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Janio de Freitas, um jornalista que não se faz de louco, e o cablegate

Diz Janio de Freitas, um dos raros jornalistas da velha mídia que não se faz de louco nem nos trata como idiotas no caso do cablegate:
É de liberdade de informação que se trata. É do direito dos cidadãos de saber o que seus governos dizem e fazem sorrateiramente. É de jornalismo que se trata. E os meios de comunicação jornalística estão ficando tão mal quanto os governos desnudados pelo Wikileaks. Era a hora de estarem todos em campanha contra os governantes que querem sufocar as revelações. Ou seja, em defesa da liberdade de informação, da própria razão de ser que os jornais, TVs e revistas propagam ser a sua. Com escassas exceções, que se saiba, os meios estão muito mais identificados com os governantes do que com os cidadãos-leitores e com a liberdade de informação.
Via Toda Mídia
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As notícias de hoje e a historiografia de amanhã

Pesquisadores nas áreas de história e comunicação já tem um excelente campo de estudos daqui para frente. Comparar, por exemplo, a cobertura jornalística do governo Lula com suas realizações. O descompasso será enorme.
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Religião, Kehl e outras coisas

Não há nada de surpreendente no fato da religião tomar conta da agenda de debate do segundo turno.

Em primeiro lugar, temos um candidato, José Serra, que decidiu seguir a cartilha de campanha do Grand Old Party, isto é do Partido Republicano dos EUA, talvez porque os marqueteiros do Obama tenham lhe dado um fora, talvez porque não tem nada de bom a propor aos eleitores.

Isso mostra que, lamentavelmente, o PSDB conseguir ficar em um nível político abaixo do PFL. O PFL ao menos era um partido de coronéis. Já o PSDB se apresenta, de fato, como um partido do medo e da irracionalidade. Ok, o PFL rifou oportunidades dos pobres irem à facul, ao se opor ao Prouni, e agora temos o vice Da Costa propondo a conivência com a homofobia. Mas não esperávamos que o PSDB fosse colocar os direitos civis em risco só para tentar ganhar uma eleição.

Em segundo lugar, a candidata abertamente religiosa Marina Silva se saiu bem no primeiro turno. Certo, ela se saiu bem contando com votos de pessoas que não são religiosas. No entanto, se essas pessoas ainda assim votaram nela, agora fica parecendo que falta aos candidatos restantes incorporar a casca da política+religião, visto que suas propostas de Marina já foram encampadas por ambos candidatos ao segundo turno.

Pra nós, resta manter pé quente, cabeça fria, pois quem é religioso como meu amigo Williges não está nem um pouco feliz com o oportunismo do candidato Serra.

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O silêncio dos serristas no caso da demissão de Maria Rita Kehl do Estadão é eloquente.

Em primeiro lugar, mostra que não se escandalizaram pelo fato de uma articulista ter sido demitida após dizer a verdade.

Em segundo lugar, mostra que são coniventes com um jornal que privilegia sua opção política à verdade.

Em terceiro lugar, mostra que não têm compromisso com a liberdade de opinião.

O caso também torna uma piada o tal do XXX dias sob censura do Estadão. Mas o Estadão já é uma piada de qualquer forma.

Após a demissão da Maria Rita Kehl, infelizmente as opiniões dos outros articulistas do Estadão ficam maculadas, valendo bem menos. Afinal de contas, é seguro que eles estão de acordo com a opinião do patrão, mas não é seguro que eles retratam à risca a verdade.

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Você gostou do manifesto dos professores e pesquisadores de filosofia em defesa da candidatura Dilma Rousseff? Se quiser, assine embaixo, mesmo não sendo professor ou pesquisador.

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Dia 15 tem encontro dos blogueiros e tuiteiros pró-Dilma em Porto Alegre.

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Recebeu boatos contra Dilma?

Primeiro, marque a mensagem recebida como spam. Isso vai impedir que milhares de outras pessoas a recebam.

