Nunca fomos tão felizes


Volto hoje de férias… (“nao fez falta alguma” — pensam meus inimigos…) e me sinto paralisado diante do tempo, das notícias. Um cansaço me toma: analisar o óbvio… CPIs, roubalheiras, gastos públicos, campanha ilegal, Dilma, stress de Lula, PMDB tomando conta das agências, TCU humilhado, PAC, PAC, PAC… Preciso mudar de repertório. Por isso, tento descobrir, com pinça e lupa, alguma melhoria nesses anos de tantos escândalos e desacertos.
Desculpem meu otimismo — que é visto com desconfiança (“ahhh… alguma coisa ele está querendo…”) —, mas várias coisas boas já nos aconteceram, apesar do país manipulado por interesses políticos sujos, apesar da lentidão de nossa história torta, que anda como bêbada em volta de nosso destino.
Mas, da bosta, muitas flores germinam.
A sociedade civil, na falta de nome melhor, ganhou consciência de sua importância. A sociedade já pensa em “nós” e não em “eles” , os remotos donos do poder. Apesar do populismo em alta, já deixamos de ser “vítimas” e passamos a ser “cúmplices”.
Já entrou na consciência da população a diferença entre “estatal” e “público”. O Estado esteve sempre dentro de nossa alma, muito mais que os burocratas, muito mais que as companhias estatais, o Estado está dentro de nós, em cada célula de nossa formação. Mas, hoje, já confundimos menos “governo” com “Estado”. A ideia do Estado como responsável por nossas vidas já se dissolve com a modernidade.
A quebra do Estado brasileiro, no meio dos anos 1980, foi ruim e boa. Deu-nos uma “orfandade” diante do gigante quebrado, mas despertou desejo de autonomia na sociedade.
Deixou claro que o Estado tem de existir para a sociedade e não o contrário, como ainda é.
Raiou a noção de responsabilidade civil e fiscal; entrou em nossa consciência de coloniais “exilados em sua própria terra”, a ideia de que, em finanças, não se gasta mais do que se tem. O mesmo vale para a vida social e política: já existe em nossas cabeças a ideia do “possível”, em vez da velha bravata das utopias, que ficou apenas para malucos bolchevistas que ainda dormem nos buracos do poder.
Ao contrário do simplismo de ver tudo por uma ótica “macro”, generalizante, as crises na economia mundial nos ensinaram a importância dos detalhes “micro”, das pequenas causas que derrubam um universo. É mais importante a competência indutiva que as utopias dedutivas. Uns garotos comedores de hambúrguer de Wall Street podem arrebentar o capitalismo, com mais força que os velhos leninistas.
Sabemos que capital tem de ter limites.
Resta saber como.
Diminuiu a divisão ideológica entre direita e esquerda. Agora é pragmatismo e eficiência.
Mais importante que apontar causas para a pobreza é descobrir formas de combatê-la. O horror do Haiti talvez ensine (um pouco) que a miséria brutal não pode conviver com os satélites dançando entre os anéis de Saturno. Injustiça social dá prejuízo financeiro. O sonho de uma grande economia sem sociedade acabou, pois uma gigantesca fusão corporativa final excluiria a vida em nome do mercado. As corporações descobrem que a justiça social é uma necessidade de mercado.
A globalização da economia é um bonde carrregado de problemas novos, que pode nos jogar num vazio de excluídos. Mas tem a vantagem de nos colocar mais perto da verdade nacional, rompendo as paredes da “taba imaginária”, uma ilha ibérica de esperança vã.
A globalização nos trouxe o contato com métodos de gestão e administração mais anglosaxônicos, trouxe dinamismo para empresas, trouxe nova ética empresarial, nova ética contábil. Hoje, já podemos pensar em um novo nacionalismo sem cair nos antigos esquematismos.
A tal “mão invisível do mercado” pode nos dar bananas, claro. Mas o conceito de “mercado” dinamiza a autorregulação da vida social e econômica do país. “Mercado” como termômetro dos perigos da injustiça, mas também como sensor dos desejos sociais; “mercado” como amenizador de certezas burras; “Mercado” como relativizador de um poder público totalitário. Hoje, o inimigo principal não é mais a “burguesia” gorda e fumando charuto; o inimigo é a incompetência estatal e simbioses corruptas com um empresariado dependente.
Já entendemos que a ideia de “solução” para o país é um mito. Nunca se chega a uma “solução” histórica. Seria o tal “fim” do Fukuyama, que tantos filósofos amam em segredo.
E, pelo avesso, a ideia deprimida de “insolubilidade” é também um pretexto reacionário.
Podemos, no máximo, limpar caminhos, sanear processos. A ideia de “solução” é substituída pela de “processo”.
A sordidez nacional que a democracia exibe, a corrupção, a falta de vergonha política, a violência, todas as falhas boçais do sistema sugerem que a contrapartida para combatêlas deveriam ser medidas boçais, violentas.
Só que, para desarmar a eterna bomba suja nacional, há que ter paciência e aceitar complexidades.
Radicalidade não é apelar para a ignorância. Grossura contra grossura se anulam mutuamente.
Já percebemos que os problemas do Brasil são muito mais complicados do que uma mera questão de injustica social, a ser resolvida apenas pela dinâmica de uma “luta de classes”.
A injustica é endêmica e de tal modo paralisante que inviabiliza até um embate de classes. A má distribuição de renda não é causa; é consequência de uma secular estrutura autocrática, de um Estado patrimonialista que tem de ser reformado.
Já sabemos que o Brasil é este país que está aí, com suas deficiências e políticos atrasados.
Não há uma outra nação. Mudar o país tem de ser “por dentro”, e não uma intervenção mágica, ditatorial ou golpista.
Ou seja, alegrai-vos otimistas. Há luz ao fim desse túnel imundo. Com suas alianças espúrias e com o método “contemporâneo” e a cínica praticidade com que Lula governou, enxergamos o país como “nunca antes”.
As duas grandes obras de Lula: por conciliador, impediu o poder dos jacobinos bolchevistas e, com suas alianças, mostrou que o Brasil é só um grande PMDB. Esta é nossa verdade.


