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Ao contrário do colunista da revista Veja, nosso blog é político e não nos metemos a criticar aspectos religiosos. Cada um tem a sua religião, e não cabe a nós questionar coisas como dízimos. Cada cidadão tem liberdade religiosa para decidir o que fazer e como se relacionar com sua fé e com sua igreja, inclusive no dízimo. Cada um tem seu juízo íntimo e age conforme sua fé e sua consciência, e nenhuma pessoa estranha tem nada a ver com isso.
Mas quando o cidadão Silas Malafaia entra no debate político, está sujeito ao contraponto. E somos obrigados a apontar as contradições em seu discurso político.
Se o programa de moradia de José Serra é apenas seguir Malafaia, ou seja, dar como entrada o dízimo e esperar de braços cruzados a Providência Divina, São Paulo vai continuar de mal a pior.
José Serra foi prefeito (abandonou o cargo e deixou Kassab), depois governador nos últimos anos. Antes foi ministro do Planejamento de FHC, e ocupou vários outros cargos de influência. Durante esse tempo todo, teve a faca e o queijo na mão para fazer programas habitacionais decentes, mas seu desempenho foi pífio. O déficit habitacional em São Paulo aumentou em vez de diminuir, nos governos demotucanos.
Já Fernando Haddad, foi ministro da Educação dos governos Lula e Dilma, onde sempre apoiou e apoia o programa de moradia "Minha Casa, Minha Vida", além do PAC das comunidades.
Haddad promete trazer o programa para a cidade de São Paulo, cuja gestão Serra-Kassab não está sabendo aproveitar, e Serra ainda declara-se contra.
Serra diz que o "Minha Casa, Minha Vida" não funciona em São Paulo porque os terrenos são caros. Ora, isso é coisa de prefeito que não quer trabalhar, pois cabe ao prefeito viabilizar terrenos.
Por isso, se Malafaia quer que Deus ajude, há uma contradição entre pedir dízimo pela conquista da casa própria e pedir voto para Serra. Deus nos deu o dom da inteligência e força de trabalho para usarmos com sabedoria na construção de uma sociedade justa, fraterna e saudável. Haddad está fazendo bom uso desse dom. Serra não faz.
(*) A convivência pacífica, a tolerância e liberdade religiosa, sem preconceitos, é um dos maiores patrimônios da nação brasileira e não concordamos com os métodos de José Serra, que tenta jogar uns contra os outros, usando de forma eleitoreira temas religiosos.