O QUE É MAIS DIFÍCIL ?
Equivocada pergunta que me fazem sempre.
O antônimo do Riso não é o Choro.
É a Culpa.
É a angústia do pecado no por/vir. É a poderosa ameaça que faço ao meu Próximo, `a alma infantil do meu Outro, torturando-o com a idéa de que um castigo medonho , como ele nunca provou – pura fantasia – desabará sobre ele como a mão de um deus punitivo, irado e exigente: Jehová, desconhecendo o Cristo de amor e bondade, ou o Buda farto e pacifica/dor.
Tolher o riso no outro é simples: faça-o mergulhar no mais profundo das suas trevas primais; acena-lhe com a possibilidade de ter d eencarar seus demônios abissais frutos de seus sentido eróticos – e a criança que é o Outro pára de sorrir, fica séria, preocupada, está a um passo do choro, da dor, do drama e da tragédia, que não se encontra no Próximo, mas em si mesmo, e que por perversão e prazer mórbidos, não divide com ninguém, carregando – ou se propondo a carregar todda a Cruz da Humanidade Ocidental sobre seus ombros.
Aí: chora!
O choro é um pedido de perdão aos seus medonhos torturadores internos.
Já o Riso é o perdão que cada homem, com sua erótica - vital - humanidade, porta consigo.
O Riso é absolvição.
Porta da Vida.
Porta aberta a si mesmo e ao Ouro.
Assim a pergunta inicial deveria ser: o que é mais difícil: perdoar ou culpar, absolver ou condenar?
Paz e humor para todos.