Arnaldo Jabor
Clique para ver...

América do Sul e Brasil por Bruce Sterling (Igualdade e liberdade)

O escritor Bruce Sterling fez comentários sobre a América do Sul e o Brasil no seu blog na revista Wired. Sobre a esquerda governante do nosso subcontinente, ele escreveu:
Estes esquerdistas se revelaram como grandes democratas que trouxeram estabilidade e prosperidade às suas sofridas populações, ao invés de comunistas sanguinários inclinados à destruição da propriedde privada.
Ele se espanta com o fato do Brasil, com tanto potencial a tanto tempo, só ter se tornado uma potência mundial nas mãos de um torneiro mecânico. Como é do seu costume, o texto de Sterling trata do que é sério de maneira leve:
[...] não entendo como o Brasil de alguma maneira evitou se tornar uma superpotência até que um sindicalista fosse eleito. Afinal de contas, um colosso como esse ter um perfil global tão discreto por tantos séculos, sem ter perdido uma grande guerra territorial, nem nada... Os brasileiros devem ser seus próprios piores inimigos. Ou isso, ou as caipirinhas, admito.
Também não entendo muito bem como isso aconteceu, sr. Sterling, e acho que você está na pista certa. Não todos, mas alguns brasileiros, aqueles que se adonam de recursos públicos, e são bem ricos, são nossos piores inimigos. A relação dos bens declarados e não declarados desses brasileiros, e a história de como foram adquiridos, ajuda a entender como o Brasil evitou, por tanto tempo, vir a ser a potência que agora é.

A história de usurpação de recursos e concentração da renda começa a mudar, e também começa a mudar o perfir global do Brasil. Com mais justiça, o Brasil está vindo a ser o que deve ser, para a população e para o mundo.
Clique para ver...

L'Oréal foi condenada por racismo (Igualdade e liberdade)

A fabricante de cosméticos L'Oréal foi condenada por racismo, na França, em meados de 2009 por «considerar as mulheres negras, árabes e asiáticas indignas de venderem seu shampoo» (Times Online).

De acordo com os promotores do caso, 38,7% das candidatas a vendedoras de shampoo L'Oréal eram de minorias étnicas, mas somente 4,65% das vendedoras contratadas eram dessas minorias.

A empresa já havia se envolvido com problemas de racismo em 2008, quando seus executivos vieram a público para negar que haviam clareado o tom da pele de Beyoncé nos seus comerciais.

Clique para ver...

Carta Aberta à Lula


Jamais me dirigirei a você como exige a formalidade para uma autoridade do porte da que você investe. Isso porque você mesmo a desrespeita com atitudes ridículas e palavrões em público.

Mas não é por suas mazelas que me enojo a escrever-lhe. É por indignação. 
É que vi e ouvi você oferecer, na ONU, o “sacrifício dos brasileiros”, como se fosse o dono absoluto desta terra e desta gente. Sei que ninguém vai reagir, como nunca reagem a esse tipo de ofensa. Por isso somos conhecidos como a República das Bananas.
 Ora, seu presunçoso!

Você pode até usar a sua autoridade para levar ao poder o seu partido, fundado por homens sem princípios éticos, que tinham em mente não o bem estar dos trabalhadores, pois estes continuam hoje na mesma situação social e financeira que no tempo da sua badernista vida sindical.

