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Afro Reggae denuncia à OAB-RJ que advogados estariam atuando como mensageiros de traficantes presos

Da coluna Informe do Dia, do jornalista e botafoguense Fernando Molica:


Coordenador do Afro Reggae,  José Junior se reuniu  com o presidente da OAB-RJ,  Felipe Santa Cruz, para  discutir casos de advogados  que atuam como mensageiros  de traficantes presos.  Diz que alguns deles  são responsáveis pela  transmissão de boa parte  das ordens dos bandidos. >

Segundo Junior, Santa Cruz admitiu a existência  do problema e afirmou  que a OAB-RJ tem expulsado,  em média, dez advogados  por mês.Em julho, a sede  do Afro Reggae no Complexo  do Alemão sofreu  dois ataques.


Madame Flaubert, de Antonio Mello

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A pacificação das favelas no cablegate

Um trechinho de um telegrama de 30 de setembro de 2009:
O componente chave do Programa de Pacificação das Favelas é a Polícia de Pacificação (UPP), a qual conta com aproximadamente 500 policiais. Da perspectiva da segurança, até o momento o Programa de Pacificação tem tido sucesso nas quatro favelas do Rio sob controle da UPP, mas a entrega subsequente de serviços básicos e programas de assistência social tem sido desigual. Em adição aos fatores de segurança óbvios envolvidos no programa de pacificação, também há interesses econômicos significativos em jogo, com alguns analistas estimando que a economia do Rio de Janeiro crescerá em 38 bilhões de reais (21 bilhões USD) caso as favelas sejam reincorporadas na sociedade e mercado principais. O Programa de Pacificação das Favelas partilha algumas características com a doutrina e estratégia de contrainsurgência dos EUA no Afeganistão e no Iraque. 
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Grato, CV

Foto de Tasso Marcelo, da Agência Estado. Veja as outras.
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A minha UPP

Do Blog do Frave

Por Marcelo Neri, do Valor Econômico

A ocupação dos territórios anteriormente conflagrados pelo tráfico, ou pelas milícias, na cidade ou na periferia, se mostra como saída para a fonte primária de violência urbana

Em 1994, o Brasil atacou de maneira frontal o seu maior inimigo: a inflação. Nós fomos o recordista mundial de inflação no período de 1970 a 1995, mas pelos dados do FMI que vão até 2008, mesmo após 14 anos de estabilidade, éramos ainda o segundo país do mundo em inflação acumulada de 1970 a 2008, perdendo apenas para a República do Congo. A inflação era um mal que afetava principalmente os mais pobres com o chamado imposto inflacionário, mas impactava praticamente todos de maneira adversa com as incertezas. Incertezas advindas não só da inflação nossa de cada dia mas de políticas bissextas adotadas no seu combate. O corolário é que uma vez que a estabilização foi atingida, praticamente todos brasileiros e todas brasileiras, como se dizia a época, ganharam.

O principal ganho proporcionado pela estabilização, como o nome sugere, não foi a redução da desigualdade mas o aumento de certezas, disseminando na economia uma sensação de bem-estar, associado a cada um poder prever o comportamento da economia como um todo e poder se ver no futuro. O casamento da sociedade brasileira com estabilidade a partir do Real se revelou mais duradouro do que tentativas anteriores como o plano Cruzado que gozou de lua de mel com a população mais memorável e fugaz que a do Real. No momento imediatamente posterior ao lançamento desses planos parecia que o céu invadia a terra, que os problemas eram mais do que um cabo de guerra, mais do que um jogo de soma zero. Sou suspeito para falar sobre o tema pois a sensação foi tal que resolvi, em 1986, escrever minha tese de mestrado a esse respeito.

De volta para o futuro, cá estamos em 2010, próximo de outra possível transformação, esta agora de caráter local. O Rio de Janeiro busca combater o mal coletivo da insegurança com o lançamento das Unidades Policiais Pacificadoras (UPPs) nas áreas conflagradas da cidade, por meio da ocupação desses territórios pelo Estado. A lógica da UPP é a da conquista de espaços físicos em relação à bandidagem, de liberar a população destas comunidades do poder paralelo lá estabelecido pela ausência do poder público.

Confesso que como não especialista de violência que a princípio desconfiei da eficácia das UPPs nessa nobre causa, pois o efeito mais palpável por mim percebido da primeira UPP estabelecida no morro Dona Marta em Botafogo, Zona Sul do Rio, foi o de exportar o seu principal traficante de drogas primeiro para Rocinha e depois para o Morro dos Cabritos, que fica atrás da minha casa, na Ladeira do Sacopã, com efeitos colaterais muito desagradáveis. Esse é um problema de equilíbrio parcial, praguejava eu. Como uma solução local pode prover um equilíbrio geral? Até que, no fim do ano passado, foi estabelecida uma UPP no Morro dos Cabritos. Pois bem, estou em minha lua de mel com a UPP. Eu como economista não posso deixar de reconhecer que os imóveis de minha área sofreram forte valorização, recuperando pelo menos parte da perda de capital anterior causada pelo risco da violência. Nas minhas idas, agora frequentes, ao Morro dos Cabritos, onde vou menos por questões sociais mas para me exercitar e ao fim contemplar a sua vista única para a cidade com a baía de Guanabara ao fundo, percebo uma forte transformação em curso.

