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A "Cura" - 2

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A "Cura"


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Lavagem de dinheiro faz Itália vetar cartões no Vaticano





















Turistas não podem usar na Santa Sécartões de crédito e de débito


O Banco Central da Itália vetou o uso de cartões de crédito e débito no
Vaticano porque a instituição financeira da Santa Sé é suspeita de estar
sendo usada por alguns de seus correntistas para lavagem de dinheiro.
Entre eles estariam terroristas, traficantes e mafiosos.

Uma fonte do governo italiano disse
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O Papa me dá náuseas!!!



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Sem-religião são 3º maior grupo no mundo




Os muçulmanos são o segundo maior grupo após os cristãos e somam 43,5 milhões na Europa













De: BBC
O grupo dos que se declaram
ateus, agnósticos ou sem religião em todo o mundo só fica atrás daqueles
que se dizem cristãos e muçulmanos. Na média, 8 em cada 10 habitantes
do planeta se declaram religiosos.



Os dados são do primeiro relatório Global
Religious
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O fanatismo visto de perto

Entrevista com Carlos Alberto Di Franco, um dos numerários mais influentes e bem relacionados do Opus Dei 


Ligações poderosas

Carlos Alberto Di Franco dá formação cristã ao governador Geraldo Alckmin e treinou mais de 200 editores da imprensa

Carlos Alberto Di Franco, 60 anos, é um dos numerários mais influentes e bem relacionados do Opus Dei. Representante no Brasil da Escola de Comunicação da Universidade de Navarra e diretor do Master em Jornalismo, um programa de capacitação de editores que já formou mais de 200 cargos de chefias dos principais jornais do País, é citado no livro Opus Dei - Os Bastidores como o executor da política da Obra para a mídia do Brasil e na América Latina. Nos últimos anos, tem feito periodicamente uma preleção sobre valores cristãos na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes a convite do governador Geraldo Alckmin (confira matéria na página xx). O encontro, apelidado de 'Palestra do Morumbi', reúne um seleto grupo de empresários e profissionais do Direito, entre eles o vice-presidente da Fiesp, João Guilherme Ometo. Na sede do Master, em São Paulo, em cujos andares superiores funciona o centro da Obra onde vive, Di Franco deu a seguinte entrevista a Época.

ÉPOCA - A partir do final dos anos 80 a Universidade de Navarra, que é do Opus Dei, passou a dar cursos nas redações brasileiras. Como surgiu essa estratégia?
Carlos Alberto Di Franco - Vários professores de lá participaram de um seminário no Rio e chamaram atenção pela sua visão de Jornalismo. Esse foi o início de um trabalho não de universidade, mas de consultoria de alguns profissionais que também são professores em Navarra. Mais recentemente Navarra montou uma empresa de consultoria que atualmente está sendo reestruturada, e eu tenho uma empresa e contrato consultores de Navarra e também daqui.

ÉPOCA - O Master em Jornalismo é uma estratégia do Opus Dei para influenciar a imprensa brasileira e da América latina?

Di Franco - Absolutamente nada a ver. É um trabalho profissional meu. A única coincidência é que Carlos Alberto Di Franco é do Opus Dei. A imprensa tem suficiente discernimento e filtros próprios para se deixar submeter a qualquer coisa deste tipo.

ÉPOCA - O senhor é numerário do Opus Dei, é representante da Escola de Comunicação da Universidade de Navarra, que é do Opus Dei, o Master traz professores de Navarra que também são numerários, mas o senhor afirma que não há nenhuma estratégia do Opus Dei em influenciar a imprensa através de um curso de formação de editores?

Di Franco - Muitos professores de Navarra que vêm não são do Opus Dei. O Master é um programa técnico de capacitação de editores e não de Religião. O Master tem uma identidade cristã? Claro. Quando eu abro o Master, a primeira coisa que eu faço é dizer que o centro conta com serviço de capelania entregue à prelazia do Opus Dei. Isso implica numa série de serviços de atendimento espiritual para quem queira recebê-los. Deixo absolutamente claro o que acontece aqui. O prestígio do Master não depende do número de gotas de água benta, mas de sua qualificação profissional.

ÉPOCA - Quantos professores tem o Master e, destes, quantos são do Opus Dei?

Di Franco - Onze fixos, seis são da Obra.

ÉPOCA - São Escrivá disse que era preciso embrulhar o mundo em papel-jornal...
Di Franco - Qualquer pessoa que pense dois minutos percebe que os meios de comunicação são um poderoso facho para o bem e para o mal. Essa preocupação de evangelização tendo em conta os meios de comunicação social é legítima. Mas você poderá difundir a mensagem cristã não com água benta e nem metendo-se a montar estruturas piegas, mas atuando na sua atividade profissional. Estou convicto de que se o mundo tiver mais cristãos ou gente comprometida com sua fé será um lugar melhor.

ÉPOCA - O senhor publicou um artigo no jornal O Estado de S.Paulo criticando o Código da Vinci, um livro de ficção que mostra o Opus Dei como uma seita capaz de assassinar para alcançar seus objetivos. O senhor assina como jornalista e professor de ética. O senhor não acha que deveria ter informado ao leitor que é um numerário?

Di Franco - Não, porque não acrescenta nada. Na mídia todo mundo sabe.

ÉPOCA - O senhor acredita que todos os leitores do jornal sabem?
Di Franco - Todos os leitores não, mas eu não sei o que ser membro do Opus Dei acrescenta ao meu currículo. O que eu fiz foi uma análise do Dan Brown mostrando a sua desonestidade intelectual que qualquer jornalista poderia fazer, budista ou ateu.

ÉPOCA - Poderia. Mas o senhor não acha que a informação de que quem criticava um livro contra o Opus Dei era alguém do Opus Dei teria sido relevante para o leitor?

Di Franco - Eu fiz uma crítica técnica e não movida por razões religiosas.

ÉPOCA - Como começaram as 'palestras do Morumbi', que acontecem na última quarta-feira do mês, no Palácio, com o governador Geraldo Alckmin e um grupo de empresários e profissionais do Direito?
Di Franco - Não é uma reunião regular, depende das agendas. O governador é cristão, muito católico. Nesta reunião tratamos temas relacionados a práticas ou virtudes cristãs.

ÉPOCA - De quem partiu essa idéia?
Di Franco - Nasceu de uma conversa do governador com um sacerdote da Obra com quem ele tem direção espiritual periódica.

ÉPOCA - O Padre (José) Teixeira, confessor do governador?
Di Franco - Isso, o Padre Teixeira. Aí eu e o governador conversamos sobre a melhor maneira de fazer e sobre quem participaria. O grupo é formado por amigos comuns, todos católicos. Eu sou o palestrante. Uma coisa rápida, meia-hora, um cafezinho. A última foi em agosto ou setembro. Depois teríamos outra, mas eu não pude. Agora ele entrou em campanha. Acredito que no final de janeiro combinaremos a próxima.

ÉPOCA - Essas palestras são pagas?
Di Franco - Não é um trabalho profissional, é uma atividade de formação cristã.

ÉPOCA - O senhor não acha que a proibição de ir ao cinema, teatro ou estádio de futebol conflitua com seu trabalho de jornalista?
Di Franco - Para mim nunca foi problema. Não é que não pode, a expressão está mal colocada. Não vai ao cinema porque não quer ir ao cinema. Os numerários vivem, voluntariamente, uma série de abstenções em função de sua entrega como numerários.

