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Segundo o Estadão de hoje, o deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI do Cachoeira, já decidiu retirar do seu texto o pedido de indiciamento do jornalista Policarpo Junior, o chefão da Veja flagrado em conluio com a quadrilha mafiosa. Já a Folha informa que o deputado “admite” negociar a retirada do pedido “numa tentativa de salvar o relatório”. Caso estas informações sejam verdadeiras, o parlamento brasileiro novamente estará se submetendo ao terrorismo dos barões da mídia, confirmando a sua covardia!
“Se os partidos se comprometeram a aprovar o essencial, estou disposto a retirar o secundário. O encaminhamento do procurador-geral para o conselho e o indiciamento dos jornalistas é irrelevante; não é uma questão central. Se o procurador e os jornalistas são elementos que criam obstáculos à aprovação do relatório, abro mão deles”, justificou o deputado petista. Deste a apresentação do seu relatório, na semana passada, Odair Cunha sofreu um intenso bombardeio da mídia. Ele foi rotulado de tudo o que é nome.
A violenta pressão surtiu efeitos imediatos. A oposição demotucana, como já era esperado, atuou como porta-voz da Veja. Alguns “viúvos do Demóstenes” também chiaram. O PMDB, que faz parte da base de apoio do governo Dilma e mantém históricas relações com os monopólios de comunicação, anunciou que não aceitaria o indiciamento. Outros partidos centristas também pularam fora – alguns talvez por temerem retaliações. E a contrapressão das forças políticas e sociais de esquerda não existiu. Lamentável!