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A internet não é tão democrática

Artigo de Renato Janine Ribeiro, publicado no Valor

Sou fã da internet. Graças a ela, confiro datas, citações e muito mais, cada vez que escrevo. Descubro autores e ideias novas. Tenho, claro, que tomar cuidado com o que leio, porque há informações sem conhecimento, afirmações sem base. Mas também acho democrático que a rede permita difundir valores que antes não tinham lugar. Um jornal é um produto caro, por seus custos industriais e de distribuição. Daí que seja difícil fazer um jornal, como antes se dizia, alternativo. Já um blog pode ser barato - e servir de contraponto aos jornais maiores, expondo valores diferentes (como os blogs de esquerda fazem, no Brasil), oferecendo análises, algumas delas boas, ou, ainda, produzindo informação própria (o que é o mais raro - só lembro o caso de Geisy Arruda, revelado pelo Boteco Sujo).

Mas a maior esperança que muitos tiveram, inclusive eu, foi que a internet se mostrasse uma grande ágora, o espaço de uma cidadania global, um fórum de democracia quase-direta. A palavra grega - que significa a praça onde os cidadãos deliberam sobre assuntos públicos - parecia caber perfeitamente ao terreno virtual, em que todos adquirem igual cidadania e debatem temas de interesse geral. Ao pé da letra, a internet é republicana, porque abre lugar para a "res publica", a coisa pública. Assim, quando concorri à presidência da SBPC, em 2003, criei uma página na Web para a campanha; ela até surtiu efeito, pois tive uma boa votação (tratei do assunto em meu livro "Por uma nova política", Ateliê editorial). 

Por ora, o que lamento é que, ao contrário do esperado, o espaço virtual exponha pouca divergência e pouca reflexão. Quase sempre, escreve num blog quem compartilha as ideias do blogueiro. Esse é o primeiro problema. A internet é democrática porque torna mais fácil surgir a divergência, limita o quase-monopólio da mídia tradicional, impressa ou não - mas a divergência que ela admite está no confronto entre os sites, não dentro de um site que seja, ele mesmo, democrático. Ou seja, a internet é democrática porque encontramos URLs para todos os gostos - mas não porque algum portal abrigue uma discussão inteligente sobre um assunto de relevo. A democracia dela está em que os vários lados têm como e onde se expressar. Mas não está na tolerância. A internet é democrática na luta entre os sites - não dentro deles, embora alguns tentem, heroicamente, fazer funcionar a democracia do debate e do respeito mútuos.

Os leitores são mais radicais, às vezes, que os próprios blogueiros. Vejamos o blog de Luis Nassif que, por exemplo, não esconde seu respeito pelas "raposas políticas" mineiras e publica posts de quem diverge dele. Só que os comentários dos leitores estão, na maioria, divididos entre a condenação, a ridicularização e a acusação. O debate esquenta, mas isso não quer dizer que os leitores respeitem a opinião alheia. Isso também acontece em órgãos da imprensa. É comum os leitores radicalizarem a posição do jornal ou do blog.

Até aqui, discuti o caráter pouco democrático - considerando um aspecto fundamental da democracia, que é o respeito ao outro, a liberdade de divergir - da internet. Mas há outro ponto importante. É que a democracia funciona melhor quando ela é produtiva. Em outras palavras, se a democracia não melhorar as condições de vida mas, ao contrário, piorá-las, nosso apreço por ela dificilmente se manterá. É triste lembrar isso, mas a democracia não é fim em si. Quando a República de Weimar levou a Alemanha a um impasse, deu no nazismo. Os constitucionalistas aprenderam com isso e as constituições recentes evitam ao máximo as falhas que permitiram o advento do regime mais criminoso da história moderna.

A questão, então, é: a internet, enquanto espaço em que se exprimem diferentes opiniões, não tanto no interior de cada unidade sua (portal, blog, site), mas delas entre si, é produtiva? Ela gera ideias novas, propostas, mudanças? Receio que pouco. Noto isso pela fraqueza da argumentação. É frequente haver comentários que são reações epidérmicas irritadas, imediatas, mais do que um pensamento. Nada proíbe as pessoas de se exprimirem. Nada as obriga, também, a pensar. Mas, quando se torna fácil divulgar urbi et orbi o que cada um acha, muitos sentem que é mais fácil escrever do que ler.

Hemingway dizia, de um desafeto: "He is not a writer. He is a typist". Pois há pessoas que não escrevem, digitam. Ou que escrevem sem ter lido o assunto em pauta e, pior, emitem julgamentos peremptórios. Recentemente, notei isso quando postei no Facebook um artigo de um analista que respeito, colaborador aqui no Valor, e algumas pessoas o atacaram severamente. Direito delas. Mas uns três confessaram só ter lido minha chamada de 420 caracteres, não o artigo que estava linkado. Ora, como se pode julgar algo ou alguém sem ler? Por espantoso que pareça, esse pequeno fato transmite a impressão de que é mais fácil escrever do que ler. Fácil, talvez seja; mas não quer dizer que seja melhor. Sempre houve mais leitores do que escritores. A internet inverte esse dado, talvez, mas ganha-se com isso? É perigoso quando as pessoas nem escutam direito o pensamento dos outros.

Em suma, o que falta para a internet ser o tão almejado espaço de criação democrática de ideias e projetos? Primeiro, o respeito ao outro. Segundo, uma argumentação racional. Não basta reagir com o fígado. Talvez, terceiro, seja preciso tempo: ler com atenção, refletir, só depois postar. A internet favorece a imediatez. Isso não ajuda a amadurecer o pensamento. Mas ela continua sendo uma arma poderosa, notável. Só que é preciso melhorá-la, e muito.

