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Macalé, o genial transgressor



Odeio carros estacionados em calçadas, algo muito comum na região Jardim Botânico, Ipanema, Leblon. Odeio a prepotência da Tv Globo. Daí, achei gesto guerreiro de Jards Macalé arranhar o carro de Tadeu Schmidt, parado indevidamente, impedindo o livre trânsito. Você acha crime? Talvez. Mas George Washington também o fez, matou um monte de soldadinhos imberbes e virou cédula de dólar, até nome da capital dos EUA, e por muito menos, apenas por causa de impostos sobre o chá. Antes de ficar gritando pela presença do estado para vigiar e punir, a sociedade tem todo o direito à revolta. Viva a rebeldia transgressora de Macalé.

Agora uma nota triste: eu, carioca, fiquei sabendo da notícia pelo gaúcho Diário Gauche, do Cristóvan Feil, que leu o Globo. Quem manda o jornal virar uma porcaria e perder leitores.

Conta hoje Joaquim Ferreira dos Santos em sua coluna "Gente Boa" no O Globo: "Jards Macalé ia pela calçada da Rua Maria Angélica, Jardim Botânico, quando foi interrompido por um carro estacionado com as quatro rodas. Não teve dúvida. Arranhou-o de um lado ao outro - e só não continuou pelo outro lado porque de dentro do carro, escondido pelo insulfilm, saiu o motorista, de 2 m de altura. Começou o bate-boca e a multidão juntou, tomando partido em discursos".

"A cena ficou mais 'fantástica' quando surgiu o dono do carro, o repórter Tadeu Schmidt, da TV Globo. A PM veio em seguida, depois, a Guarda Municipal. A cena se desfez duas horas depois, quando Macalé se dispôs a pagar os danos à lataria do carro (já orçados em R$ 1 mil), desde que houvesse multa pelo estacionamento na calçada. O caso está na 15ª DP".

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Parabéns ao grande Jards Macalé pelo gesto corajoso.
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Somos todos Antonio Arles. Fora Folha!

O jornal Folha de S.Paulo intimidou nesta sexta-feira o blogueiro Antonio Arles com uma notificação extra-judicial. Alega o documento que o blogueiro “denegriu” a marca da empresa ao publicar banners que pedem o cancelamento de assinaturas do jornal e de seu portal na internet.

Nosso blog manifesta repúdio a tal atitude de censura à livre manifestação do pensamento, garantida na lei máxima de nosso país, e topa todos os desafios para fazer valer o direito maior do povo brasileiro. É o próprio jornal que macula sua marca ao ferir constantemente o jornalismo, manipulando a informação com propósitos escusos, tal como recentemente ao falsificar uma ficha policial da ministra Dilma Roussef, ou a dar espaço privilegiado a uma intriga contra o presidente da república.

A marca da Folha já foi para o esgoto, como aqui já desenhamos nossa opinião:


E estamos prontos a brigar pelo nosso direito de assim manifestarmos em opinião. Desafiamos a empresa a nos intimidar.

Todos neste sábado, às 10h, na porta do jornal, para protestarmos contra mais um ato de vandalismo contra os interesses da informação do povo brasileiro.
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Somos todos Joaquim!

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O Rio de Janeiro em dois tempos

O Rio de Janeiro, em 15 de abril de 2009, captado por câmera de sua maior rede de TV.

Há quase dois séculos, o mesmo Rio de Janeiro captado pelos olhos do francês Jean Baptiste Debret.

Pergunto:

Além de punir os responsáveis da empresa concessionária dos transportes ferroviários, quando abrirão finalmente a CPI da Fetranspor? Será que o motivo é a federação dos donos de ônibus ter laços fortes com governadores, prefeitos, deputados, vereadores, empresas jornalísticas? Ou seria porque esta CPI não poder contar com um “íntegro líder”, como Marcelo Itagiba, que recebe ordens do STF e de Daniel Dantas?
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E os Aerolulas de Serra, nada?

