FOLHA: “A GENTE SÓ APOIAVA E FINANCIAVA A DITADURA”



O que a falácia da ditabranda revela


Por Marco Aurélio Weissheimer, da Carta Maior


Em um editorial publicado no dia 17 de fevereiro de 2009, o jornal Folha de S. Paulo utilizou a expressão “ditabranda” para se referir à ditadura que governou o Brasil entre 1964 e 1985. Na opinião do jornal, que apoiou o golpe militar de 1964 que derrubou o governo constitucional de João Goulart, a ditadura brasileira teria sido “mais branda” e “menos violenta” que outros regimes similares na América Latina.
Como já se sabe, a Folha não foi original na escolha do termo. Em setembro de 1983, o general Augusto Pinochet, em resposta às críticas dirigidas à ditadura militar chilena, afirmou: “Esta nunca foi uma ditadura, senhores, é uma dictablanda”. Mas o tema central aqui não diz respeito à originalidade. O uso do termo pelo jornal envolve uma falácia nada inocente. Uma falácia que revela muita coisa sobre as causas e consequências do golpe militar de 1964 e sobre o momento vivido pela América Latina.
É importante lembrar em que contexto o termo foi utilizado pela Folha. Intitulado “Limites a Chávez”, o editorial criticava o que considerava ser um “endurecimento do governo de Hugo Chávez na Venezuela”. A escolha da ditadura brasileira para fazer a comparação com o governo de Chávez revela, por um lado, a escassa inteligência do editorialista. Para o ponto que ele queria sustentar, tal comparação não era necessária e muito menos adequada. Tanto é que pouca gente lembra que o editorial era dirigido contra Chávez, mas todo mundo lembra da “ditabranda”.
A falta de inteligência, neste caso, parece andar de mãos dadas com uma falsa consciência culpada que tenta esconder e/ou justificar pecados do passado. Para a Folha, a ditadura brasileira foi uma “ditabranda” porque teria preservado “formas controladas de disputa política e acesso à Justiça”, o que não estaria ocorrendo na Venezuela. Mas essa falta de inteligência talvez seja apenas uma cortina de fumaça.
O editorial não menciona quais seriam as “formas controladas de disputa política e acesso à Justiça” da ditadura militar brasileira, mas considera-as mais democráticas que o governo Chávez que, em uma década, realizou 15 eleições no país, incluindo aí um referendo revogatório que poderia ter custado o mandato ao presidente venezuelano. Ao fazer essa comparação e a escolha pela ditadura brasileira, a Folha está apenas atualizando as razões pelas quais apoiou, junto com a imensa maioria da imprensa brasileira, o golpe militar contra o governo constitucional de João Goulart.
Está dizendo, entre outras coisas, que, caso um determinado governo implementar um certo tipo de políticas, justifica-se interromper a democracia e adotar “formas controladas de disputa política e acesso à Justiça”. A escolha do termo “ditabranda”, portanto, não é acidental e tampouco um descuido. Trata-se de uma profissão de fé ideológica.
Há uma cortina de véus que tentam esconder o caráter intencional dessa escolha. Um desses véus apresenta-se sob a forma de uma falácia, a que afirma que a nossa ditadura não teria sido tão violenta quanto outras na América Latina. O núcleo duro dessa falácia consiste em dissociar a ditadura brasileira das ditaduras em outros países do continente e do contexto histórico da época, como se elas não mantivessem relação entre si, como se não integrassem um mesmo golpe desferido contra a democracia em toda a região.
O golpe militar de 1964 e a ditadura militar brasileira alimentaram política e materialmente uma série de outras ditaduras na América Latina. As democracias chilena e uruguaia caíram em 1973. A argentina em 1976. Os golpes foram se sucedendo na região, com o apoio político e logístico dos EUA e do Brasil. Documentos sobre a Operação Condor fornecem vastas evidências dessa relação.
Recordando. A Operação Condor é o nome dado à ação coordenada dos serviços de inteligência das ditaduras militares na América do Sul, iniciada em 1975, com o objetivo de prender, torturar e matar militantes de esquerda no Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai e Bolívia.
O pretexto era o argumento clássico da Guerra Fria: "deter o avanço do comunismo internacional". Auxiliados técnica, política e financeiramente por oficiais do Exército dos Estados Unidos, os militares sul-americanos passaram a agir de forma integrada, trocando informações sobre opositores considerados perigosos e executando ações de prisão e/ou extermínio. A operação deixou cerca de 30 mil mortos e desaparecidos na Argentina, entre 3 mil e 7 mil no Chile e mais de 200 no Uruguai, além de outros milhares de prisioneiros e torturados em todo o continente.
Na contabilidade macabra de mortos e desaparecidos, o Brasil registrou um número menor de vítimas durante a ditadura militar, comparado com o que aconteceu nos outros países da região. No entanto, documento secretos divulgados recentemente no Paraguai e nos EUA mostraram que os militares brasileiros tiveram participação ativa na organização da repressão em outros países, como, por exemplo, na montagem do serviço secreto chileno, a Dina. Esses documentos mostram que oficiais do hoje extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) ministraram cursos de técnicas de interrogatório e tortura para militares chilenos.
Em uma entrevista ao jornal O Estado de São Paulo (30/12/2007), o general Agnaldo Del Nero Augusto admitiu que o Exército brasileiro prendeu militantes montoneros e de outras organizações de esquerda latino-americanas e os entregou aos militares argentinos. “A gente não matava. Prendia e entregava. Não há crime nisso”, justificou na época o general. Humildade dele. Além de prender e entregar, os militares brasileiros também torturavam e treinavam oficiais de outros países a torturar. Em um dos documentos divulgados no Paraguai, um militar brasileiro diz a Pinochet para enviar pessoas para se formarem em repressão no Brasil, em um centro de tortura localizado em Manaus.
Durante a ditadura, o Brasil sustentou política e materialmente governos que torturaram e assassinaram milhares de pessoas. Esconder essa conexão é fundamental para a Folha afirmar a suposta existência de uma “ditabranda” no Brasil. A ditadura brasileira não teve nada de branda. Ao contrário, ela foi um elemento articulador, política e logisticamente, de outros regimes autoritários alinhados com os EUA durante a guerra fria. O editorial da Folha faz eco às palavras do general Del Nero: “a gente só apoiava e financiava a ditadura; não há crime nisso”.
Não é coincidência, pois, que o mesmo jornal faça oposição ferrenha aos governos latino-americanos que, a partir do início dos anos 2000, levaram o continente para outros rumos. Governos eleitos no Brasil, na Venezuela, na Bolívia, na Argentina, no Paraguai e no Uruguai passam a ser alvos de uma sistemática oposição midiática que, muitas vezes, substitui a própria oposição partidária.
A Folha acha a ditadura branda porque, no fundo, subordina a continuidade e o avanço da democracia a seus interesses particulares e a uma agenda ideológica particular, a saber, a da sacralização do lucro e do mercado privado. Uma grande parcela do empresariado brasileiro achou o mesmo em 64 e apoiou o golpe. Querer diminuir ou relativizar a crueldade e o caráter criminoso do que aconteceu no Brasil naquele período tem um duplo objetivo: esconder e mascarar a responsabilidade pelas escolhas feitas, e lembrar que a lógica que embalou o golpe segue viva na sociedade, com um discurso remodelado, mas pronto entrar em ação, caso a democracia torne-se demasiadamente democrática.