ÉPOCA - Como o senhor faz com o cilício?
Di Franco - O cilício é uma mortificação corporal ultratradicional na Igreja. Se você falar com qualquer pessoa que viva o cristianismo é a coisa mais corriqueira e comum.

ÉPOCA - O senhor usa, duas horas por dia?

Di Franco - Sim, como qualquer numerário.

ÉPOCA - Quando o senhor está com o cilício se concentra no sofrimento de Cristo?
Di Franco - Essa pequena mortificação você oferece por várias intenções. A partir de hoje vou oferecer para você.

ÉPOCA - Não é necessário.
Di Franco - Como colega. O incômodo se oferece.

ÉPOCA - É muito difícil o celibato?
Di Franco - Qualquer pessoa tem desejo, é normal. Eu sinto atração pelas mulheres, claro que sinto, sobretudo pelas bonitas.

ÉPOCA - O senhor é virgem?
Di Franco - Você está entrando em território perigoso. Mas sou, se quer saber sou.
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A raiz de todo mal


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MPF em SP pede retirada da frase "Deus seja louvado" das notas de reais

Procuradoria pediu à Justiça que termine à União a retirada da expressão.
Ação pede prazo de 120 dias para que notas sejam impressas sem frase.
Do G1, em São Paulo

A Procuradoria da República no Estado de São Paulo pediu à Justiça Federal que determine a retirada da expressão “Deus seja louvado” das cédulas de reais.

A ação pede, em caráter liminar, que seja concedido à União o prazo de 120 dias para que as cédulas comecem a ser impressas sem a frase, anunciou nesta segunda-feira (12) a procuradoria. Dessa forma, a medida não gerará gastos aos cofres públicos, diz o Ministério Público Federal em São Paulo.

“O Estado brasileiro é laico e, portanto, deve estar completamente desvinculado de qualquer manifestação religiosa”, cita a procuradoria, como um dos principais argumentos da ação.

Uma das teses da ação é que a frase “Deus seja louvado” privilegia uma religião em detrimento das outras. Como argumento, o texto cita princípios como o da igualdade e o da não exclusão das minorias.

O procurador regional dos Direitos do Cidadão, Jefferson Aparecido Dias, reconhece que a maioria da população segue religiões de origem cristã (católicos e evangélicos), mas lembra que o país é um Estado laico. “Imaginemos a cédula de real com as seguintes expressões: 'Alá seja louvado', 'Buda seja louvado', 'Salve Oxossi', 'Salve Lord Ganesha', 'Deus Não existe'”, argumenta.

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Cruzes!

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• Salvador

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Evangelicorruralistas

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• Beatificada

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Asmaa Mahfouz e a revolta no Egito




Asmaa Mahfouz, uma jovem egípcia cujo blog video chamando à mobilização teve um enorme sucesso, é considerada como uma das vozes que desencadeou a revolta. [Em inglês. Fonte: Nouvelobs.com via Observatório da Mulher]
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SERRA E AS “MENININHAS BONITAS”

Laerte Braga


O desespero do candidato José FHC Serra diante dos números revelados pelos quatro maiores institutos do País em suas pesquisas sobre intenção de votos do eleitorado, somado a absoluta falta de princípios, programa e respeito pelo ser humano, que são características tucanas, foram as razões do pedido alucinado e degradante que José FHC Serra fez às “menininhas bonitas”.

Que cada uma delas mande um mail a quinze de seus pretendentes e peça o voto para ele sugerindo que aquele que assim o fizer terá mais chances.

Como entregar a presidência de um País como o Brasil, com dimensões continentais, em franco processo de crescimento, hoje potência mundial a um político com essa visão, se é que isso é visão?

É claro que o candidato tucano não imagina transformar o Brasil num imenso bordel, mas é óbvio que isso, se acontecer, não faz a menor diferença para ele.

Importante são os “negócios”. Mais que a ambição desmedida de ser presidente a qualquer custo, José FHC Serra segue a máxima de Paulo Maluf (a quem supera). Investir na conquista de um mandato, ainda mais o de presidente, representa quadruplicar o capital em quatro anos.

José FHC Serra fez esse pedido em Uberlândia, uma das mais prósperas cidades do estado de Minas Gerais (o de Aécio Neves e Itamar Franco), num comício onde a maior parte do público chegou de ônibus, foi recrutada em Belo Horizonte e recebeu em média 25 reais pela viagem, além das despesas de alimentação.

Como ficam Aécio Neves e Itamar Franco nessa história?

Não ficam, caiaram de quatro.

O ex-governador de Minas e agora senador eleito, sugeriu em meados de 2009 que o candidato do PSDB à presidência deveria ser escolhido em prévia interna e colocou seu nome. A candidatura de José FHC Serra está colocada desde o dia seguinte ao da eleição de 2002, quando foi derrotado por Luís Inácio Lula da Silva. Em 2006, prefeito de São Paulo, pré-candidato a presidência, percebeu que seria derrotado na convenção pelo então governador paulista Geraldo Alckimin. Renunciou à Prefeitura para candidatar-se a governador, desistindo da presidência.

A derrota de Alckimin fez renascer a candidatura José FHC Serra para 2010. Aécio era um empecilho desde o dia que rompendo o domínio paulista sobre o partido – PSDB – elegeu-se presidente da Câmara dos Deputados derrotando Inocêncio Oliveira, candidato do então presidente Fernando Henrique.

Em sua trajetória em direção à candidatura presidencial o mineiro elegeu-se e reelegeu-se governador do seu estado.

Construiu uma base política que lhe valeu agora, em 2010, uma esmagadora vitória para o Senado. De quebra arrastou o senador da segunda vaga, o patético ex-presidente (pensa que foi) Itamar Franco – na cidade de Itamar Franco, mais de 120 mil eleitores não votaram para senador, a cidade tem 330 mil eleitores). Teria sido mais negócio ter sido prefeito de Aracaju. Cama, comida e roupa lavada e passada, para chilique das “itamaretes”.

Nos meses que antecederam a escolha de José FHC Serra como candidato tucano em aliança com o DEM e a empresa PPS (o sócio majoritário é Roberto Freire), o ex-governador de São Paulo viu-se às voltas com situação semelhante à de 2006. Aécio ia comendo as bases tucanas pelas beiradas, José FHC Serra corria o risco de ser suplantado nas prévias e na convenção partidária pelo governador de Minas.

No velho estilo mafioso montou um dossiê contra Aécio Neves e enviou um recado claro ao seu adversário. O fez através do jornalista Juca Khfoury, seu amigo pessoal, na coluna do mesmo. Segundo Kfhoury, o ex-governador de Minas descontrolado deu um tapa em sua namorada num evento num hotel no Rio de Janeiro. Em comentários sobre a nota o jornalista sugere semelhanças entre Collor de Mello e Aécio Neves e deixa no ar a acusação que Aécio é usuário de drogas.

Aécio acusa o golpe, desmente a notícia, mas desiste de sua candidatura. Monta um dossiê contra José FHC Serra, onde, por exemplo, aponta as ligações de sua filha com o banqueiro Daniel Dantas e vários episódios de corrupção.

Renuncia ao governo de Minas para concorrer ao Senado, viaja para a Europa. mas antes declara que o seu primeiro compromisso é com “Minas e os mineiros”.