Vocês lembram da mídia fazendo campanha contra o novo avião presidencial de Lula? Virou o Aerolula. Uma chacota contra a decisão de abandonar um velho avião obsoleto e notoriamente perigoso por algo mais moderno e útil, nas inúmeras e necessárias viagens presidenciais. Diziam que era um gasto altíssimo e desnecessário. Perderam o gás depois, inventando novas campanhas. Pois... Pelo preço de seis Aerolulas o governo José Serra decidiu, sem concorrência, fazer uma sede para a Companhia de Dança de São Paulo. Foi contratada a caríssima equipe de arquitetos suíços que fez o Estádio Olímpico de Pequim, o Ninho de Pássaro. Tal fato motivou uma intensa discussão entre arquitetos tupiniquins, intrigados com o valor, com a opção pelos suíços e com a real necessidade de tal obra, em detrimento de outras.

Quantas reportagens foram feitas para reproduzir esta discussão? Nenhuma. Fiquei sabendo do assunto em uma nota na última Carta Capital e pesquisando e descobrindo que foi post no blog do Favre.

Um belo exemplo da “imparcialidade” de nossa mídia.
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Crise na PF? Que crise?


Para o bem de sua saúde, não faça o que fiz. Tinha acabado de ler a última e excelente edição da Carta Capital quando fui ler a Folha de hoje. Matéria da repórter Catia Seabra fala de insatisfação na PF, começa assim: “Em meio à crise que abala a instituição, setores descontentes da Polícia Federal já defendem publicamente a substituição de seu diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa.”

Vem cá. Crise, que crise? A que a Folha, Veja, Globo e Estadão tentam criar. Querem de todo o jeito enterrar de vez o delegado Paulo Lacerda, há três meses vivendo na clausura de um mofento escritório público. Transformá-lo em vilão é o melhor caminho para salvar as evidentes ligações da mídia com os negócios escusos de Daniel Dantas. Evitam que a PF volte a ser um exemplo de eficiência neste governo. É vil tentativa. E estúpida, a cada dia fica mais claro para a opinião pública que querem proteger um ladrão e seus aliados, inclusive na imprensa.
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PHA, Dirceu e uma séria acusação

Um comentário do Conversa Afiada me deixou aborrecido. Vamos a ele:

Tais Morais: Zé Dirceu era agente duplo?

27/novembro/2008 19:29

Diário de um ex-agente sustenta que Dirceu teria delatado companheiros de luta armada

José Dirceu, o poderoso ex-ministro da Casa Civil de Lula, teria sido um agente duplo durante a ditadura militar? A questão acaba de ser colocada em pauta pelo livro “Sem vestígios: revelações de um agente secreto da ditadura militar”, da jornalista Tais Morais, publicado pela Geração Editorial. A autora já havia publicado, pela mesma editora, em 2005, “Operação Araguaia”, em co-autoria com o também jornalista Eumano Silva.

Em reportagem publicada hoje no Valor Econômico, Maria Inês Nassif revela detalhes sobre a origem da obra recém-lançada, produzida a partir do diário de um ex-agente do Centro de Informações do Exército, identificado como “Carioca”. Os originais do diário foram entregues à autora do livro após a morte do ex-agente, conforme instruções deixadas por ele próprio.

“Sem vestígios..” narra execuções bárbaras, como a de David Capistrano da Costa, dirigente do Partido Comunista Brasileiro, em um aparelho da repressão em Petrópolis (RJ). Expõe a afirmação de que Dirceu teria sido um agente duplo, responsável pelo desmantelamento do Molipo - Movimento de Libertação Popular (afirma também que dos 28 integrantes desse grupo, que fizeram curso de guerrilha em Cuba, apenas Dirceu e Ana Corbisier sobreviveram).

