No México, twittativistas expulsos de discussões "abertas" do ACTA (Justiça)

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  • terça-feira, 26 de janeiro de 2010
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  • Ativistas que tuitavam ao vivo a discussão "aberta" do "Acordo Comercial Anticontrafação" (ACTA, na sigla em inglês) foram intimidados e expulsos do local da discussão, no México.


    Isso é grave, pois o "acordo" pretende dar aos governos o poder de espionar a intimidade dos cidadãos, e desconectar a Internet de domicílios onde houver suspeita de pirataria. Tudo isso é inaceitável, além de simplesmente inconstitucional no mundo civilizado, e deve ser discutido abertamente.

    A tentativa de acabar com direitos e prerrogativas básicas dos cidadãos através de acordos internacionais é chamada de lavagem de leis, em analogia com a lavagem de dinheiro feita por contrabandistas, traficantes, mafiosos e outros criminosos graúdos. O objetivo básico desse tipo de picaretagem política é transformar em fato o que não é direito. No caso do ACTA, a bandidagem política é sustentada por grandes gravadoras e grandes estúdios de cinema.

    Dada a gravidade e profundidade das ameaças às liberdades sintetizadas no ACTA e nas políticas que o sustentariam, em dezembro de 2009 ativistas espanhois publicaram um manifesto pelos direitos fundamentais na Internet:
    1. A proteção judicial está acima do copyright.

    2. Somente juízes podem suspender direitos fundamentais em circunstâncias muito específicas e bem embasadas.

    3. Legislação que dá ao executivo o poder de fechar sites sem consultar o judiciário é ruim para os negócios.

    4. Fechamento de sites sem ordem judicial inibe a criatividade, a qual nada tem a ver com grandes gravadoras.

    5. Autores têm o direito de viver da sua obra, mas o modelo de controle de cópias é obsoleto.

    6. A indústria cultural deve buscar novas práticas sociais.

    7. A internet deve ser livre e não pode sofrer a interferência de grupos que querem impor seu modelo obsoleto de negócios.

    8. O governo não pode se curvar ao interesse de grupos econômicos baseados em um modelo de negócios obsoleto.

    9. Uma reforma dos direitos de propriedade intelectual deve promover uma sociedade de conhecimento e inibir abusos de grupos de copyright.

    10. Em uma democracia, mudanças devem ser precedidas de debates públicos com a participação de todas as partes atingidas.
     
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