Se eu como vizinho ganhei muito com a UPP, imagine quem mora lá na comunidade. Tenho ouvido relatos fantásticos das pessoas que lá moram de como suas respectivas vidas mudaram para melhor que são consistentes com o movimento das pessoas e dos negócios na comunidade. Há que se criar programa de ordenamento urbano para que as UPPs não engendrem mais construções irregulares e crescimento da desordem futura. Há que entender as externalidades negativas geradas para fora da melhora do equilíbrio local. Este fim de semana vivemos no Rio um exemplo de violência na Rocinha que, por não ter UPP, ainda é reduto dos traficantes. Mas na medida que a experiência da UPPs se expandir como tem sido citado no debate eleitoral, estas externalidades serão internalizadas ao processo.

Já tive oportunidade de discutir neste espaço alguns dos chamados problemas coletivos brasileiros como inflação, desigualdade, informalidade que estão avançando ao longo do tempo. A bola da vez talvez seja a violência urbana e o instrumento novo a ser utilizado parece ser a UPP.

As agendas de combate à inflação e à violência são de natureza distintas, uma nacional, outra local mas guardam a promessa de gerar um ganho de qualidade de vida a quase todos os envolvidos mais do que proporcional aos custos envolvidos no processo (coluna de 11/6/2007). Ambas envolvem a necessidade de coordenar ações. Se a UPP for adotada em outras áreas como modelo de combate à violência, observaremos sucessivos grandes choques em pequenas áreas gerando mudança gradual nos indicadores de violência agregados e ganhos de capital e de arrecadação a todos o que pode mais do que compensar os custos fiscais da pacificação.

A ocupação dos territórios anteriormente conflagrados pelo tráfico, ou pelas milícias, sejam morros no meio da cidade, sejam guetos da periferia, se mostra como saída para a fonte primária de violência urbana que afeta antes e acima de tudo aos moradores das comunidades. UPP para todos!

Marcelo Côrtes Neri, economista-chefe do Centro de Políticas Sociais e professor da EPGE, Fundação Getulio Vargas. Autor dos livros “Ensaios Sociais”, “Cobertura Previdenciária: Diagnóstico e Propostas” e “Microcrédito, o Mistério Nordestino e o Grammen brasileiro”.

E-mail: mcneri@fgv.br.
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Três reflexões sobre as eleições: Preconceito, conservadorismo e mídia

A idéia de colocar a culpa no suposto preconceito da elite paulistana à candidata Marta Suplicy não é boa explicação, pois não é verossímil. É claro que existem segmentos que podem trazer algum preconceito, mas nada que possa ser generalizado para a cidade de São Paulo. Afinal, a população paulistana quase a levou para o segundo turno na eleição para o Estado de São Paulo em 1998, elegeu Marta prefeita em 2000, e nas eleições de 2004 e 2008 levou sua candidatura para o segundo turno. Além do mais, como bem disse o Blog do Alon, que outra grande capital no país elegeu (i) uma assistente social vinda do interior da Paraíba (Erundina em 1988); (ii) um descendente de libaneses (Maluf); (ii) um negro vindo do Rio de Janeiro (Pitta); e (iv) uma mulher que se tornou famosa por apresentar um programa de orientação sexual na televisão numa época em isso era um escândalo (Marta). De fato, é uma explicação bastante simplória, e que escamoteia os erros que o PT e a campanha martista tiveram ao longo da eleição paulistana.

Uma outra explicação pouco feliz diz respeito ao suposto conservadorismo paulistano que impediria a vitória de uma candidata do campo de esquerda. As vitórias de Marta e Erundina desmentem ou, pelo menos, estão na contramão dessa versão. Além disso, como assinalou um leitor atento da blogosfera, José Márcio Tavares, numa mensagem que recebi por meio de e-mail, o Rio de Janeiro é considerado de esquerda e São Paulo de direita, mas a última vez que o Rio teve um candidato de esquerda no segundo turno foi na eleição de 1992, com Benedita da Silva (PT). Qual dessas cidades é mais conservadora mesmo? É uma observação pertinente, algo para refletir.

É importante assinalar que a questão da mídia permanece em aberto, e esta extremamente desfavorável à candidata petista. Na verdade, a grande mídia em geral, e a paulista em particular, travam batalhas constantes contra o campo mais à esquerda. No episódio que envolveu a suposta invasão da privacidade do candidato Kassab, a mídia teve uma reação desproporcional. Isso porque a mídia nunca teve zelo com a privacidade dos políticos ligados ao campo mais popular (e duvido que passará a ter). Segundo, é bom fazer uma comparação entre a escorregada da campanha martista e as escorregadas do candidato do PV à prefeitura do Rio de Janeiro, Fernando Gabeira (este apoiado pela mídia). Gabeira mostrou desprezo para com a população do subúrbio quando disse que a vereadora tinha uma visão suburbana. Ele não atacou apenas a vereadora eleita, mas os eleitores e moradores das regiões pobres do Rio. Em outra ocasião, o candidato também atacou ao mesmo tempo três símbolos do carioca: a feijoada, o samba e o carnaval. O Biscoito Fino e a Massa fez uma ótima análise sobre a candidatura verde trazendo esses elementos. E por fim, Gabeira deixou transparecer o preconceito com as regiões pobres mais uma vez, ao dizer que o prefeito não deveria ficar apenas no Rio, mas também na Zona Oeste (ou seja, o Rio para o Gabeira é apenas a Zona Sul, o resto é subúrbio).