Diz o livro: “Segundo as notas de Carioca, depoimentos de alguns militares e as memórias do coronel Lício [Augusto Maciel] – naqueles idos, major – Daniel [codinome de José Dirceu] teria sido o agente duplo e, antes de morrer, Jeová [de Assis Gomes, militante do grupo armado] informara esse nome como o de quem havia traído o Molipo”. Ouvido pelo Valor, Dirceu diz que a afirmação contra ele é uma “infâmia” do coronel Lício, que teria “se especializado em difamar tanto a memória dos mortos como os que sobreviveram”. Veja a íntegra da reportagem, se você for assinante do Valor.


Fiz lá o meu comentário, em 28/11/2008, às 1:44:

Impossível dar crédito ao diário de um ex-torturador e narrado por uma autora que teve seu outro livro, sobre a Guerrilha do Araguaia, sofrido críticas por quem lá esteve. Luzia Reis Ribeiro foi guerrilheira no Araguaia e contesta o que os autores do livro Operação Araguaia, Eumano Silva e Tais Moraes, contam. Segundo ela, o livro se baseia fundamentalmente na versão oficial dos militares, em depoimentos arrancados sob tortura. Diz inclusive sobre a parcialidade do livro:

“Na verdade, cheguei à conclusão que os autores mostraram uma versão unilateral. A versão de um grupo de militares que querem apresentar à opinião pública, o PCdoB como o fracassado, o grande vilão da história. Querem também, inacreditavelmente, através dos “depoimentos em cartório”, manipulados pelos militares, responsabilizar os sobreviventes, como delatores, sob a desculpa de serem ideologicamente fracos.”

Portanto, usar um mero depoimento de militar ligado a tortura como evidência de “traição” parece apenas um jogo de cena para continuar a demonização de José Dirceu.

Sugiro a leitura do depoimento de Luzia em:


http://www.diariosdaditadura.com.br/tcc_mat_ver.asp?cod_col=81

Comentário adicional:

Ainda não vi resposta de Dirceu a mais nova acusação, mas achei interessante a quantidade de comentários de leitores do Conversa Afiada que protestaram contra esta aleivosia . Ainda me recuso a colocar Paulo Henrique Amorim do outro lado, mas está na hora de ampliarmos a discussão política para sairmos desse jogo que só benefecia os reacionários.
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Para não dizerem que não falei de Obama


Para falar, tenho que fazer uma revelação, bem pessoal: eu fiz um curso de meditação. Precisava dormir melhor, eliminar tensões, segui conselhos. Não aprendi o suficiente para meditar, confesso. Fui péssimo aluno. Mas ficou algo das lições do professor, formado no Oriente. A principal é a necessidade de sermos extremamente seletivos com os diversos apelos simbólicos de uma sociedade que te exige atenção o tempo todo. Aprendida a lição, coloquei logo em prática o ensinamento e chutei o curso, selecionando outras opções de informação. Ainda tenho insônias constantes e dificuldade de relaxar, mas consigo me desligar de muitos convites cotidianos à compra de diversos produtos. Sou péssimo consumidor. Talvez isso explique o meu descaso com essas eleições americanas.

Foi impressionante a quantidade de espaço dedicado a elas pela nossa mídia. Minutos e mais minutos nas TVs, páginas e páginas nos jornais, durante infinitos meses, e eu ali alheio. Claro que houve momentos em que quase fui seduzido. O título no Globo “A casa onde Obama perdeu um poodle” é um convite quase irrecusável. Mesmo assim, continuei alienado naquela fartura de informações, sem saber de algo tão fundamental e decisivo. Afinal, como se chamava o cachorrinho? E a casa? Paciência.

Ontem me rendi. Acompanhei a apuração. Fiquei impressionado com a quantidade de pessoas que esperavam Obama em Chicago para um pronunciamento como eleito. Muitos choravam quando anunciada sua vitória. Gritavam ou portavam slogans: Change, we can believe in. Yes, we can. Belo. E que coisa mais simbólica. Acredito em mudanças. Acredito que a necessidade histórica leva a elas, assim vem acontecendo há muitos milênios. Imaginar que após a primeira eleição do último presidente, em sua caminhada rumo ao Capitólio para a posse, sua limosine teve que correr, com o povo atirando ovos... Elegeram um presidente mestiço, que fala em unir o país. É um grande passo.