Segundo, veja os esclarecimentos aqui.

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Se quiser uma antimusa, o pessoal da censurada faz XXX dias Falha de São Paulo apresentou a Tucanhêde. Confere lá.
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Umas coisinhas que não sairão na velha mídia



O candidato José Serra acaba de ser denunciado por calúnia e difamação eleitoral. O motivo foram as afirmações caluniosas contra o PT no último dia 22 de julho, quando disse que o partido é ligado às Farc. Talvez o candidato Serra não saiba, ou não lembre, que no Brasil há leis. Ele acusou, e por isso tem o ônus de provar o que disse.

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O festival de distorções eleitoreiras de informações na velha mídia continua, como sempre em favor do seu candidato, José Serra, e do seu partido, o PSDB. A candidata Marina acusou o candidato Serra de intimidar jornalistas. Mas não foi isso o que a Folha noticiou. Ao invés, noticiaram que Marina acusou Serra e Lula de intimidar jornalistas.

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Não espere para ver na velha mídia sobre a investigação de fraude milionária da merenda escolar na administração de Beto Richa, do PSDB do Paraná. Também não espere ver na velha mídia que Beto Richa pediu e conseguiu a censura da revista Isto É no estado do Paraná.

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Te mete! Pro jornal inglês The independent, Dilma será a mulher mais poderosa do mundo!

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Apesar da direita brasileira ter, em geral, uma grosseira inspiração em Sarah Palin e quetais do GOP estadunidense, o Brasil tem ao menos um conservador de respeito, o Cláudio Lembo.
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Os pingos nos iis de La Vieja Bruja sobre liberdade de expressão e denúncias vazias

A velha mídia histericou mais uma vez. Como soi acontecer em tais oportunidades, confunde seus desejos com a realidade. O quadro que se repete agora é bem conhecido de quem participou da batalha de 2006, na qual a blogosfera trouxe ao público informações ocultadas ou distorcidas pela velha mídia. Sendo mais do mesmo, dá um certo cansaço, mas também nos leva a agir, pois nos põe a pensar coisas como:

Tá na hora de caminhar pelas ruas do BomFim, comprar pão e pensar que a inteligência vai vencer as sombras e o ódio. De novo.

Isto é, tá na hora de usar argumentos e a razão, pois eles ocupam bem os espaços que a emoção do ódio ocupa tão mal. No quadro em tela, a histericagem é dizer que há alguma ameaça à democracia no ar, e o banho frio de realidade é colocar os pingos nos iis, avaliando a situação de maneira objetiva. É o que La Vieja Bruja fez, mais uma vez, com a competência que já mostrou em 2006. E antes. E depois. Eis seu texto, com meus comentários perturbando a leitura:
Há uma tênue e hipócrita linha separando o editorial de hoje [ontem] do Estado de São Paulo (“O desmanche da democracia”) da cobertura jornalística do “Manifesto pela democracia” (“Após ataques de Lula, juristas lançam ‘Manifesto em Defesa da Democracia’”), ato público realizado ontem, 22, em São Paulo, SP, por intelectuais, juristas, jornalistas e políticos tucanos.
Ainda bem.
Muito embora um “manifesto pela democracia” que condene o direito de um Presidente da República de expressar sua opinião acerca do comportamento da mídia esteja fadado à contradição – o que deve ser atacado é a verdade ou falsidade de suas opiniões, e não seu direito de as externar -, é ótimo que uma linha editorial qualquer assuma abertamente uma posição ideológica no debate público nacional.
La Bruja está nos fazendo ver o esdrúxulo, o contraditório nas ações, ou performativo, da manifestação do Estadão. O jornal louva uma manifestação que se diz pró-democracia. No entanto, e isto é oximorônico, o ato é contra a manifestação de uma opinião! Ora, isto é bizarro, pois qualquer liberal xumbrega, como eu, sabe muito bem que está ok atacar, isto é discutir, os argumentos apresentados, mas não se ataca a manifestação de uma opinião, ou argumento, por si só!