No episódio de Marta, ela não aparece, nem houve sinais de que participou de alguma maneira da decisão de veicular o comercial de sua campanha. É óbvio que a responsabilidade é da candidata, porém é diferente quando isso vem do próprio candidato. Gabeira, por sua vez, é o principal ator dos seus escorregões, pois saíram de sua boca as palavras que mostraram preconceito ou desprezo com segmentos que são a maioria do eleitorado carioca, ou seja, a população do subúrbio e os amantes do samba, da feijoada e do carnaval. Porém, a mídia deu super exposição ao escorregão da campanha petista, taxando-a de preconceituosa, mas minimizou aqueles do Gabeira. Imaginem se Gabeira fosse candidato pelo PT? Ou se fosse Marta que tivesse professado aquelas palavras? No fim, Gabeira foi vendido pela mídia como o candidato moderno, de uma nova forma de fazer política (isto é, o PSDB, DEM e PPS, a centro-direita), e Marta como a preconceituosa. Mais uma vez, dois pesos e duas medidas, a tão propalada indignação seletiva. Dizem que o Gabeira saiu da eleição com uma vitória moral, enquanto Marta saiu menor que entrou na campanha. Pode ser verdade, mas o papel que desempenhou a mídia na construção (Gabeira) e destruição (Marta) da imagem do candidato foi fundamental.

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As opções do blogueiro nas eleições municipais

Belo Horizonte: Este blog apóia a candidatura Jô Moraes (PC do B). Fiquei muito triste com o papelão que o PT de Belo Horizonte representou nessa eleição. Nada de pessoal contra Márcio Lacerda (PSB), mas a forma com que foi conduzida a escolha do candidato pelo prefeito Fernando Pimentel (PT) e o governador Aécio Neves (PSDB) é um desrespeito aos eleitores da cidade. Por outro lado, a candidata Jô Moraes tem história de luta popular em Belo Horizonte. Nesses 16 anos, esteve sempre ao lado do projeto popular iniciado por Patrus. Porém, o candidato Lacerda tem a máquina municipal e estadual, recursos financeiros para campanha e uma vantagem de horário eleitoral sem precedentes. É muito difícil vencer uma candidatura nesse patamar. Todavia, o importante é manter a esperança. A última pesquisa mostrou um crescimento espantoso do candidato Lacerda. Isso era esperado, mas a rapidez da elevação das intenções de voto surpreende. Em Belo Horizonte, em que o número de indecisos era muito grande, a exposição do candidato é crucial para seu sucesso. E, nesse quesito, Márcio Lacerda dá de goleada na Jô Moraes. Uma eleição de Jô Moraes é uma grande vitória da democracia. Uma candidatura construída nas bases contra um adversário escolhido por caciques partidários.

Curitiba: A candidata Gleisi Hoftmann (PT), esposa do ministro do Planejamento Paulo Bernardo, é a opção do blogueiro para Curitiba. A vantagem do prefeito e candidato à reeleição Beto Richa (PSDB) é muito alta. A administração municipal possui elevados índices de avaliação popular, o que praticamente aniquila as chances de uma candidatura de oposição como a representada pela candidata petista. A estratégia eleitoral da petista de levar estrelas do PT para fazer campanha no município – Dilma, Lula, Paulo Bernardo, etc. – dificilmente produzirá o resultado de impedir a vitória do prefeito no primeiro turno. Todavia, pode elevar o “recall” da candidata para futuras campanhas eleitorais.

Porto Alegre: Este blog apóia a candidata Maria do Rosário (PT) contra a reeleição do prefeito José Fogaça (PMDB). A disputa para ir para o segundo turno trava-se no campo da esquerda entre Maria do Rosário (PT) e Manuela Ávila (PC do B). As mulheres estão representando bem nesta eleição de Porto Alegre. A quarta colocada é a filha do ministro Tarso Genro, a deputada Luciana Genro (PSOL). Este blog ficará satisfeito se a candidata do PC do B chegar ao segundo turno e vencer a eleição. Todavia, sua aliança com o PPS tira um pouco o brilho de sua candidatura, o que reforça a opção pela candidata do PT. A expectativa que a esquerda vença a eleição no segundo turno, até mesmo porque a soma dos votos das candidaturas do campo da esquerda supera largamente as intenções de votos da direita, e do prefeito em particular.

São Paulo: A melhor surpresa das últimas rodadas de pesquisas eleitorais – IBOPE e DATAFOLHA – foi o crescimento das intenções de voto da candidata Marta Suplicy (PT). Kassab realiza um governo razoável, para não dizer centrista. Não é um governo popular, mas também não nenhum governo que possa ser classificado como ruim. Todavia, eleitores de segmentos sociais de renda mais baixa – os pobres – sentem abandonados pela administração tucano-demos. Daí vem a principal força da candidatura da Marta. Ademais, os problemas no trânsito deram à Marta a chance de penetrar em segmentos da classe média baixa, que havia perdido no último embate eleitoral. Mas o mais importante é que a direita paulistana enfrenta uma divisão interna entre as candidaturas de Kassab e Alckmin. Esse último está completamente perdido na eleição. Não sabe se ataca Marta ou se ataca a administração Kassab, que também é tucana. Isso porque os tucanos ligados ao governador Serra detém os mais importantes cargos da administração. Este blog espera uma vitória de Marta em São Paulo. O melhor que poderia acontecer é se viesse no primeiro turno, o que passou a ser uma hipótese crível, tendo em vista as últimas pesquisas eleitorais. Aliás, esse é o desespero do tucanato atualmente.