Onde estão aqueles “dedicados” líderes sindicais, fundadores do PT? São hoje presidente da República, ministros, senadores, deputados federais e estaduais, governadores, prefeitos, vereadores, ou titulares de cargos públicos diversos.

E onde está o trabalhador? Engrossando greves para que outros líderes cheguem ao poder.

Você pode até, abusando do tráfico de influência, aposentar-se sem ter tido trabalhado e conseguir fraudulentamente uma pensão vitalícia de preso político – que você nunca foi -, isento do imposto de renda, e viver como chupista da economia nacional para a vida toda, enquanto qualquer brasileiro precisa trabalhar por mais de trinta anos para dividir a sua minguada pensãozinha com o leão.

Você pode até usar a sua autoridade para comprar os seus apoiadores e enriquecer os seus correligionários com desvios de dinheiro público, distribuindo mensalões e Deus sabe mais lá o quê, que são escondidos em cuecas, em maletas evangélicas, meias e em outros disfarces.

Você pode até com uso da sua autoridade estender a suprema felicidade à sua mulher, presenteando- a com o direito de usar e abusar do dinheiro público como quiser e o quanto quiser, considerando as suas despesas como questão de segurança nacional, portanto de caráter sigiloso.

O mesmo pode fazer com todos os seus parentes e amigos a quem também distribui os sigilosos cartões corporativos. 
Você pode até usar a sua autoridade para dar cobertura a irmão corrupto ou à voracidade criminosa de seu filho ladrão que usa o poder institucional de “filho do homem” para fazer fortuna desonestamente.

Você pode até com uso da sua autoridade, e por questão ideológica dos correligionários, porque você não sabe o que é ideologia, alimentar a formação de um embrião nacional de “Exército Revolucionário Vermelho”, com financiamento do “MST”, da “Via Campesina” e das “Centrais Sindicais” com livre uso do dinheiro público e com cobertura presidencial aos seus treinamentos de guerrilha em cada ato de terrorismo que praticam contra o povo brasileiro.

E tudo com apoio dos amigos traficantes internacionais e terroristas das FARC.

Você pode até usar a sua autoridade para escravizar o povo pobre, comprando o seu voto com esmolas mensais, ao invés de dar-lhe o emprego prometido mentirosamente em dezesseis anos de campanha política.
 Tudo isso você pode, Lula, porque a lei conveniente, elaborada pelos políticos corruptos que sempre cercam os presidentes corruptos, permite que isso aconteça. Afinal, sabemos que todo “homem público” ou toda “mulher pública”, têm como objetivo enriquecer.
 Quando essa roubalheira toda é distribuída para ladrão brasileiro, tem a aceitação tupiniquim, porque o povo lesado, povo bobalhão, está tão acostumado a ser roubado que até acha que isso é normal – “Roubo, mas faço” - diz o político que entende de povo e sempre é reeleito.

E afinal, o “Seu Prefeito”, o “Seu Deputado”, o “Seu Vereador”, sempre arrumam um tijolinho daqui, um empreguinho dali, uma vaguinha na escola acolá, alhures um remedinho, e as coisas sempre se acertam entre os políticos e o eleitorado.

O que você NÃO PODE, Lula, é roubar o dinheiro brasileiro para fazer política pessoal externa.

Você é inteligente, mas não o suficiente para ser um líder mundial. Para isso, tem que ser preparado com o saber e a competência do estadista que você imagina ser, mas nunca será. Ser líder dos analfabetos nacionais é fácil. Basta falar de improviso que você os encanta. Mas não basta ler os discursos que escrevem para você para ser um líder fora do país. 
Então você tem que fazer o que faz internamente. Compra a tal “liderança” que a autoridade estrangeira finge aceitar, com o dinheiro que não é seu.

O venezuelano bolivarista, com a sua arrogância e onipotência, deve achá-lo, por trás daquele sorriso de falsidade, um imbecil de sorte que se deu bem num país de idiotas. Mas não pode deixar de elogiá-lo pelos milhões brasileiros que você lhe deu para comprar armamento. O índio chucro, sortudo como você, sorri, passa-lhe a mão carinhosamente, mas no fundo acha que você é um panaca. Ele rouba a Petrobrás dos brasileiros, altera o contrato de fornecimento de gás unilateralmente e, como represália, recebe dinheiro brasileiro para gerar emprego na Bolívia e a sua promessa de novos investimentos da Petrobrás em cerca de um bilhão de reais. É mole?

E o barbudo? Nos bons tempos deu dinheiro russo para o Brizola comunizar o Brasil e se ferrou, porque o caudilho não comunizou nada e usou o dinheiro para se tornar um rico fazendeiro no Uruguai. Mas agora que a Rússia fechou o cofre, o barbudo foi compensado. Lula, o instrumento da comuna, socorreu a sua falência com o dinheiro dos brasileiros, em troca do seu sorriso de agradecimento. Para você, Lula, foi uma glorificação.

