Haja fedentina


A Folha desceu pelo esgoto mais pútrido. A repercussão que pretendia ficou restrita aos recantos malcheirosos, onde permanentemente exalam os odores mais pestilentos. Fiquei com uma sensação de déjà vu, lembrando alguns dos momentos mais horrendos da ditadura, quando jovens torturados iam a TV falar de seus arrependimentos. Não fui o único com tal associação. César Benjamim não é tão jovem, e se assim reagiu agora foi tardiamente. Seu artigo é de uma inequívoca construção para criar um fato político, a favor de seus antigos inimigos de classe. A Folha o sabia, esperava por ele. Baixaram todos pela cloaca, em um dos piores momentos do jornalismo.


Apesar de todo o esforço midiático para transformar a corrupção no governo Arruda em algo conhecido − falam em caixa 2, mensalão −, o que se vê é a mais explícita roubalheira, como nunca antes vista, em imagem, som e movimento. O tal Durval Barbosa filmou o suficiente para mais de um longa metragem de patifarias. Os momentos são os mais variados e estarrecedores, mas o vídeo divulgado hoje com a “oração da propina” ganha qualquer concurso de documentarista. Que gente é essa?



E Arruda hoje falou grosso com o DEM. Ameaçou que se radicalizarem vai radicalizar também. Recado dado com efeito imediato: a bancada demo recuou e já se dividiu. Voltarão a conversar amanhã. Parece que se abrir a Caixa de Pandora não vai sobrar ninguém.


Piada pronta não tem graça. Mas essa história de panetones pode explicar a forma física de alguns políticos.


E aliás, pensando na proporção do escândalo, vale lembrar da “gentileza” do deputado Vic Pires Franco do DEM em patrocinar uma tapiocada na CPI dos Cartões Corporativos. Foi festa para as fotos. Quando haverá um novo festival gastronômico?


E com tanto mau cheiro, a mídia “esqueceu” de lembrar que o novo escândalo no Detran em São Paulo é de mais um governo tucano, há 16 anos dando seu “choque de gestão”.


São muito duras as pedras no caminho de Serra. Apesar de seu esforço de campanha para reverter o quadro de declínio nas pesquisas, com mais uma viagem ao Nordeste, suas várias horas em entrevistas em programas populares de TV, a ladeira ficou mais íngreme e ensaboada. Arruda seria seu candidato à vice em um dos cenários mais prováveis. Aposto que o vampiro continuará assustando as criancinhas até quando puder, mas já jogou a toalha.
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Perdidamente.


Ontem comecei a escrever um post sobre a sordidez do artigo do César Benjamin publicado na Folha de São Paulo e sobre o poço sem fundo em que a nossa mídia golpista mergulhou, mas confesso que não tive estômago para terminá-lo. Esta história toda me deixou profundamente enojado e me leva a pensar sobre como será a campanha eleitoral do próximo ano: com certeza, vai ser aberta uma nova caixa de Pandora de onde sairão todas as torpezas e canalhices possíveis e imagináveis. Assim, desisti de escrevê-lo e para me desinfetar de toda esta sujeira - além de manter a tendência iberista dos meus últimos textos - resolvi postar algo infinitamente mais limpo e definitivamente mais belo: a canção “Perdidamente”, do Trovante. Surgida na segunda metade dos anos 70, esta banda foi uma das responsáveis pela renovação da música portuguesa naquele período e "Perdidamente" foi um de seus maiores sucessos. Na verdade, esta canção é um poema da Florbela Espanca chamado “Ser Poeta”, que foi musicado pelo grupo e gravado em 1987. Tendo se dissolvido em 1991, o “Trovante” voltou a se reunir em 1999, a convite do Presidente Jorge Sampaio, para uma única apresentação - que é de onde foi retirado este vídeo - na comemoração dos 25 anos da Revolução dos Cravos.

Eis os versos de Florbela:

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

Em tempo: Existe uma bonita - e pouco conhecida - gravação brasileira desta canção feita pelo ator e cantor Saulo Laranjeira. Mas esta eu deixo para postar em outra ocasião...

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SEM LICITAÇÃO, MINEIRINHO DE ARRUDA RECEBEU MAIS DE R$ 10 MILHÕES DE TUCANOS PAULISTAS














Antes de fazer barba, cabelo e bigode em Brasília, o cidadão Alexandre Tavares de Assis, também conhecido no bas fond como Mineirinho Come-Quieto, já havia lavado a égua nas administrações tucanas de São Paulo.
Diretor-presidente da InfoEducacional, ele e a empresa estão no rol das falcatruas levantadas pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, envolvendo o governo do demo José Roberto Arruda, no Distrito Federal.
Os "negócios" da Educação paulista com a ilibada empresa de Mineirinho - todos feitos sob o manto da "inexigibilidade de licitação" - estão relacionados, com exemplar minudência, pelo antenadíssimo e indispensável blog NaMaria News.
Para sentir o aroma das mutretas, basta clicar aqui.
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Mais um Tapa na Cara do Itamaraty


"Acho que é uma dupla moral reconhecer as eleições iranianas, que não foram limpas e onde houve uma série de casos, e até um candidato resolveu desistir do segundo turno, e não reconhecer as hondurenhas".




Oscar Arias,

Prêmio Nobel da Paz, presidente da Costa Rica, falanado sobre o não reconhecimento das eleições hondurenhas pelo Brasil, que reconheceu as eleições iranianas.
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Que os bons caiam fora!


O DEM quer primeiro ouvir as ponderações e justificativas do governador José Roberto Arruda, hoje à tarde, antes de tomar uma decisão. O DEM deveria ouvir rádio. O DEM deveria ler jornais. O DEM deveria assistir Fantástico e Jornal Nacional. Mas o DEM prefere ouvir o corrupto, o mensaleiro, o trambiqueiro. O que o DEM precisa é de um abaixo-assinado de deputados e senadores comunicando a sua imediata desfiliação, se o safado não for expulso já. Alguém acredita que o DEM possa ter um gesto assim?


