Uso de mercúrio no Amazonas envolve destino de 6 mil famílias no Amazonas

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  • segunda-feira, 6 de agosto de 2012
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  • Especialistas são veementes em se posicionar contra uma possível liberação do uso do metal altamente tóxico sem a devida fiscalização.

    A atividade econômica de três mil famílias está no centro de uma extensa discussão no Amazonas. São garimpeiros que vivem da extração do ouro no interior do Estado, em um trabalho sem regularização e com riscos ao meio ambiente. Somente agora uma resolução tenta controlar a atividade garimpeira, mas as medidas aprovadas esbarram no ponto de vista de entidades ambientais. Especialistas denunciam os riscos do uso de mercúrio a animais e humanos na região.
    Representantes de cooperativas estiveram reunidos, nesta segunda-feira (6), com a titular da Secretária Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), Nádia Ferreira, para discutir um equilíbrio entre os interesses de ambientalistas e garimpeiros. Por enquanto, a reunião serviu para reconhecer como esses grupos vivem e quais as necessidades e opções que eles têm acesso para minimizar os impactos da atividade. Entretanto, um resultado para a questão só sai dia 14.
    Até que seja definida uma posição sobre o uso do mercúrio no Amazonas, especialistas são veementes em se posicionar contra uma possível liberação do uso do produto sem a devida fiscalização. Isso porque o metal é altamente tóxico. Em seres humanos, estudos apontaram efeitos neurológicos, restrição de campos visuais e fatiga muscular de ribeirinhos. Além disso, a ingestão de animais contaminados por mercúrio, como peixes, por exemplo, é uma das principais formas de contato de humanos com a alta concentração tóxica.
    O pedido de representantes contrários à resolução do Conselho Estadual de Meio Ambiente do Amazonas (Cemaam) é pela proibição do uso de mercúrio em garimpos de ouro. Para isso, uma petição pública foi criada para cobrar o impedimento da utilização do material. Mais de 600 pessoas assinaram a petição para a reforma da Resolução e comprometimento do Governo do Estado com o financiamento de técnicas alternativas e modos seguros e eficazes de produzir ouro nos garimpos tanto artesanais, como industriais.

    De acordo com a SDS, a reunião de membros do Cemaam, marcada para a próxima semana, vai definir essas alterações na resolução. A Assessoria da pasta afirmou que é possível fazer alterações no texto, inclusive quanto ao uso de mercúrio, desde que garantidos os direitos dos garimpeiros de regularizarem a atividade, que funciona sem regras no Estado há cerca de 50 anos.
    Fonte:  http://www.portalamazonia.com.br
     
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