Anunciada, e depois desmentida, a fusão de PSDB e DEM se ocorrer será como já correu pelo twitter: a fusão de dois “fundidos”.
No passar destes anos a Oposição ao Governo perdeu não só o contato com o povo, perdeu também seu discurso e não encontrou nenhum outro.
PSDB, DEM e PPS hoje não se distinguem um do outro. Poderiam os três fundir-se com o Partido novo do Kassab que ficaria tudo na mesma.
Por não ter mais contato com o povo e nem discurso, a Oposição na última eleição transformou-se apenas numa cantilena udenista de enxovalhos e denúncias raivosas contra o Governo e sua candidata.
Incapaz de eleger até seu próprio filho vereador em Pernambuco , o outrora brilhante e vitorioso Roberto Freire limitou-se a mendigar votos no curral de Alckmin em São Paulo para eleger-se com minguados 100.000 votos ideológicos(?) de uma herança de milhões que havia herdado do PCB.
Serra e os demais do PSD, juntos com os do DEM, e somados ao PPS de Freire e Jungman, limitaram-se portanto aos golpes baixos, às bolinhas de papel, aos factóides para conseguir se firmar no cenário eleitoral.
Hoje, a Oposição é minoria ínfima e desarticulada, rachada, e desnorteada no Congresso e no País.
Isso é ruim. Muito ruim.
Há a necessidade de uma Oposição. Nenhum Governo, mesmo o que a gente apóia, mesmo o que seja honesto e legítimo, deve viver sem críticas ou oposição.
Este papel os partidos acima citados não souberam e ainda não sabem representar com lisura e retidão.
Tentaram ganhar , como já disse, na base da antiga UDN no que ela possuía de pior: o golpismo e as denúncias terroristas.
Espero que surja, para o bem do Governo e do Brasil uma oposição séria e profunda, e não este arremedo que tentaram construir sobre bases neo-nazistas, eclesiásticas, e fascistas nas eleições passadas.