O plano de ampliar a votação de José Serra (PSDB) no segundo turno usando vereadores da coligação tucana tidos como "donos de currais eleitorais" na periferia de São Paulo foi um fracasso
O mapa das 58 zonas eleitorais da capital mostra que, do primeiro para o segundo turno, a votação do petista Fernando Haddad cresceu até cinco vezes mais que a de Serra em redutos de vereadores aliados do tucano.
Haddad acabou eleito prefeito com 56% dos votos contra 44% do rival.
O fiasco foi maior em bairros do extremo da zona sul, onde "puxadores de voto" que prometeram empenho para eleger Serra no segundo turno não conseguiram reverter o prestígio próprio em votos ao tucano.
O caso mais emblemático ocorreu no Grajaú, onde Serra teve menos votos do que o vereador Antonio Goulart (PSD) sozinho. O tucano teve 23 mil votos no bairro; o parlamentar, o mais votado da região, conseguiu 26,7 mil.
Em relação ao primeiro turno, Serra teve apenas 8,5 mil votos a mais no Grajaú. Haddad, por sua vez, aumentou sua votação em 47 mil votos na mesma área.
"Sugeri dezenas de vezes para que a campanha veiculasse no horário eleitoral coisas específicas para a região, mas os publicitários não ouvem ninguém", justificou Goulart. "Deu no que deu."
Apesar de ter apoiado Serra, o vereador do partido do prefeito Gilberto Kassab já declarou apoio à futura gestão Haddad na Câmara Municipal. "Não vou fazer oposição porque 90% dos meus eleitores votaram no Haddad".
Em Parelheiros, bairro vizinho, Goulart e Milton Leite (DEM), também da coligação de Serra, somaram mais votos que o tucano: 23,2 mil a 27 mil. Leite disse ter colocado 500 cabos eleitorais nas ruas para pedir voto ao tucano e prometeu virar o jogo.
O resultado foi pífio. Na região, Serra ganhou 9,2 mil votos a mais, enquanto Haddad acrescentou 52,2 mil votos sobre o que já tinha conseguido no primeiro turno. O bairro foi onde o petista teve a maior vitória sobre o rival: 83,5% a 16,5%.
"De uma maneira geral, lá é território petista e nesta eleição não foi diferente", explica Milton Leite. "Estamos lambendo as feridas e examinando os resultados."
O maior crescimento de Serra foi no extremo leste, onde ele ampliou a votação em mais de 70% em cinco zonas.
Já Haddad mais do que dobrou sua votação em 16 zonas eleitorais da capital, com destaque para os bairros da zona norte, onde os concorrentes Celso Russomanno (PRB) e Gabriel Chalita (PMDB) tiveram bons resultados no primeiro turno.
O mapa das 58 zonas eleitorais da capital mostra que, do primeiro para o segundo turno, a votação do petista Fernando Haddad cresceu até cinco vezes mais que a de Serra em redutos de vereadores aliados do tucano.
Haddad acabou eleito prefeito com 56% dos votos contra 44% do rival.
O fiasco foi maior em bairros do extremo da zona sul, onde "puxadores de voto" que prometeram empenho para eleger Serra no segundo turno não conseguiram reverter o prestígio próprio em votos ao tucano.
O caso mais emblemático ocorreu no Grajaú, onde Serra teve menos votos do que o vereador Antonio Goulart (PSD) sozinho. O tucano teve 23 mil votos no bairro; o parlamentar, o mais votado da região, conseguiu 26,7 mil.
Em relação ao primeiro turno, Serra teve apenas 8,5 mil votos a mais no Grajaú. Haddad, por sua vez, aumentou sua votação em 47 mil votos na mesma área.
"Sugeri dezenas de vezes para que a campanha veiculasse no horário eleitoral coisas específicas para a região, mas os publicitários não ouvem ninguém", justificou Goulart. "Deu no que deu."
Apesar de ter apoiado Serra, o vereador do partido do prefeito Gilberto Kassab já declarou apoio à futura gestão Haddad na Câmara Municipal. "Não vou fazer oposição porque 90% dos meus eleitores votaram no Haddad".
Em Parelheiros, bairro vizinho, Goulart e Milton Leite (DEM), também da coligação de Serra, somaram mais votos que o tucano: 23,2 mil a 27 mil. Leite disse ter colocado 500 cabos eleitorais nas ruas para pedir voto ao tucano e prometeu virar o jogo.
O resultado foi pífio. Na região, Serra ganhou 9,2 mil votos a mais, enquanto Haddad acrescentou 52,2 mil votos sobre o que já tinha conseguido no primeiro turno. O bairro foi onde o petista teve a maior vitória sobre o rival: 83,5% a 16,5%.
"De uma maneira geral, lá é território petista e nesta eleição não foi diferente", explica Milton Leite. "Estamos lambendo as feridas e examinando os resultados."
O maior crescimento de Serra foi no extremo leste, onde ele ampliou a votação em mais de 70% em cinco zonas.
Já Haddad mais do que dobrou sua votação em 16 zonas eleitorais da capital, com destaque para os bairros da zona norte, onde os concorrentes Celso Russomanno (PRB) e Gabriel Chalita (PMDB) tiveram bons resultados no primeiro turno.