Retorna e ignora os apelos de José FHC Serra e do comando tucano para vir a ser o companheiro de chapa do presidenciável. Num dado momento, como José FHC Serra, na tentativa de seduzi-lo afirma que seria a salvação da chapa, declara –“se sou o salvador eu deveria ser o candidato a presidente” –.

Lança seu vice-governador Antônio Anastasia como candidato ao governo, declara apoio a Itamar Franco na segunda vaga para o Senado e vence as eleições em Minas, mas Dilma Roussef derrota José FHC Serra na composição chamada de DILMASIA. Mistura de Dilma com Anastasia, abertamente apoiada por Aécio.

Itamar Franco emerge dos escombros do cemitério de políticos e sai candidato ao Senado fiando-se no apoio de Aécio. É uma espécie de troca. Quando governador Itamar deu toda força a candidatura de Aécio já que não conseguiu ser indicado por seu partido de então, o PMDB, para disputar a reeleição.

A essa altura pela terceira ou quarta vez muda de partido e agora integra os quadros da empresa PPS, propriedade de Roberto Freire. Chegou a ter seu nome lembrado para a vice de José FHC Serra. Foi descartado, pois traria a lembrança que foi vice de Collor de Mello, no antigo PRN.

Por duas vezes José FHC Serra deixou de visitar Juiz de Fora (700 mil habitantes, duas horas do Rio, três de BH e seis de São Paulo, cidade pólo de boa parte da Zona da Mata mineira), sabedor que Itamar embora publicamente não o fizesse era hostil à sua candidatura.

Em seu twitter, em plena disputa entre José FHC Serra e Aécio pela indicação presidencial, Itamar faz critica direta ao ex-governador paulista por ter se apropriado da paternidade dos medicamentos genéricos, quando, de fato, foi o ministro Jamil Haddad quem teve a iniciativa. Registra a data inclusive, cinco de abril de 1993.

Critica FHC por ter se apropriado do Plano Real, idealizado e implantado a partir de seu governo, FHC era Ministro da Fazenda.

Terminado o primeiro turno das eleições Aécio e Itamar cujo compromisso de “Minas e os mineiros” foi reiterado em palanque diversas vezes, se atiram aos braços de José FHC Serra, caem de quatro e o compromisso com Minas e os mineiros vai para o espaço.

Na prática, servem Minas em bandeja de prata ao tucano.

Não foi por acaso que em Uberlândia, importante centro do agro-negócio, sede de uma Universidade Federal, uma das maiores cidades mineiras, que José FHC Serra conclamou as “menininhas bonitas” a se permitirem a concessões em troca de apoio a ele José FHC Serra.

Ato de desespero, de falta de respeito, de cinismo e dito num local onde os dois políticos vencedores das eleições no primeiro turno, Aécio e Itamar, mostraram absoluta falta de dignidade nas palavras e atos ditos e feitos no primeiro turno.

Fica claro que se merecem.

E claro também que ninguém joga Minas no lixo e trai os mineiros de forma impune.

Nem as “menininhas bonitas” de Minas e de qualquer outro estado do Brasil, se prestarão a esse papel sugerido por um político que almeja ser presidente da República.

Essa frase, esse pedido, essa sugestão, é a síntese do caráter de José FHC Serra. Deve ter sido abençoado por D. Luís Gonzaga Bergonzini e pela OPUS DEI, com a contribuição do pastor Malafia.                 

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AS DECLARAÇÕES DO PAPA BENTO XVI

Laerte Braga


O jornal O DIA, edição de hoje, 29 de outubro, reproduz declaração do candidato José FHC Serra pedindo a cada “menininha bonita” que consiga votos para ele declarando que quem votar no 45 “terá mais chances”.

E distribui com as bênçãos de D. Luís Gonzaga Bergozini, santinho com a estampa de Cristo de um lado e um recado dele José FHC Serra de outro lado.

E depois, com a cara mais cínica do mundo condenada o aborto e a prostituição.

Barack Obama sofreu o diabo na campanha eleitoral de 2008 nos Estados Unidos. As elites políticas e econômicas do país, ligadas aos Republicanos, não admitiam a vitória de um negro nas eleições presidenciais e toda a sorte de boatos, calúnias, infâmias foram dirigidos contra Obama.

Num dado momento os adversários de Obama recorreram ao tema religião. Espalharam a notícia que o candidato democrata, se eleito, transformaria os EUA numa república islâmica como o Irã, ou num país devastado como o Quênia.

Aborto foi um dos temas polêmicos da campanha nos Estados Unidos.

Há alguns anos atrás era impensável que manifestações públicas contrárias a um papa acontecessem num país de maioria católica. Mas aconteceram e na França. As acusações feitas ao término da Segunda Grande Guerra de conivência do papa Pio XII com o governo fascista de Benito Mussolini e depois com Hitler (que ocupou a Itália e transformou Mussolini num fantoche) custaram a ser aceitas e partiram de figuras de prestígio mundial, caso do pensador Jean Paul Sartre.

A história, implacável, provou ao longo desses anos que Pio XII fez um acordo com o governo nazista de Hitler para proteger bens (estou escrevendo bens e não pessoas) da Igreja Católica Apostólica Romana. A integridade territorial do Vaticano.

À época muitos padres e bispos não aceitaram e nem concordaram com as políticas do papa e foram decisivos na proteção de pessoas (judeus principalmente) perseguidas pelo nazismo.

Anos depois a Igreja reconheceu o erro e desculpou-se publicamente.

Os cardeais mantêm até hoje o precioso segredo que Pio XII vivia maritalmente com sua governanta. Era a pessoa mais poderosa do Vaticano. Nos momentos que antecederam a morte do papa, 1958, ela proibiu, pessoalmente, que qualquer dignatário da Igreja entrasse nos aposentos onde Pio XII agonizava. Chegou a bater a porta na cara de um cardeal.

A hipocrisia é marca registrada de vários setores da Igreja Católica Romana. O que se assiste desde a morte de João Paulo I é a desconstrução da Igreja como instituição voltada para princípios éticos que digam respeito ao ser humano. Nos papados de João Paulo II e agora Bento XVI, esse cinismo é a marca registrada. Recheado de marketing.

Todos os avanços obtidos e conquistados com João XXIII e Paulo VI estão sendo ou revistos, ou simplesmente banidos.

Dois dirigentes do banco do Vaticano já tiveram suas prisões decretadas por fraudes bancárias, um deles o cardeal Marcinkus, principal conselheiro de João Paulo II.

Os escândalos de pedofilia têm sido abafados com indenizações pagas às vítimas e suas famílias e permanecem intocados, como continuam a acontecer.

Arquidioceses como a de New York, uma das mais ricas do mundo, pagou milhões de dólares para esconder crimes dessa natureza.

Os protestos na França partiram de católicos. Aconteceram neste ano durante a visita de Bento XVI.

Bastaram dois papas, João Paulo II e o atual, para que a Igreja, por sua cúpula, iniciasse um caminho de regresso a era das trevas.

A Inquisição hoje tem outro nome. O poder na Igreja Católica é exercido por um grupo mafioso, a OPUS DEI.

O ex-senador Nelson Carneiro, já falecido, lutou anos a fio para aprovar a lei do divórcio no Brasil e seu sucesso eleitoral em dois estados, Bahia e Rio de Janeiro, se devia à percepção dos eleitores do significado do divórcio.