É completamente irrelevante discutir se, tecnicamente, o mensalão do Arruda é ou não é o "mensalão do DEM". É óbvio que é, porque assim será entendido pelo eleitor que, durante o horário eleitoral, assistirá repetidas vezes as cenas nojentas de um governador embolsando dinheiro de propina. Arruda é o DEM? Mas é claro que José Roberto Arruda é o DEM. É o único governador do DEM. É a maior autoridade eleita do DEM. Não existe ninguém no DEM com um cargo tão importante. Em segundo lugar vem Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo. Prefeito! Não governador! Em trinta segundos, qualquer marqueteiro de quinta categoria destrói o DEM usando aquelas imagens. Basta colar cenas do DEM falando do "mensalão do PT" com cenas ao vivo e a cores do "mensalão do DEM". O DEM deveria ter desfiliado com estardalhaço o seu único governador, na hora em que tomou conhecimento dos fatos. Com indignação. E retirar-se para um silêncio obsequioso, para não atrapalhar os outros nas eleições de 2010. Trabalhar quietinho, na surdina. Tomar um chá de sumiço. Hibernar. Devolver o comando do partido a quem saiba presidí-lo em silêncio. Colocar o janotinha carioca a lutar pela sua cadeira de deputado regional do Rio, que é o máximo que ele deveria almejar. 90% do discurso demo já foi para as cucuias. E foi embora de uma forma irreversível, junto com os 10% de comissão que o seu único governador eleito pegava para comprar panetones para os pobres. Ora, façam-me o favor!
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O que o DEM vai descobrir é que o eleitor de direita é um eleitor sério. Não admite este tipo de falcatrua. Luta contra isso. É implacável na defesa dos cofres públicos, da honestidade e da decência. É isso que diferencia o eleitor de direita do eleitor de esquerda. O DEM, ao não agir rápido, está assinando o seu próprio atestado de óbito. Dinheiro na meia? Panetone? O DEM deveria, além de expulsar, processar Arruda por danos morais.


Coronel
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E agora PSDB?


Acabou o lugar de vice para o DEM na chapa de Serra. Sai fora, DEM.

Hibernem. Escondam-se. Não atrapalhem. Este blog acompanha política 24 horas por dia e nunca ouviu que Arruda poderia ser vice de Serra. Pois é o que o Franklin Martins está botando na mídia. Sai fora, DEM.

Tem muita gente boa aí, mas também tem muito Arruda. Sai fora, DEM.


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YEDA FAZ ESCOLA: FRAUDE DE R$ 40 MILHÕES NO DETRAN DE SERRA















A nova falcatrua do jeito tucano de desviar está aqui. Aproveite para contar quantas vezes o nome do governador Zé Chirico é citado.
Na foto, um descontraído flagrante da assinatura do convênio "Inter-trambiques", celebrado entre as facções.
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Yeda Rorato ex-Crusius na Bienal...


Detalhe de obra da Bienal do Mercosul - 2009
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NOBLAT CRIOU ÁLIBI PARA LIVRAR A CARA DE ARRUDA

Às voltas com o escândalo da violação do painel de votações do Senado, em 2001, José Roberto Arruda, líder de FHC naquela Casa, precisava provar que não estava "na cena do crime" e, sim, em outro lugar, com outra pessoa. Coube ao tocador-de-jazz Ricardo Noblat, à época diretor de redação do Correio Braziliense, redigir um vergonhoso documento lido por Arruda na tribuna senatorial. Dias depois, a farsa caiu por terra.
No didático vídeo abaixo, o barrigueiro-mor das Organizações Globo é citado a partir do terceiro minuto. Recomendamos, no entanto, que você o assista na íntegra.
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Receio

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O professor e a sala de aula

Eis uma entrevista para ser lida por todos que se dedicam à docência ou se interessam pela atividade dos professores.

Aparecida Neri de Souza, professora da Faculdade de Educação da Unicamp, é dessas intelectuais que honram o título que carregam. Combativa, estudiosa, pesquisadora, tudo em tempo integral. Seu grupo de estudos se concentra no sentido social da modernização do trabalho, com foco, evidentemente, no trabalho docente. Foi nessa área que fez seu pós-doutorado, no Laboratório de Trabalho e Mobilidades da Universidade de Paris X.

Neri é uma defensora dos professores, especialmente os do ensino médio e fundamental e da rede pública. É uma militante que não tem medo de caminhar contra o vento e desafiar o coro dos contentes. Vive pensando a profissão, lutando por ela e por sua valorização.

Na entrevista que concedeu para a Revista Educação, nº 151, que está nas bancas, detona os que acham que o professor pode ser um “leigo”, isto é, alguém sem formação específica, pensado como expediente para solucionar alguns dos lancinantes problemas da educação. E defende a necessidade estratégica de maior definição do que seja o campo docente. Para ela, o estabelecimento de um currículo comum, de uma norma válida para todos, em vez de retirar a autonomia do professor, dá a ele melhores condições de exercer sua função e contribuir para a formação de uma população de cidadãos. Se bem construída, a normatividade aumentaria as possibilidades de o professor ter uma visão de conjunto do seu trabalho e de interagir livremente com seus alunos naquele espaço demarcado que é a sala de aula.

A entrevista pode ser acessada neste link.

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IDIOTINHA DA GLOBO ELOGIA CANALHAS DA FOLHA















Folha de S.Paulo, 28 de novembro de 2009
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PAINEL DO LEITOR
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"Em tempos de unanimidades, bajulação, mentiras, censuras veladas e neoperonismos, o corajoso e sensível depoimento de César Benjamin só vem confirmar aquilo de que eu já desconfiava havia muito tempo: que o Brasil está sendo governado por um bando de cafajestes sem escrúpulos. E o que é pior: recebem indenizações pelas suas cafajestadas. Parabéns a César Benjamin e a esta Folha." MARCELO MADUREIRA, "Casseta & Planeta' (Rio de Janeiro, RJ)
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Menino do MEP



O assunto que rola em toda a NET, jornais, blogs e twitter, desde ontem, após declarações de César Benjamin, na Folha.

Repercussões, "desmentidos", esperneios e xiliques depois...

Todo mundo já sabe que Tendler confirmou o que Paulo de Tarso "negou" em nota.

A conversa e o relato existiram. Fato inconteste!

Piada? Nem se fosse de mau gosto, né?

Cumpanheirus de cela tb lembram e confirmaram a existência do Menino do MEP, que tem até nome e já declarou que foi um "mar de lama".

Imaginam que enganam a quem?

Atentai bem:

Tendler CONFIRMOU que o Apedeuta falou sobre o meninodoMEP (disse que foi “piada”).

Mas o “menino” sabia e disse que não falaria com a imprensa. Citou o “mar de lama”

Ou seja.. a conversa existiu tal e qual Cesinha contou.