Ainda assim, apesar do bizarro da situação, para La Vieja é um ganho que o Estadão esteja abrindo sua posição ideológica - ainda que de maneira tímida, e, no fundo, ainda de dentro de um armário que não engana a mais ninguém, a não ser à velha mídia ela mesma, no seu armário (mas armários são assim mesmo)... Como o Lula sugere: é hora da imprensa assumir, de maneira categórica, que tem candidato e partido. Veja o vídeo.

A meu ver, isto não é suficiente. O Estadão e o resto da velha mídia ainda estão no armário, apesar de agora só se enganarem a si mesmos, já que todo o mundo já sabe que as organizações Globo, o Estadão e a Folha defendem o candidato Serra, e defendem os interesses do PSDB. É preciso que essa velha mídia saia do armário de maneira clara e explícita, para seu próprio bem, pois essa neurose é cansativa, tem seus tiques repetitivos, e virou mero autoengano. Chega. Basta. Digam claramente que defendem o Serra, e ganhem um pouco do nosso respeito.

Seja como for, o ponto de La Vieja é que o alinhamento do Estadão com uma posição política é um ganho, apesar do bizarro de ser uma posição política que se diz democrática, mas ataca uma manifestação política, ao invés do seu conteúdo veritativo. La Bruja continua:
Mesmo que falacioso – “(…) É claro que o que move o inventor da sua candidata à sucessão, Dilma Rousseff, é o medo de que a sequência de denúncias – todas elas com foros de verdade, tanto que já provocaram quatro demissões na Pasta, entre elas a da própria Erenice – impeça, na 25.ª hora, a eleição de Dilma no primeiro turno (…)” – e esperançosamente desesperado – “(…) Mas a tal ponto avançou o rolo compressor do liberticídio que diversos setores da sociedade resolveram se unir para dizer “alto lá”. Intelectuais, juristas, profissionais liberais, artistas, empresários e líderes comunitários – todos eles figuras de projeção – lançaram ontem em São Paulo um “manifesto em defesa da democracia”, que poderá ser o embrião de um movimento da cidadania contra o desmanche da democracia brasileira comandado por um presidente da República que acha que é tudo – até a opinião pública – e que tudo pode (…)” –, o editorial do Estadão assume, definitivamente, o discurso da candidatura oposicionista à sucessão presidencial, fato inédito nas mais recentes disputas eleitorais nacionais.
Com a paciência que é preciso ter ante a falácia, La Bruja mostra que os argumentos do Estadão são fracos. Muito fracos. Para o Estadão, a verdade de uma denúncia é medida pelas suas consequências. Ora, mas assim sendo, você prova a verdade de uma acusação falsa quando, por exemplo, você destroi a vida social de um pai de família inocente, acusando-o do estupro de uma criança, e assim fazendo-o mudar de emprego ou cidade, ou ser linchado. Se assim fosse, então a tortura seria um bom método de investigação, pois traz como consequência a confissão. Mas não é assim que se estabelece a verdade de uma denúncia. É preciso provas. Ou, ao menos, não é assim que as coisas devem ser feitas em Estados civilizados. Para não falar de Estados democráticos.