Renato Janine Ribeiro é professor titular de ética e filosofia política na Universidade de São Paulo. Escreve às segundas-feiras

E-mail rjanine@usp.br 

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Obrigado, Lula, por manter o ar respirável!


Foto histórica do presidente Lula ao lado dos blogueiros que o entrevistaram. A turma toda é notável, mas... vamos combinar que ver o Sr. Cloaca ao lado do presidente é tudo de bom! Presidente ao lado de "blogueiro sujo" é o tipo de coisa que precisa acontecer em uma república digna de respeito!

O evento teve enorme envolvimento social via twitter.

PS - A foto veio do facebook de Jorge Henrique Cordeiro.
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Entrevista de Lula aos blogueiros AGORA

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Rafael, o Google me deu uma bela alegria

"As alegrias que o Google me dá" é uma das mais criativas e inspiradas criações deste mundo da web, obra deste gênio que é o Rafael Galvão. Meu fígado agradece penhoradamente pelas desopilantes leituras.

Pois, aqui temos uma interessante alegria via o "grande irmão". Pesquisa de imagens feita hoje no AbundaCanalha:

Dilma safada dando o #%@*

Resultado?

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Carta dos blogueiros progressistas

“A liberdade da internet é ainda maior que a liberdade de imprensa”. Ministro Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF)

Em 20, 21 e 22 de agosto de 2010, mulheres e homens de várias partes do país se reuniram em São Paulo para materializar uma entidade, inicialmente abstrata, dita blogosfera, que vem ganhando importância no decorrer desta década devido à influência progressiva na comunicação e nos grandes debates públicos.

A blogosfera é produto dos esforços de pessoas independentes das corporações de mídia, os blogueiros progressistas, designação que se refere àqueles que, além de seus ideais humanistas, ousaram produzir uma comunicação compartilhada, democrática e autônoma. Contudo, produzir um blog independente, no Brasil, ainda é um gesto de ativismo e cidadania que não conta com os meios adequados para exercer a atividade.

Em busca de soluções para as dificuldades que persistem para que a blogosfera progressista siga crescendo e ganhando influência em uma comunicação dominada por oligopólios poderosos, influentes e, muitas vezes, antidemocráticos, os blogueiros progressistas se unem para formular propostas de políticas públicas e pelo estabelecimento de um marco legal regulatório que contemple as transformações pelas quais a comunicação passa no Brasil e no mundo.

Com base nesse espírito que permeou o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, os participantes deliberaram em favor dos seguintes pontos:

1. Apoiamos o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), de iniciativa do governo federal, como forma de inclusão digital de expressiva parcela do povo brasileiro alijada da internet no limiar da segunda década do século XXI. Esta exclusão é inaceitável e incompatível com os direitos fundamentais do homem à comunicação em um momento histórico em que os avanços tecnológicos na área já são acessíveis em diversos países.

Apesar do apoio ao PNBL, os blogueiros progressistas julgam que esta iniciativa positiva ainda precisa de aprimoramento. Da forma como está, o plano ainda oferece pouco para que a internet possa ser explorada em todas as suas potencialidades. Reivindicamos a universalização deste direito, que deve ser encarado com um bem público. A velocidade de conexão a ser oferecida à sociedade sem cobrança dos custos exorbitantes da iniciativa privada, por exemplo, precisa ser ampliada.

2. Defendemos a regulamentação dos Artigos 220, 221 e 223 da Constituição Federal, que legislam sobre a comunicação no Brasil. Entre outras coisas, eles proíbem a concentração abusiva dos meios de comunicação, estimulam a produção independente e regional e dispõem sobre os sistemas público, estatal e privado. Por omissão do Poder Legislativo e sob sugestão do eminente professor Fabio Konder Comparato, os blogueiros progressistas decidem apoiar o ingresso na Justiça brasileira de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) com vistas à regulamentação dos preceitos constitucionais citados.

3. Combatemos iniciativas que visam limitar o uso da internet, como o projeto de lei proposto pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), o “AI-5 digital”, que impõe restrições policialescas à liberdade de expressão. Defendemos o princípio da neutralidade na rede, contra a proposta do chamado “pedágio na rede”, que daria aos grandes grupos de mídia o poder de veicular seus conteúdos na internet com vantagens tecnológicas, como capacidade e velocidade de conexão, em detrimento do que é produzido por cidadãos comuns e pequenas empresas de comunicação.

4. Reivindicamos a elaboração de políticas públicas que incentivem a blogosfera e estimulem a diversidade informativa e a democratização da comunicação. Os recursos governamentais não devem servir para reforçar a concentração midiática no país.

5. Cobramos do Executivo e do Legislativo que garantam a implantação das deliberações da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), em especial a da criação do imprescindível Conselho Nacional de Comunicação.

6. Deliberamos pela instituição do encontro anual dos blogueiros progressistas, como um fórum plural, suprapartidário e amplo. Ele deve ocorrer, sempre que possível, em diferentes capitais para que um número maior de unidades da Federação tenha contato com esse evento e com o universo da blogosfera.

7. Lutaremos para instituir núcleos de apoio jurídico aos blogueiros progressistas, no âmbito das tentativas de censura que vêm sofrendo, sobretudo por parte de setores políticos conservadores e de grandes meios de comunicação de massas.

São Paulo, 22 de agosto de 2010.
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A última luta contra a ditadura

Texto de Miguel do Rosário no Blog da Organização do #RioBlogProg, Encontro Estadual dos Internautas Progressistas do Rio de Janeiro.


