92% dos alemães orientais ainda preferem o comunismo no país

Pois é. Quem pesquisou foi a Der Spiegel, que nunca foi de esquerda.

A matéria está no site Vermelho.
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Bra, Gávea, Armínio Fraga e o silêncio

Leio por aí que um dos sócios da falida empresa aérea BRA é a Gávea Participações, do nosso conhecido Armínio Fraga, chapa do Principe da Sorbonne. Mais de 40% das ações da dita que demitiu 1100 funcionários e deixou os passageiros a ver navios pertencem a este fundo e nenhum jornal fala nadica de nada sobre o fato.

Os jornalões inclusive tratam do assunto sob a rubrica política, e não economia, onde de acordo com um mínimo de bom senso deveria estar. Ora, por que será?

Vamos ver agora o que mais esse cidadão de sucesso vai armar...

Os outros negócios do Gávea*
Nos últimos dois anos, o ex-presidente do BC Armínio Fraga investiu em setores que vão de logística a shopping
Multiterminais

Em fevereiro, os fundos do Gávea compraram, por 125 milhões de reais, 25% da empresa, que fatura 206 milhões de reais por ano
BRA

Em dezembro de 2006, o Gávea comprou, com outros seis bancos e fundos, 45,9% da companhia aérea
Aliansce Shopping Centers

Em abril, foram adquiridos 23,5% da Aliansce, que administra 15 shopping centers e faturou 2,5 bilhões de reais em 2006

*segundo a revista Exame, que acaba a matéria linkada aqui com o seguinte texto:

Ainda não se sabe onde exatamente a compra do McDonald's se encaixa nessa estratégia, mas o plano do Gávea é esperar de quatro a cinco anos para se desligar dos negócios em que investiu. Esse será o tempo necessário para saber se a turma de Armínio é realmente tão boa nos negócios como no mercado financeiro.

Já deu pra ver, né?

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Democracia no rabicó dos outros...

“Pervez Musharraf é tratado pela mídia brasileira como presidente. Governa o Paquistão e chegou ao governo através de um golpe de estado. Hugo Chávez foi eleito presidente da Venezuela pelo voto direto, reeleito e instituiu o “hábito” de realizar referendos e plebiscitos para que o povo se manifeste sobre qualquer assunto de maior envergadura e que diga respeito às estruturas políticas, econômicas e sociais do país.”

Assim começa o excelente texto do jornalista Laerte Braga, que denuncia a contradição da nossa esquizofrênica mídia. Aconselho a leitura. A questão se resume a legitimidade do processo democrático? Balela. Poucos neurônios são suficientes para desconfiar e desejar mais informação. Procurando, descobre-se facilmente que a Venezuela jaz sobre uma das regiões mais ricas em petróleo das Américas, que durante anos foi sugada pelo colonialismo americano. Para tal, governos foram impostos ou comprados, independente da vontade popular, ou da tal democracia. Chávez mudou o modelo de gestão. Foi mais moderno que o ensinado nos prolíferos MBAs que abundam para nossos executivos liberalóides. Devolveu o solo de seu país a quem de direito ele pertencia. Disse um grande não para o imperialismo e ainda criou riqueza, um novo padrão, de interesse da maioria E, a maior de suas provocações: dentro da mesma democracia que os americanos se apoderaram, clonada dos franceses. Pelo sucesso, virou tirano, diz a nossa mídia, agradando os interesses de seus patrões, que não moram no Brasil, mas aqui têm bons negócios.

Musharraf, um notório meliante, defeca baldes sobre a tal da democracia, mas é tido como presidente em nossos jornalões. E nem é o único no planeta a ter o mesmo tratamento. Pergunto: quantos editoriais o Estadão, o Globo, a Folha fizeram contra Abdala bin Abdelaziz? Não me lembro de um único texto. Deveriam. Afinal, este senhor governa sem poder legislativo, sem partidos políticos, sem constituição. E ainda decapita em praça pública os opositores de seu regime. A cada vez, sem que um Diogo Mainardi, um editorial, uma chamadinha na primeira página denuncie ser um atentado a tal da democracia. O que faz o rei da Arábia Saudita ser tão blindado a críticas em nossa mídia? Fala sério. Não importa quem inventou. Democracia, autocracia, estratocracia, mediocracia, plutocracia, timocracia, canalhocracia, é tudo a mesma merdocracia.
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Mostrar o quê?!

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Aviões de carreiras

O caso do jato Gulfstream II, acidentado no México com 4 toneladas de cocaína, ganha mais informações a cada dia, como a ligação deste episódio a um outro, 18 meses atrás. Na coluna de Claudio Humberto, o empresário brasileiro, João Luiz Malagó, sócio da Donna Blue Aircraft, oficialmente proprietária do avião, declara ser “vítima de jornalistas irresponsáveis”, que "queimaram meu negócio, que é vender e comprar aviões há quarenta anos sempre através de corretor".

Talvez existam um tanto mais “negócios” nas atividades do empresário. Basta uma pesquisa no Google com seu nome para descobrirmos um pronunciamento do Tribunal Supremo de Jurticia, da Venezuela, sobre o pedido de posse de dois aviões retidos no aeroporto de Maiquetía, em 2004, por suspeita de terem sido furtados no Brasil, segundo informações da Interpol, entre várias outras irregularidades na documentação. O Sr. Malogó se fez representar como um dos proprietários em procuração a um cidadão venezuelano, Cirilo Enrique Rada Tovar. O estranho é que o mesmo Google mostra que o Sr. Tovar tem seu nome ligado a vários processos na justiça venezuelana, entre eles, um contra seu nome por falsificação de documentos.

Ao que tudo indica, há no ar algo muito além dos aviões de carreira.
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