Roxa de oportunismo


Releitura fotográfica de foto do blog da Manu!
Roxa de vergonha e o novo-velho jeito
de se fazer política. Uma beleza!

A candidata Manuela (PCdoB + PPS do ex-governador entreguista Antonio Britto) está queimando as pontes e os navios que a ligavam ao continente da esquerda guasca e brasuca.

Está ficando numa ilha direitista, isolada, convivendo com os tipos mais predadores da subpolítica sulina, ao mesmo tempo que elogia propostas de... Onix Lorenzoni, o Dem mais valente contra pobres, oprimidos e excluídos.

Manuela percorre um caminho sem volta.

Suas propostas (da pós-comunista) situam-se entre o delírio e a amnésia precoce: diz que vai instalar fibra ótica em Porto Alegre, quando se sabe que essa tecnologia foi inaugurada pela Frente Popular, há mais de dez anos na Capital.

Daqui a pouco vai propor uma feira ecológica aos sábados na José Bonifácio, um brique aos domingos na Redenção, um parque verde entre a Borges de Medeiros e a orla do Guaíba e palmeiras na avenida Osvaldo Aranha.

Coisas da vida.
Cristóvão Feil

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Texto matador do Cristóvão. Acrescentaria duas perguntinhas à Manu:
1-Caso assuma a Prefeitura de Porto, que cargo o Brito e o Busatto irão ocupar?
2-Se perderem a eleição, o PCdoB deixará a administração do Hospital Conceição?
3-Onde foram parar os símbolos históricos do PCdoB, que é a foice e o martelo?

O que deixa mais triste é o silêncio da Jussara Cony e do Rul Carrion, em relação a esta aliança com a tropa do Brito: Cézar Busatto, Paulo Odone, Berfran Rosado e Nelson Proença.

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Tempos do Fim ou Relendo Trotsky às Vésperas do Apocalipse.

Cada vez me convenço mais que o final dos tempos está próximo! Os sinais estão aí para quem souber percebê-los:
1- Há não muito tempo um português ganhou o Nobel de literatura;
2- O Lula chegou à presidência e, do jeito que as coisas vão, vai terminar o seu mandato como o presidente mais popular que o Brasil ja teve;
3- Um negão está com chances reais de se eleger Presidente dos EUA.

Mas o sinal derradeiro, eu notei esta semana:
O PSTU está colocando diariamente anúncios pagos da candidatura do Cyro Garcia a vereador em "O GLOBO"!!!! Nem na extrema-esquerda se pode acreditar mais!!!! Caiu o último bastião da moralidade revolucionária trotskysta!!!

Só nos resta esperar o fim!!!!
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"Julgamento": Um Belo Filme Português.