Rio de Janeiro: Este é um blog de um eleitor petista, portanto, preferencialmente o apoio é para candidatos petistas. Porém, no Rio de Janeiro, o PT conseguiu se auto-destruir, desde a desastrada intervenção patrocinada por José Dirceu para impedir a candidatura de Vladmir Palmeira e apoiar o candidato Garotinho em 1998. Desde então, o PT nunca mais teve o mesmo brilho no município. O desgaste da figura de Benedita da Silva e a saída de Chico Alencar para o PSOL só agravaram uma situação que já não era boa. Tenho boas referências do candidato petista Alessandro Molon, é uma boa novidade. Porém, nessas eleições, sua candidatura não tem a menor chance. Assim, o melhor é o PT desistir de vez de seu sonho impossível e apoiar uma candidatura do campo popular: Jandira Feghali (PC do B). Essa sim é uma ótima opção para prefeita do Rio de Janeiro. Todavia, o PT tende a insistir com sua candidatura até o final. O risco é que o candidato metamorfose-ambulante Eduardo Paes (PMDB) consolide no segundo lugar e terei que apoiar o candidato Crivella (PRB). Nem eu, muito menos o Rio merecemos. Vale ressaltar que a candidatura Gabeira (PV) e seus neo-aliados (PSDB e PPS) não decola. Se a eleição fosse realizada somente no Leblon, Copacabana, Ipanema e adjacências, Fernando Gabeira seria o prefeito carioca. Todavia, o Rio é um pouco mais que a classe média da zona sul. Como os pobres também votam, é natural que queiram ser levados em consideração pelo candidato que deseja seu voto. Acorda Gabeira.

Recife: As últimas pesquisas eleitorais são unânimes em apresentar o crescimento da candidatura do petista João da Costa. A administração do prefeito João Paulo (PT) é muito bem avaliada, o que favorece uma candidatura de continuidade. Ademais, o governo estadual de Eduardo Campos (PSB) é bem avaliado pela população, e apóia o candidato do prefeito da cidade. Tal cenário favorece o crescimento da candidatura governista. Como nunca tinha disputado uma eleição, o candidato do PT era pouco conhecido (“baixo recall”), muito embora tenha sido o secretário de planejamento do governo municipal. O fato de participar de um governo bem avaliado é um fator que ajuda o crescimento de sua candidatura, pois fica mais fácil uma identificação pelo eleitorado da continuidade administrativa. Os dois outros postulantes mais competitivos têm bom “recall” de eleições passadas, mas fazem oposição à administração atual. A expectativa do blogueiro é que PT continue na administração de Recife.

Fortaleza: A opção do blogueiro para Fortaleza é para a continuidade da administração de Luizianne Lins (PT). Há uma disputa envolvendo os evangélicos, com cartazes de outdoors contra a prefeita por razões de puro fanatismo religioso. Ademais, a candidata Patrícia Saboya (PDT) tem atacado a candidata petista, principalmente por que foi proibida pela Justiça Eleitoral de usar as imagens de Lula e de mensagens de apoio do ex-marido Ciro Gomes (PSB). Este último partiu para ataques de baixo calão contra a candidata do PT, mostrando mais uma vez seu descontrole verbal. Vale lembrar o Ciro Gomes que o seu partido apóia a candidata do PT, tendo inclusive indicado o candidato a vice, e que o maior partido da base do governo de seu irmão Cid Gomes é o PT. Mas o descontrole do Ciro acaba contra ele mesmo. É um político de qualidades inegáveis, que tinha tudo para ser um grande estadista, mas deixa-se levar por querelas pessoais. Em Belo Horizonte, ao classificar como escoria os contrários à candidatura de seu apadrinhado político Márcio Lacerda, Ciro demonstrou sua pouca tolerância política. Agora em Fortaleza, mostra falta de coerência. Por último, vale ressaltar que o candidato do DEM, Moroni Torgan, está em segundo lugar nas pesquisas, tendo tudo para ir para o segundo turno.

Salvador: Em Salvador, as pesquisas mostram a liderança do neto do Toninho Malvadeza, o ACM Neto (DEM). Em seguida, o ex-prefeito Antonio Imbassahy (PSDB), seguido do atual prefeito João Henrique (PMDB). No quarto lugar, está o candidato do PT Walter Pinheiro, o único dos principais postulantes que subiu na última pesquisa DATAFOLHA. Este blog torce por sua candidatura. A subida do candidato petista foi significativa, já estando em empate técnico com o prefeito João Henrique. A expectativa é que o horário eleitoral ajude o candidato petista alcançar o segundo turno, representando a esquerda popular contra a candidatura direitista.