Ainda assim, esta falácia é comemorável, pois é louvável, por si só, que um jornal possa se alinhar a um partido oposicionista. Eu concordo. La Vieja continua:
Antes dessa revelação, os mais importates veículos impressos nacionais – o próprio Estadão, a Folha de São Paulo, o Globo, a Zero Hora, dentre outros –, bem como a mais importante rede de televisão – a Globo -, contentavam-se em repetir o velho, surrado e já senil mantra da imprensa nacional dita “livre”, segundo o qual toda crítica à liberdade de imprensa é, na melhor das hipóteses, uma desfaçatez, um mal-disfarçado ataque à democracia.
Graças, porém, ao amadurecimento de nossa democracia e de nosso republicanismo, que muito deve à garantia da liberdade de opinião sob a qual se vive no governo Lula, veículos de comunicação podem externar sua opinião sobre os rumos sucessórios às claras, bem ao contrário do que acontecia sob os anos de chumbo, quando alguns deles eram obrigados, por forças ocultas, a emprestar seus veículos – não os de comunicação, a bem da verdade – às patrulhas urbanas da força fascista que tripudiava sobre a democracia.
Hoje, no entanto, não há força oculta que proíba o Estadão de desqualificar um Presidente da República, a fim de rebater sua tese de que a imprensa tem apresentado denúncias sem provas. Furioso, corrupto, baixo, antidemocrático, cínico, autoritário e antiético foram os argumentos apresentados pelo Estado de São Paulo, numa tentativa surreal de vender à opinião pública a tese de que toda crítica à atuação da imprensa é uma crítica aos alicerces mesmos da democracia.
O ponto de La Vieja é que hoje, no governo Lula, e também nos governos imediatamente anteriores, temos a esplêndida situação na qual jornais podem falar o que quiserem do presidente, adjetivando à vontade. Isto é louvável, pois não era assim no passado da ditadura. A situação é tão aberta que os jornais podem, até mesmo, chamar a ditadura de "ditabranda", o que vai contra os fatos, mas ainda assim pode ser dito.

Sendo assim, temos que nos alegrar, pois vivemos em uma sociedade na qual os jornais são livres para se opor ao partido situacionista, ainda que usualmente tenham vergonha de admitir que são oposição. Nossa velha mídia é livre para se alinhar ao candidato oposicionista, ainda que não o assuma abertamente.

Mas, é claro, há algo que permanece bizarro: é louvável que vivamos em uma situação na qual temos ampla liberdade de imprensa, mas é reprovável, por ser oximorônico, que ao mesmo tempo se ataque pessoas por apresentarem opiniões e argumentos:
Ora, justamente ao contrário, desqualificar quem apresenta argumentos fundamentados é que é solapar a democracia. Embora não haja prova de que Erenice Guerra não tenha traficado influência a fim de beneficiar x ou y, também não há prova, além do testemunho de um suposto empresário – e convém ter em mente que, nesse caso, estamos tratando da palavra de uma pessoa contra outra -, de que tenha usado sua proximidade com Dilma Rousseff a fim de se locupletar, e muito menos de que a candidata petista à sucessão presidencial tenha sido sua cúmplice.
Portanto, sustentar que a imprensa tem apresentado denúncias sem provas não representa nenhuma ameaça à democracia, e muito menos seu “desmanche”.
O ponto é que muitos e muitos estão dizendo, desde antes de 2006, que a imprensa apresenta denúncias sem provas, e o faz, de maneira casuísta e oportunista, para beneficiar seus candidatos e partidos. E, muitas vezes, quem fez tais acusações apresentou as provas do que diz. Ora, sendo assim, é claro que tais críticos da imprensa não estão atacando a imprensa ou a liberdade de imprensa. O que se faz, em tais ditos, é argumentar em favor da tese da parcialidade da imprensa a partir de provas, e isso está ok. Cabe responder aos argumentos de tais críticos, não atacar suas pessoas, ou suas instituições. E cabe tratar argumentos como argumentos, não como ameaças às instituições, pois instituições sólidas e civilizadas têm como base nada mais, nada menos do que argumentos.

Quanto às denúncias vazias, isto é carentes de provas, elas são um problema. Primeiro, porque é abusivo tomar a consequência de uma denúncia vazia pela demonstração da sua verdade. Segundo, porque é perverso:
Como se prova inocência quando se é acusado de corrupção por uma única testemunha? Nao se prova. O ônus cabe a quem acusa e através dos caminhos competentes para tanto.
Resta a juristas, intelectuais, jornalistas, políticos tucanos e à mídia preocupada com a democracia, portanto, apresentarem provas suficientes do envolvimento de Dilma Rousseff no suposto tráfico de influência supostamente praticado por Erenice Guerra e familiares. E, mais ainda, apresentar provas suficientes do envolvimento da própria Erenice no referido esquema.
Pois é. Na boa, os tais intelectuais cansados e indignados deveriam refletir um pouco, dado que são... intelectuais! Que tal se indignarem com as denúncias vazias? Um bom motivo para isso é o fato delas não serem bem-vindas em sociedades civilizadas. E que tal se indignarem contra protestos contra manifestações de opiniões? Um bom motivo para isso é que o direito à opinião deve ser livre, estando aberto o direito, e por vezes o dever, de se mostrar que uma opinião é verdadeira, ou falsa.