Permitia, principalmente a mulheres, romper relações que não passavam de prisões disfarçadas em sacramento para a eternidade, numa sociedade machista por excelência. Assassinos acusados de matar suas mulheres por “traição” ou suposta “traição” eram absolvidos escoimados na máxima de “lavar a honra pessoal atingida por um ato imoral”.

Na campanha eleitoral de 1950 o vice-presidente da República era eleito em votação distinta da feita para a escolha do presidente. João Café Filho, defensor do divórcio, sofreu uma sórdida campanha de difamação por conta disso, chegou a ser excomungado.

Getúlio Vargas foi eleito presidente e Café Filho eleito vice, mais tarde presidente com a morte de Getúlio.

Milhões de brasileiros e brasileiras divorciados ganharam a oportunidade de refazer suas vidas a partir da lei proposta por Nelson Carneiro e esses milhões de divorciados são até hoje proibidos de entrar em igrejas católicas e receber sacramentos como a comunhão.

A maioria não deixou de ser católica por um simples fato. A Igreja Católica é que deixou de ser pastora de almas e virou empresa nos dois últimos papados e empresa aliada aos setores de ultra-direita em todo o mundo. Finge que não vê, sabe que boa parte dos fiéis que confessam e comungam são divorciados e o fazem movidos pela fé e não pelo arbítrio de bispos criminosos como D. Luís Gonzaga Bergonzini. Responsável por documentos inverídicos contra a candidata Dilma Roussef.

A totalidade das religiões fundadas no Cristianismo condena o aborto.

É simples entender isso, o direito à vida é fundamental. Quem conhece o “manifesto dos não nascidos” do escritor Aníbal Machado, vê-se ou viu-se diante de um documento irrespondível. Pungente.

A vida como dom maior conferido a cada um dos seres que habitam o planeta.

E o livre arbítrio – expressão comum a espíritas – ou seja, o direito de escolha. Que, lógico, tem a contrapartida, a responsabilidade pelas conseqüências.

É lícito que a Igreja Católica condene o aborto, que as igrejas cristãs o façam. Não há nada de errado nisso.

Descriminalizar o aborto é um ponto de vista que foi transformado em decreto pelo candidato José FHC Serra quando ministro da Saúde. O estar errado ou estar certo é questão de interpretação de cada um.

João Paulo II pediu às mulheres muçulmanas que foram estupradas na guerra da Bósnia, antiga Iugoslávia, que tivessem os filhos, as que engravidaram por conta dos estupros, lógico.

É uma decisão que devia caber a cada mulher vítima desse tipo de violência. Não está na gravidez em si, está na própria pessoa, sua vida, os desafios que lhe são impostos. Nem tem o papa, qualquer um, o direito de pedir semelhante sacrifício. É uma questão de consciência do ser. Não vai transformar as que abortaram fetos nessa condição em mulheres destituídas de caráter, pelo contrário. Imagino a dor que sentiram no estupro e no aborto.

A descriminalização do aborto não significa a liberação do aborto, como acontece em alguns estados dos EUA. É o direito da mulher estuprada que engravida, ou dos casos de gravidez de risco – para a mulher ou o feto – optarem por ter ou não o filho.

Mônica Serra, mulher de José FHC Serra fez um aborto quando estava no exílio. Ao final do primeiro turno usou o tema, aborto, para criticar Dilma Roussef. Não olhou para si, apenas para os interesses que a norteiam como mulher de um candidato a presidente da República.

Foi um ato de hipocrisia. Façam o que eu falo e não o que faço.

De falta de princípios, dignidade, meramente eleitoral.

Um dos grandes “negócios” no Brasil são as clínicas clandestinas de aborto. Causam milhares de mortes por ano e as estatísticas oficiais ignoram, pois não há registro dessas mortes, pelo menos pela causa geradora.

É difícil acreditar que mulheres tenham o aborto como meta em suas vidas. Não tem sentido. Há meses foi preso um médico dono de uma clínica de fertilização, onde milhares de mulheres foram buscar formas de engravidar, de ter um filho. A prisão do médico se deu por abuso contra as pacientes.

Um dos “negócios” mais prósperos nos Estados Unidos hoje é a da adoção. Máfias especializadas nisso seqüestram crianças em países da América Latina, África e Ásia e vendem, simplesmente vendem, a casais impossibilitados de terem filhos e ávidos por terem filhos.

Pagam fortunas para ter filhos.

Famílias normais, de cidadãos cumpridores dos seus deveres, íntegros, no afã de ter um filho, uma completude, arriscam-se a um “negócio” criminoso para ter exatamente esse filho.

Não existe quem de sã consciência entenda o aborto como algo natural, direito inalienável das pessoas.

Natural e inalienável é o direito à vida. É absoluto.

Mas traz em si a contradição de uma sociedade, em qualquer parte do mundo, violenta, dominada por um modelo bárbaro, cruel de competição, que transforma o ser humano em robô, em número, em parte de estatísticas e cria uma realidade dolorosa e lamentável para esse ser.

Há uma descaracterização do ser como humano. Transformou-se a vida num espetáculo, onde o importante é o sucesso e nada mais, não importa que o sucesso seja um crime bárbaro, ou um programa de televisão como o Big Brother (existe em vários países do mundo), onde a prostituição é estimulada como fator de hei de vencer.

O que se está perdendo é a sensibilidade de cada ser humano. Tanto pelos grandes bolsões de miséria (que diminuíram acentuadamente no Brasil nos últimos oito anos), como pela natureza orgíaca da sociedade vendida a cada dia pelos meios de comunicação privados.

Seja o sabão que lava mais branco, seja o perfume roubado à natureza, seja a mulher Melancia, ou a Melão, nos escândalos protagonizados por famosos, uma enormidade de situações assim.

A revolução feminista, considerada por Celso Furtado “a mais importante do século XX”, leva os donos desse modelo a tentar transformar a mulher num objeto. A aparente liberdade e a realidade torná-las, as mulheres, prisioneiras de outra “liberdade”.

Isso é preconceito. Nada além de preconceito.

Não reconheço em Bento XVI o direito de achar o que deve e o que não deve. A Igreja Católica Apostólica Romana, por conta de João Paulo II e dele Bento XVI marcha de volta para a Idade Média. Esconde suas vergonhas com milhões de dólares.

Ignora a realidade de fiéis, de seguidores, que preferem, como ouvi outro dia, seguir a Cristo lato senso, a ouvir um papa com passado nazista.

As declarações de Bento XVI são uma descarada intervenção de um chefe de Estado estrangeiro, ele o é, o Vaticano é um Estado, em negócios internos de um País cujo povo em sua maioria é católico, onde a religiosidade permeia a quase todos os brasileiros, mas aonde a Igreja, com exceções evidente, vai se transformando num instrumento de mentiras, opressão e terror.

Não por condenar o aborto, mas por tentar moldar um modelo político, econômico e social de desigualdades, violência, de desumanização do ser, mergulhada em jogos sórdidos de bispos como o de Guarulhos. Ou o arcebispo de João Pessoa.

A batina, como símbolo, já não se usa hoje mais, representava a certeza da dignidade.

Hoje? Nem tanto.

Traz consigo o cheiro da pedofilia, da hipocrisia, dos negócios, das perseguições a sacerdotes que não aceitam esse cinismo e fico a pensar se figuras acima do bem e do mal como D. Hélder Câmara, como Chico Xavier, dedicados à vida, teriam espaço nos tempos que vivemos.

