Democracia no rabicó dos outros...

“Pervez Musharraf é tratado pela mídia brasileira como presidente. Governa o Paquistão e chegou ao governo através de um golpe de estado. Hugo Chávez foi eleito presidente da Venezuela pelo voto direto, reeleito e instituiu o “hábito” de realizar referendos e plebiscitos para que o povo se manifeste sobre qualquer assunto de maior envergadura e que diga respeito às estruturas políticas, econômicas e sociais do país.”

Assim começa o excelente texto do jornalista Laerte Braga, que denuncia a contradição da nossa esquizofrênica mídia. Aconselho a leitura. A questão se resume a legitimidade do processo democrático? Balela. Poucos neurônios são suficientes para desconfiar e desejar mais informação. Procurando, descobre-se facilmente que a Venezuela jaz sobre uma das regiões mais ricas em petróleo das Américas, que durante anos foi sugada pelo colonialismo americano. Para tal, governos foram impostos ou comprados, independente da vontade popular, ou da tal democracia. Chávez mudou o modelo de gestão. Foi mais moderno que o ensinado nos prolíferos MBAs que abundam para nossos executivos liberalóides. Devolveu o solo de seu país a quem de direito ele pertencia. Disse um grande não para o imperialismo e ainda criou riqueza, um novo padrão, de interesse da maioria E, a maior de suas provocações: dentro da mesma democracia que os americanos se apoderaram, clonada dos franceses. Pelo sucesso, virou tirano, diz a nossa mídia, agradando os interesses de seus patrões, que não moram no Brasil, mas aqui têm bons negócios.

Musharraf, um notório meliante, defeca baldes sobre a tal da democracia, mas é tido como presidente em nossos jornalões. E nem é o único no planeta a ter o mesmo tratamento. Pergunto: quantos editoriais o Estadão, o Globo, a Folha fizeram contra Abdala bin Abdelaziz? Não me lembro de um único texto. Deveriam. Afinal, este senhor governa sem poder legislativo, sem partidos políticos, sem constituição. E ainda decapita em praça pública os opositores de seu regime. A cada vez, sem que um Diogo Mainardi, um editorial, uma chamadinha na primeira página denuncie ser um atentado a tal da democracia. O que faz o rei da Arábia Saudita ser tão blindado a críticas em nossa mídia? Fala sério. Não importa quem inventou. Democracia, autocracia, estratocracia, mediocracia, plutocracia, timocracia, canalhocracia, é tudo a mesma merdocracia.
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Mostrar o quê?!

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Aviões de carreiras

O caso do jato Gulfstream II, acidentado no México com 4 toneladas de cocaína, ganha mais informações a cada dia, como a ligação deste episódio a um outro, 18 meses atrás. Na coluna de Claudio Humberto, o empresário brasileiro, João Luiz Malagó, sócio da Donna Blue Aircraft, oficialmente proprietária do avião, declara ser “vítima de jornalistas irresponsáveis”, que "queimaram meu negócio, que é vender e comprar aviões há quarenta anos sempre através de corretor".

Talvez existam um tanto mais “negócios” nas atividades do empresário. Basta uma pesquisa no Google com seu nome para descobrirmos um pronunciamento do Tribunal Supremo de Jurticia, da Venezuela, sobre o pedido de posse de dois aviões retidos no aeroporto de Maiquetía, em 2004, por suspeita de terem sido furtados no Brasil, segundo informações da Interpol, entre várias outras irregularidades na documentação. O Sr. Malogó se fez representar como um dos proprietários em procuração a um cidadão venezuelano, Cirilo Enrique Rada Tovar. O estranho é que o mesmo Google mostra que o Sr. Tovar tem seu nome ligado a vários processos na justiça venezuelana, entre eles, um contra seu nome por falsificação de documentos.

Ao que tudo indica, há no ar algo muito além dos aviões de carreira.
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Quem é o dono da boca?

Pautados pelo filme “Tropa de elite”, nossos jornalões e revistas dedicaram recentemente um razoável espaço para a discussão sobre drogas. Articulistas gastaram muitas letras para dividir culpas, fazer julgamentos e destilar prosa. Fariam melhor seu dever de casa se tivessem prestado atenção a uma pequena notícia , totalmente desprezada em suas páginas.

Em 24 de setembro um pequeno avião americano caiu em Yucatan, no México, com cerca de quatro toneladas de cocaína. Seria apenas mais uma pequena notícia se alguns repórteres não tivessem procurado saber a quem pertencia. A resposta foi confusa. O luxuoso jato era propriedade de uma empresa de Nova York, de um certo William Achenbaum que o vendeu dias antes da viagem a outra empresa, da Flórida, a Donna Blue Aircraft, de dois brasileiros, João Luiz Malago e Eduardo Dias Guimaraes. O tal Achenbaum nada quis comentar, os brasileiros disseram que apenas fizeram um negócio em comprar e vender o aparelho, logo em seguida, para dois pilotos, Clyde O’Connor e Greg Smith, os que pilotavam o avião. A Federal Aviation Administration disse que nada foi informada sobre as estranhas transações comerciais.

Não foram as grandes agência de notícias que procuraram conhecer a tal Donna Blue Aircraft. Quem o fez, descobriu que a empresa não tinha placas, ninguém os recebeu e, estranhamente, estacionados à porta, estavam seis carros da polícia, novos e sem distintivos. Seguindo a mesma reportagem, outros tentaram saber dos recentes registros de planos de vôo do avião, descobrindo que Guantanamo foi visitado algumas vezes.

Para não deixá-los com sensação de filme de James Bond, sugiro uma pesquisa sobre a notícia no Google. É claro que há o dedo da CIA. E você, imagino, estará dizendo agora que é impossível, o governo americano tem o DEA, que combate as drogas no mundo, isso é mais uma teoria da conspiração, blá blá blá... Legal. Sugiro começar a entender um tanto como os vários governos americanos colocaram a mão diretamente no tráfico de drogas internacional, começando no caso Irã-contras. Alguns posts à frente, voltamos ao assunto.
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Vai, Google, vai!

Na falta do que fazer, um sujeito pop do mundinho dos blogs resolveu atacar este humilde espaço. O Velho do Farol, o Marcus Pessoa, resolveu tomar o Abundacanalha como um blog de pessoas fake, que fazem comentários fake ( e com "nomes de pobre").

Isso porque a pessoa que vos escreve cometeu o crime de se chamar Kelly, não gostar da mídia golpista (o que me transformou em petista fanática. Hein?!?!) e ter feito um comentário no blog do cidadão querendo saber como ele sabe tudo sobre os usuários de drogas. Qual a metodologia. But. O que tive em resposta foi o tal ataque. Além de um xingamento na minha caixinha de comentários.

O rapaz não gosta MESMO de ser questionado. Gente sábia é assim mesmo.

Então Google, é isso:

Este é o blog que o Marcus Pessoa odeia.
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