Note que, se o direito à opinião é livre, então o direito à denúncia vazia é livre. No entanto, se uma denúncia vazia traz dano a alguém, como no caso do inocente acusado de estupro, então é preciso que o denunciante repare o dano, de maneira exemplar, pois isto é muito grave. E, obviamente, ainda que qualquer um possa apresentar qualquer denúncia vazia, daí não segue que qualquer um deve esperar que qualquer pessoa deva sofrer as consequências de quaisquer denúncias. Obviamente, em sociedades civilizadas, as pessoas e instituições só devem sofrer as consequências das denúncias sólidas, isto é das denúncias acompanhadas das provas suficientes e adequadas. E, de maneira igualmente óbvia, a credibilidade de um falante ou meio de comunicação é inversamente proporcional à quantidade de denúncias vazias apresentadas. Portanto, ainda que cada um possa denunciar vacuamente o quanto queira, desse tipo de comportamento segue a perda da credibilidade, não o contrário.
Enquanto tais provas não aparecem, a vantagem é toda do presidente Lula, pois afirmar que setores da mídia inventam estórias quando não apresentam provas de acusações que fazem é dizer a verdade.
Nada mais do que a verdade.
Pois é.
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Marcos Coimbra, do Vox Populi, judiando

Não há ninguém tão dependente da opinião do jornalista tucano quanto o político tucano. Parece que acorda de manhã ansioso para saber o que colunistas e comentaristas tucanos (ou que, simplesmente, não gostam de Lula e do governo) escreveram. Sabe-se lá o motivo, os tucanos da política acham que os tucanos da imprensa são ótimos analistas. São, provavelmente, os únicos que acham isso.
Na Carta Capital.
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A quem interessa uma Carta Capital invisível?

Enquanto o governo mete-se em mais uma guerra de informações com a Veja e seus veículos co-irmãos, nem uma palha foi mexida para se averiguar a história das Verônicas S. e D., metidas que estão numa cabeludíssima denúncia de quebra de sigilo bancário, justamente quando uma delas, a filha de Serra, posava de vítima de quebra de sigilo fiscal por funcionários da Receita acusados de estar a serviço da campanha de Dilma Rousseff. Nem o Ministério da Justiça, nem a Polícia Federal, nem a CGU, nem Banco Central tomaram qualquer providência a respeito. Nenhum líder governista no Congresso deu as caras para convocar os suspeitos de terem facilitado a vida das Verônicas – os tucanos Pedro Malan e Armínio Fraga, por exemplo. Nada, nada.

Então, quando me perguntam o porquê de não haver repercussão das matérias da CartaCapital na velha mídia, eu respondo com facilidade: é proibido. Ponto final. Agora, se me perguntarem por que o governo, aliás, sistematicamente acusado de ter na Carta um veículo de apoio servil, não faz nada para apurar a história da quebra de sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros, eu digo: não faço a menor idéia.
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Notícias, provas e campanhas

Baita texto do Marcos Rolim:
Mas em meio ao alarido nacional sobre a Receita – que retirou da pauta qualquer tema programático – eclodiu o escândalo da espionagem política no RS. Um dos operadores – que assessorava a governadora - está preso e o Ministério Público, tanto quanto se sabe, possui indícios comprometedores. Felizmente, o tema não foi até agora politizado pela oposição e não houve quem tivesse, de forma irresponsável, solicitado ao TRE a impugnação de qualquer candidatura.