A julgar pelos editoriais, a imprensa brasileira se acha uma vítima trêmula e indefesa, pronta para ser devorada pelo bicho papão totalitário. Claro que há o constrangimento de ter apoiado a ditadura, contra o mesmo bicho papão, mas se ele (o papão) não existia antes e mesmo assim justificou-se um golpe de Estado, não é tão difícil inventar novamente o mesmo inimigo; dessa vez não exatamente para dar um golpe, mas algo mais fácil, como queimar um candidato e eleger outro. Considerando que esses jornais transformaram-se em poderosos conglomerados econômicos à sombra do regime militar, pode-se especular que nossa batalha contra os desmandos desses grupos consiste na última luta dos brasileiros contra o fascismo que pendurou nossa liberdade e nossas esperanças, por vinte longos anos, num pau de arara.

Como empresas privadas, os jornais têm liberdade para defender ou atacar seja quem for, mas a Constituição ficaria grata se evitassem desrespeitar o direito dos indivíduos à honra e à privacidade e, sobretudo, se se esforçassem em conter seus ódios pessoais e tratassem as instituições democráticas e seus representantes com um mínimo de decoro e respeito. Não pedimos isenção. Ao contrário, pedimos honestidade em declarar sua preferência partidária, como fazem os jornais norte-americanos, o que ajudaria os leitores a separar notícia de opinião e entender melhor o que estão lendo.

Conhecemos a imprensa de outros países e francamente não observamos em lugar nenhum do mundo (com exceção dos EUA, onde imprensa deixa bem claro de que lado está) um engajamento partidário tão enlouquecido e agressivo como vemos no Brasil.

A imprensa de fato tornou-se um quarto poder, mas à diferença dos outros poderes, goza de uma liberdade quase selvagem. Pode incentivar as pessoas a tomarem remédios que não precisam, espalhar informações falsas sobre partidos, destruir a reputação de inocentes, pressionar juízes a emitir ordens de prisão (ou de habeas corpus), desestabilizar governos... E quando setores da sociedade, como as associações de medicina, por exemplo, iniciam debates para criar leis que regulamentem o uso de informações sobre saúde, os grupos de mídia não apenas se recusam a dialogar como lançam pesadas acusações contra os que desejam o debate. Eles se pretendem intocáveis. A liberdade de imprensa converte-se, portanto, em objeto de luxo de uso exclusivo de meia dúzia de proprietários de jornais e tv.

Não temos ilusão quanto aos defeitos de nossa classe política e seus representantes, mas também não nos iludimos quanto à perseguição seletiva praticada por uma imprensa desde sempre identificada com ideais conservadores - e portanto com os partidos afinados com esses ideais.

Protestamos, em suma, contra hábitos sinistros que estão se arraigando em nossa imprensa, como fazer acusações sem provas e prejulgar pessoas e instituições de maneira açodada, desrespeitando o princípio da presunção da inocência. Com seu poder, a mídia consegue intimidar inclusive juízes, produzindo outra aberração contra a democracia, que é obstruir o direito de todo cidadão ou empresa de ter um julgamento isento e livre, longe das paixões políticas.

Protestamos, principalmente, contra a tentativa de interferir no processo eleitoral, através da criação de factóides que vão parar diretamente, às vezes no mesmo dia, na página de alguns candidatos. Denúncias devem ser feitas, claro, mas embasadas num mínimo de provas e fundamentos lógicos. Os escândalos que pipocam não nascem da intenção louvável de aprimorar o funcionamento da máquina pública, e sim do desejo mal disfarçado de produzir estragos políticos no adversário da vez.

Enfim, quando vemos a mídia engajada em campanhas partidárias, e ainda lançando suspeitas de que há forças querendo censurá-la ou silenciá-la (o que é mentira); e, para culminar, participando de seminários no Clube Militar, como o que deverá acontecer dia 23 de setembro deste ano, intitulado "Democracia Ameaçada", muitos cidadãos começam a se questionar, preocupados, se haveria alguém imaginando um golpe, seja um violento, com uso de armas, seja um "pacífico", como fizeram em Honduras no ano passado, onde o presidente eleito, após decisão do Supremo Tribunal Federal (convertido assim num poder quase monárquico, acima da soberania popular), foi preso pelo exército e conduzido para fora do país. Todos, incluindo o golpe contra Chávez, em 2002, tem algo em comum: a cumplicidade entre oposição conservadora e corporações midiáticas.

Falamos apenas dos jornais. Quanto à mídia televisiva, os fatos são muito mais graves, porque são concessionárias de serviço público, e há leis que proibem a veiculação de material entendido como propaganda partidária.

Quando chamamos a imprensa de golpista, portanto, referimo-nos não só a seu papel fundamental na preparação do golpe de 64 e na consolidação política do regime militar, como também no esforço constante, até hoje, para derrubar ou eleger governantes a partir de artifícios nada éticos de manipulação da notícia.

Reiteramos nosso apreço pela liberdade de imprensa e de expressão, mas observamos que estas liberdades não são direitos exclusivos dos donos de jornal: elas também valem para o leitor, que não deve ser enganado; e para o jornalista, que deve ter direito a trabalhar sem se submeter aos caprichos ideológicos do patrão.

Por fim, convidamos a todos a se libertarem do vício triste de pensar com a cabeça alheia, e a conhecerem a blogosfera política, onde se trata a informação com muito mais profundidade: ela é verificada, checada, conferida novamente, revirada de todos os lados, discutida, rechaçada, e de novo aceita; e onde, principalmente, respeita-se a inteligência do leitor e procura-se fazer com que ele a use efetivamente, pensando politicamente por si mesmo.