Falta apurar o que realmente aconteceu com João Batista dos Santos, o #meninodoMEP, anistiado e indenizado


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A vitória do Liberalismo e a Derrota do Estado



Particularmente, sou mais um divulgador e não escrevo muito, mas neste caso abro uma exceção, afinal se aproxima o aniversário de 1 ano, tanto do meu empreendimento, quanto deste blog.

Coloco as duas coisas quase juntas porque nasceram assim e se completam, afinal um explica o outro, no fim das contas.

Vou fazer um relato de toda a história de meus 13 anos como médico para que vocês entendam o que isso tem haver com Liberalismo e Estado.

Me formei na Faculdade Estadual de Medicina de Marília, no interior de SP, em 1996.

Logo em 1997, fui convocado para servir às Forças Armadas (eu não havia feito TG), como tenente médico da Força Aérea Brasileira na Amazônia (VII COMAR), patente que ainda ostento, só que na reserva.

Voltei um ano depois a Marília, onde me especializei em Residência Médica de Ortopedia e Traumatologia. Em 2001, já tinha conseguido o título de especialista na área (SBOT).

Em 2001, me sentia ainda “engajado” em fazer um “SUS melhor”, fazer a diferença, poder ajudar quem mais precisa, a troco do salário inicial, que é sempre mais vistoso no serviço público (grande erro, pois estaciona-se aí no salário que não tem plano de cargos e salários).

Fiz especialidade em Saúde Pública e Saúde da Família e fui trabalhar para o SUS, animado, feliz da vida.

Me sentia altruísta, de extremo engajamento social, inserido de maneira “politicamente correta” no contexto da sociedade brasileira.

O sucesso no trabalho veio rápido, afinal: quantos médicos tem todo este gás para enfiar a cara no trabalho. Reelegemos prefeito só com a implantação inicial do programa Saúde da Família.

Isso foi de 2001, passei por novos cursos, me tornei professor de Saúde da Família na Faculdade onde me formei, enfim : parecia o auge.

A questão desagradável, era a imensa diferença de poder aquisitivo entre eu e meus colegas de turma. Eles me chamavam de otário e que a saída estava no empreendimento pessoal (um consultório médico particular) e não no serviço público. Além disso, com o passar dos anos e com o poder público local perceber que já havia ganho o ônus positivo político do Programa, foi desistindo e investindo menos. Com isso, como gestor, posso dizer que não tarda 1 ano e as coisas começam a fazer água. Primeiro em doses homeopáticas, indolor praticamente.

Depois de maneira mais incisiva e escancarada, mas ainda não se torna prioridade. Após o ganho de mais uma eleição para o “partido da situação”, aí fomos a pique. E eles sabem como te “amoitar”.

  • “Se não estiver contente, a porta da rua é a serventia da casa.”

Após 7 anos de trabalho exclusivamente público neste município (na carreira são 13 anos de SUS), me exauri de tal forma a denunciar todas as irregularidades ao jornal da cidade, e fui demitido.

Foi um rebuliço, mas foi apurado? Não. Nem mudou nada, para não dizer que ainda piorou.

Aí, no meu campo visual limitado pela exclusiva atuação no Estado.

Só para constar, o SUS funcionas todo cupinizado, desde sua origem no Ministério da Saúde até a mais municipal instância de sua atuação. Ainda assim, se não houvesse corrupção, um sistema universal desses é impagável, e nada sustentável. Daí dizermos que o Brasil é o país do mundo com mais políticas públicas, ao mesmo tempo em que talvez seja o pior Prestador de Serviços Públicos que exista. Não é cumprido nem 10% do prometido ou previsto em Lei.

Então abri o tal consultório, me desligando de forma total do Estado (SUS). Hoje estamos quase a completar 1 ano de serviço (9 de dezembro) e meu nível de vida subiu de forma tão inesperada, quanto o gosto que tomei em fazer medicina real, e não a submedicina do SUS.

Muitos vão achar radical, mas um crescimento de rendimento com carga horária flexível (a agenda é minha e com nenhum problema estrutural de sistema para incomodar) de mais ou menos 4 vezes em 1 ano...

Não há o que discutir. Até a suposta inserção social é falsa, afinal a porcentagem de bons serviços prestados, com a maior qualidade possível que realizávamos no SUS, é ínfima em relação a real demanda reprimida. Ou seja, é como se nada tivesse sido feito, a não ser remendos e curativos. Esta é a vitória do Liberalismo, onde em apenas 1 ano de serviços à rede privada, aumenta sua “qualidade de vida” em 4 vezes.

A pior parte é a Derrota do Estado. Não que não se imaginasse isso num país onde o povo é instrumento de poder e não uma coletividade. Vivemos a ditadura da maioria e não uma democracia representativa.

A esquerda altruísta e com alta taxa de sensiblidade social mostrou-se na verdade corrupta (muito mais que os “trogloditas de direita), ineficiente, incompetente, utópica (dolosamente), enfim uma grande FARSA.

O Estatismo é em sua totalidade esta ignomínia. O Estado deveria ser mínimo, afinal é um mal republicano necessário. Mas onde exercesse seu papel deveria ser eficiente, proincipalmente na Educação, porém usa-se de forma vil a própria Educação como máquina de fabricar Analfabetos Funcionais.

O que nos resta é pensar.

Um exemplo: Dizem que o dinheiro do IPVA, é recolhido para manter as estradas, o que não ocorreu, levando à necessidade de privatizá-las para que ficassem transitáveis. Mas ainda continuamos a pagar o IPVA mais o pedágio (sobretaxa).

Devemos dar graças ao fato dos setores de telefonia serem privados. Tem muita coisa ruim ainda, com certeza, mas imagine tudo isso sob a égide de um governo megalonanico.

Assim é o futuro do SUS, uma máquina dolosamente corrupta e genocida silenciosa, onde todos os gestores em todas as instâncias (federal, estadual, municipal) são coniventes e responsáveis.

Espero que alguém ainda os cobrem pelas milhares de mortes desnecessárias que ocorrem todos os dias nas filas do SUS.

Ao invés de procurar ossos de terroristas no Araguaia, e torná-los Libertadores e Heróis, porque não evitam ao menos essa chacina diária do SUS?

Pois então meus caros: Esta é a invariável vitória do Liberalismo, sem segredos e sem desonestidade ou corrupção.