Em 28 de maio de 1926, um golpe militar conservador pôs cabo à curta experiência republicana democrática portuguesa e deu início a uma das mais longas ditaduras da História Européia. Tal regime só terminaria 48 anos depois, em 25 de abril de 1974, com uma outra intervenção militar - só que desta de vez de tendências à esquerda - que colocaria Portugal novamente no caminho da Democracia. António de Oliveira Salazar, catedrático de Economia na Universidade de Coimbra e católico fervoroso, tornou-se o "homem-forte" do novo regime, primeiro como Ministro das Finanças e, a partir de 1932, como Presidente do Conselho de Ministros. O "Estado Novo" salazarista instituiu em 1945 a sua Polícia Política - a Polícia Internacional e de Defesa do Estado-PIDE (que em 1969, passaria a se denominar Direção Geral de Segurança - DGS, nome que manteve até a sua extinção em 1974, no dia seguinte à Revolução dos Cravos). Este órgão repressivo praticava diversas atrocidades contra os opositores do regime que caíam em suas mãos, utilizando-se de métodos bastante cruéis de tortura e recorrendo por inúmeras vezes ao recurso do assassinato, como nos casos do General Humberto Delgado - candidato dissidente à presidência da república, em 1958 - e do militante comunista José Dias Coelho. O filme "Julgamento", do cineasta Leonel Vieira, que foi exibido no Festival de Cinema do Rio, traz à tona de forma contundente estas questões, ao narrar a história de um grupo de militantes anti-salazaristas que, nos dias atuais, reencontram o inspetor da PIDE que os torturou e matou um de seus companheiros, no início da década de 1970. A atitude impulsiva de Jaime - um professor universitário atormentado pelos fantasmas do passado - ao raptar o seu torturador e levá-lo para uma casa-de-campo isolada, deflagra uma série de situações dramáticas onde dilemas éticos como a linha tênue que separa a justiça da vingança são discutidos de forma provocativa e questionadora. No limite destas tensões, os infernos particulares de cada personagem - Jaime, o professor universitário; Miguel, o médico; Joana, professora universitária e filha do militante morto pela PIDE e Henrique, o político bem-sucedido - vão sendo expostos de forma tocante pelas mãos hábeis do diretor que, mesmo trabalhando com algumas situações-clichês, consegue driblar a tentação de cair no lugar-comum. Destacam-se também a bela fotografia - em especial, a das cenas das recordações das torturas nos porões da PIDE, em P&B - e a ótima trilha sonora que pontua de forma precisa os principais momentos do filme, dialogando com o que está sendo mostrado na tela. Uma bela obra que merece ser vista. O problema é saber se ela vai entrar no circuitão comercial. Em tempo: o filme lembra a nós, brasileiros, uma questão muito pouco estudada e discutida em nosso país. Boa parte dos próceres do regime salazarista - caso do agente da PIDE retratado no filme - fugiu para o Brasil após a Revolução dos Cravos, onde foram muito bem recebidos pela governo do General-Ditador Ernesto Geisel. Dentre estas, destaca-se Marcello Caetano, sucessor de Salazar na presidência do Conselho de Ministros, que ainda construiu por aqui uma sólida carreira acadêmica, atuando como Professor de Direito em Instituições de Ensino Superior brasileiras, como a Universidade Gama Filho. Realmente, e isto é inquestionável, estas terras tupiniquins são "abençoadas" para figuras deste naipe. Que o diga o ex-ditador paraguaio Alfredo Stroessner que por aqui viveu muitos anos.
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Rio de piranhas



Há um cheiro de Proconsult no ar do Rio de Janeiro. Posições diversas reagem às últimas pesquisas e desconfiam de intenções. Fernando Gabeira reclama da pesquisa Ibope junto ao TRE, por favorecer o candidato Marcelo Crivella. Este reclama do Datafolha. Todos em parte têm razão. Mas, há outras considerações. Institutos de pesquisas são empresas. Como tal, têm clientes para focar. Neste agrado, faz parte do negócio navegar entre a credibilidade e a influência aos votos indecisos, que nesta eleição tem o índice mais alto entre as capitais brasileiras.

Vejam só:

O Ibope divulga pesquisa para a TV Globo e o jornal O Estado de S.Paulo, mas tem como cliente a milionária campanha do PMDB à prefeitura. Seria coincidência seus números elegerem Crivella como o adversário de Eduardo Paes, logo o candidato ideal para ser derrotado?

A serrista Folha de S.Paulo e seu instituto registram um enorme crescimento da candidatura de Fernando Gabeira, indicando seu nome para o segundo turno. Seria coincidência por ser ele o candidato do PSDB, com entusiasmada torcida dos perdidos tucanos?

Na mídia, a munheca fica visível. Os nomes dos seus escolhidos aparecem em destaque. Inventam-se disputas, novidades, fatos. Nesta ponta do jogo, alguns nomes somem. Coincidência também que tentam dizer que a candidata Jandira Feghali está fora? Ela, sim, parece ser o foco das más intenções dos institutos. E não há motivos. Tecnicamente está empatada com outros dois candidatos e leva algumas vantagens na reta final.

Vamos a alguns dados, em parte levantados pelas próprias pesquisas, para entendermos isso:

1) A pesquisa Datafolha mostra que Gabeira cresceu consolidando apenas votos nas camadas de maior renda. É o candidato dos acima de 10 salários mínimos, onde chega a 38%. Para ir além, só crescendo em outras faixas, o que é tarefa bastante difícil, apesar do lindo jipe que sua campanha comprou para uma espécie de safári rumo ao oeste da cidade. Buana terá que chamar Indiana Jones. Só ele para vencer a rejeição ao seu nome quando sai da Zona Sul.

2)Bispo Crivella parece não ter ido além do seu reduto. Apesar das diferenças em números nas últimas pesquisas dos dois institutos, a curva é descendente. Coleciona a mais alta rejeição. Precisa de um fato novo para aumentar votos nas camadas de baixa renda. Algo agora que só um milagre faria, se é que ele acredita nisso.