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Olé & Repé

Nanquim ( bico de pena), meio-tom eletrônico.
Publicado in Jornal do Mercado ( P.Alegre/RS, mar/2011)
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DEPUTADO RACISTA DOBROU PATRIMÔNIO ENTRE DOIS MANDATOS



















As declarações de bens do pústula Jair Messias Bolsonaro apresentadas à Justiça Eleitoral revelam um dado assombroso: entre as eleições de 2006 e 2010, o patrimônio oficial do abjeto parlamentar cresceu 90,5%. A informação está na página Excelências, da ONG Transparência Brasil.  
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A FARSA DO PAC ESTA SENDO DESMASCARADA

Rebeliões desvendam embustes do PAC


Embora politicamente tenha sido uma jogada de mestre (leia análise a seguir), a inclusão do projeto do metrô de Porto Alegre no elenco de obras do chamado PAC da Mobilidade não irá adiante neste início do governo Dilma Roussef.


. Dilma (Lula) deixou uma herança maldita para si mesma.

. Em todo o Brasil, pelo menos seis grandes obras do PAC estão
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O corpo é uma festa


La iglesia dice: El cuerpo es una culpa.
La ciencia dice: El cuerpo es una máquina.
La publicidad dice: El cuerpo es un negocio.
El cuerpo dice: Yo soy una fiesta.