A derrota do Estado é óbvia neste país há décadas, só não vê quem tem preguiça de enxergar, ou tem algum interesse nesta distribuição de misérias!





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ÁLVARO DIAS QUER CPI DO PINTO




Era forte o babado no gabinete do senador paranaense ontem, depois das declarações feitas pelo Ministro da Cultura, Juca Ferreira, repercutidas na tribuna do Senado pelo linguarudo da bancada opportuno-golpista (veja postagem anterior).
Depois de, supostamente, discutir com o colega Arthur Virgílio - o parlamentar mais inútil do Brasil - sobre quem protocolaria o pedido de CPI, Dias teria tido a primazia por considerarem-no com mais pendores para lidar com a coisa.
O tucano já teria avisado que pretende ir fundo na apuração da verdade, e que, se for o caso, fará ele próprio a aferição do alinhamento dos órgãos do ministro. "Quando eu pego uma coisa, pego pra valer. Não gosto de moleza" - teria afirmado Dias.
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A malcheirosa criatividade de nossos publicitários


Achei uma grande grosseria a propaganda do papel higiênico Neve. Estou obrando para quem achar que é falta de humor com a “brincadeirinha” criada pela agência DPZ. Há limites éticos que deveriam ser respeitados. Foi de muito mau gosto com a ministra. Já fez a festa em alguns cantões do esgoto pela internet. Amanhã os jornais fedorentos exalarão sua malícia para divulgar a “criatividade” de nossos publicitários.

E o mais contraditório é que a empresa multinacional Kimberly-Clark tem um código de conduta que afirma com rigor seus compromissos éticos, como bem lembrou o blog do Brizola Neto. Diz Thomas J. Falk, CEO da empresa, na apresentação:

"A boa reputação é um bem valioso. No mundo conectado no qual trabalhamos hoje em dia, as ações de uma companhia – e as ações de seus colaboradores – são muito mais expostas do que em qualquer outro período da história. Mais do que nunca somos responsáveis por nossas ações.”


Mas parece que a empresa já andou desrespeitando seu código de conduta anteriormente, com reação. E convenhamos, se é para falar sobre papel higiênico, o José Serra tem uma experiência muito mais notória com o produto.
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... uma incrível história:

NOTA HUPPERIANA: até parece com algumas que andei ouvindo numa tal de CPI da CORRUPÇÃO - veja exemplos nos audios do Zero Corrupção lincado ao lado.

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Lula Ridicularizado em cartaz em Honduras

Lula ridicularizado em cartaz em Honduras


"A Folha de São Paulo desta quinta-feira vale pela foto de primeira página, que reproduzo aqui. E serve de mote para este meu artigo, meio longo, é verdade, mas necessário."

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Lula não engole a democracia

Quem é Lula para, ao lado de Hugo Chávez, Daniel Ortega, Evo Morales, Raul Castro, Rafael Correa e Cristina Kirchner, bradar para que os "países democráticos" não aceitem as eleições livres, soberanas e democráticas de Honduras? Praticamente todos os seus companheiros bolivarianos conseguiram o que Hondura
s impediu: a reeleição indefinida dos seus presidentes, golpeando as constituições vigentes nos seus países. Lula está escolhendo um lado. E o seu lado é o oposto da democracia. Lula mostra, finalmente, a sua verdadeira cara. E a cara dele não é a cara do Brasil.

do blog do Coronel
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Brevíssimo comentário:

Honduras, eleições no domingo
Um "paiseco" que originou o termo "república de bananas" dá ao mundo um EXEMPLO de cidadania e Democracia.
E daí que Lula não quer reconhecer as eleições?
Vai cortar relações diplomáticas e fechar a embaixada?


#vexame #ADEUSforodesaopaulo #foralula

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Atualização:
quinta-feira, 26 de novembro de 2009 17:51

Leiam esta fala:
“Os países democráticos do mundo precisam repudiar de forma veemente o que ocorreu em Honduras, portanto, a posição do Brasil se mantém inalterada. Nós não aceitamos histórias de golpes (…)o Brasil não reconhecerá o resultado eleitoral, e manterá sua posição de não [retomar] relações com Honduras (…) A América Latina e América Central têm experiências de sobra de golpistas que usurpam o poder rompendo os princípios democráticos, e se aceitarmos isso, pode acontecer o mesmo em outro país amanhã”.

Leram? É de Luiz Inácio Lula da Silva. Na madrugada, comentei intervenção idêntica de Ruy Casaes, representante do Brasil na OEA. Como se nota, é política oficial. A exemplo do embaixador, Lula também teme o efeito-exemplo. É por isso que a pequena Honduras se tornou tão importante.

Lula não gosta de golpismo? Não?
- Hugo Chávez deu vários golpes por meio de eleições;
- Evo Morales fraudou a regra de reforma constitucional prevista na Constituição;
- Daniel Ortega usou os juízes sandinistas da Corte Suprema para declarar sem efeito um trecho da Constituição;
- Manuel Zelaya estava usando as eleições para violar a Constituição.

Desses golpes, Lula gosta. Gosta, aplaude e apóia.

Ainda bem que Honduras está se lixando para o que pensa o Brasil. Se os EUA reconhecerem o pleito, é o que importa para aquele país.

PS - Vocês já sabem, mas reitero: o acordo feito entre os grupos de Zelaya e do governo interino não previa a restituição obrigatória. Isso é invenção do Chapeludo e do Brasil.


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Pacotinho de bondades

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Pobres comprando? Que absurdo, diz o Globo


O jornal O Globo parece querer fazer humor, só pode. No ano passado, colocou seus analistas para desenharem um monstro sobre a crise. Disseram que o governo Lula não estava preparado para enfrentá-la. Sugeriram uma forte pisada no freio da economia. Sorte que poucos empresários acreditaram. Agora, explode o consumo e reclamam do Lula por baixar impostos. Querem o aumento de juros para controlar o desabastecimento. A manchete de hoje entrará para a história da farsa jornalística: “Lula estimula mais consumo e produtos começam a faltar”. Sim, faltam condicionadores de ar, picolés, cocas-zero e a culpa não é do calor, mas do Lula.