O papa desrespeita o Brasil e desrespeita católicos com suas declarações. Deve ser por esse tipo de atitude que a cada dia diminui o número de seguidores de Roma e aumenta o dos que buscam professar sua fé – sem juízo de mérito – noutras religiões ou seitas.

Não vamos eleger um chefe religioso para o Brasil. Vamos eleger o presidente de todos os brasileiros para os próximos quatro anos e o papel desse presidente, como disse o atual governante brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva, “somos um estado laico”.

Por que? Laico não significa ser sem Deus, mas que abraça a todos os que crêem em Deus, praticam e vivem sua fé no respeito à fé alheia, ou até na ausência de fé.

Isso é liberdade e como escrevi acima, cada qual tem o direito de escolher o seu caminho.

Os milhões e as milhões de divorciados e divorciadas, as milhares que se viram na contingência de um aborto.

Como Mônica Serra.

O que não pode é transformar a hipocrisia em bandeira eleitoral.

Não ouvi, não li Bento XVI protestar contra a execução de uma prisioneira, há um mês, no corredor da morte num estado norte-americano e dada pelos médicos como “retardada mental”.

É que o dinheiro vem de lá.
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O caluniador, figura da barbárie

Por Por Juarez Guimarães na Carta Capital

De todas as eleições presidenciais realizadas após a redemocratização, esta é certamente aquela que a calúnia cumpre um papel mais central na definição do voto. Ela foi utilizada em um momento decisivo por Collor contra Lula, compareceu sempre todas as vezes nas quais Lula foi candidato mas agora ela mudou de intensidade e abrangência, tornou-se multiforme e onipresente.

A calúnia foi ao centro da nossa vida democrática. A senhora ao lado no ônibus me diz que recebeu a informação que Dilma desafiou Jesus Cristo em um comício realizado na Praça da Estação, em Belo Horizonte. O motorista de táxi conta que um médico lhe assegurou que um outro médico, seu amigo, diagnosticou gonorréia em Dilma.

Um e-mail recebido traz documento do TSE impugnando a candidatura de Dilma por ter “ficha suja”. Um aluno me diz ter recebido carta em casa da Regional 1 da CNBB, contendo mensagem para não votar em Dilma por ser contra a vida. Um comerciante na papelaria me diz que “não vota em bandida”. Após divulgar o resultado da primeira pesquisa Sensus/CNT para o segundo turno, o sociólogo Ricardo Guedes, afirmou que “nessa eleição, principalmente no final do primeiro turno, temos um fenômeno sociológico de natureza cultural de desconstrução de imagem. O processo de difamação, até certo ponto, pegou.” Quem conhece alguém que não recebeu uma calúnia contra Dilma ?

Houve uma mudança nos meios: a internet permite o anonimato e a profusão da calúnia. A Igreja brasileira, sob a pressão de mais de duas décadas de Ratzinger, tornou-se mais conservadora na sua cúpula e mobiliza hoje uma mensagem de ultra-direita, como não se via desde 1964. A mídia empresarial brasileira, já se sabia, vinha trilhando o seu caminho de partidarização e difamação pública, no qual até o direito de resposta tornou-se um crime contra a liberdade de expressão. Mas tudo isso não havia encontrado ainda o seu ponto de fusão: agora, sim.

O que está ocorrendo aos nossos olhos não pode ser banalizado. O caluniador é uma figura da barbárie, o sinistro que mobiliza o submundo dos preconceitos, dos ódios e dos fanatismos. A calúnia traz a violência para o centro da cena pública, pronunciando a morte pública de uma pessoa, sem direito à defesa. Perante a calúnia não há diálogo, direitos ou tribunais isentos. Na dúvida, contra o “réu”: a suspeição atirada sobre ele, visa torná-lo impotente pois já, de partida, a humanidade lhe foi negada.

Mas quem é o caluniador, essa figura de mil caras e rosto nenhum? É preciso dizer alto e bom som, em público, o seu nome, antes que seja tarde: o nome do caluniador é hoje a candidatura José Serra! Friso a candidatura porque não quero exatamente negar a humanidade de quem calunia. É o que fez, com a coragem que lhe é própria, a companheira Dilma Roussef no primeiro debate do segundo turno, apontando o nome de uma caluniadora – a mulher de Serra – e chamando o próprio de o “homem das mil caras”.

Dia a dia, de forma crescente e orquestrada, a calúnia foi indo ao centro de sua campanha, de sua mensagem, de sua fala, de sua identidade proclamada, de seus aliados midiáticos, de parceiros fanáticos (TFP) ou escabrosos (nazistas de Brasília), de sua estratégia eleitoral e de seu cálculo. “Homem do bem” contra a “candidata do mal”? Homem de uma “palavra só” contra a “mulher de duas caras”? Político “ficha limpa” contra a “candidata ficha suja”? Protetor dos fetos e dos ofendidos (como mostra a imagem na TV) contra aquela que “assassina criancinhas”, como disse publicamente sua mulher? Homem público contra a “mulher das sombras”?

O que está se passando mesmo aqui e agora na jovem democracia brasileira? Que arco é este que vai da TFP a Caetano Veloso, quem , quase em uníssomo ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, chamou o presidente Lula de analfabeto e ignorante já no início deste ano? Afinal, que cruzada é esta e qual a sua força?

O que está ocorrendo aqui e agora é uma aliança dirigida por um liberal conservador com o fanático religioso e com o proto-fascista. Cada uma dessas figuras – que sustentam o lugar comum da calúnia – precisa ser entendida em sua própria identidade e voz. A democracia brasileira ainda é o lugar da razão, do sentimento e da dignidade do público: por isso, defender a candidatura Dilma Roussef é hoje assumir a causa que não pode ser perdida.

Liberalismo conservador: o criador e sua criatura – Nunca como agora em que esconde ou quase não mostra a imagem de Fernando Henrique Cardoso, Serra foi tão criatura de seu mestre intelectual. É dele que vem o discurso e a narrativa que, ao mesmo tempo, dá a senha e liga toda a cruzada da direita brasileira.

A noção de que o PT e seu governo ameaçam a liberdade dos brasileiros pois instrumentalizam o Estado, fazem reviver a “República sindical”, formam gangues de corrupção e ameaçam a liberdade de expressão não deixa de ser uma evocação da vertente lacerdista da velha UDN. Mas certamente não é uma doutrina local.

A cartilha do liberal-conservador Fernando Henrique Cardoso é um autor chamado Isaiah Berlin, autor de um famoso ensaio “Dois conceitos de liberdade” e do livro “A traição da liberdade. Seis inimigos da liberdade humana”. Neste ensaio e neste livro, define-se a liberdade como “liberdade negativa”, isto é aquele espaço que não é regulado pelas leis ou pelo Estado contraposto à noção de “liberdade positiva”. Quanto menos Estado, mais liberdade; quanto mais Estado, menos liberdade. Ao confundir liberdade com autonomia, ao vincular liberdade aos ideais de justiça ou de interesse comum, republicanos, sociais-democratas, liberais cívicos e, é claro, socialistas, trairiam a própria idéia de liberdade.

É por este conceito e seus desdobramentos que Fernando Henrique mobiliza o clamor midiático contra o PT e o governo Lula. É este conceito que estrutura também o discurso de Serra, que acusa o governo Lula de ser proto-totalitário. É evidente que o conceito não é passado de forma iluminista: a mídia brasileira tornou-se uma verdadeira artista na criação das mediações de opinião, imagem e notícia que se centralizam, em última instância, neste conceito. Daí ele dialoga com o senso comum.