Somos os representantes da edição fluminense de uma articulação nacional, os Blogueiros Progressistas, ou seja, de esquerda, e nossa luta mais importante, nas últimas semanas, tem sido desmontar as manipulações midiáticas que visam confundir e influenciar o eleitorado, deturpando a vontade popular.

Mais informações no blog http://rioblogprog.blogspot.com.
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Tijolaco.com é Top 1000

O blog tijolaco.com, do deputado Brizola Neto, está entre os mil sites mais visitados do Brasil, como se vê pelo site Alexa, o qual o apresenta na posição 972.

Poucas semanas atrás, o site estava entre os top 2000, segundo postagem do próprio Brizola Neto. O crescimento é constante.

Quem conhece o Tijolaço sabe a razão: Brizola Neto traz opiniões claras, articuladas e bem fundamentadas no momento oportuno. Depois que você conhece esse blog, fica difícil não consultá-lo a cada novidade sobre a política nacional.

Se você ainda não conhece o Tijolaço, vai lá e confere. Também dá para seguir no Facebook e no Twitter.

PS - O Cloaca News não faz feio, pois está na posição 6.777. O Idelber está na posição 13.359. Eu acho esses números bem expressivos.
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Meu coração está em SP neste momento

Este blogueiro gostaria de estar participando do evento nacional dos Blogueiros Progressistas, em São Paulo. Motivos pessoais me impediram de comparecer. Mas estou presente na atenção a tudo que lá for discutido e decidido. É importante momento de organização das forças progressistas brasileiras. Algo a ser registrado em nossa História.

Para quem quiser acompanhar, segue o sinal de TV do evento:

Para Firefox, Chrome e Opera, aqui:



Sou do tempo em que se via Rim-tim-tim na velha TV Tupi aqui do Rio. Daí, ainda não acredito muito nessa coisa de sinal de streaming via Web, é algo muito moderno pra minha cabeça. Mas torço que seja apenas incredulidade de um velho blogueiro. Boa sorte aos telespectadores.

Lá estarão muitos que admiro. Na coordenação tem o Altamiro Borges que está na minha galeria de maiores ídolos, certamente ele nem sabe.

Desejo o maior sucesso ao evento.

PS: É possível acompanhar o Evento pela página oficial da TV Software Livre pelo link:

http://tv.softwarelivre.org/aovivo/encontro-de-blogueiros-progressistas

Ou então, acompanhe diretamente pelo link do vídeo:

http://gonod.softwarelivre.org:8000/blogueirosprogressistas.ogg
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Blog Bullying

Por uma chamada a ações contra a prática de pressionar juridicamente os blogs com o intuito de limitar a liberdade de expressão, limitar o compartilhamento de opiniões, limitar o mapeamento da realidade que o nosso registro sensível de blogueiro narra nas micro-crônicas espalhadas mundo afora. Nenhum estabelecimento comercial, marca registrada, editora de produtos culturais, nenhum desses elementos está em posição de julgar que impressão ou opinião podemos ou não publicar. E esta chamada se concentra na alternativa que estas organizações procuram para exercer, de facto, esse poder castrador.
Prática simplesmente de procurar, através de processos com os mais variados argumentos, afundar os blogueiros em processos, defesas, juridiquês, etc. onerando-os com o peso da defesa. Perdemos bons companheiros nessa palhaçada, tivemos que recuar vários posts, blogueiros foram proibidos de tocar em temas, banners espalhados pela web foram proibidos, etc. Sem contar os custos da defesa, as negociações infinitas e a jurisprudência que (quase) nada entende do desenvolvimento tecnológico ou da liberdade de expressão, mas atende sempre aos melhores advogados (leia-se: os mais caros).
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Cloaca News é top no Twitter


Replicada em mais de 500 tuitadas, a postagem do Cloaca News sobre Boris Casoy na revista O Cruzeiro está nos altos da parada do Twitter, de acordo com o buscador Topsy.
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Hermenauta paralisa atividades após 1 milhão de visitas (Web aos sábados)

Após atingir a marca de um milhão de hits, o blog O Hermenauta vai parar por tempo indeterminado.

Não cabe lamentar pelo que não virá, mas sim aplaudir o bloguista tudo o que foi produzido. Parabéns, Hermê! Teu blog era e é uma notável zona autônoma temporária. Aprendi e ri muito com tuas blogações.

PS - Só quem perde com isso é Tio Rei, pois eu, ao contrário do Hermê, nunca teria saco de ler suas tonterias, e agora já não tenho nenhum intermediário inteligente e de estômago forte para digerir o pôr ordem nas suas azedas tolices. Vai sumir do horizonte.
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Para cada um nascem dois

Estes são os banners que a Folha de S.Paulo quer censurar:





Pois temos outros, são apenas o começo de uma série. Faremos mais.









Podem escolher também mais este, do Cloaca News:



Ou mais este, do Levy, do Brasil 21:

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A vitória dos blogs. Mas Golias não está morto


Recentemente, tivemos uma ótima notícia quando um instituto, o Vox Populi, ouviu 2.500 pessoas e descobriu algo que já desconfiávamos: no Brasil, sites de notícias e blogs têm o dobro da audiência dos jornais, três vezes mais que o rádio. Muito bom. Mas certamente péssimo para o cartel da mídia, que tenta em desespero contra atacar.