Logo logo vai aparecer um editorial do Globo para versar sobre os novos tempos bolcheviques, onde os “homens de bem” precisam se misturar ao povo para comprar seus eletrodomésticos. Será que a Daslu já vende condicionador de ar? Sugerindo pauta para o professor Hariovaldo Almeida Prado, segue um vídeo onde podemos aprender a fazer um condicionador de ar, já que o governo stalinista de Lula patrocina a escassez de produtos com sua política econômica de inspiração cubana:



Só um detalhe: no final da reportagem do Globo, em seu último parágrafo, uma visão diferente de analistas. Lógico que não mereceu atenção e não motivou outra manchete:
Para alguns economistas, um paradigma está sendo quebrado no Brasil. Ao estimular o consumo o governo provoca o espírito empreendedor e criam-se condições favoráveis para que o investimento se realize, com crescimento sustentável.

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Abaixo do...

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O PINTO, O CORNO E O SENADOR CHULO















O linguarudo Heráclito Fortes (Arena, PI), líder da bancada opportuno-golpista no Senado, não desperdiçou a chance de desfilar diante de seu brejo eleitoral como guardião da virtude e da retidão dos costumes. Apresentando-se ontem à tribuna da nobre Casa com um papel nas patas superiores, citou o jornalista-blogueiro-tocador-de-jazz e Mestre em Proeninências Ventrais Ricardo Delgado Noblat e leu uma nota da agência Reuters, àquela altura já amplamente difundida pela mídia latrinária.
Clique aqui para ver o fálus da discórdia (veja o vídeo).
Depois, clique aqui para ver o corno do demo.
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Fora Porquito e Ratito! Fora Lula de Honduras!

Este ignorante imbecil de Lula, digo ignorante porque no tiene educación, no termino ni el bachillerato, ya se le cayo la máscara, es un ditacdor y está apoyando a Cha-bestia, en toda la payasada del siglo XXI, y se creê con derecho de imponernos lo que tenemos que hacer, hondurenhos, no crêen que hemos tenido ya bastantes papas y mamas en estos 4 meses? Fuera Lula y Amorim de Honduras!!!


Comentário publicado por "Apolítica" no El Heraldo, um dos principais de Honduras.


Coronel
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EUA: 100 anos de farsas contra Zelayas


Não há mais dúvidas, se é que em algum momento existissem motivos para tal: os EUA alinham-se aos golpistas de Honduras com seu respaldo às eleições fajutas do próximo dia 29. É apenas mais um capítulo de sua longa história de intervenções na América Latina. E contra o nome Zelaya, é apenas uma repetição do mesmo teatro.

Há 100 anos, em 18 de novembro de 1909, navios americanos cercaram a costa caribenha para depor o presidente da Nicarágua, José Carlos Zelaya. A desculpa alegada foi a prisão e execução de dois mercenários americanos que atuavam em ações terroristas para desestabilizar o governo. A mídia americana fez seu papel, demonizando o ditador nicaragüense a apoiando seus fuzileiros.

Não disse, claro, que o incômodo americano era com as pretensões de Zelaya em transformar o Caribe em um Estados Unidos da América Central. Contra os interesses americanos, planejava concorrer com um novo canal ligando o Pacífico ao Caribe, via o Lago Manágua, e para isto negociava com Alemanha e Japão.

Zelaya exilou-se no México e morreu em Nova York dez anos depois. Os EUA dominaram militarmente a Nicarágua até 1933, em uma ditadura repressiva que nada lembra a tal democracia que os EUA dizem representar.
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Pedra Filosofal.

Há exatamente 40 anos, em 1969, o compositor português Manuel Freire apresentava no mais popular programa de televisão de seu país uma canção que havia composto, musicando os versos do poeta António Gedeão. Nascia ali a "Pedra Filosofal" uma das mais belas canções do século XX, que acabou se tornando um dos hinos da resistência à ditadura salazarista-marcellista, que governou Portugal por quase cinco décadas.

Aos que não a conhecem, eis aqui o poema de António Gedeão e a gravação original de Manuel Freire.

Eles não sabem que o sonho
É uma constante da vida
Tão concreta e definida
Como outra coisa qualquer

Como esta pedra cinzenta
Em que me sento e descanso
Como este ribeiro manso
Em serenos sobressaltos

Como estes pinheiros altos
Que em verde e oiro se agitam
Como estas aves que gritam
Em bebedeiras de azul

Eles não sabem que o sonho
É vinho, é espuma, é fermento
Bichinho alacre e sedento
De focinho pontiagudo
Em perpétuo movimento

Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel
Base, fuste ou capitel
Arco em ogiva, vitral,
Pináculo de catedral,
Contraponto, sinfonia,
Máscara grega, magia,
Que é retorta de alquimista

Mapa do mundo distante
Rosa dos ventos, infante
Caravela quinhentista
Que é cabo da boa-esperança

Ouro, canela, marfim
Florete de espadachim
Bastidor, passo de dança
Columbina e arlequim

Passarola voadora
Pára-raios, locomotiva
Barco de proa festiva
Alto-forno, geradora

Cisão do átomo, radar
Ultra-som, televisão
Desembarque em foguetão
Na superfície lunar

Eles não sabem nem sonham
Que o sonho comanda a vida
E que sempre que o homem sonha
O mundo pula e avança
Como bola colorida
Entre as mãos duma criança.

Clique no player e ouça “Pedra Filosofal”.


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A equipe do Jornal JÁ informa onde encontrar a Edição Extra de novembro, em Porto Alegre:

CENTRO

Banca do Julio – Mercado Público
Banca do Leandro – Largo Glênio Peres
Banca das Apostilas – Borges de Medeiros c/ Sete de Setembro
Banca do Clovão – Borges de Medeiros, 915, c/ Fernando Machado
Banca do Paulo – Andrade Neves c/ Borges de Medeiros
Banca da Alfândega – Praça da Alfândega, Andradas c/ Caldas JrMiscelânia Sáskia – Fernando Machado, 806 (ao lado de um Zaffari)

BOM FIM / SANTANA

Palavraria – Vasco da Gama, 165 (tele-entrega pelo 3268-4260)
Tabacaria Braz – Venâncio Aires, 1137, em frente ao HPS
Banca Folhetim – Jacinto Gomes c/ Venâncio Aires
Locadora Mondo Vídeo – Jerônimo de Ornellas, 531, c/ Santa TherezinhaMercado
Zerbes – Jacinto Gomes, 463

INDEPENDÊNCIA

Av Independência, em frente a 375, perto do Colégio Rosário

MOINHOS DE VENTO

Revista & Chocolate – Padre Chagas, 330

NA CIDADE: Nosso pessoal está na rua. Acompanhe a colocação do jornal nas bancas. Peça ao seu jornaleiro! Telefone da Editora: (51) 3330-7272.