Seja dito em favor de Fernando Henrique Cardoso: é o lado mais sombrio de seu liberalismo que vem à tona agora, na cena agônica, quando o candidato que representa a sua herança ameaça perder pela última vez. Pois este liberalismo sempre foi de viés cosmopolita, atento em seu diálogo com os democratas norte-americanos e aos “filósofos da Terceira Via”, a certos direitos inscritos na pauta, como aqueles da liberdade sexual, do direito ao aborto legal, dos gays, dos negros, da vida cultural. Mas agora para fazer a ponte com o fanatismo religioso, ele resolveu descer aos infernos: nada sobrou de progressista na candidatura Serra, das ameaças à Bolívia à moral sexual de Ratzinger?

O liberal conservador não é o fanático religioso nem o proto-fascista, aquele que julga que a melhor maneira de dissuadir o adversário é simplesmente eliminá-lo. Mas dialoga com eles na causa comum de derrotar os “proto-totalitários” de esquerda”. Como disse bem, Jean Fabien Spitz, autor de “ O conceito de liberdade”, os ensaios de Berlin trazem o sentido e a tonalidade da época da “guerra fria”.

O fanático religioso: os frutos de Ratzinger – Se a social-democracia, o republicanismo e o socialismo são os inimigos de Berlin, a Modernidade em um sentido amplo é o inimigo central do ex-cardeal Ratzinger. O programa político- teológico que veio construindo a ferro e fogo nestas últimas três décadas é centrado na idéia que é preciso restaurar a dogmática da fé contra os efeitos dissolutivos da moral emancipadora, da racionalização científica e da secularização. Este discurso político, que se fecha no fundamentalismo religioso, como bem denunciou Leonardo Boff, é, na verdade, um discurso de poder, de recentramento do poder do Vaticano.

Neste programa, não é apenas a esquerda enquanto topografia política que é o inimigo mas principalmente o processo de emancipação das mulheres. Entre a “Eva pecadora” e a “Maria mãe de Deus” não há outra identidade possível às mulheres.

A dimensão fundamentalista desde discurso não reconhece o direito do pluralismo na política, nem mesmo na linha do “consenso sobreposto” proposto por John Rawls ( a possibilidade de convergências sobre direitos, partido de um pluralismo de fundamentos). Ou se concorda ou se é proscrito, ex-comungado ou desqualificado.

É essa idéia força, que veio ganhando terreno na hierarquia do clero brasileiro a partir das perseguições à Teologia da Libertação, que agora irrompe na política brasileira, difamando Dilma Roussef. A calúnia é conveniente ao fundamentalista religioso: nesta visão de mundo, não há luz e sombra, não há e não pode haver semi-tons: quando Serra proclamou que o “direito ao aborto no Brasil seria uma carnificina”, ele estava dando a senha para a campanha difamatória da direita católica e evangélica.

O proto-fascista e seus privilégios – Todo processo político e social de democratização e de inclusão tão amplo como o que está se vivendo no Brasil provoca reações de resistência e regressão política à sua volta. Mas este também não é um fenômeno apenas brasileiro: observa-se à volta de nós fenômenos e operações muito típicas daquelas que estão sendo promovidas pela direita republicana norte-americana contra Obama ou que percorrem quase todo o continente europeu em torno ao tema dos imigrantes.

O proto-fascista brasileira não veste camisa preta nem usa suástica no braço ( embora, é claro, ninguém duvide, redes simbolicamente ostensivas estão em ação), nem precisa ser sociologicamente configurado como “lumpen proletariado” ou “pequeno burguesia vacilante”, para lembrar as figuras de uma linguagem simplificadora. O proto-fascista brasileiro é aquele que não quer receber em sua casa comum – a democracia brasileira – estes que não que reconhecem mais o seu antigo lugar, os pobres e os negros.

Há uma violência inaudita no ato do jornal liberal “O Estado de São Paulo” em punir com a demissão Maria Rita Kehl, por escrever um artigo em prol da dignidade dos pobres. Esta violência, que está muito distante do proclamado pluralismo mesmo restrito de alguns liberais, cheira a proto-fascismo, este ato que pretende abolir as razões públicas dos pobres simplesmente negando dignidade a eles.

A força da liberdade que hoje mora no coração dos brasileiros, os braços abertos do Cristo Redentor e o que há de imaginação e magnífica pulsão de vida na cultura popular dos brasileiros são os verdadeiros antídotos contra as figuras do ódio do caluniador.Por detrás da sua máscara, o povo brasileiro há de reconhecer os centenários adversários de seus direitos.

Diante do caluniador, somos todos hoje Dilma Roussef !
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Guareschi e Mello: Carta Aberta a Direção da TV Canção Nova

Pedrinho Guareschi, Sacerdote Redentorista, Professor e Pesquisador da UFRGS.

Marlos Mello, Psicólogo Social e Articulista do Observatório da Imprensa.

Prezados amigos da Direção da TV Canção Nova: 

Escrevemos essa carta aberta para, humildemente, solicitarmos aos responsáveis por esse serviço público, como é um canal de televisão, que se proponham uma séria reflexão sobre um fato que espantou e deixou extremamente preocupados a muitas pessoas da igreja e da sociedade. Sou sacerdote religioso, lecionei 40 anos na PUCRS, e agora sou professor da UFRGS, e sempre trabalhei no campo da ética, principalmente nos aspectos ligados aos meios de comunicação. Na década de 1990 lecionei, por 9 anos, alternadamente (ano sim, ano não) na Academia Alfonsiana, de Roma, ligada à Universidade Lateranense, onde discutia a disciplina de ética e mídia. Há dois dias meus alunos de mestrado e doutorado de psicologia e comunicação desta Universidade, me trouxeram, constrangidos, cópia escrita* e vídeo de um sermão que o Pe. José Augusto teria proferido (acessado em 15 de outubro de 2010 http://www.youtube.com/watch?v=-9nVdpqMgTc). Eu não acreditaria se não o ouvisse e o lesse. O que me leva a escrever é, principalmente, como uma pessoa como essa, sem os mínimos conhecimentos do que é uma televisão, que é uma concessão temporária (15 anos), um serviço público, que deve se reger por princípios claramente definidos no artigo 221 da Constituição Brasileira, pode usá-la, mesmo que seja dentro de uma liturgia, para fazer tais afirmações. Falta a tal pessoa, desculpem, um mínimo de bom senso (já não falo educação, formação geral, teologia, ética), antes de se colocar diante de um microfone, fazendo-se de vítima, criando fantasmas, fazendo afirmações absolutistas, afirmando coisas que são evidentemente falsas porque absolutizadas, jogando partidos e posições de pessoas numa vala comum... Tais afirmações não são compatíveis com uma sociedade democrática, onde se respeitam as pessoas, onde não existem detentores absolutos da verdade. Como uma pessoa assim chega a tal ponto? Não há pessoas que o possam acompanhar e ajudá-lo a refletir? Quem não percebe que há um desequilíbrio psicológico nessa pessoa? Como colocá-lo, então, diante das câmeras? Onde a responsabilidade moral e política diante das afirmações que fez?  
 