Em tempo: Este blog apóia o retorno de Maria do Carmo (PT) para a prefeitura de Betim (MG). Realizou talvez o melhor governo que Betim já teve. Ultimamente vem sofrendo ataques anônimos de baixo calão, de figuras que escondem no anonimato para divulgar mentiras e calúnias contra a candidata. Boa sorte Maria do Carmo.
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Novidades nas eleições municipais do Rio de Janeiro, Fortaleza e Belo Horizonte

No Rio de Janeiro, o candidato líder nas pesquisar, Marcelo Crivella (PRB), da base de sustentação do governo Lula, amplia sua aliança política, o que lhe garante maior tempo no horário gratuito de televisão. A chapa de Crivella contará com PR, PTB e PT do B, além do próprio partido PRB. Segundo Crivella, “estamos procurando apoio dentro da base do governo”. O candidato reforça a idéia de aliança política entre os governos municipal, estadual e federal para enfrentar os desafios e problemas do município. O PTB deverá indicar a vice. A vereadora Cristiane Brasil (PTB), filha do ex-deputado cassado Roberto Jefferson, é uma das indicadas para a vaga de vice na chapa.

O ponto fraco da campanha do senador era o baixo tempo de televisão. Inicialmente, sua aliança restringia ao PRB e PT do B, dois partidos nanicos e com pouco tempo no horário eleitoral gratuito. Com a ampliação da aliança, seu tempo de televisão dá um salto, o que é extremamente positivo para sua candidatura. O grande empecilho agora do candidato é a rejeição bastante elevada, o que pode criar dificuldades num hipotético segundo turno. Clique aqui para saber mais sobre as eleições no Rio de Janeiro.

Em Fortaleza, a candidata do PT Luizianne Lins também ampliou sua aliança com vistas à reeleição. O PMDB passa a integrar sua coligação, juntando-se ao PSB, PC do B e PT. A única candidatura definida é do deputado federal Moroni Torgan (DEM), em aliança com o PP. Outro possível candidato é o ex-governador Lúcio Alcântara (PR). Mas a candidatura bastante aguardada é da senadora Patrícia Saboya (PDT), ex-mulher de Ciro Gomes (PSB). A senadora busca aliança com o PSDB de Tasso Jereissati, que já demonstrou interesse em apoiá-la. O empecilho é a posição dos partidos em nível nacional.

O fato concreto é que candidata do PT enfrenta uma rejeição grande, embora tenha uma aliança bem consolidada. A candidatura de Patrícia Saboya (PDT) pode dificultar os planos do PT de continuar à frente da prefeitura de Fortaleza. Por outro lado, a senadora enfrenta uma aliança mais frágil, com tempo menor de televisão e uma rejeição cada vez maior ao clã Jereissati.

Já a candidatura de Moroni Torgan (DEM) sempre inicia bem nas pesquisas. Uma razão é o recall, foi candidato nas últimas eleições. E também é que uma parcela do eleitorado acredita no discurso mais duro contra a violência, embora essa não seja uma atribuição do prefeito. Sinceramente não acredito que vença num eventual segundo, seja contra Luizianne Lins (PT) ou Patrícia Saboya (PDT). A população de Fortaleza é mais de centro-esquerda, o que torna difícil uma vitória de centro-direita (caso de Moroni Torgan).

Em Belo Horizonte, a novidade era aguardada. É que o PT municipal aprovou a aliança com o PSB, com apoio do PSDB. O PT deverá indicar a vice, que deverá ficar com o deputado estadual Roberto de Carvalho, ligado ao prefeito Fernando Pimentel. A aliança expôs um racha entre as lideranças petistas no Estado, ficando contrários à aliança os ministros Patrus Ananias e Luiz Dulci, bem como o presidente do PT no Estado, Reginaldo Lopes. Clique aqui para saber mais sobre a aliança PT-PSDB (Pimentel-Aécio) na capital mineira.
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Crivella lidera com folga e candidato petista dispara em pesquisa no Rio de Janeiro

A aliança PT-PMDB pode mesmo surpreender na eleição carioca. Isso já era esperado. O ritmo de crescimento da candidatura de Alessandro Molon, candidato do PT à prefeitura do Rio de Janeiro, é que pegou todos de surpresa. Semanas atrás aparecia com míseros 1% dos votos. Em nova pesquisa, agora pelo Instituto GERP realizada entre os dias 8 a 11 de abril, o candidato petista saltou para 9%, em empate técnico com Jandira Feghalli (PC do B), que aparece com 11%.

O senador Marcelo Crivella (PRB), também da base de apoio do presidente Lula, lidera a pesquisa, passando de 20% para 30%, enquanto o candidato da aliança PV-PSDB-PPS, Fernando Gabeira, aparece com 22%. Em queda, a candidata do DEM, Solange Amaral, apoiada pelo prefeito-dengue César Maia, que aparece com 4%, num empate técnico com Chico Alencar (PSOL), com 3%.

A gente tem que sempre ficar com um olho atrás com relação às pesquisas, mas de qualquer forma, fica evidente o crescimento da candidatura de Alessandro Molon (PT). Só falta o Lula e o Sérgio Cabral dar um empurrãozinho na candidatura de Molon, levando-o para as inaugurações das obras do PAC na cidade. O problema é o ciúme nas outras candidaturas governistas. Clique aqui para ver a matéria do Jornal O Dia.
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DATAFOLHA: DISPARA A REJEIÇÃO AO PREFEITO CÉSAR MAIA

Ao completar sete anos e três meses como governante da cidade do Rio de Janeiro e, em meio à crise na área de saúde que atinge a segunda maior cidade do país, Cesar Maia (DEM) vê sua popularidade atingir o menor índice desde o início de seu segundo mandato, em 2001.