PARA SEU FILHO ENTENDER:

UM GOLPE DE US$ 65 MILHÕES E DUAS MORTES NÃO ESCLARECIDAS



FONTES: Cloaca News e RS URGENTE

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Uma putaria que a mídia local não repercute...E foi no inútil governo de Germano Rigotto, e praticada pelo irmão daquela nulidade!



JÁ, RESISTÊNCIA E AGONIA
O jornal que ousou contar a verdade

Por Luiz Cláudio Cunha em 24/11/2009

A maior fraude com dinheiro público da história do Rio Grande do Sul carrega nos ombros o sobrenome ilustre de Germano Rigotto. O irmão do ex-governador gaúcho, Lindomar, brilha como o principal implicado entre as 22 pessoas e 11 empresas denunciadas pelo Ministério Público e arroladas na CPI da Assembléia gaúcha que investigou há 14 anos uma milionária falcatrua na construção de 11 subestações da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). Foi uma tungada, em valores corrigidos, de aproximadamente 800 milhões de reais – quase 15 vezes o valor do mensalão do governo Lula, três vezes o valor dos desvios atribuídos ao clã Maluf em São Paulo, cerca de 20 vezes o valor apurado no escândalo do Detran que expôs a governadora gaúcha Yeda Crusius a um pedido de impeachment.

Esta história foi contada em detalhes, em 2001, por um pequeno jornal de Porto Alegre, com tiragem de apenas cinco mil exemplares numa capital com quase 1,5 milhão de habitantes – e está recontada, a partir desta semana, numa edição extra do JÁ que chega às bancas e no seu site.

O JÁ é um bravo mensário que sobrevive há 24 anos pela teimosa resistência de seu editor, Elmar Bones da Costa, nascido há 65 anos em Santana do Livramento, cidade gaúcha no limite com o Uruguai, de onde ele trouxe a rebeldia indomável do fronteiriço. Ao longo de 40 anos de carreira, Bones construiu com talento uma sólida e reconhecida biografia na imprensa nacional que passa pelas redações de Veja, Gazeta Mercantil, Jornal do Brasil, O Estado de S.Paulo, IstoÉ e Folha da Manhã.

Leia na íntegra no Observatório de Imprensa

O Jornal Já
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Para a mídia local, alguns ladrões são melhores do que outros..Este é o caso em relação aos esqueletos do armário do sr. Germano Rigotto.

As falcatruas são levadas ao segundo plano, desconstituindo-se os indivíduos e organismos legais de investigação e acusação. Que imprensa de merda essa que temos aqui!
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UM GOLPE DE US$ 65 MILHÕES E DUAS MORTES NÃO ESCLARECIDAS