3)Eduardo Paes permanece na liderança, mas no mesmo patamar. Torce como nunca para enfrentar Marcelo Crivella. Se enfrentar Jandira terá problemas. A Datafolha mostra que é onde Paes tem a menor margem de vitória. E terá todo o desafio de manter sua milionária campanha contra uma candidatura que pode reunir uma ampla frente contra o desmoralizado PMDB carioca, com o mesmo tempo de TV.

São reflexões deste momento. Eu aposto minhas fichas que a candidata do PCdoB chega ao segundo turno. Chegando, as chances de ganhar são grandes. Mas vamos ficar atentos. Os cariocas já viram a mão grande tentar levar uma eleição. E como nesta terra a sabedoria popular diz muito: “Em rio que tem piranha, jacaré nada de costas”.
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II - Por que o Rio Grande do Sul é assim


A guerra civil de 1893-95

O Rio Grande do Sul entrou na fase do conflito armado a partir de fevereiro de 1893. A guerra civil durou exatos 31 meses, até agosto de 1895. Morreram cerca de 12 mil pessoas, numa população estimada de um milhão de sul-rio-grandenses.

É considerada a mais bárbara das revoluções americanas, não só pelo número de mortos, mas pela brutalidade e extensão do conflito que incluiu a eliminação quase completa dos prisioneiros, que eram degolados (na foto, o célebre degolador Adão Latorre exibe a sua perícia macabra) impiedosamente pelo adversário, de ambos os lados. Existem relatos de que cerca de trezentos prisioneiros de determinada batalha tenham sido degolados após cessados os combates. Não existiam prisioneiros de guerra, neste sentido.

A guerra civil de 1893 resultou do conflito de dois setores bem identificados da elite político-econômica sulina.

De um lado, os federalistas (ou maragatos, ou quero-queros, ou gasparistas), de outro, os republicanos (ou chimangos, ou pica-paus, ou castilhistas).

De um lado o retórico, vaidoso e tagarela Gaspar da Silveira Martins, que segundo o insuspeito historiador oficialista Darcy Azambuja, não tinha “maiores preocupações doutrinárias” e o máximo de pensamento a que alcançou resume-se numa frase tola: “idéias não são metais que se fundem”.

De outro, Júlio de Castilhos, um convicto positivista comtiano, liderança forte e com objetivos definidos, marcado por planos universalizantes do papel do Estado e sobretudo pela busca da modernização das relações sociais, tudo isso embalado numa personalidade austera e incorruptível, uma espécie de Robespierre pampeano.

Todos sabem que venceu o grupo castilhista, representado pelo Partido Republicano Rio-grandense (PRR). Castilhos foi sucedido em 1898 por Borges de Medeiros, da mesma linhagem castilhista-comtiana, que saiu do poder somente em 1928. A revolução de 93 ainda teria recaídas em 1923 e 1924, sempre com os mesmos antagonistas de classe e os mesmos motivos sócioeconômicos e de poder.

Que rivalidades tão profundas eram essas?

É o velho e eterno embate entre o moderno e o arcaico. Curiosamente, um líder saído deste “laboratório” meridional da modernidade brasileira, Getúlio Vargas, um militante do PRR, é que vai promover a partir de 1930 um novo Brasil, mais ajustado às exigências do século 20.

No Rio Grande do Sul, no final do século 19, se gestou, então, com muita dor e sangue, o que viria a ser o País em grande parte do século 20, pelo menos – segundo alguns estudiosos – até o advento de Collor e Fernando Henrique, que cortam em definitivo as amarras sócioinstitucionais criadas e mantidas pela Era Vargas (1930-1954).

A vanguarda republicano-castilhista-borgista (chimangos) fez a parte da revolução burguesa no País. Florestan Fernandes diz que “a Revolução Burguesa [brasileira] não constitui um episódio histórico” definido singularmente, marcado e datado. O caso brasileiro, segundo Florestan, foi um longo processo de absorção de “um padrão estrutural e dinâmico de organização da economia, da sociedade e da cultura”.

Já no Rio Grande, a revolução de 1893 é o ponto – sim – inaugural da revolução burguesa e modernizadora na região mais meridional do Brasil.


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