Nos dois casos estamos lidando com práticas criminosas. Em ambos não há provas contra os governantes ou contra seus respectivos partidos. Tudo o que se disser, por enquanto, na tentativa de responsabilizar partidos ou candidatos é especulação; quando não tentativa ilegítima de auferir benefícios eleitorais. Pena que na disputa para a presidência, a maior parte da imprensa nacional e dos chamados “formadores de opinião” tenha resolvido fazer campanha, ao invés de cobri-la.
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Santa lógica!

O Idelber traz ao debate os abusos de argumentos falaciosos contra as pessoas oponentes, perpretados por alguns jornalistas famosos.

Caso pra sentir #vergonhalheia pelos carinhas, pois estão argumentando de maneira viciosa.

Fica feio para os jornalões, pois até têm revisores de português, mas deixam passar argumentos com erros grosseiros do ponto de vista da prática do bom debate.

Ou seja, nesses casos os jornalões até revisam a forma do texto, mas publicam um conteúdo que é pura meleca do ponto de vista lógico. Rico material para o estudo das falácias, tal como a falácia do argumento ad hominem.
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Talvez isso pudesse ser chamado de desinvestigação

Pois é, no Brasil só menores de 11 anos imaginariam que para fazer reportagem primeiro se busca evidências, para depois apresentar conclusões. Aqui é exatamente o contrário, nas redações dos grandes jornais, revistas e TVs:
Qualquer brasileiro minimamente informado já viu esse filme, como vê novamente com a história da vez, envolvendo a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. Não existe nenhuma preocupação com sutileza. Se o alvo é Lula, vão em cima de sua família e principais auxiliares. Se o alvo é Dilma, ninguém mais próxima no governo que a sua sucessora, com quem trabalhava diretamente antes de se candidatar à Presidência da República.
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Texto fundamental do Marcos Coimbra, presidente do Vox Populi

Abaixo, texto integral do Marcos Coimbra, presidente do Instituto Vox Populi. É leitura fundamental.
O fato novo
Marcos Coimbra

Quem, nas duas últimas semanas, leu os colunistas dos “grandes jornais” (os três maiores de São Paulo e Rio) deve ter notado a insistência com que falaram (ou deixaram implícito) que as eleições presidenciais não estavam definidas. Contrariando o que as pesquisas mostravam (a avassaladora dianteira de Dilma), fizeram quase um coro de que “nada era definitivo”, pois fatos novos poderiam alterar o cenário.

Talvez imaginassem (desconfiassem, soubessem) que uma “bomba” iria explodir. Tão poderosa que mudaria tudo. De favorita inconteste, Dilma (quem sabe?) desmoronaria, viraria poeira.

Veio o fato novo: o “escândalo da Receita”. Durante dias, foi a única manchete dos três jornais. É muito? Certamente que sim, mas é pouco, em comparação ao auxílio luxuoso da principal emissora de televisão do país. Fazia tempo que um evento do mundo político não ganhava tanto destaque em seus telejornais. Houve noites em que recebeu mais de 10 minutos de cobertura (com direito a ser tratado com o tom circunspecto que seus apresentadores dedicam aos “assuntos graves”).

Hoje, passados 15 dias de quando “estourou” o “escândalo”, as pesquisas mostram que seu impacto foi nulo. A “bomba” esperada pelos que torciam pelo fato novo virou um traque.

Por mais que os “grandes” jornais tenham se esforçado para fazer do “escândalo da Receita” um divisor de águas, ele acabou sendo nada. Tudo continuou igual: Dilma lá na frente, Serra lá atrás.

Tivemos, nesses dias, uma espécie de dueto: um dia, essa imprensa publicava alguma coisa; no outro, a comunicação da campanha de Serra a amplificava, dando-lhe “tom emocional”. No terceiro, mais um “fato” era divulgado, alimentando a campanha com um novo conteúdo. E assim por diante.