+/-lunet ← foto The body, de Fallon Zophy
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• Inflaçãozinha

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Infeliz Aniversário

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Havia mesmo algo sujo na homenagem ao "infame" em Portugal


Caro Coronel, e claro que havia algo sujo por baixo dos panos na homenagem ao Infame ex presidente brasileiro, la em Portugal. Todos nos sabemos que essa criatura so age em funcao de dinheiro e parece que com o passar dos anos a coisa esta se tornando psicotica. Penso que ele vai acabar descobrindo que apesar de so ter se favorecido do cargo que deixou, esta sendo mais vantajoso ser EX. A cada
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ÍNTEGRA DA REPRESENTAÇÃO DOS DEPUTADOS CONTRA O DESPREZÍVEL CAPITÃO-DO-MATO





Os parlamentares infra-assinados vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência representar contra o deputado JAIR BOLSONARO pelas razões de fato e de direito na seguinte:


REPRESENTAÇÃO DOS FATOS


Na noite de 28 de março de 2011 foi ao ar o programa da TV Bandeirantes entitulado CQC – Custe o Que Custar, no qual foi veiculada uma entrevista com o Deputado Jair Bolsonaro no quadro do CQC denominado “O povo quer saber”.  No decorrer da entrevista, o referido parlamentar, ao ser indagado pela artista e promotora Preta Gil “se seu filho se apaixonasse por uma negra, o que você faria?” Eis a resposta literal do entrevistado: “ô Preta, eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja, eu não corro esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o seu” (!).
Esta resposta caracterizada por evidente cunho racista culminava uma série de afirmações em desapreço a diversos grupos sociais e em apologia a graves violações de direitos humanos, no decorrer de toda a referida entrevista.
Na realidade tem sido recorrentes as manifestações de cunho racista proferidas pelo Sr. Jair Bolsonaro nesta Casa e fora dela, contra diversos grupos sociais e organizações defensoras de direitos humanos, dentre as quais a própria Comissão de Direitos Humanos e Minorias, da qual ele é membro suplente por designação do partido a que é filiado, o PP.


DO DIREITO


A difusão de conteúdos ideológicos por meio da mídia eletrônica é de conhecido poder de multiplicação, principalmente quando se trata de programa que conta com significativa audiência, como o CQC.  O Sr. Jair Bolsonaro ao utilizar-se de um espaço midiático para propagar atos que configuram crimes, extrapola a liberdade de expressão para ofender a dignidade, a autoestima e a imagem não só da pessoa que fez a pergunta naquele momento, mas de toda a sociedade, uma vez que os direitos e princípios constitucionais ofendidos pertencem à toda a sociedade.
A Lei 7.716, de janeiro de 1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, inclui, no seu Art. 20, “que praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional” é crime passível de reclusão de um a três anos e multa.
Essa Lei decorre de tratados internacionais de que o Brasil é signatário. A Constituição Cidadã é explícita ao repudiar o racismo como prática social, considerando-o como crime imprescritível e inafiançável.  O Art. 1º da Carta Magna, que define como um dos fundamentos da República Federativa do Brasil “III – a dignidade da pessoa humana.”
O Art. 3º, que enumera os objetivos fundamentais da República, contempla “IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Já o Art. 4º , que estabelece os princípios pelos quais se regem as relações internacionais do país, VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo (…).
O Art. 5º da Constituição Cidadã, por sua vez, define que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (…). O mesmo Artº 5º, em seu Inciso XLII, prevê que “a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, com base no Recurso Especial 157805/DF, prevê que “Incitar, consoante a melhor doutrina é instigar, provocar ou estimular e o elemento subjetivo consubstancia-se em ter o agente vontade consciente dirigida a estimular a discriminação ou preconceito racial. Para a configuração do delito, sob esse prisma basta que o agente saiba que pode vir a causá-lo ou assumir o risco de produzi-lo (dolo direto ou eventual).”
Por sua vez, o Código Penal, define o crime de injúria no Art. 140, estabelecendo que se trata de injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro. O § 3º da mesma lei,estabelece que “se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência, a pena é de reclusão de um a três anos e multa.
Ante o exposto, requerem os representantes se digne V. Excelência determinar, em respeito aos princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos, da Carta Magna de 1988 e da Lei vigente, a instauração do devido procedimento contra o Deputado JAIR BOLSONARO, para que seja:
1)    Avaliada se a conduta do Deputado Jair Bolsonaro configura efetivamente a prática do crime de racismo;
2)    Determinadas providências para requisição de vídeo tape do programa CQC à TV Bandeirantes exibido na noite de 28 de março de 2011 para melhor exame do caso;
3)    Determinadas providências para requisição de transcrições de discursos do referido deputado nos quais se demonstram as práticas recorrentes de injúrias, ofensas à dignidade e incitação da discriminação e preconceitos, inclusive contra a Comissão de Direitos Humanos e Minorias;
4)    Encaminhe à Corregedoria e, posteriormente, ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar abertura de processo sobre eventual quebra de decoro parlamentar.


