Para ex-presidente, eleição de Dilma foi sua avaliação
BUENOS AIRES — O ex-presidente Lula esteve ontem na Argentina em um dia de intensa atividade política. Em Buenos Aires, almoçou com a presidente Cristina Kirchner na Casa Rosada, e, em Mar del Plata, participou de um congresso empresarial. Em entrevista ao jornal “La Nación”, daquele país, Lula falou sobre o julgamento do mensalão em curso no Supremo Tribunal Federal. Taxativo, disse já ter sido julgado:
— Eu já fui julgado (pelo mensalão). A eleição da Dilma foi um julgamento extraordinário. Para um presidente com oito anos de mandato, sair com 87% de aprovação é um grande juízo — afirmou Lula, em referência à última avaliação feita sobre seu governo pelo Instituto Ibope, em dezembro de 2010.
Conflito com imprensa é tema de encontros
A guerra entre a Casa Rosada e grandes meios de comunicação da Argentina, principalmente o “Clarín”, também foi tema das conversas de Lula em Buenos Aires. Jovens de La Cámpora, grupo kirchnerista, e outros funcionários que estiveram com o ex-presidente, entre eles o vice-governador da província de Buenos Aires, Gabriel Mariotto, comandam a campanha do governo argentino contra o “Clarín” e outros meios privados. O “La Nación” também abordou o tema.
— Eu aprendi a não ficar reclamando e a dizer que a imprensa é culpada de tudo — afirmou Lula na entrevista ao jornal argentino. — O governante nunca, em hipótese alguma, deve ter medo de conversar com a sociedade. Não podemos ver cada pessoa que se aproxima na rua como um inimigo.
Mais tarde, em congresso empresarial sobre desenvolvimento sustentável em Mar de Plata, Lula abordou a crise econômica global e disse ser necessário buscar convergências entre os setores público e privado para encontrar soluções.
— Os líderes mundiais devem entender que o problema não é somente econômico, é fundamental apelar para a política para enfrentar os novos desafios. Precisamos de mecanismos para enfrentar a especulação no mercado financeiro internacional — defendeu.
Segundo Lula, a crise “nasceu e explodiu” no coração do mundo mais desenvolvido e foi provocada pela falta de regras no setor financeiro.
*O jornal "La Nación" é um dos 11 diários que fazem parte do Grupo de Diarios América (GDA), assim como O GLOBO
— Eu já fui julgado (pelo mensalão). A eleição da Dilma foi um julgamento extraordinário. Para um presidente com oito anos de mandato, sair com 87% de aprovação é um grande juízo — afirmou Lula, em referência à última avaliação feita sobre seu governo pelo Instituto Ibope, em dezembro de 2010.
Conflito com imprensa é tema de encontros
A guerra entre a Casa Rosada e grandes meios de comunicação da Argentina, principalmente o “Clarín”, também foi tema das conversas de Lula em Buenos Aires. Jovens de La Cámpora, grupo kirchnerista, e outros funcionários que estiveram com o ex-presidente, entre eles o vice-governador da província de Buenos Aires, Gabriel Mariotto, comandam a campanha do governo argentino contra o “Clarín” e outros meios privados. O “La Nación” também abordou o tema.
— Eu aprendi a não ficar reclamando e a dizer que a imprensa é culpada de tudo — afirmou Lula na entrevista ao jornal argentino. — O governante nunca, em hipótese alguma, deve ter medo de conversar com a sociedade. Não podemos ver cada pessoa que se aproxima na rua como um inimigo.
Mais tarde, em congresso empresarial sobre desenvolvimento sustentável em Mar de Plata, Lula abordou a crise econômica global e disse ser necessário buscar convergências entre os setores público e privado para encontrar soluções.
— Os líderes mundiais devem entender que o problema não é somente econômico, é fundamental apelar para a política para enfrentar os novos desafios. Precisamos de mecanismos para enfrentar a especulação no mercado financeiro internacional — defendeu.
Segundo Lula, a crise “nasceu e explodiu” no coração do mundo mais desenvolvido e foi provocada pela falta de regras no setor financeiro.
*O jornal "La Nación" é um dos 11 diários que fazem parte do Grupo de Diarios América (GDA), assim como O GLOBO