Um bom exemplo: o “lado humano” da filha de Serra ser alvo dos malfeitores por trás do “escândalo”. Noticiado ontem, virou discurso de campanha no dia seguinte, com direito a tom lacrimejante: “Estão fazendo com a filha do Serra o mesmo que fizeram com a filha do Lula”.

Há várias razões para que a opinião pública tenha tratado com indiferença o “escândalo”. A primeira é que ele, simplesmente, não atingiu a imensa maioria do eleitorado, por lhe faltarem os ingredientes necessários a se tornar interessante. O mais óbvio: o que, exatamente, estava sendo imputado a Dilma na história toda? Se, há mais de ano, alguém violou o sigilo tributário de Verônica Serra e de outras pessoas ligadas ao PSDB, o que a candidata do PT tem a ver com isso? É culpa dela? Foi a seu mando? Em que sua candidatura se beneficiou?

A segunda razão tem a ver, provavelmente, com a dificuldade de convencer as pessoas que o episódio comprove o “aparelhamento do estado pelo PT” ou, nas palavras do candidato tucano, a “instrumentalização” do governo pelo partido. Será que é isso mesmo que ele revela?

Se a Receita Federal fosse “aparelhada” ou “instrumentalizada”, por que alguém, a mando do PT (ou da campanha), precisaria recorrer a um estratagema tão tosco? Por que se utilizaria dos serviços de um despachante, mancomunado com funcionários desonestos? Não seria muito mais rápido e barato acessar diretamente os dados de quem quer que seja?

Não se discute aqui se alguém quis montar um dossiê anti-Serra ou se ele chegou a existir. Sobre isso, sabemos duas coisas: 1) é prática corrente na política brasileira (e mundial) a busca de informações sobre adversários, que muitas vezes ultrapassa os limites legais; 2) o tal dossiê nunca foi usado. As vicissitudes da candidatura Serra ao longo da eleição não têm nada a ver com qualquer dossiê.

O próprio “escândalo” mostra que a Receita Federal possui sistemas que permitem constatar falhas de segurança, rastrear onde ocorrem e identificar responsáveis. É possível que, às vezes, alguém consiga driblá-los. No caso em apreço, não.

No mundo perfeito, a Receita é inexpugnável, não existem erros médicos na saúde pública, todos os professores são competentes, não há guardas de trânsito que aceitam uma “cervejinha”. Na vida real, nada disso é uma certeza.

Todos esperam que o governo faça o que deve fazer no episódio (e em todas as situações do gênero): investigue as falhas e puna os responsáveis. Ir além, fazendo dele um “escândalo eleitoral”, é outra coisa, que não convence, pelo que parece, a ninguém.
Via iG.
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Liberdade de imprensa segundo o certeiro Brizola Neto

O privilégio de impressão dado pela nobreza e pelo clero, há cinco séculos, depois de evoluir para uma certa democratização com a pequena imprensa, que se multiplicava em pequenos jornais, no século 19 e começo do século 20, regrediu para a condição monopolista, à medida em que começaram a se formar os conglomerados de comunicação, nos últimos 50 anos.
No Tijolaço.
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Folha cai no boato do restaurante canibal

A Folha desistiu de fazer jornalismo, mesmo. Tanto que publicou uma reporcagem, como se fosse notícia investigada e verificada, sobre um boato sobre restaurante canibal no Brasil.

Daí o pessoal trabalhador do Opera mundi fez o trabalho de reportagem, mostrando que se trata de boato. E aproveitou para tripudiar a preguiça dos dublês de repórkers da Folha.

No que fez bem. Pois, vá lá, para os caipiras e desinformados da Europa, achar plausível que haja tal coisa por aqui. Mas fica mal para um jornal nacional.