Você deve estar lembrado do dia em que abraçou o barbudo num encontro em Cuba e balbuciou-lhe carinhosamente ao ouvido: Fidel, que bom que você existe!”. Que apoteose!!!

Então, Lula, Você NÃO PODE dar a estrangeiros o dinheiro que é dos brasileiros. Principalmente porque temos pessoas morrendo nas portas de hospitais por falta de atendimento. Porque grande parte dos assaltantes de rua inicia no crime por falta de outros meios de sobreviver. Porque nossos jovens chegam aos dezessete anos de idade com um certificado de segundo grau na mão, mas não sabem o que fazer da vida, porque não aprenderam uma profissão. Porque os brasileiros empregados não têm um salário digno por falta de uma estrutura de crescimento da economia, não dos banqueiros e grandes empresários que sustentam as campanhas políticas, porque isso tem, mas do pequeno e médio empresário que são os que geram empregos neste país.

Porque... Porque... Porque... Meu Deus, são tantos os porquês, que nem há espaço para escrever. Mas um último porque tem que ser escrito. Porque você não paga os aposentados. Veja bem. OS APOSENTADOS! Que receberam calote da Previdência, têm proventos atrasados para receber desde 2002 e você diz que não paga porque “NÃO TEM DINHEIRO!”. Isso já não é mais calote. É pura maldade.

Ah! Você também não pode dar o dinheiro dos brasileiros para os ladrões nacionais.

Por tudo isso, Lula, eu estou indignado. Principalmente pelo que você falou, recentemente, na reunião de Copenhague sobre o aquecimento global. Você disse que está disposto a sacrificar o povo brasileiro, até com dinheiro, para ajudar os países “pobres” a controlar a emissão de gases poluentes de suas indústrias.

SACRIFICAR O POVO BRASILEIRO??? Seu estúpido!!! 
Quem você pensa que é? Dono do Brasil? Você domina os analfabetos e miseráveis, mas não domina os homens que pensam e trabalham e sustentam este país. 
A maioria desses homens apenas o suportam, porque não têm força política para mandar você para onde você merece estar. Eu, com toda a certeza digo a você: se eu tivesse o apoio desses homens e se as Forças Armadas acordassem e resolvessem cumprir o seu dever constitucional de defender as instituições nacionais contra essa bandidada que se apossou do governo, e nos apoiassem contra as “forças revolucionárias” do Zé Dirceu, eu, pessoalmente, chutaria o seu traseiro e o daria de presente ao barbudo para criá-lo como discípulo na sua encantada e maravilhosa Cuba. Tenho certeza de que você diria, diante de seu guru supremo, com voz embargada de emoção: “- Fidel, eu não dizia? Que bom que você existe!”.




*Moacir Lisboa da Costa 
- Pesquisador e Analista Político,Brasileiro, acima de tudo.

NOTALATINA


Clique para ver...

Amputações de fraturas simples como "ajuda humanitária" (Igualdade e liberdade)

Com salvadores como estes, a coisa vai mal:
O tratamento médico dado às vitimas do terremoto no Haiti deixou claro a diferença entre a medicina (e os valores) americana e a francesa. O jornal Le Monde publicou uma matéria na qual os médicos franceses denunciam o excessivo numero de amputações praticadas pelos americanos, em grande parte feitas sem necessidade. Eles reclamam que os profissionais norte-americanos se preocupam apenas com as estatisticas, com os numeros de pacientes tratados, não importando a qualidade do tratamento. Um médico parisiense argumentou que "a amputação é um gesto de salvação e de ultimo recurso, quando um membro esta esmagado ou condenado. Mas os americanos recorrem a ela sistematicamente, sem parar e pensar em uma outra solução, orgulhosos desses abates que lhes permite de exibir numeros impressionantes de pacientes".

As equipes francesas ficaram horrorizadas com casos de fraturas sendo tratados com amputações. E em grande parte dos casos, os pacientes eram dispensados 2h depois das intervenções, sem nenhum acompanhamento de recuperação, muito menos psicologico. Sophie Grosclaude, cirurgiã ortopedista francesa, disse que confrontou um médico americano dizendo que eles tinham material para tratar os ferimentos de outra forma, e o médico respondeu "Pra que? Esse é um pais pobre, não tem um acompanhamento médico sério, melhor amputar logo, é limpo e definitivo". A cirurgiã se disse chocada da opinião do americano, como se os haitianos fossem um povo pouco evoluido, que não merece a medicina ocidental.
Clique para ver...
 
Copyright (c) 2013 Blogger templates by Bloggermint
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...