Desculpem, mas vi-me na obrigação de enviar isso aos responsáveis por essa emissora pois me sinto constrangido e estou vendo quanto mal uma pessoa a quem falta equilíbrio e bom senso pode causar. O que me consola é que as pessoas, o povo de Deus, ainda tem bom senso. Infelizmente alguns, contudo, podem ser conduzidas a um fanatismo que seria extremamente maléfico e poderia causar enormes danos à Igreja e à sociedade. Sabemos da importância da TV Canção Nova e do quanto vocês frisam o respeito e a dignidade humana em sua programação. Tudo bem se o prejudicado fosse apenas o citado sacerdote. No entanto, em situações assim é a credibilidade da emissora e da Igreja que estão em jogo.
 
Em tempo: trabalhei três anos na CNBB nacional, como assessor para assuntos sociais, com D. Luciano, na década de 1980, e li a nota que a CNBB escreveu, juntamente com a nota da Comissão Justiça e Paz, sobre as eleições. Tal postura se distancia totalmente das afirmações sem fundamento do nosso amigo. Como fica essa emissora diante disso?      

* Transcrição do sermão do Padre José Augusto
 
Mais uma vez Jesus, ele continua dizendo para Maria e para Marta, que estava muito agitada, que a irmã dela Maria escolheu a melhor parte. E a melhor parte é estar com Jesus. Eu acho interessante que essa palavra, ela vem cair assim num momento em que eu me encontro agitado.
Estou vindo das minhas férias, aqui na comunidade nós falamos que são dias de descanso que nós tiramos, e eu pude ficar em casa, com a minha mãe durante uns doze dias, depois eu fui fazer um retiro, um retiro de, oito dias de silêncio, lá em Itaici, com os jesuítas. Só que nesse período, muitas coisas me agitaram, tem me agitado como sacerdote, da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Vocês poderiam me perguntar o que é que está me agitando, o que tem me agitado, são muitos emails que eu tenho recebido. E a questão é essa ?eleição?; e eu não posso deixar de falar também que eu sou sacerdote da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Diante de tantos pastores que vêm se pronunciando, tantos bispos se pronunciando. Eu nunca vi uma eleição tão agitada como essa. Nunca vi. Tenho 44 anos de idade e nunca vi uma eleição tão agitada. Por que, que está tão agitada? Por que de tanta agitação? Porque os rumos da Nação brasileira, estão prestes a mudar, e ela poderá mudar para o pior, pro lado pior, se nesse 2° turno, e eu vou falar com clareza, se o PT ganhar. Estou falando claro, podem me matar, podem me prender, podem fazer o que quiser. Não tenho advogado nenhum. Podem me processar. Se tiver de ser preso eu serei, não tem problema. Mas eu não posso me calar diante, de um partido, que está apoiando o aborto, e a Igreja não aprova. Eu não posso apoiar. Não votei e não votarei. Deixando bem claro não votei e não vou votar. Eu sou a favor da vida. Sou mesmo. Sou sacerdote do Altíssimo, meu sacerdócio não é para os homens, é pra Deus! Eu fui ordenado pra Deus. Não para os homens.
No Evangelho, Jesus está dizendo que Maria escolheu a melhor parte e Marta está agitada, e eu estou agitado. Porque não é possível que os cristãos estejam tão alheios à situação, preocupados apenas com o seu trabalhozinho, seu emprego, com as suas coisas, sabendo que o PT está querendo aprovar leis aonde o sacerdote não pode se pronunciar, não pode falar, aonde os meios de comunicação religiosos só vão ter uma hora de programação(imagine a Canção Nova, só tendo uma hora de programação). E as pessoas não estão nem aí, pra isso.
Eu nunca vou celebrar casamento de homossexual. Nunca! Podem me prender. Podem me processar e podem me matar. Nunca vou celebrar. Porque a Igreja não quer, e Bento XVI também não quer, e eu estou com Bento XVI, estou com a Igreja. Pro Inferno eu não quero ir. Não quero favores de ninguém. O meu favor, vem do Céu, da providência. É a Providência que me providencia, e se não me providenciar não tem problema. Se tiver que morrer de fome, eu vou morrer de fome, pela Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Segundo turno está aí, estou falando para os cristãos que comungam, que rezam seu ?terçinho? (me desculpe falar a expressão, terçinho), que adoram, e dizem que adoram Nosso Senhor Jesus Cristo, e que se não se pronunciam. Todos com medo! E o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, não é um evangelho de medo não, nem de terror. Mas Jesus falou mesmo, vocês serão levados aos tribunais, serão mortos por causa, do meu Nome. Ou nós nos pronunciamos ou não. Que o seu sim seja sim, e que seu não seja não. Se os evangélicos se pronunciam, nós católicos precisamos nos pronunciar também. Chega de sermos católicos mornos, frios e medrosos. Imagina só, se evangélicos e cristãos se pronunciando. Até atores, atrizes, estão se pronunciado, estão com medo do que pode vir no futuro. Como é que nós ficamos assim, como se nada tivesse acontecendo, numa ?boa?, com medo de perder isso, com medo de perder aquilo. Que perca tudo! Só não podemos perder Jesus Cristo nessa vida! E a Nação brasileira, ela tem que ser uma nação, cujo Deus é o Senhor. [Aplausos] A nação brasileira.
Estão querendo tirar Deus da nossa vida, não sei o que poderá acontecer depois de tudo isso que eu estou falando aqui, talvez nem missa das sete eu celebre mais. Não tem problema. Não tem problema.
Mas eu sou Sacerdote do Altíssimo, tenho os meus pecados, eu tenho. Eu fui ordenado pela causa do Senhor e da Igreja. E a Nação Brasileira não pode se tornar uma nação marxista, comunista, com terrorista. Tendo pessoas à frente, mandando um e outro se calar. Porque se a gente se calar, as pedras vão falar. Vai ser uma vergonha, Jesus falou isso, vai ser uma vergonha muito grande, se as pedras falarem porque os cristãos não se pronunciam. E ai daqueles que se filiaram, aos partidos comunistas. Ai daqueles; que Deus sabe muito bem disso. Porque quem compactua com pessoas que aderem ao aborto, está excomungado. Latae sentitiae, a Igreja não vai falar não, mas já está. Porque nós não podemos compactuar com pessoas que querem matar crianças, matando criança, no seio, na barriga de uma mãe. E aqui não importa como foi que estas crianças vieram, elas têm o direito à vida sim. Eu estou agitado, com o segundo turno. Aqui eu peço perdão ao D. Beni, bispo da Igreja de Lorena, por estar fazendo do altar, um lugar de política partidária, e ao D. Alberto também lá no Pará. Porque o altar não pra se fazer isso, mas se o sacerdotes não se pronunciarem, o que é que vai acontecer com a Nação brasileira? Não podemos nos filiar a partido, a o partido que quer beneficiar-nos pra depois estragar com a própria natureza.
Vendo homossexuais indo para o altar querendo os seus direitos, eles têm. Se eles podem exigir os direitos deles por que é que nós não podemos exigir os nossos? Eles podem falar e a gente que tem que se calar? A gente tem que se calar não. Deus criou o homem e a mulher, livro do Gênesis, e o homem e a mulher deixam a sua família e vai formar a família. Como é que dois homens ou duas mulheres vão formar uma família?Vai nascer como? De um útero de plástico? É um útero de plástico? Todo mundo caladinho, todo mundo aí, como se tudo estivesse bem, está tudo ótimo, num ta tudo ótimo não. Num ta ótimo não. Eu quero é ver no futuro se vai ter Missa de sete, de onze? missa pela TV, pela rádio, vocês vão ver sevai ter alguma coisa. Aí vai todo mundo buscar Deus, e não vai ter Deus, porque os padres vão estar todos nas masmorras. Tudo presos, porque se pronunciaram, porque falaram, porque falaram de Jesus Cristo, porque não querem Jesus. Querem tirar Jesus da nossa vida, da minha vida ninguém vai tirar não. Pode me matar! Estou dizendo, da minha vida ninguém vai tirar Jesus não. Pode me matar. Moro em Cachoeira Paulista, meu endereço é este, sou membro do Conselho da Canção Nova, meu endereço está aqui. Todo dia você vai me encontrar aqui, não tem problema. E se eu desaparecer, vocês já sabem, porque eu falei tudo isso aqui hoje. Se souberem que eu desapareci foi porque eu falei tudo isso aqui. Mas eu prefiro morrer com a verdade, do que viver na mentira e depois ir pro Inferno![Aplausos]
Eu sei que é fácil, eu sei que é fácil, vocês baterem palmas, depois se esconderem e depois não se pronunciarem e não se dizerem com medo. Mas é fácil bater palmas. É bom quando tem alguém que fala, né? Porque o outro fala e eu me escondo; porque não tenho coragem de dizer a Verdade do Evangelho. Se pronuncie, sejam de DEUS, prove agora que você ora em línguas, prove agora que você é de Pedro e é de Paulo, prove agora que você é de Nosso Senhor Jesus Cristo. Estou preocupado como segundo turno, mas já saibam, no PT eu não voto. E não voto em ninguém que esteja coligado ao PT. Não votei e não voto. Falei que não ia falar isso nunca, mas hoje rezando lá, Jesus disse ?tá na hora de você falar também?. Porque se os outros estão falando, não é possível que os padres da Igreja Católica fiquem calados. A gente fala tanto dos evangélicos, diz isso dos evangélicos, fala aquilo dos evangélicos, mas eles têm coragem de pronunciar, e nós não temos. Nos calamos. Medrosos! Bando de covardes! Bandos de covardes! Que só querem os benefícios de Deus; só querem ganhar, mas salvar, ninguém quer salvação de alma ninguém quer. E a salvação, e a salvação dos nossos filhos?! Se vocês pensam que o Inferno não existe, o Inferno existe sim. E ai daqueles que forem pra lá. Estou com Bento XVI, estou com o bispo Dom Beni, estou com Dom Alberto, estou com os bispos que estão ligados à Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, os que não estão, eu não estou, estou com Jesus!
Votar em pessoas só pra ganhar, pra ter um empregozinho, você terá o emprego, mas perderá Deus da tua vida. Crucifixo da minha casa, eu não tiro, não tiro. Podem me prender! Não vou tirar e vou andar com o crucifixo e vou andar com a Bíblia na mão sim, porque eu sou cristão, sou seguidor de Nosso Senhor Jesus Cristo, e durma com esse barulho, pelo amor de Deus!
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Não merecemos jihads