Via Buzz do Idelber. Imagem daqui.
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Veja demite editor que critica fraude - os twits

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Às favas os fatos

Uma vez um amigo meu jornalista me disse que na Veja as matérias e o que elas devem dizer são pensadas na redação e que os repórteres têm que ir à rua para corroborá-las, mesmo que os fatos as contradigam. Achei que isso seria demais, quase uma versão jornalística do arroubo de Jarbas Passarinho ao aprovar o AI-5, quando disse “às favas os escrúpulos”. Na Veja, vigoraria algo como “às favas os fatos”.

Do Juremir Machado da Silva Brizola Neto.

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Revista Veja também fraudou citação do professor Mércio Gomes

- Frase atribuída a Mércio Gomes

Diante desse quadro, é preciso dar um basta imediato nos processos de demarcação“, como já advertiu há quatro anos o antropólogo Mércio Pereira Gomes, ex-presidente da Funai e professor da Universidade Federal Fluminense.

- Resposta de Mércio Gomes

Denego-lhe o falso direito jornalístico de atribuir a mim uma frase impronunciada e um sentido desvirtuante daquilo que penso sobre a questão indígena brasileira.

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Márcio Aith, da Veja para a campanha de Serra

A porta giratória que une a campanha de Serra às redações da Folha de São Paulo e da revista VEJA moveu-se mais uma vez: Márcio Aith, que, aspas para o jornal na coluna Painel, "vinha trabalhando na Folha como repórter especial" - e pouco antes fora editor-executivo de VEJA - agora passa a trabalhar diretamente na campanha demotucana, como coordenador de imprensa do candidato do conservadorismo brasileiro.

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Antropologia 101 para o povo da revista Veja

Em terceiro lugar, a revista parte do pressuposto inteiramente injustificado de que “ser índio” é algo que remete ao passado; algo que só se pode ou continuar (a duras penas) a ser, ou deixar de ser. A idéia de que uma coletividade possa voltar a ser índia é propriamente impensável pelos autores da matéria e seus mentores intelectuais. Mas como eu lembro em minha entrevista original deturpada por Veja, os bárbaros europeus da Idade Média voltaram a ser romanos e gregos ali pelo século XIV — só que isso se chamou “Renascimento” e não “farra de antropólogos oportunistas”. Como diz Marshall Sahlins, o antropólogo de onde tirei a analogia, alguns povos têm toda a sorte do mundo.

Do Eduardo Viveiros de Castro. O povo da Veja deveria agradecer pela aula. O cara é ocupado, e deveria estar gastando seu tempo cuidando de coisas importantes, ao invés de ficar dando aula pro pessoal de uma revista tosca como a Veja.

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O professor Eduardo Viveiros de Castro manda o pessoal da revista Veja estudar

Reitero que a revista fabricou descaradamente a declaração “Só é indio quem nasce, cresce e vive em um ambiente cultural original”. Se o leitor tiver o trabalho de ler na íntegra a entrevista reproduzida em Veja.com, verá que eu digo exatamente o contrário, a saber, que é impossível de um ponto de vista antropológico (ou qualquer outro) determinar condições necessárias para alguém (uma pessoa ou uma coletivdade) “ser índio”. A frase falsa de Veja põe em minha boca precisamente uma condição necessária, e, ademais, absurda. Em meu texto sustento, ao contrário e positivamente, que é perfeitamente possível especificar diversas condições suficientes para se assumir uma identidade indígena. Talvez os responsáveis pela matéria não conheçam a diferença entre condições necessárias e condições suficientes. Que voltem aos bancos da escola.

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O falsificante poder de síntese da revista Veja, por Eduardo Viveiros de Castro

Quanto à curiosa noção de que eu autorizei a revista, em particular, a “usar de maneira sintética” esse texto, observo que, além de isso “não condizer com a verdade”, certamente não é o caso que esse poder de síntese de que a Veja se acha imbuída inclua a atribuição de sentenças que não só se encontram no texto em questão, como são, ao contrário e justamente, contraditas cabalmente por ele. A matéria de Veja cita, entre aspas, duas frases que formam um argumento único, o qual jamais foi enunciado por mim.

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