E a questão do simbólico, do professor zen-budista, reapareceu na minha cabeça ontem. Claro, me tirando um tanto mais do sono, aumentando minhas tensões. Pensei em nossas últimas eleições municipais, impossível não associar algumas coisas. Estas também foram bem marcadas pelo simbólico. Aqui talvez com outro slogan: No change. Reelegeram até o Kassab. Mas naquele simbólico da massa esperando o Obama fiquei mais detido, imaginando coisas. Voltei a ler a nossa rígida e parcial legislação eleitoral. Algo que soma às minhas atuais variadas preocupações. Li mais uma vez o Código Eleitoral, art 242, caput, citado na Resolução n° 22.178, em seu Art 5°, do TSE: “A propaganda, qualquer que seja a sua forma ou modalidade, mencionará sempre a legenda partidária e só poderá ser feita em língua nacional, não devendo empregar meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais”. Impressionante a preocupação dos nossos legisladores com os “estados mentais” do nosso povo. Quantos receios. Não que eu ache que na democracia americana existam mais oportunidades para a catarse coletiva. Tal evento em Chicago nada prova em contrário, mas fica o exemplo em nossa legislação dos reais temores de nossas elites. O que acham que fariam se tomados pela emoção? Votariam errado? Apoiariam um líder, como na terra de Obama aconteceu, que deu uma esculachada geral em uns soldadinhos ingleses? Maior perigo. Teríamos que conviver com esta cara em notas do nosso dinheiro por séculos. Seu nome em ruas, cidades. Coisa de terceiro mundo, né?

Por favor, é só um desabafo irônico, não quero criar artificiais estados emocionais em nosso povo. Não tenho como concorrer com nossa mídia, que para eleger um presidente com a cara do Nosferatu, um dos seus últimos quadros possíveis, conseguiu criar um falso alarme com a febre amarela, levando milhares a se vacinarem desnecessariamente, com mortes registradas por esse alarmismo. É concorrência desleal. Nem quero adiantar aqui o meu descrédito por uma verdadeira mudança nos EUA com Barak Obama. Não vale lembrar agora que seu consultor para política externa é Zbigniew Brzezinski, quem vem desenhando há muito os desafios da expansão do império americano, e que teve na família Bush bons e fiéis seguidores. Na verdade esse papo todo é para dizer que se votasse nos EUA teria escolhido Cynthia McKinney. Who? Ah, claro, ela foi candidata nestas eleições, pelo partido verde, sem espaço nas regras democráticas americanas. É uma ex-congressista atuante, com propostas de mudanças reais e possíveis para aquele país e o mundo. Corajosa, enfrentou no Congresso de lá o Rumsfeld, cobrou do governo americano suas responsabilidades no 11 de setembro, defende os governos progressistas da América Latina, inclusive cita Cuba como um exemplo de democracia. Enfim, bem diferente do que pensam nossos verdes, que gostam mais de serem vistos como símbolos, posando para fotos com militares, almejando saírem na revista Caras, convidados para o curral vip de vários eventos, e sob o aplauso de todo o Leblon.
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Justiça tucana tira blog do ar

O blog Flit Paralisante, do delegado Roberto Conde Guerra, líder da greve da polícia civil de São Paulo, foi tirado do ar na última sexta, por decisão da justiça paulista. A mídia, que foi avisada no próprio dia, omitiu totalmente o fato em seus noticiários. Esta mídia não se importa que a decisão do juiz Davi Capellato golpeie frontalmente a Constituição da República no direito à livre expressão. Logo ela que vive se fazendo de vítima de censura quando a sociedade lhe cobra ética e princípios no seu trabalho. Como a censura é a um blog, de um inimigo de seu candidato à presidência, vale a punição.