Nos últimos dias, os principais jornais brasileiros deram destaque à reunião da SIP em Buenos Aires, com a presença do Pig sul-americano, que ratificou a tal “Declaração de Hamburgo”. Em meio ao brado, “cartel mundial unido, jamais será vencido”, editores e prepostos denunciaram o perigo para a democracia se o modelo de seus negócios for para o espaço, tal como parece caminhar célere. Para evitar o buraco, a solução é mudar as regras para proteger seu direito autoral. E apontaram um inimigo: os agregadores de conteúdo, que usam seus serviços sem pagar. Claro, mais uma vez falaram sobre o desejo de fechar a porta e cobrar por cada palavra que produzem. Só não disseram como, já que ainda não sabem.

Pode parecer, e talvez assim tenha sido vendido, que os jornais abriram guerra contra o Google News ou o Yahoo News, mas há algo mais que precisa ser pensado. Pouco, ou nada até agora foi tirado de audiência dos jornais via Google ou Yahoo. Até pelo contrário, os agregadores são fonte de visitas para portais noticiosos, tanto quanto para blogs e os mais diversos sites. Ganham com isso, tanto quanto os que recebem leitores.

Se não é o Google o inimigo, quem será? Vamos massagear os neurônios para olhar melhor o quadro. Falaram muito nos provedores de acesso. Querem policiar por essa via o seu direito autoral. Vigiar e punir. Como? Se alguém ler e comentar o que leu será punido? Texto não é uma combinação precisa de uma seqüência de bytes, como uma música. Ao ler, eu posso dar a mais variada interpretação. Não preciso usar as mesmas palavras, as mesmas frases. Como vigiar? Parece claro que há mais coisas que não foram ditas.

Existem motivos sérios para pensarmos que a mídia mundial, à beira do precipício, está abraçando na surdina o misterioso Anti-Counterfeiting Trade Agreement (ACTA). Até agora não há posição oficial sobre tal conchavo, mas sabe-se que ele envolve o governo dos EUA, a União Européia, Japão, Coréia do Sul, Canadá, México, Austrália, Nova Zelândia, entre outros, e grandes empresas representantes da indústria cultural. O objetivo, aparente, é enfrentar a pirataria, mas teme-se, e há motivos, que tenha também o propósito de controlar a informação, punindo provedores. Nenhum representante da sociedade civil foi chamado, nem a Organização Mundial do Comércio, nem a Organização Mundial de Propriedade Intelectual, nenhum representante da sociedade civil dos países envolvidos.

Filme de ficção? Parece que já há muita gente com preocupantes informações. A revista Wired e o BoinBoing já adiantaram alguma apuração, dando conta de que o objetivo é mesmo fiscalizar e punir provedores de acesso à internet, que serão obrigados a policiar eventuais infrações aos direitos autorais no material fornecido pelos usuários.

Para a mídia, é mais que uma carona. Ela busca não perder o bonde com a mudança do seu modelo de negócio, mas principalmente, e acima de tudo, quer manter o monopólio da informação, seu maior negócio.

Enquanto isso, no Brasil, nossa elite assustada ainda precisa dos velhos métodos de nossa herança colonial para controlar a informação. Basta chamar um juiz amigo, como Pedro Sakamoto, no Mato Grosso, que determinou que blogueiros ao alcance da sua Vara não emitam opiniões pessoais contra o ex-presidente da Assembléia Legislativa do estado, José Geraldo Riva (PP), sob pena de pesada multa. Na liminar, o juiz afirma que os blogueiros não podem acusar Riva – que tem 92 ações por improbidade administrativa e 17 ações criminais – sem um julgamento definitivo que confirme as denúncias. Até lá, é um probo e honrado cidadão. Que chamem Lula de analfabeto, isso pode.

E Obama criticou hoje a China por não ter liberdade na internet...


PS. E o Google, sempre tão sensível aos apelos dos poderosos, tirou hoje estranhamente do ar o blog FBI – Festival de Besteiras da Imprensa, que teve que se mudar. Nossa solidariedade.

Aviso à canalhada: nosso blog, que infelizmente não confia em um futuro de ampla liberdade na internet, já tem seu plano B montado. Que venham, combateremos à sombra!

Alguns links para saber mais sobre o ACTA:

Os Dinossauros Contra-atacam, no Arlesophia

ACTA: Tratado contra a pirataria prevê resposta gradual e responsabilização legal dos ISPs, no Remixtures

Tratado ACTA é DMCA com esteróides, no Libertarianismo

O silêncio sobre o ACTA, no Xô censura!

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Ótimos achados

Duas descobertas interessantes. O blog Boimate News, feito por blogueiros jornalistas de primeira, que me levou a conhecer o blog do cineasta e também jornalista Mauricio Caleiro, autor do texto que mais me comoveu sobre o episódio MST x laranjas da Cutrale. Reproduzo aqui por achar ser algo que tudo acrescenta sobre o que este blog vem falando:

MST e laranjas

O MST é detestado por todos: da direita ruralista à esquerda chavista, passando por tucanos, petistas, psolentos, verdes, azuis e amarelos. Mesmo os que fingem apoiar o MST o detestam.

Isso porque há uma antipatia ancestral e inata contra o MST, esse arquétipo de nosso inconsciente coletivo, esse cancro irremovível que insiste em nos lembrar, mesmo nos períodos de bonança, que fomos o último país do mundo a abolir a escravidão e continuamos sendo uma porcaria de nação que jamais fez a reforma agrária.
O MST é o espelho que reflete o que não queremos ver.

