As cinzas de quarta-feira: Drops Pós-Carnavalescos.

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  • terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
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  • O Vasco está na final da Taça Guanabara. Não importa se a vitória contra o Fluminense foi nos pênaltis, não importa quem irá disputar conosco a decisão. Se tudo correr bem, no domingo o carnaval continua...

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    Não agüento mais ouvir de algumas pessoas comentários do gênero: "com tanta miséria no Brasil, o nosso governo vai enviar este dinheiro todo para o Haiti, ao invés de ajudar os pobres e desabrigados daqui". No entanto, as mesmas figuras que fazem este tipo de comentário são aquelas que habitualmente se manifestam contra os programas assistenciais do governo Lula - que elas consideram “um absurdo “- e que costumam chamar o bolsa-família de "bolsa-esmola". Além de reclamar - é claro - de seu "caráter eleitoreiro"...

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    Em tempos idos, a minha vida era um livro aberto; hoje ela é um notebook com um disco rígido de 1 TB, 4 GB de memória RAM, um processador de 4 GHz e todos os programas instalados!

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    Sem nenhuma conotação bairrista: somente a força econômica e o gigantesco mercado consumidor representado por São Paulo justificam que a Rede Globo transmita por duas noites o desfile das escolas de samba paulistas, que não passa – apesar de, reconheço, ter evoluído bastante nos últimos anos – de uma pálida imitação do desfile das escolas cariocas. Espetáculo por espetáculo, a apresentação das escolas do grupo de acesso do Rio de Janeiro consegue ser infinitamente superior à do grupo principal de São Paulo.

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    É impressionante como a grande imprensa “esqueceu-se” de que José Roberto Arruda era um dos nomes mais cotados para ser o vice na chapa de José Serra: atualmente, quase ninguém fala mais nisto, num patético esforço para desvincular o candidato tucano do mensaleiro do DEM. Mas quem quiser refrescar a memória é só dar uma olhada nesta entrevista do Arruda à revista Veja há seis meses atrás e perceber como a publicação da “Famiglia” Civita enchia a bola do atual presidiário-mor de Brasília...

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    Vi há pouco, na Lapa, um trio fantasiado de maneira impagável: o rapaz estava vestido de Lula e as moças, que andavam abraçadas com ele, de Dilma e D. Marisa, respectivamente. “Lula” carregava uma placa no pescoço com o nome da fantasia tripla: “Ménage à Trois Presidencial – Eu quero é phoder”!

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    Para não perder o hábito de contar histórias, mesmo durante o carnaval, aí vai uma das minhas favoritas: em 1912, o Barão do Rio Branco – um dos mais populares homens públicos da República Velha – morreu às vésperas do carnaval. As autoridades então decidiram adiar os festejos, jogando-os para o meio do ano, em respeito à memória do maior nome da nossa diplomacia (Abrindo parênteses: quantos políticos de hoje mereceriam o adiamento do carnaval por causa de suas mortes? Pelo contrário: se FHC ou Sarney morressem às vésperas do outrora chamado “tríduo momesco”, os festejos seriam prolongados por, no mínimo, mais dez dias!). Mas se as festas “oficiais” foram realmente adiadas, nos bairros populares do Rio de Janeiro, o povão não perdeu a oportunidade de brincar o carnaval duas vezes e saiu às ruas cantando a seguinte quadrinha: “Com a morte do Barão / Tivemos dois carnavá / Ai que bom, ai que gostoso! / Se morresse o marechá” (numa referência ao então presidente da república, o Marechal Hermes da Fonseca). Com certeza, o velho Juca Paranhos, boêmio inveterado e grande apreciador do carnaval, deve ter gostado imensamente desta “homenagem”, lá no além-túmulo. E é por isto que eu costumo dizer aos meus alunos de Política Externa Brasileira que o Barão deu uma enorme contribuição à cultura pátria: deve-se a ele a invenção da micareta, o carnaval fora de época!

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    Trilha Sonora do Dia: "Todo Carnaval Tem Seu Fim", do Los Hermanos.

     
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