Esta é a nossa justiça, sempre aliada aos interesses das elites e contra o povo. Na última eleição legislou para o poder econômico, contra o debate de idéias. Agora, revive as táticas da ditadura.

Mas, como sempre, a direita é burra. O juiz está desde a sexta emitindo novas sentenças contra o Google, pelo simples fato que muitos ajudam o delegado, recuperando textos do cache do blog censurado e criando outros.

O tucanato sabe tudo do pior da ditadura, mas não conhece o poder da internet.

Todo apoio ao delegado censurado!
Censura a internet NÃO!

PS: Alguns links que estão mantendo o blog no ar, enquanto a justiça tucana tenta impedir:

www.flit-paralisante.blogspot.com
www.flitparalisante.wordpress.com


O assunto foi noticiado pelo Rodrigo Vianna ontem, segunda, e reproduzido hoje no Vermelho.

A decisão do juiz, sobre a tentativa de proibir outros blogs com o mesmo conteúdo, é um primor de estupidez. Lembra as mais notórias asneiras da censura da ditadura militar. Vejam aqui.
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A entrevista de José Dirceu

Achei louvável a Carta Capital ter entrevistado José Dirceu em sua última edição. Depois de Mino Carta e Dirceu terem publicamente divergido por episódio sobre um encontro, suas interpretações, negações, em quantos toques foi combinada uma resposta, depois mudada etc, fazer uma entrevista onde todas as mesmas e severas acusações são feitas, permitindo sua defesa, é digno do melhor jornalismo. E o resultado é concreto, muito além das limitadas análises sobre se entre entrevistadores e entrevistado houve vencedores. O que fica evidente na entrevista, muito além das especulações sobre culpabilidade, é a enorme capacitação política de José Dirceu, sua notória expertise em negociação, que agora se volta apenas para o mundo dos negócios, onde é acusado de ter relações com Daniel Dantas, o que nega. Que valor é esse que julga um dos melhores quadros políticos brasileiros, que amarga uma das mais venais perseguições políticas? Que está inelegível por decisão de comissão do Congresso, acusado sem provas por parlamentar que também foi condenado. Que teve sua vida devassada pela justiça. Exposto à execração pública pela mídia, partidária e atuante ao lado dos setores mais atrasados do país. O resultado é vergonhoso. Aqui, mostrei um vídeo onde José Dirceu é hostilizado ao votar nas últimas eleições municipais. Contraditoriamente, Paulo Maluf, condenado pela justiça, réu em mais de uma centena de processos, candidato a prefeito, votava sem constrangimentos. É crime tal uso da mídia. E maior incômodo reside no fato de vermos setores da própria esquerda chafurdarem no mesmo conto do vigário. Ingenuidade? Até há. Mas, infelizmente, maldade também. Uma pergunta e resposta são esclarecedoras:

Carta Capital – Muitos petistas não gostam do senhor e dizem o oposto do que o senhor diz aqui agora. O senhor sabe, não?

José Dirceu – Infelizmente de maneira trágica, durante o caso que ficou conhecido como mensalão, usou-se a crise como instrumento de luta interna do PT. Num momento daquele, quando era preciso defender o partido, tentou-se dentro da legenda destruir algumas lideranças. Respondo pelo que fiz. Mas daí a quase se aliar aos algozes que nos acusavam para tentar alcançar a direção do partido foi muita hipocrisia.
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Carta ao governador José Serra

Caro governador,

Espero que nas próximas horas o senhor venha a público pedir desculpas pelo fracasso de sua política de segurança. Com ela, aguardo o sepultamento do termo “choque de gestão”, empregado por seu partido para definir um novo modelo de administração pública, já que na prática demonstrou ser apenas uma bravata de propaganda. Como eu, muitos perceberam na última semana que é de sua responsabilidade as trapalhadas da polícia paulista que permitiram que uma refém voltasse ao cativeiro, uma invasão fosse feita sem os devidos cuidados, levando à morte uma jovem de 15 anos. Pouco antes, sua intransigência em lidar com uma greve foi exposta a todo o Brasil, em uma inacreditável batalha entre polícias.

