores e assentados, como o governo já fez com outros setores da sociedade;
- Crédito subsidiado para produção de alimentos saudáveis aos pequenos agricultores que fizerem a preservação ambiental;
- Reforma Agrária e desapropriação imediata do latifúndio do agronegócio que não respeita o meio ambiente;
- Um Projeto Popular Energético, em que a energia não seja uma mercadoria e que se respeite as populações ribeirinhas e o meio ambiente;
Este ato integra a Jornada Nacional de Lutas da Via Campesina.
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Fonte e fotos: MAB-