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A ciência brasileira, daqui a quinze anos

Como será a pesquisa acadêmica brasileira em 2025?

A revista científica Nature, uma das mais importantes do mundo, deposita grandes esperanças na pesquisa brasileira, por causa das seguintes evidências sólidas:
  • O governo Lula, elogiado pela revista, aprovou medidas que garantem o financiamento da pesquisa depois de primeiro de janeiro de 2011, data na qual sai do Planalto. A próxima década da ciência brasileira está com melhores horizontes.
  • Novos centros de excelência estão sendo criados.
  • Há a proposta de incentivar o financiamento da pesquisa brasileira por empresas multinacionais.
  • O investimento no Ministério da Ciência e Tecnologia duplicou no governo Lula.
  • Os resultados brasileiros são surpreendentes se comparados aos dos outros países da América Latina, mas também se comparados aos dos outros BRICs, Rússia, Índia e China. Em 2008 o Brasil era responsável por 43% das publicações científicas da América Latina, em 2008 por 55%. E o Brasil investe muito mais em cada pesquisador do que os outros membros do grupo dos BRICs.
  • Com tudo isso, a previsão para a ciência brasileira publicada pela revista, e não contestada, é de crescimento orgânico nos próximos anos.
Essa é a visão da Nature, a qual não foi adequadamente repercutida no Brasil. Uma visão contrária, do professor Marcelo Hermes, da UnB, está ganhando mais espaço. Ele acha que o Brasil não será capaz de fazer pesquisa de ponta, daqui a quinze anos, "porque toda a geração [atual] se aposentou e os atuais não foram formados adequadamente".

Temos, então, duas visões sobre o futuro da pesquisa brasileira. Uma, da Nature, deposita fortes esperanças, e o faz baseada em bases sólidas. Outra, do professor Hermes, é pessimista, e se apoia na afirmação vaga de que os futuros doutores serão piores do que ele e os outros doutores da sua geração.

Eu prefiro acreditar na Nature, e não só porque sou um desses novos doutores. O faço porque prefiro formar uma opinião a partir de bases sólidas do que a partir de uma vaga generalização. Se queremos supor, de maneira sóbria, como será a pesquisa brasileira no futuro próximo, precisamos nos apoiar em bases sólidas, como os dados sobre o aumento de publicações, e a proliferação de centros de excelência. Se há boas bases para prever que os cientistas brasileiros do futuro próximo publicarão mais, como imaginar que o Brasil não será capaz de fazer pesquisa de ponta daqui a quinze anos?

A única maneira de imaginar isso é imaginar que só a geração atual publica, sendo a próxima geração incapaz disso. Mas essa é uma generalização sem bases sólidas.

Uma das evidências apresentadas pelo professor Hermes seria o fato -- a ser checado -- de que praticamente não há reprovação na pós-graduação. Mas isso, ainda que verdadeiro, não seria conclusivo, pois a não reprovação poderia ser indício, justamente, de que o trabalho está ok.

No entanto, ainda que aceitássemos que qualquer instituição que não reprova é por si só ruim, o que precisa ser visto de perto, é de se notar duas coisas. Primeiro, que as seleções para programas de pós-graduação são difíceis, rigorosas e concorridas. Assim, é explicável que haja pouca reprovação, pois quem entra é capaz. Segundo, nem todos os selecionados chegam à etapa final, da defesa da tese, não chegando nunca à etapa que, para o professor Hermes, é a de aprovação por assim dizer automática. Mas seria de se perguntar ao professor Hermes porque esses que ficam pelo caminho não submetem à banca uma receita de bolo em forma de tese, já que tudo é sempre aprovado, segundo ele. Eu diria que eles não fazem isso porque há cuidados e controles rigorosos quanto ao que é uma boa tese. Mas, é claro, essa é apenas a opinião do "doutor Mobral" que vos escreve.
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A revista Nature não poupa elogios a Lula

A revista Nature, uma das mais importantes revistas científicas do mundo, se não for a mais importante, rasga elogios ao presidente Lula.

Segundo a Nature, a política de Lula para a área científica tem e terá importante impacto no nosso país, pois irá revigorar a economia, através da inovação.

A Nature também nota que o número de publicações de brasileiros em revistas científicas dobrou entre 2003 e 2008, alcançando marcas impressionantes para qualquer membro dos BRICs, grupo de países que inclui Rússia, Índia e China, além do Brasil.

O artigo original pode ser lido aqui. Uma tradução automática pode ser lida aqui.
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Designer inteligente?

Nosso genoma não ganharia nenhum prêmio de design e não fala bem da inteligência do seu 'designer'
(Our genome won't win any design awards and doesn't speak well of the intelligence of its 'designer')

Posted via web from cesarshu's posterous

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Jerry Fodor se deu mal, tal como Bernard-Henri Lévy

As coisas não andam fáceis para os filósofos famosos.

Como vimos, no dia 9/2/10 o Times Online tirou o maior sarro de Bernard-Henri Lévy, pois este eminente filósofo francês simplesmente leu e citou um livro-tiração-de-sarro que poderia ter sido escrito pelo Monty Python como se fosse um livro sério sobre a vida sexual de Kant! Veja mais no Ionline, no Estadão, na Folha e no New Statesman.

Um dia antes, em 8/2/10, o blog Deep Thoughts and Silliness [Pensamentos Profundos e Tolice], escrito por Bob O'Hara e mantido pela conceituadíssima revista científica Nature, dizia que o filósofo estadunidense Jerry Fodor havia rodado na cadeira de Introdução à Evolução, de novo. Isso porque esse filósofo lançou um livro atacando a teoria da evolução a partir de péssimos argumentos, os quais revelam que Fodor simplesmente não faz a menor ideia do que está falando. E ele já tinha cometido esse erro básico antes.

O povo da Nature se esbalda de rir da tola teoria de Fodor sobre o motivo de não haver porcos com asas, a qual deve ser descendente da velha e igualmente tola prova a priori atribuída a Hegel da necessidade de haver sete e somente sete planetas no Sistema Solar.

Basicamente, o que O'Hara faz é mostrar que Fodor está por fora de leituras básicas sobre a evolução. Ele cita trechos de leituras obrigatórias para alunos iniciantes que respondem às "teorias" de Fodor.

Em resumo, essa foi uma péssima semana para os grandes filósofos. Mas a maré ruim já dura alguns meses, pois no final de 2009 foi a vez do até então grande Thomas Nagel dar vexame.
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A moralidade é algo separado da religiosidade

[...] a new paper by psychologists Ilkka Pyysiäinen of the University of Helsinki and Marc Hauser of Harvard University in Cambridge, Massachusetts [...] point out that individuals presented with unfamiliar moral dilemmas show no difference in their responses if they have a religious background or not. [...]

Thousands of people — varying widely in social background, age, education, religious affiliation and ethnicity — have taken the tests. Pyysiäinen and Hauser say the results (mainly still in the publication pipeline) indicate that "moral intuitions operate independently of religious background", although religion may influence responses in a few highly specific cases. [...]

The authors' paper may annoy both religious and atheistic zealots. By taking it as a given that religion is an evolved social behaviour rather than a matter of divine revelation, it tacitly adopts an atheistic framework. Yet at the same time it assumes that religiosity is a fundamental aspect of human psychology, thereby undermining those who see it as culturally imposed folly that can be erased with a cold shower of rationality. [...]

All the same, the tests show that neither culture nor religion matter very much: other factors — presumed to be inherited — dictate our judgements.
Philip Ball, na Nature News
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