Há duas questões, na vida nacional, que contradizem qualquer discurso político da boca pra fora e revelam qual é, mesmo, de verdade, a tendência ideologica de cada um de nós, brasileiros: a violência urbana e o MST. Diante deles, aqueles que até ontem pareciam ser os mais democráticos e politicamente esclarecidos passam a defender que se toque fogo nas favelas, que se mate de vez esse bando de baderneiros do campo, PORRA, CARAJO, MIERDA, MALDITOS DIREITOS HUMANOS!

O MST nos faz atentar para o fato de que em cada um de nós há um Esteban de A Casa dos Espíritos; há o ditador, cuja existência atravessa os séculos, de que nos fala Gabriel García Márquez em O Outono do Patriarca; há os traços irremovíveis de nossa patriarcalidade latinoamericana, que indistingue sexo, raça, faixa etária ou classe social:

O MST é o negro amarrado no tronco, que chicoteamos com prazer e volúpia.

O MST é Canudos redivivo e atomizado em pleno século XXI.

O MST é a Geni da música do Chico Buarque - boa pra apanhar, feita pra cuspir – com a diferença de que, para frustração de nossa maledicência, jamais se deita com o comandante do zeppelin gigante.

E, acima de tudo, O MST é um assassino de laranjas!

E ainda que as laranjas fossem transgênicas, corporativas, grilheiras, estivessem podres, com fungos, corrimento, caspa e mau hálito, eles têm de pagar pela chacina cítrica! Chega de impunidade! Como o João Dória Jr., cansei!

Jornalismo pungente

Afinal, foi tudo registrado em imagens – e imagens, como sabemos, não mentem. Estas, por sua vez, foram exibidas numa reportagem pungente do Jornal Nacional - mais um grande momento da mídia brasileira -, merecedora, no mínimo, do prêmio Pulitzer. Categoria: manipulação jornalística. Fátima Bernardes fez aquela cara de dominatrix indignada; seu marido soergueu uma das sobrancelhas por sob a mecha branca e, além dos litros de secreção vaginal a inundar calcinhas em pleno sofá da sala, o gesto trouxe à tona a verdade inextricável: os “agentes“ do MST são um bando de bárbaros.

(Para quem não viu a reportagem, informo,a bem da verdade, que ela cumpriu à risca as regras do bom jornalismo: após uns dez minutos de imagens e depoimentos acusando o MST, Fátima leu, com cara de quem comeu jiló com banana verde, uma nota de 10 segundos do MST. Isso se chama, em globalês, ouvir o outro lado.)

Desde então, setores da própria esquerda cobram do MST sensatez, inteligência, que não dirija seu exército nuclear assassino contra os pobres pés de laranja indefesos justo agora, que os ruralistas tentam instalar, pela 3ª vez, como se as leis fossem uma questão de tanto bate até que fura, uma CPI contra o movimento (afinal, é preciso investigar porque o governo “dá” R$155 milhões a “entidades ligadas ao MST”, mesmo que ninguém nunca venha a público esclarecer como obteve tal informação, como chegou a esse número, que entidades são essas nem qual o grau de sua ligação com o MST: O Incra, por exemplo, está nessa lista como ligado ao MST?).

A insensatez dos miseráveis

Ora, o MST é um movimento social nascido da miséria, da necessidade e do desespero. Eles estão em plena luta contra uma estrutura agrária arcaica e concentradora. Não se pode esperar sensatez de movimentos sociais da base da pirâmide social, que lutam por um direito básico do ser humano. Pelo contrário: é justamente a insensatez, a ousadia, a coragem de desafiar convenções que faz do MST um dos únicos movimentos sociais de fato transgressores na história brasileira. Pois quem só protesta de acordo com os termos determinados pelo Poder não está protestando de fato, mas sendo manipulado. Se os perigosos agentes vermelhos do MST tivessem sensatez, vestiriam um terno e iriam para o Congresso fazer conchavos, não ficariam duelando com moinhos de vento, digo, pés de laranja.

Mas é justamente por isso que o MST incomoda a tantos: ele, ao contrário de nós, ousa desafiar as convenções: ele é o membro rebelde de nossa sociedade que transgride o tabu e destroi o totem. Portanto, para restituição da ordem capitalista/patriarcal e para aplacar nossa inveja reprimida, ele tem de ser punido. Ele é o outro. Quantos de nós já se perguntaram como é viver sob lonas e gravetos – em condições piores do que nas piores favelas -, à beira das estradas, em lugares ermos e remotos, sujeito a ataques noturnos repentinos dos tanto que os detestam? Quantos já permaneceram num acampamento do MST por mais do que um dia, observando o que comem (e, sobretudo, o que deixam de comer), o que lhes falta, como são suas condições de vida?

Poucos, muito poucos, não é mesmo? Até porque nem a sobrancelha erótica do Bonner nem o olhar-chicote da Fátima jamais se interessaram pelo desespero das mães procurando, aos gritos, pelos filhos enquanto o acampamento arde em fogo às 3 da madrugada, nem pelas crianças de 3,4 anos que amanhecem coberta de hematomas dos chutes desferidos pelos jagunços invasores, ao lado do corpo de seus pais, assassinados covardemente pelas costas e cujo sangue avermelha o rio.

Para estes, resta, desde sempre, a mesma cova ancestral, com palmos medidas, como a parte que lhes cabe neste latifúndio.

Para a mídia, pés de laranja valem mais do que a vida humana, quero dizer, a vida subumana de um miserável que cometeu a ousadia suprema de lutar para reverter sua situação.

Mas os bárbaros, claro está, são o MST.

