Para fechar neste blog - espaço de minhas "viagens" e idiossincrasias -, o difícil e complicado ano de 2008, resolvi postar alguns dos mais belos versos escritos por um dos maiores poetas desta língua pela qual sou apaixonado, Carlos Drummond de Andrade, cujos poemas, desde a minha infância (juntos com os de Pessoa, de Sophia, de Bandeira e de tantos outros), têm sido meus companheiros de todas as horas. Adeus, 2008! E que 2009 seja um ano "onde a dor não tem razão"!
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.