É preciso lei eleitoral que separe eleição de religião. Se os Malafaias da vida desistirem de intermediários como o Serra, e usarem como base política a manipulação da fé, teremos jihads --- guerras santas --- por aqui. De todos os muitos e variados atos desagregadores de Serra, esse é o mais perigoso de todos. 


A grande lição da filosofia política moderna é pensar a política a partir de bases neutras justamente por isso. Jihads era o que havia na Europa, no início da era moderna, quando católicos e protestantes se massacravam barbaramente, em guerras e conflitos infindáveis e caríssimos. A coisa só parou quando houve a devida clareza sobre a necessidade da separação entre política e religião. 


Precisamos aprender com a história, pois temos uma saudável pluralidade religiosa no nosso país, e temos que fazer com que isso sirva para a elevação das pessoas, não para o ódio, a guerra e o massacre. 


Eis porque não podemos permitir que um candidato explore a religião como faz Serra. Perto do risco de transformar a beleza da pluralidade religiosa em base para o ódio e a violência, o uso hipócrita e casuísta da religião por Serra --- dado o fato do aborto praticado pela sua esposa, a qual disse que Dilma "mata criancinhas" --- é coisa pequena. O risco maior é transformar o oportunismo em ferida que não fecha, com consequências bem maiores e mais duradouros do que os votos de um candidato irresponsável e desagregador como Serra. 
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A pauta religiosa da campanha eleitoral

Através da lista de discussão da Rede Mulher e Mídia, soubemos que a candidata Dilma Rousseff afirmou, no Jornal Nacional da Rede Globo, que vetaria qualquer pauta religiosa. Quer dizer, alguém da Globo trouxe a agenda imposta pelos demotucanos, que é o trato religioso. 

Está aí uma coisa que a Dilma pode afirmar, porque ela sabe que, antes de chegar no Executivo, passará pelo Legislativo e nós ainda não sabemos o tamanho da bancada evangélica na sua atual composição.


Não foi nem 1, nem 2 vezes, que o Governo Lula voltou atrás nas suas decisões, porque não teve coragem do enfrentamento. Nem por isso deixou de melhorar as condições de vida do povo brasileiro. Não será a Dilma que, em plena campanha eleitoral, fará isso. Aliás, ela poderia responder de forma diferente. Suponhamos que a questão do aborto não tenha vício de origem, ou seja, não é assunto a ser encaminhado pelo Poder Executivo, mas seja competência do Poder Legislativo, que achamos ser o caso, frente a resposta da candidata.
O que ela deveria responder? 

O fulaninho, ou fulaninha, esse tema não será prerrogativa do Executivo, por isso, não sei a razão desta pergunta ser feita a mim. Você deveria questionar cada parlamentar eleita/eleito sobre o que pensam a respeito. É deles a decisão, não minha e, quando chegasse na minha mesa, se chegasse, minha decisão seria pautada pelo anseio do povo brasileiro, afinal, foi o povo que escolheu os seus representantes do Legislativo.

Pronto! Dava um chega para lá no assunto e seguia-se em frente! Por isso, o que nos cansa é ver a campanha da Dilma morder a isca e permitir a imposição da pauta. Cansa-nos saber que ela vai, ou faz entrevista para o JN, sendo a Globo uma das empresas de comunicação da campanha terceirizada do Serra, um crime eleitoral escancarado que, se existisse Justiça nesse país, já teria tirado do ar a concessão pública da família Marinho.

Estamos em frente a uma luta de classes, pois esta eleição, desde o princípio, foi pautada pelo desespero da extrema-direita em ficar mais 4 anos fora do poder do Estado e longe das trocentas maracutaias que a fez enriquecer ilegitimamente. Por isso, trazer a pauta da TFP, mais a evangélica, para tentar detonar com a representante dos comunistas que comem criancinhas, cinicamente, não é problema para essa gente escrota.

Esse tema é um legítimo pega ratão! Como os denuncismos não tiveram o efeito desejado, pois a mentira tem perna curta, o negócio foi apelar para a religião e a discussão do projeto programático do Governo Lula e da candidata fica, mais uma vez, adiado, para a felicidade geral do demotucanato.

Leiam, também, o artigo no Leandro Fortes FHC e a Contra-Reforma Tucana.


Atualizado às 7h40min.
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