Por isso, haja o que houver, o MST é o culpado.
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Classe média surtada pede que Google puna blogueiro


O blog The Classe Média way of life é uma das mais interessantes e divertidas novidades na rede. Um tratado de fina ironia que desnuda a classe média brasileira. Pois, alguns vestiram a carapuça e, se imaginando atingidos, resolveram denunciar o blog ao Google, onde está hospedado, que o suspendeu por uns dias até que fossem apuradas as denúncias.

Fiquei preocupado. Se o Google for dar trela para surtados que se imaginam atingidos por algum blog, haverá uma batalha nos próximos meses, com o acirramento da campanha eleitoral. E se a norma for o direito à expressão ser desrespeitado desta forma, quero também suspender a Veja, a Folha, o Globo, Estadão etc.
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Leandro Fortes e o silêncio capanga

Excelente o retorno ao blog “Brasília, eu vi” do jornalista Leandro Fortes. Para quem não lembra, ele é repórter da Carta Capital e autor de duas matérias inevitáveis sobre Gilmar Mendes. Em uma, relata a vida empresarial do presidente do Supremo, a estranha ética que emprega diversos de seus colegas e recebe agrados decisivos, como desconto de 80% no valor do terreno de seu instituto. Na outra, a versão faroeste de Gilmar, até então desconhecida. O repórter esteve em Diamantino, em Mato Grosso, terra da família Mendes, e revelou que lá os valores republicanos do presidente são outros. Foi esta última reportagem que motivou a frase de Joaquim Barbosa sobre capangas, e que a mídia comprometida não explicou aos seus leitores. É sobre este silêncio que Leandro comenta hoje em post. Ele, que ao dar aulas de jornalismo ou em palestras por todo o Brasil, sempre é perguntado sobre a falta de repercussão da Carta Capital. Vale a leitura, Leandro é fundamental reforço à blogosfera.
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Justiça garante liberdade a grande mídia e censura mais um blog

Para a mídia corporativa, toda a liberdade, garante o STF ao eliminar a Lei de Imprensa, herança do final da ditadura, que visava controlar a imprensa alternativa, não os jornalões e suas rádios e TVs. Para blogs, a banda toca diferente. No Maranhão, o Tribunal de Justiça determinou ao Blogue do Colunão, do jornalista Walter Rodrigues Jr, que retirasse todos os posts com reprodução de dados de relatórios do Conselho Nacional de Justiça e da Corregedoria de Justiça do Maranhão, onde ficam expostas diversas irregularidades da 6ª Vara Civil. Entre elas, na análise de quase 2 mil processos, estão, de um lado, a morosidade no julgamento de processos e, do outro, a rapidez em questões “excepcionais” envolvendo o pagamento de indenizações milionárias, por exemplo.

Que justiça é essa que censura para esconder seus próprios atos? E que estupidez é essa que determina que o próprio autor retire as matérias reproduzidas em outros blogs? Diz o jornalista e blogueiro:

Acabo de receber mais uma ordem judicial, transmitida com urgência por uma (In) Justiça que nunca foi tão célere.

Desta vez é para tirar do ar todas as matérias, com respectivos títulos e comentários, que se refiram ao juiz Abraham Lincoln Sauaia, da 6a vara cível, inclusive a que resume informações constantes de relatório do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e da própria Corregedoria de Justiça do Maranhão.

Mais: até uma carta do desembargador Stélio Muniz ao Colunão deve ser escondida dos olhos dos leitores, apenas porque seu teor aborrece aos dois magistrados, o que requereu e o que deferiu a borracha.

Hoje de manhã, acatei a censura da matéria “Sauaia e o escândalo da Caema”, determinada, no chamado Plantão Civil, pelo juiz Raimundo Sampaio Silva. Acerca do qual não se pode esquecer que já passou cerca de três anos suspenso das funções, em consequência de relatório de correição extraordinária de conteúdo arrasador.

Pensei no momento que era muita falta de sorte minha que o pedido de Sauaia fosse formulado justamente quando Sampaio se achava no Plantão. Mas, tranquilo, deixei para cuidar na segunda-feira das providências cabíveis junto ao Tribunal de Justiça.

Agora não foi mais o plantonista. Foi a chamada “distribuição automática”, imagino, que fez cair o processo nas mãos do juiz Douglas Amorim.

Amorim é o mesmo que, em fevereiro, veja só que coincidência, foi sorteado pelo destino para apreciar e conceder um pedido de censura do Colunão, apresentado pelo juiz Luiz Gonzaga, da 8a vara cível. Na época, mesmo discordando, acatei a ordem e interpus agravo no TJ, que até hoje não foi julgado.

Anote também que Amorim e Gonzaga e Sauaia são parceiros não somente no ofício, mas também nos procedimentos duramente criticados tanto no relatório do CNJ, quanto na correição do TJ.

Visto os autos etc, estamos num impasse. Não dá para submeter o Colunão ao capricho de juízes cujo poder não parece ter limite e que tratam os direitos constitucionais do cidadão e do jornalista como vaga referência ao que devia ser, mas não é.

Também não dá para simplesmente ignorá-los, porque não há certeza de que o Estado de Direito esteja em vigor no Maranhão.

Minha resposta então é que impetrarei mandado de segurança com pedido de liminar contra esses desmandos. Por mais otimista que pareça, estou confiante. Enquanto aguardo, pedirei à Elo Internet que tire o saite do ar. Antes isso que mutilá-lo ao gosto da ditadura forense, permitindo que vire moda o que devemos rejeitar como anomalia.

Voltarei assim que o TJ restabelecer a ordem.