Maia obteve sua maior aprovação em julho de 2006 (37%), alcançando 33% em novembro de 2007 e, hoje, a sete meses do processo sucessório, 25% dos entrevistados avaliam seu governo como ótimo ou bom। Também diminuem os que consideram seu desempenho regular, de 35% no final do ano passado para 30% agora.


A queda na aprovação de Maia reflete-se diretamente na parcela dos que, atualmente, avaliam seu governo como ruim ou péssimo: 43%, doze pontos percentuais a mais que o verificado há quatro meses (31%)। A piora na imagem de Maia acontece durante grave crise na área da saúde. Vale lembrar que, ao final do primeiro mandato como prefeito do Rio de Janeiro, em dezembro de 1996, cerca de cinco em cada dez cariocas (52%) consideraram sua gestão como ótima ou boa. Em uma escala de zero a dez, Maia obtém nota média de 4,6, a menor desde maio de 2006. Vale notar que 17% atribuem nota zero ao prefeito, enquanto 19% atribuem-lhe cinco.

A reprovação ao atual prefeito da capital carioca cresce proporcionalmente conforme aumenta a faixa etária, a escolaridade e a renda familiar mensal. Enquanto 29% entre os que têm entre 16 a 24 anos avaliam atualmente seu governo como ruim ou péssimo, esse percentual alcança 42% entre os que têm 25 a 34 anos, 47% entre os de 35 a 44, e chega a 51% entre os que têm 45 anos ou mais. Entre os mais escolarizados, a reprovação ao prefeito atinge 50%, contra quatro em cada dez (41%) entre os que estudaram até o ensino médio. Já, aproximadamente 38% dos que declaram renda familiar até cinco salários mínimos reprovam-no, parcela que é de 50% na faixa de cinco a dez salários mínimos, atingindo 63% entre os que têm maior renda (acima de dez salários mínimos). Não há diferenças significativas de aprovação quando se observa o sexo dos entrevistados.

Comentário do blogueiro:

A crise no sistema de saúde do município do Rio de Janeiro é apenas um dos sintomas mais evidentes do desgoverno municipal. Mas demonstra que o país precisa urgentemente de uma Lei de Responsabilidade Sanitária, proposta do ex-ministro Humberto Costa (PT). Estranhamente, por uma razão qualquer, com a queda do ministro simplesmente a proposta não entrou na pauta política. É uma pena, pois milhões de brasileiros esperam por um atendimento melhor.

Atualmente, a maior responsabilidade no financiamento à saúde racai sobre o governo federal, mas este não gerencia as ações de saúde na ponta. É o município o principal ator nesse processo. Como não há definição clara das responsabilidades, prefeitos como César Maia simplesmente ignoram seu papel no Sistema Único de Saúde - SUS. Fogem de suas responsabilidades. Sem contar nos prefeitos de cidades do interior que por omissão não investem recursos no atendimento à saúde, apenas enviam pacientes para as grandes metrópoles com ambulâncias compradas com dinheiro federal ou estadual, em licitações municipais claramente direcionadas.

Com uma avaliação dessa, torna-se difícil o prefeito emplacar a candidatura da deputada federal Solange Amaral (DEM). Por outro lado, a crise no sistema de saúde carioca fortalece a candidatura de Jandira Feghalli (PC do B), historicamente ligada à questões envolvendo saúde. Fernando Gabeira (PV), que não é bobo, captou de início a mensagem e colocou a saúde como sua prioridade emergencial. Ou seja, a saúde tem espaço garantido na agenda dos candidatos a prefeito do Rio de Janeiro. Isso é bom. A população principalmente mais pobre e dependente do SUS espera por melhorias na saúde a algum tempo. É hora de acordar.
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DATAFOLHA: Jandira Feghalli sobe e se aproxima de Marcelo Crivella

Pesquisa Datafolha publicada na edição deste domingo da “Folha de São Paulo”, mostra que o senador Marcelo Crivella (PRB) lidera a corrida para a prefeitura do Rio, seguido de perto pela ex-deputada Jandira Feghalli (PC do B). O senador Crivella tem 20% das intenções de voto, contra 18% de Jandira. Em seguida, aparece o deputado Fernando Gabeira (PV), com 9%, a deputada Solange Amaral (DEM), com 8%, o mesmo percentual do deputado Chico Alencar (PSOL). O deputado estadual Alessandro Molon (PT) aparece com apenas 1%, candidato que tem o apoio do governador Sérgio Cabral (PMDB).

Em outro cenário, com o secretário estadual de Esportes e Lazer, Eduardo Paes, a disputa ficaria da seguinte forma: Crivella (18%), Jandira (16%), Paes (10%), Gabeira (9%), Solange Amaral (9%), Chico Alencar (6%), e Molon (1%).

Apesar de liderança na disputa, Crivella é o candidato com maior índice de rejeição (28%), seguido por Solange (18%), Gabeira (16%), Jandira (13%), Chico Alencar (11%) e Molon (6%).

O Datafolha ainda mostra que Crivella tem preferência do eleitorado com baixa escolaridade (29% dos votos), dos mais pobres (23%). Já entre a população com curso superior, Gabeira e Jandira se destacam, com 25% e 21%, respectivamente. O mesmo acontece entre os mais ricos. Gabeira tem 30% dos votos daqueles que recebem mais de 10 salários-mínimos, enquanto Jandira tem 28% dos que ganham de 5 a 10 salários-mínimos.