Brasília(DF), 29 de março de 2011


Manuela d’Ávila (PCdoB-RS) – presidenta da Comissão de Direitos Humanos e Minorias
Brizola Neto (PDT-RJ)
Chico Alencar (PSol-RJ)
Domingos Dutra (PT-MA)
Édson Santos (PT-RJ)
Emiliano José (PT-BA)
Érika Kokay (PT-DF)
Fernando Ferro (PT-PE)
Ivan Valente (PSol-SP)
Jandira Feghali (PCdoB-RJ)
Jean Wyllys (PSol-RJ)
Luiz Alberto (PT-BA)
Luiz Couto (PT-PB)
Marina Santanna (PT-GO)
Perpétua Almeida (PCdoB-AC) 


Para apoiar a manifestação, escreva para a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (cdh@camara.gov.br).
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O RETRATO ACABADO DE UM GRANDE FILHO-DA-PUTA

 



























Capitão-do-mato Jair Messias Bolsonaro
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A Revolucao Democratica de 31/03/64 tera sido em vao?

Caro Tio Rei, sera que isto vai se repetir? So que agora os golpistas estao no poder. E dai? Que faremos? Com quem podemos contar agora? Veja se nao e tudo igual? Tudo para implantar a desgraca do Comunismo no Brasil



-" Eleições levam vários comunistas infiltrados nos partidos legais ao poder (Miguel Arraes – PE);
- CGT passa a assessorar o ministro do trabalho tendo livre trânsito no palácio
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Nascido para complicar