Meu e-mail é wr.walter@uol.com.br.

PS — Tanto o mandado de Sampaio, quanto o de Amorim, determinam que eu retire as matérias também de “outros blogues” que as estejam reproduzindo... Sem comentários, já que nenhum comentário educado é possível.


Toda nossa solidariedade ao Blogue do Colunão. E aqui cedemos nosso espaço para suas denúncias.

Por uma nova Justiça no Brasil!
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Extra! Extra! Os blogs estão almoçando e jantando os jornais!


Eu nem falo em plágio, até podem existir coincidências, e cedemos nosso material para as boas causas. Mas, às 11h de ontem, este blog foi à visão de Debret para lembrar que o Rio de Janeiro pouco mudou em quase 200 anos. Nesta hora, os jornalistas do Extra ainda nem tinham chegado à redação. Se há algo para concluir, é o fato que a mídia corporativa está muito lenta na criatividade, está comendo a poeira dos blogs.
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Quem diria? A CNN aposta em nosso blog

Jornais são inundados diariamente por press-releases. Para quem não sabe, press-releases são documentos preparados por assessorias de comunicação com informações que seus autores acreditam ser de relevância jornalística. E assessoria de comunicação é o que não falta. Pequenas empresas, jogadores de futebol, ex-participante do BBB, todos têm seu assessor. Um grande mercado, maior hoje para jornalistas do que o de redações de jornais, rádios e TVs.

Por outro lado, para a mídia, a cada dia mais acrítica, receber a notícia pronta de uma fonte poupa trabalho e investimento em pessoal. Para quê fazer uma reportagem, apurar um fato? Melhor o corta e cola, sem pensar e duvidar.

Digo tudo isso apenas para revelar que este blog, apenas mais um “tosco” espaço de “jornalismo de fundo de quintal”, segundo seus detratores da mídia tradicional, recebeu o seu primeiro press-release, e da CNN. O Frederico Conti, do 5º Concurso Universitário de Jornalismo CNN, escolheu nosso espaço como veículo para sua divulgação. Diz ele em email que acredita “que isso pode ser interessante para você e para os leitores do seu blog Abunda Canalha”.

Tremei senador Azeredo, tremei Gilmar Mendes, Marinhos, Mesquitas e Frias.

As inscrições para o concurso começaram no dia 24 de março e podem ser feitas até dia 29 de junho de 2009. O tema deste ano é “O uso da tecnologia no desenvolvimento social.”, algo bem amplo e interessante para ser explorado. A novidade de 2009 é que o estudante (o concurso só é válido para estudantes de jornalismo) vai poder enviar um vídeo de até 2 minutos pelo YouTube, sendo que ele poderá produzir quantas matérias quiser. As inscrições podem ser feitas no site www.concursocnn.com.br e mais informações no blog do concurso, www.concursocnn.com.br/2009/blog/.

A mídia tradicional se desespera com o contraponto que os blogs fazem com suas notícias, o futuro é incerto para os jornais, mas o jornalismo está vivo e não vai morrer. Espero que surjam novos talentos neste concurso e que tenham muito o que fazer além de trabalhar para o cartel da mídia.
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Jovem desenha pênis no telhado e nos dá uma boa idéia

Rory McInnes, um adolescente britânico, desenhou um pênis de 18 metros no telhado de sua mansão, em West Berkshire, porque queria aparecer no Google Earth. É o que diz o The Guardian, replicado aqui no G1. Seu grande bilau ainda não apareceu no programa, como desejava, mas foi descoberto por seus pais, pela BBC e saiu na imprensa de todo o planeta. Melhor sorte tiveram estudantes de uma escola britânica. Sua alongada obra só foi descoberta quando a diretora foi olhar a instituição pelo satélite.

Sem a mesma fixação dos ingleses, achei a notícia pertinente para nos dar algumas idéias sobre o futuro da comunicação na internet, neste preocupante cenário onde o cartel da mídia, seus representantes parlamentares e juristas de aluguel desejam calar nossa voz. Está aí o projeto do tucano e impune mensaleiro Eduardo Azeredo para nos alertar.

Temos que ter um plano B, caso eles consigam nos censurar. Sugiro já pensarmos em táticas de guerrilha gráfica. O adolescente adorador de falos nos deu uma boa idéia. Sugiro exemplos de intervenções, visando o público planetário via Google Earth.

No Recife, achei no bairro de Macaxeira um interessante conjunto habitacional clamando por uma intervenção. Bastam alguns baldes de tinta branca.

Em Porto Alegre, ali no final do bairro de Alvorada, na Rua Tupi, construções que pedem mensagens. Como há naquela terra muito a ser dito, é quase uma obra aberta. Daria para fazer uma tese sobre a governadora, para ser lida do espaço.

No Rio, o trabalho gráfico é mais complexo, mas bem interessante. Envolveria a comunidade de São Bento, em Belford Roxo, com um toque vermelho.

Em Belo Horizonte acredito que faríamos o trabalho mais perfeito. Na verdade ele já está pronto. Basta pintar de branco os telhados destes prédios no bairro da Lagoa, perto da Praça da Paz Celestial. Uma obra minimalista. Sem nenhuma letra. Caso alguém ainda fique em dúvida do conceito, incluímos o local como ponto turístico no Google Earth, é fácil, e podemos dar o nome de “Carreiras do Aécio”.

Para Brasília, desejava algo dedicado ao Gilmar Mendes. Vi, olhei, pensei, pensei e cheguei à conclusão que nesse caso a obra já foi feita pelo jovem adolescente britânico.
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