Comentário do blogueiro: A eleição do Rio certamente terá segundo turno. Mas ainda há muita indefinição. Apesar de aparecer na lanterninha, Alessandro Molon (PT) é o que maiores chances de crescimento, pois contará com o maior tempo de horário gratuito, a máquina política do Cabral e a possibilidade de melhor identificação da candidatura às obras do PAC no município. Além disso, é um candidato com rejeição pequena. Resta saber se os atributos são suficientes para levá-lo ao segundo turno. Em um embate contra Crivella ou Jandira, é grande a chance dele sair vitorioso. Os candidatos Gabeira, Solange e Chico Alencar têm dificuldade de expandir o eleitorado. O Chico Alencar sofrerá com a baixa estrutura do partido, além do pequeno horário de televisão. Já a candidatura de Solange Amaral será atingida pela avalanche de notícias negativas da administração César Maia. A candidatura de Gabeira eu analisei no post “Fernando Gabeira: De ex-guerrilheiro de esquerda a candidato das elites”.
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Fernando Gabeira: De ex-guerrilheiro de esquerda a candidato das elites

O passado de guerrilheiro de Fernando Gabeira é comum a algumas personalidades da esquerda brasileira. Petista e militante verde, acabou deixando o PT por divergências com o governo. A militância verde foi sendo substituída pela bandeira ética. Seu discurso passou a defender reformas no campo das relações políticas. Fora do PT, o deputado Gabeira tornou-se uma sensação da grande mídia. Se antes era visto com desconfiança, agora a mesma mídia abre os braços para o ex-guerrilheiro. O que mudou? A grande mídia ou Gabeira? Não há qualquer motivo para acreditar que seja a primeira opção.

A cruzada ética lhe deu o título de algoz do deputado Severino Cavalcanti, ex-presidente da Câmara dos Deputados. Gabeira tornava-se o político da moda, entrevistado por revistas e programas de televisão. A sua ida para o PV não tem nenhuma relação com qualquer divergência que ele possa ter da política ambiental do governo. Isso porque o PV não tem nada de verde. O partido nem tem idéia do que seja política ambiental: sua bancada é composta de deputados verdes de conveniência. Mas isso tem pouca importância política.

A candidatura de Gabeira à prefeitura do Rio de Janeiro com o apoio do PSDB e PPS completa o ciclo de sua inflexão à direita. É bem verdade que o deputado possa não ter espaço político para bancar um projeto nesse sentido na esquerda carioca. Mas é também verdade que o candidato Gabeira fez a opção à direita bem antes. A inflexão de Gabeira é natural na política. Políticos em geral sofrem de constantes metamorfoses. Na busca de seu espaço político, a direita passou a ser sua melhor opção. Gabeira, o ex-guerrilheiro petista, tornou-se então o candidato das elites (e também da Rede Globo).

O apoio do PSDB à candidatura do ex-guerrilheiro tem uma lógica política mais sofisticada. A entrada do partido na candidatura de Gabeira não tem relação com a possibilidade ou não de fazê-lo futuro prefeito do Rio. Uma vitória de Gabeira deverá deixar com o PSDB o controle dos principais postos da administração municipal (só quem não conhece a política acredita naquele discurso tecnicista do Gabeira). É verdade que Gabeira passaria a ser vidraça - juntamente com sua administração -, o que poderia não ser bom para o PSDB. Mas o partido tem mesmo são outras motivações políticas.

O PSDB quer é enquadrar o DEM, seu principal aliado na oposição política, tirando-lhe qualquer perspectiva real de poder. O DEM ficaria sem opções políticas em 2010, a não ser aliar incondicionalmente ao PSDB. A mesma coisa deve acontecer na eleição paulistana com o lançamento da candidatura Alckmin. Da mesma forma que o PT, o PSDB não quer no seu campo político aliados com condições de alçarem vôos sozinhos.

Além disso, parte importante do PSDB (Aécio à frente) entendeu que o partido precisa estabelecer novas pontes de diálogo, ou seja, outras frentes de batalha política. Se o diálogo do partido restringir-se ao DEM, poderá não sair vitorioso na eleição de 2010. Nesse sentido, a opção pela candidatura de Gabeira é uma forte sinalização. O próprio candidato entendeu o recado e mostrou-se disposto a dialogar com diversos partidos, independentemente da linha ideológica. A candidatura de Gabeira procura se distanciar do rótulo oposicionista, negando qualquer caráter oposicionista ao governo federal e estadual. Deseja-se para o Rio construir uma candidatura seguindo o modelo da chamada “cooperação administrativa” – união do governo local, estadual e federal - vigente na capital mineira sob a administração do petista Fernando Pimentel. É uma mudança significativa na administração municipal carioca, marcada por disputas políticas entre as diferentes esferas de governo.

Do ponto de vista de marketing, a campanha foi lançada com sucesso. Ainda mais com os apoios que obteve na grande mídia. É preciso, porém, avaliar os reflexos que a candidatura Gabeira deverá produzir na luta interna do PSDB. César Maia, prefeito do Rio, é um aliado de Serra no plano nacional. Embora o candidato Gabeira mostre disposição de agregar o seu grupo político à sua candidatura, ficou evidente que a escolha do PSDB de não lançar candidato representa um distanciamento do DEM. O prefeito rapidamente captou os movimentos do PSDB, e imediatamente distribui através do seu Ex-blog uma crítica mais forte ao partido. O presidente do DEM, Rodrigo Maia, filho de César Maia, em entrevista ao Blog do Josias de Souza, reclamou da postura do PSDB e flertou com a possibilidade de apoiar a candidatura de Ciro Gomes à Presidência.