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A chamada desta postagem não é de nossa autoria, não. Trata-se do título de uma magistral e estarrecedora reportagem de um pequeno jornal mensal de Porto Alegre, cuja tiragem, atualmente, beira os cinco mil exemplares. Tampouco a matéria é recente. Não. O trabalho foi publicado, originalmente, em maio de 2001. Por causa dele, a propósito, o pequeno jornal está à beira de encerrar sua gloriosa trajetória de 24 anos. O bravo periódico chama-se . Seu editor chama-se Elmar Bones da Costa (que, em tempo passado e bicudo, criou e dirigiu o histórico Coojornal, um dos baluartes na luta contra a ditadura). E a reportagem a que se refere a manchete acima trata do cabeludíssimo "Caso Rigotto", uma das maiores fraudes da história brasileira, envolvendo a CEEE, a estatal gaúcha de energia elétrica. A história ocorreu em 1987, durante o governo do impoluto Pedro Simon, e o processo, ainda hoje em primeira instância, corre em "segredo de Justiça". Em valores atualizados, a roubalheira passou dos R$ 800 milhões, botando no chinelo até mesmo o atualíssimo caso de corrupção no Detran gaúcho, na gestão da tucana Yeda Crusius.
A imagem que ilustra esta postagem - esta sim - é fresquíssima. É a capa da edição especial do , que acabou de chegar às bancas de Porto Alegre com um resumo dos casos recentes de corrupção no Rio Grande do Sul e um histórico das CPIs no legislativo gaúcho, entre elas a da CEEE, do "caso Rigotto".
Nas palavras do jornalista Luiz Cláudio Cunha, em artigo publicado ontem no Observatório da Imprensa, o "caso" que pode calar o para sempre é o seguinte:
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"A primeira morte era de uma garota de programa, Andréa Viviane Catarina, 24 anos, conhecida nas boates da capital como "Amanda". No fim da tarde de 29 de setembro de 1998, ela despencou, nua, do 14º andar do Solar Meridien, um prédio na rua Duque de Caxias, no centro de Porto Alegre, a duas quadras do palácio que Germano Rigotto ocuparia cinco anos mais tarde.
O dono do apartamento de onde caiu Andréa era o irmão do futuro governador, Lindomar Rigotto, que estava em casa na hora do incidente. À polícia ele contou que a garota tinha bebido uísque e ingerido cocaína. Os exames de laboratório não encontraram vestígios de álcool ou droga no sangue da jovem. A autópsia indicou que a vítima apresentava três lesões – duas nas costas, uma no rosto – sem ligação com a queda, indicando que ela estava ferida antes de cair. Três meses depois, Rigotto foi denunciado à Justiça por homicídio culposo e omissão de socorro. No relatório, o delegado Cláudio Barbedo cita o depoimento de uma testemunha descrevendo o réu como "usuário e traficante de cocaína".
A segunda morte, 142 dias depois, era a do próprio Lindomar Rigotto. Então dono da boate Ibiza, na praia de Atlântida, a casa mais badalada do litoral gaúcho, ele fechava o balanço do último baile do Carnaval de 1999, que animou sete mil foliões até o amanhecer daquela Quarta-Feira de Cinzas, 17 de fevereiro. Cinco homens armados irromperam ali, no momento em que Rigotto e seu gerente contavam a renda. Os ladrões botaram o dinheiro numa sacola e fugiram, cantando pneu. Rigotto saiu em perseguição no seu Gol branco e levou um tiro acima do olho. Morreu a caminho do hospital, aos 47 anos. A bala fatal acabou arquivando o processo pela morte da garota, mas reavivou o mistério em torno da fraude milionária da CEEE.
Afundada em dívidas de quase 1,8 bilhão de dólares, a estatal gaúcha de energia encontrava dificuldades para conseguir os 142 milhões de dólares necessários para as subestações que iriam gerar 500 mil quilowatts para 51 pequenas e médias cidades do Rio Grande. O então governador Pedro Simon, preocupado com a situação pré-falimentar da empresa, tinha ordenado austeridade total. Até que, em março de 1987, criou-se o cargo de "assistente da diretoria financeira" para acomodar Lindomar Rigotto. "Era um pleito político da base do PMDB em Caxias do Sul", confessou na CPI o secretário de Minas e Energia da época, Alcides Saldanha. O líder do governo Simon na Assembléia e chefe da base serrana era o deputado caxiense Germano Rigotto.
Treze pessoas ouvidas pela CPI apontaram Lindomar como "o verdadeiro gerente das negociações" com os dois consórcios, agilizando em apenas oito dias a burocracia que se arrastava havia meses. Os contratos nº 1.000 e nº 1.001 foram assinados em dezembro numa solenidade festiva no Palácio Piratini pelo governador e pelo secretário. Logo após a assinatura, pagamentos foram antecipados, contrariando as normas explícitas baixadas por Simon para vigiar de perto as contas da estatal.
Eram documentos de alta voltagem financeira de uma estatal quase falida. Tanto que a CEEE teve que recorrer três meses depois a um empréstimo de 50 milhões de dólares do Banco do Brasil, dinheiro captado por sua agência no paraíso fiscal de Nassau, nas ilhas Bahamas. Apesar da importância em dinheiro, o presidente da estatal, Osvaldo Baumgarten, e o secretário de Minas e Energia confessaram candidamente na CPI que não leram a papelada que assinaram. "Eu não tinha condições de ler todos os contratos firmados pela CEEE", defendeu-se Alcides Saldanha, mais tarde ministro dos Transportes do governo Fernando Henrique Cardoso.
Uma investigação da área técnica da CEEE percebeu que havia problemas na papelada – documentos adulterados, folhas numeradas a lápis, licitação sem laudo técnico provando a necessidade da obra. Em fins de 1989, Rigotto decidiu sair para cuidar da "iniciativa privada", dividindo o controle com o irmão Julius do Ibiza Club, uma rede de quatro casas noturnas no Rio Grande e Santa Catarina. A sindicância interna na CEEE recomendou a revisão dos contratos, mas nada foi feito.
A recomendação chegou ao governo seguinte, o de Alceu Collares (PDT) e à sucessora de Saldanha na secretaria de Minas e Energia, chamada Dilma Rousseff. Ela ficou eletrificada com o que leu: "Eu nunca tinha visto nada igual", diria Dilma, pouco depois de botar o dedo na tomada e pedir uma nova investigação. Ela não falou mais no assunto porque, em nome da santa governabilidade, o PDT de Collares precisava dos votos do PMDB de Rigotto para aprovar seus pleitos na Assembléia. Mesmo assim, antes de deixar a secretaria, em dezembro de 1994, Dilma Rousseff teve o cuidado de encaminhar o resultado da sindicância para a Contadoria e Auditoria Geral do Estado (CAGE), que passou a rastrear as fagulhas da CEEE com auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Ministério Público.
O tamanho apurado da fraude tinha níveis de tensão diferentes em reais ou dólares, mas dava o mesmo choque: 65 milhões de dólares segundo a CAGE, ou 78,9 milhões de reais de acordo com o Ministério Público.
O deputado Vieira da Cunha, hoje líder da bancada do PDT na Câmara Federal, propôs em 1995 a CPI que jogaria mais luzes sobre a fraude na CEEE. Vinte e cinco auditores quebraram sigilos bancários, fiscais e patrimoniais dos envolvidos. Em 13 depoimentos, Lindomar Rigotto foi apontado como a figura central do esquema, acusação reforçada pelo chefe dele na CEEE, o diretor-financeiro Silvino Marcon. A CPI constatou que os vencedores, gerenciados por Rigotto, apresentaram propostas "em combinação e, talvez, até ao mesmo tempo e pelas mesmas pessoas". Os dois consórcios apresentaram propostas para dois subconjuntos, B1 e B2.
O JÁ de Elmar Bones lembrou:
"Apurados os vencedores, constatou-se que o consórcio Sulino venceu todas as subestações do grupo B2 e nenhuma do B1. Em compensação, o Conesul venceu todas as obras do B1 e nenhum do B2. A diferença entre as propostas dos dois consórcios é de apenas 1,4%".
A CPI foi ainda mais chocante:
"É forçoso concluir pela existência de conluio entre as empresas interessadas que, se organizando através de consórcios, acertaram a divisão das obras entre si, fraudando dessa forma a licitação".
A quebra de sigilo bancário de Rigotto revelou em sua conta um crédito de 1,170 milhão de reais, de fonte não esclarecida. O diretor Silvino Marcon justificou à CPI os 156 mil reais encontrados em sua conta particular como sendo "sobras da campanha de 1986".
O relatório final da CPI caiu nas mãos de outro caxiense, que não poupou ninguém, apesar do parentesco. O petista Pepe Vargas, que foi prefeito de Caxias e hoje é deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores, é primo de Lindomar e Germano Vargas Rigotto. "De tudo o que se apurou, tem-se como comprovada a prática de corrupção passiva e enriquecimento ilícito de Lindomar Vargas Rigotto", escreveu o primo Pepe no relatório final.
Pela primeira vez, entre as 139 CPIs criadas no estado do Rio Grande do Sul desde 1947, eram apontados os corruptos e os corruptores. Além de Lindomar Rigotto e outras 12 pessoas, a Assembléia Legislativa gaúcha aprovou o indiciamento pela CPI de 11 empresas, sem poupar nomes poderosos como os da Alstom, Camargo Corrêa, Brown Boveri, Coemsa, Sultepa e Lorenzetti. As 260 caixas de papelão da CPI foram remetidas no final de 1996 ao Ministério Público, transformando-se no processo n° 011960058232 da 2ª Vara Cível da Fazenda Pública em Porto Alegre. Os autos somam 30 volumes e 80 anexos e envolvem 41 réus – 12 empresas e 29 pessoas físicas. E tudo isso corre em segredo de Justiça.
Essa história incrível, contada sem peias pelo jornal nanico de Elmar Bones, parece também um segredo de imprensa. Nenhum dos grandes veículos de comunicação do Rio Grande do Sul recontou o caso, o mais vultoso entre os 200 processos abertos pelo Ministério Público nos últimos 15 anos. Menos atenção ainda provocaram as duras reações judiciais da família Rigotto, que podem matar o único jornal que se atreveu a jogar luz sobre a milionária treva financeira que se abateu sobre a CEEE.
O ex-governador Germano Rigotto costuma apregoar aos amigos suas boas relações com os dois maiores grupos de mídia do Rio Grande – a Caldas Júnior (jornal Correio do Povo, rádio Guaíba e Rede Record) e a RBS (jornal Zero Hora, rádio Gaúcha e rede RBS, retransmissora da Globo). Isso não impediu, porém, que a brava Julieta Vargas Rigotto processasse a TV-COM, o canal comunitário da RBS, por ter classificado a morte do filho Lindomar na praia como "queima de arquivo". Ela ganhou na Justiça, em 2003, o direito de receber 150 salários mínimos, com juros, pela ofensa que remetia o fim violento do filho à morte da garota e aos curtos-circuitos contábeis da CEEE.
Quando perguntado diretamente sobre o absurdo dessa situação, o ex-governador Germano Rigotto refugia-se na saia materna: "Não tenho nada a ver com isso. É coisa da minha mãe", manda dizer o irmão do réu central da maior fraude da história gaúcha, escapulindo da responsabilidade de um caso de marcantes implicações políticas, não filiais.
Diante da primeira ação de dona Julieta na Justiça, o promotor Ubaldo Alexandre Licks Flores rebateu o pedido de processo, em novembro de 2002:
"[não houve] qualquer intenção de ofensa à honra do falecido Lindomar Rigotto. Por outro lado é indiscutível que os três temas [a CEEE e as duas mortes] estavam e ainda estão impregnados de interesse público".
Duas semanas depois, a juíza Isabel de Borba Luca, da 9ª Vara Criminal de Porto Alegre, deu a sentença que absolvia Bones:
"(...) analisando os três tópicos da reportagem conclui-se pela inexistência de dolo (...) em nenhum momento tem por intenção ofender (...) não se afastou da linha narrativa (...) teve por finalidade o interesse público".
Em agosto do ano seguinte, por unanimidade dos sete votos, os desembargadores do Tribunal de Justiça negaram o recurso da bravíssima dona Julieta. E o caso foi encerrado na área criminal.
Andou e prosperou, porém, na área cível. Em dezembro de 2003, o relatório do desembargador Luiz Ary Vessini de Lima transbordava emoção:
"Não há como afastar a responsabilidade da ré pelas matérias veiculadas, que atingiram negativamente a memória do falecido, o que certamente causou tristeza, angústia e sofrimento à mãe do mesmo (...)".
E assim acabou condenado o JÁ e seu editor, que recorda ao Observatório da Imprensa a falta de simetria do processo atual e da cadeia que levou pela publicação de documentos da repressão antiguerrilha.
Fala Elmar Bones:
"A sentença que nos condenou, agora, é uma piada. O processo de 1980 era um absurdo só explicável num regime ditatorial. Os ditos `documentos sigilosos´ eram relatórios de campo sobre ações do Exército no combate à guerrilha, narrando fatos ocorridos já havia mais de dez anos e que só tinham importância porque, na época em que se deram, a censura não permitiu que fossem noticiados. Essa ação de agora é mais absurdo ainda porque estamos em pleno regime democrático e a Justiça não conseguiu apontar nenhum erro ou inverdade na reportagem sobre o assassinato de Lindomar Rigotto. Nosso objetivo com ela era mostrar que Lindomar, assassinado em circunstâncias duvidosas, era o principal implicado em dois outros crimes não esclarecidos – a morte de uma prostituta e o desfalque na CEEE, o maior já ocorrido no Sul e que está encoberto pelo segredo de Justiça. Há 14 anos foram apontados os corruptores e os corruptos e até agora ninguém foi punido. Só o JÁ está pagando o pato."
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Mais adiante, prossegue Cunha:
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"Elmar Bones revela seu desalento no título do editorial ("Voltaremos. Ou não?") da edição extra do JÁ que desembarca esta semana nas bancas com a foto de um mascarado de terno e gravata e uma manchete acabrunhante na primeira página: "O RIO GRANDE CORRUPTO. Escândalos sucessivos abalam o mito do `Estado mais politizado do Brasil´".
Bones adverte no editorial de tom sombrio:
"Pela primeira vez em quase 25 anos, não podemos garantir aos leitores que o jornal JÁ voltará a circular. (...) Um pequeno jornal condenado por `dano moral´ numa ação movida pela família de um político influente, ex-governador do Estado, num mercado em que as maiores agências de publicidade têm contas do governo. (...) Quanto perdemos no mercado publicitário? (...) Voltaremos! Ou não?"
Ninguém sabe ainda responder. Se o JÁ não voltar, não será mais um jornal a morrer, diante do silêncio inexplicável de alguns, da omissão de muitos, da complacência de todos nós. A morte iminente de um jornal como o JÁ – somado ao desalento de um jornalista como Elmar Bones – é um fundo golpe nas convicções de todos que acreditam nos fundamentos da democracia, da justiça, da verdade e de uma imprensa livre. A limpa folha corrida do jornal de Porto Alegre e a digna biografia de resistência de seu editor não merecem ser comparados com o prontuário de alguns dos homens públicos que hoje nos representam, julgam e governam.
Em qualquer país sério do mundo, o clamor da sociedade se levantaria já, agora, imediatamente, em defesa de um pequeno jornal, punido apenas por ser correto, preciso, exemplar e corajoso. A inacreditável saga de resistência de Elmar Bones, que precisa fazer agora na democracia o que antes fazia na ditadura, mostra que perdemos algo intangível, irremediável neste rito de passagem. Perdemos a vergonha na cara.
Precisamos decidir se morreremos juntos com o JÁ. Ou se voltaremos com ele. Agora. Já".
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Para ler na íntegra o artigo de Luiz Cláudio Cunha no Observatório da Imprensa, clique aqui. Para visitar o , de Elmar Bones, clique aqui .
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