Sua gestão prioriza o choque, no caso o do batalhão da PM, contra grevistas e persegue a população empobrecida na ânsia de apresentar números satisfatórios contra a violência. Mas não investe em investigação, menos ainda em táticas acertadas para proteger cidadãos.

O senhor critica injustamente a greve dos policiais civis por ser um movimento político partidário, mas é a sua gestão que apenas serve a propósitos eleitorais. Prova é que o seu orçamento de 2008 enviado à Assembléia Legislativa foi duramente criticado por parlamentares por este motivo, pois viabilizava uma estratégia política para dar visibilidade ao governo em ano eleitoral, priorizando investimentos em obras e infra-estrutura. Projetos sociais, saúde e educação ficaram prejudicados. Ilustrativo dos seus propósitos é o aumento em 110% nas verbas de publicidade.

Mesmo com a estreita cumplicidade da mídia, alimentada com esta boa verba, está sendo difícil esconder o fracasso de sua gestão. As evidências ficaram mais fortes, apesar do empenho de jornalistas como Renato Machado, que na edição do Bom Dia Brasil do último dia 17, sobre o conflito de policiais na porta do Palácio dos Bandeirantes, disse em tom grave: "A população de São Paulo assistiu atônita a mais um exemplo da crise que assola a segurança pública no Brasil”. Chega a ser patética a tentativa de livrá-lo de responsabilidade. Como “no Brasil”? A crise estava a poucos metros do senhor!

E governador, quando se desculpar, aproveite também para pedir perdão por todas as baboseiras que seu partido acreditava e propagava sobre um moderno capitalismo com estado mínimo, com o mercado regulando as necessidades humanas . Estas idéias vieram abaixo agora, quando até a Islândia, aquele perfeito exemplo de capitalismo moderno, segundo seus gurus, ruiu quanto não havia estado para ajudar na queda do cassino mundial.

Perdeu, assuma seu fracasso e invente outro discurso.
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Dirceu e Maluf: o pensamento das pedras


Vi na última segunda o CQC sobre as eleições. Achei engraçados alguns momentos, mas chamou a minha atenção a participação do José Dirceu. Nem tanto pelo trabalho do repórter, Dirceu estava de bom humor, mas pelas hostilidades contra ele na votação. Foi vaiado e chamado de ladrão. O mais contraditório: Paulo Maluf havia aparecido pouco antes. Com ele, ninguém ousou um xingamento. Ao contrário, foi tudo festa e brincadeira.

Interessante ponto para uma observação de nossa realidade, e das campanhas políticas da mídia. Dirceu foi cassado por quebra de decoro parlamentar. Depois, em março de 2006, indiciado no STF por vários crimes graves, mas até hoje sem julgamento. Já Maluf, coleciona mais de 150 processos, em sua maioria por corrupção. Preso em 2005, permaneceu na prisão por 40 dias. Foi solto pelo mesmo STF que acatou pedido de seus (vários) advogados, que alegavam que sua saúde seria frágil para permanecer preso. No dia seguinte apareceu nos jornais comendo pastéis e tomando chope em Campos do Jordão. Condenado, responde por seus vários crimes em liberdade, podendo se candidatar à prefeitura.
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São os mesmos fascistas



No momento em que o governo de Evo Moraes, legitimamente eleito, sofre a pressão golpista dos que foram derrotados nas urnas mais de uma vez, vale lembrar o último discurso de Salvador Allende, em 11 de setembro de 1973, exatos 35 anos passados. Semelhantes forças reacionárias, fascistas, atuam hoje contra um governo legítimo, representante do povo mais oprimido. Ouçam e leiam a tradução abaixo e tirem suas próprias conclusões:

"Seguramente, esta será a última oportunidade em que poderei dirigir-me a vocês. A Força Aérea bombardeou as antenas da Rádio Magallanes. Minhas palavras não têm amargura, mas decepção. Que sejam elas um castigo moral para quem traiu seu juramento: soldados do Chile, comandantes-em-chefe titulares, o almirante Merino, que se auto-designou comandante da Armada, e o senhor Mendoza, general rastejante que ainda ontem manifestara sua fidelidade e lealdade ao Governo, e que também se autodenominou diretor geral dos carabineros.

Diante destes fatos só me cabe dizer aos trabalhadores: Não vou renunciar! Colocado numa encruzilhada histórica, pagarei com minha vida a lealdade ao povo. E lhes digo que tenho a certeza de que a semente que entregamos à consciência digna de milhares e milhares de chilenos, não poderá ser ceifada definitivamente. [Eles] têm a força, poderão nos avassalar, mas não se detém os processos sociais nem com o crime nem com a força. A história é nossa e a fazem os povos.

Trabalhadores de minha Pátria: quero agradecer-lhes a lealdade que sempre tiveram, a confiança que depositaram em um homem que foi apenas intérprete de grandes anseios de justiça, que empenhou sua palavra em que respeitaria a Constituição e a lei, e assim o fez?

Neste momento definitivo, o último em que eu poderei dirigir-me a vocês, quero que aproveitem a lição: o capital estrangeiro, o imperialismo, unidos à reação criaram o clima para que as Forças Armadas rompessem sua tradição, que lhes ensinara o general Schneider e reafirmara o comandante Araya, vítimas do mesmo setor social que hoje estará esperando com as mãos livres, reconquistar o poder para seguir defendendo seus lucros e seus privilégios?

Dirijo-me a vocês, sobretudo à mulher simples de nossa terra, à camponesa que nos acreditou, à mãe que soube de nossa preocupação com as crianças. Dirijo-me aos profissionais da Pátria, aos profissionais patriotas que continuaram trabalhando contra a sedição auspiciada pelas associações profissionais, associações classistas que também defenderam os lucros de uma sociedade capitalista. Dirijo-me à juventude, àqueles que cantaram e deram sua alegria e seu espírito de luta.

Dirijo-me ao homem do Chile, ao operário, ao camponês, ao intelectual, àqueles que serão perseguidos, porque em nosso país o fascismo está há tempos presente; nos atentados terroristas, explodindo as pontes, cortando as vias férreas, destruindo os oleodutos e os gasodutos, frente ao silêncio daqueles que tinham a obrigação de agir. Estavam comprometidos. A historia os julgará.

Seguramente a Rádio Magallanes será calada e o metal tranqüilo de minha voz não chegará mais a vocês. Não importa. Vocês continuarão a ouvi-la. Sempre estarei junto a vocês. Pelo menos minha lembrança será a de um homem digno que foi leal à Pátria. O povo deve defender-se, mas não se sacrificar. O povo não deve se deixar arrasar nem tranqüilizar, mas tampouco pode humilhar-se.

Trabalhadores de minha Pátria, tenho fé no Chile e seu destino. Superarão outros homens este momento cinzento e amargo em que a traição pretende impor-se. Saibam que, antes do que se pensa, de novo se abrirão as grandes alamedas por onde passará o homem livre, para construir uma sociedade melhor.

Viva o Chile! Viva o povo! Viva os trabalhadores! Estas são minhas últimas palavras e tenho a certeza de que meu sacrifício não será em vão. Tenho a certeza de que, pelo menos, será uma lição moral que castigará a perfídia, a covardia e a traição."


Salvador Allende,
11 de setembro de 1973
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Eto'o é o cacete!

Obina é melhor que o Eto'o, o reitor, qualquer doutor, o Arpoador, o imperador, até mesmo o Nabucodonosor...
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