Serra sai novamente enfraquecido. Para sua candidatura, o melhor é que o PSDB desse apoio às pretensões de César Maia, um aliado político dentro do DEM. Em São Paulo, a candidatura Alckmin provocará estragos no grupo político de Serra, mas é uma candidatura natural. No Rio, não há nada de natural no apoio do PSDB ao Gabeira. Apesar de ainda ser pouco visível, o baque na candidatura Serra é quase inevitável. Além disso, a articulação que produziu a candidatura de Gabeira parece ter as digitais do Palácio da Liberdade em Minas Gerais. Se Gabeira 2008 é bom para o Aécio, o mesmo não deve valer para o Serra. É a eterna briga interna do PSDB. Só que agora escalaram um ex-guerrilheiro para a trincheira.

Em nota: As elites também têm suas briguinhas. A verdade é que não há casamento perfeito, principalmente na política. As juras de amor não duram para sempre, pois o casamento é de conveniência. A diferença é que, ao contrário da esquerda, no final a reconciliação é a regra. E todos felizes até a próxima crise.
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Aliança PSDB, PPS e PV irá lançar Gabeira para a prefeitura do Rio; Wagner Montes desiste da candidatura

A Coluna de Merval Pereira no jornal O Globo deste domingo (clique aqui para ler a matéria) informou que o deputado Fernando Gabeira prepara-se para lançar sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro numa aliança da Frente Rio formada pelos partidos PSDB, PPS e PV. O boato sobre a candidatura de Gabeira já estava circulando nos bastidores algum tempo. O deputado parece que resistia à iniciativa, mas foi convencido a entrar no jogo eleitoral.

A aliança só foi possível em razão da pouca disposição da deputada Denise Frossard, do PPS, em candidatar-se à prefeitura do Rio. A deputada, que aparece nas pesquisas de intenção de voto próximo de 15%, também não era bem vista com bons olhos por setores do partido e seus aliados. Além disso, a aliança resolve o problema da disputa interna dentro do PSDB, que não tem um candidato natural, mas tinha três pré-candidatos. O PSDB deverá ficar com o vice.

É bastante estranha a posição do PPS. Reforça a tese de que o partido tornou-se um apêndice do PSDB. A deputada Denise Frossard é a única que aparece bem nas pesquisas. Politicamente o partido deveria cerrar fileiras para sua candidatura, mas o partido parece disposto a abrir mão da candidatura. Resta saber o que partido ganhará saindo da disputa.

Gabeira reforçou sua imagem com sua atuação parlamentar. Após a saída do PT por desavenças com o então ministro José Dirceu, Gabeira participou de CPIs importantes e obteve amplo espaço na mídia. Isso permitiu ao deputado na última eleição elevar seu potencial de votos, elegendo-se com boa votação no Rio. Há uma certa receptividade de seu nome junto à população da zona sul carioca. Porém, suas posições sobre drogas, aborto, prostituição e outros temas polêmicos representam um empecilho para atingir eleitores de comunidades mais carentes.

O fato é que a candidatura de Gabeira tem pouca chance de decolar e sair vitoriosa. Sua plataforma política só encanta setores da classe média. Sofre do mesmo problema de Denise Frossard: não chega ao eleitorado mais pobre. A tendência é Gabeira conquistar boa parte do eleitor que aparece nas pesquisas votando em Frossard, mas insuficiente para uma eleição majoritária. A candidatura resolve mesmo são disputas internas nos partidos da Frente Rio. O deputado, por outro lado, tem pouco a perder politicamente. Poderá sair vitorioso mesmo derrotado nas eleições. Só precisará no final do processo eleitoral ser um político maior que entrou no início da campanha. A tarefa não é difícil.
Em tempo: o deputado estadual e apresentador de TV Wagner Montes desistiu da candidatura ao governo do Rio neste último sábado após três debates internos. A justificativa para sua desistência é que sua principal plataforma política é segurança pública e pouco poderá fazer como prefeito. Sua pretensão é concorrer ao governo estadual em 2010. O deputado é um dos líderes das pesquisas de intenção de voto para a prefeitura do Rio, ao lado da deputada Denise Frossard e do senador Marcelo Crivella. Wagner Montes negou que a desistência tenha qualquer vinculação com a candidatura de Marcelo Crivella, um dos líderes da Igreja Universal, proprietária da Rede Record, onde o deputado apresenta o programa “Balanço Geral”. O PDT, partido de Wagner Montes, deve escolher o deputado estadual Paulo Ramos para a prefeitura do Rio em convenção no próximo domingo. O partido também não descarta composição entre PV, PPS, PSB e PC do B. Dessa forma, segundo as últimas informações, dois pré-candidatos líderes - Wagner Montes e Denise Frossard - nas pesquisas podem não saírem candidatos à prefeitura do Rio. Permanecem as pré-candidaturas de Marcelo Crivella, PRB, e Solange Amaral, DEM.
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