By Sergiones
O Partido Social Democrático anunciado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, no último dia 21 de março nasceu com uma mácula difícil de ser apagada: ninguém o levou a sério ou tratou-o com algum respeito.
Veio à luz sob o signo da dúvida e da especulação. Afinal, o que pretendem seus criadores? Liberar o prefeito paulistano das asas protetoras do ex-governador José Serra, verdadeiro promotor da sua entrada no grande circuito da política nacional? Pavimentar o caminho para uma aproximação com a base governista no Congresso Nacional? Criar uma “terceira força” para combater a polarização PT-PSDB que domina a cena eleitoral? Ou tudo se limita a fazer poeira para cegar os transeuntes e colher alguns frutos mais à frente?
As interrogações poderiam se estender ao infinito. Se o plano for, por exemplo, estragar o pas des deux PT-PSDB, seria preciso esclarecer com que trunfos o partido acredita contar. Aqueles que o estão pondo de pé não são propriamente políticos carismáticos, não arrebatam multidões, não detém particulares atributos de liderança. Podem no máximo atrapalhar o jogo, a serviço de causas ainda mal esclarecidas, mas é discutível que consigam articular alguma opção que repercuta para elevar a qualidade do quadro partidário brasileiro. Tudo leva a crer que continuarão a flutuar numa zona pouco relevante, à espera de alguém que deles necessite e os promova.
A criação do PSD não se ajusta a nenhuma consideração criteriosa do sistema político brasileiro. O país voltou a falar em reforma política, e agora de modo mais sensato, menos apocalíptico. Cresceu o consenso de que algo pode ser feito para melhorar o sistema representativo e a maneira como as forças políticas disputam eleições, chegam ao poder e governam. Para o nascente PSD, nada disso merece consideração: ele se lança não para racionalizar o quadro, mas para complicá-lo um pouco mais. Funciona como uma câmara de eco: o que está ruim terá em mim sua mais perfeita tradução.
Não temos déficit de partidos. Eles existem aos montes, deprimidos ou eufóricos, em crise alguns, inexpressivos ou fisiológicos outros, quase todos manchados por algum tipo de imprecisão, vazio doutrinário ou incoerência. O excesso de partidos não é por si só um problema. Pode mesmo ser visto como uma virtude, expressão de um sistema aberto, democrático, competitivo. No Brasil, eles são muitos, mas só alguns poucos realmente contam. Com isso, a mixórdia de siglas acaba por confundir os eleitores e empurrá-los para a indiferença. Em sua maioria, os partidos representam pouco, não fornecem parâmetros valorativos para a cidadania, nem conseguem dizer o que pretendem e como farão para dar vida às suas pretensões. São organizações frágeis, sem magnetismo para manter agregados um punhado de seguidores e parlamentares que, em tese, se associaram por ter convicções parecidas e querer coisas parecidas. Não foram feitos para isso, e não há fidelidade partidária que possa corrigi-los.
Se há algo de que não se necessita no Brasil é de mais um partido tapa-buracos, sem caráter programático, concebido para acomodar pretensões eleitorais tópicas e estratégias políticas imprecisas.
Pois o PSD nasceu respingando isso por todos os poros. Nele cabe o mundo, exceção feita aos desafetos. Comunistas, ou quase, como o ex-delegado e deputado federal Protógenes Queiróz, socialistas do PSB, tratados como irmãos de estrada, liberais, conservadores, desenvolvimentistas, aliados ou companheiros da presidente Dilma, bem como apoiadores e assessores do governador Alckmim. O PSD nasce “independente”, mas sua independência é condicionada: está disposto a ajudar o governo federal e a honrar uma “aliança” com o governo de São Paulo, além de permanecer, firme como uma rocha, ao lado do ex-governador José Serra. Para ele, oposição e situação não são coisas para se levar a sério, deve-se mesmo transitar de uma a outra sem arrependimento. Idem com o programa partidário, que deve abarcar o que for mais útil, atraente e oportuno no momento, do direito de propriedade à modernização das leis trabalhistas, passando por outras tantas platitudes.
A flexibilidade do novo partido é radical, tanto quanto sua generosidade retórica: “Viemos para ajudar o Brasil a crescer. O PSD é um partido que nasce do povo, com o povo e para o povo brasileiro”.  Deseja ocupar um espaço etéreo, acima de diferenças entre esquerda e direita, coisas que nem existiriam mais. Seu interesse é ser “o partido que vai em frente”, ciente de que o país é “maior que as siglas partidárias”.
O lugar a ser ocupado pelo PSD, portanto, seria uma espécie de terra de ninguém que abrigaria a todos os que se sentem predestinados a ter relevo na política nacional. Um desaguadouro dos que querem manter equidistância de posições tidas como polares e antitéticas, uma plataforma de onde atrair trânsfugas e incomodados variados, flertar com os poderosos e jogar o jogo do poder. Se chamarem a isso de centro, devemos desconfiar. Não se trata de um centro, mas de um nada.
O ato de criação de um partido político deveria ser saudado como um movimento para emprestar clareza, dignidade e substância à representação política e às disputas eleitorais. O surgimento do PSD não vai nessa direção: é algo feito por políticos para políticos e em nome de conveniências políticas menores. Não diz respeito à sociedade e aos cidadãos. Sendo assim, destina-se a ter vida curta, ou marginal.
O prefeito Kassab não é dono exclusivo da iniciativa. Está acompanhado por políticos que com ele compartilham projetos de poder, interesses e trajetórias. São políticos que já vestiram muitas camisas e se vincularam a siglas, lideranças e projetos diversificados, nem sempre coerentes entre si.  Não devem ser condenados por isso, mas não há como converter o trajeto que seguiram e as opções que fizeram em exemplo de conduta. [Publicado em O Estado de S. Paulo, 26/03/2011, p. A2).
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Seguir pessoas ou seguir ideias?

É curioso ver que muitas vezes nossa esquerda, tal como nossa direita, se prende a pessoas e países, não a ideias norteadoras, como as de justiça, de igualdade e de liberdade.

Daí a coisa vira um grenalzinho lamentável, onde um se opõe ao outro, mas ninguém sabe quem defende o quê.
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O povo brasileiro paga essas viagens inuteis ha mais de oito anos.

Nao se preocupe Joao Ornelas, a Presidente do Brasil, assim como o seu antecessor nao estao nem um pouco preocupados com os problemas de Portugal, so estao fazendo turismo e aproveitando as mordomias que o cargo lhes proporciona. O povo brasileiro paga essas viagens inuteis ha mais de 8 anos.  Por que eu lhe digo isso? Porque o Brasil esta fervendo com casos de corrupcao dentro do proprio governo
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MST, sinonimo de destruicao e maldade mas nao neste caso.




Caros amigos, estou deletando o post sobre o MST pois nao ha comprovacao de que as fotos sao deles. Os posts do meu amigo Bougleux sao sempre confiaveis e por isso nem pesquisei  para confirmar. Consta que essas fotos sao da Costa Rica e portanto esses trabalhadores de la devem estar levando os ovos para melhor protecao. Certamente que la tambem deve ser proibido recolher os ovos das
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AOS QUE COSTUMAM DAR OUVIDOS À ZERO ORA

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SOLIDÃO

Pois,
Sócrates introduziu a pedagogia pública.
Ele procurava ensinar aos homens que havia a possibilidade do conhecimento porisso tornou-se uma ameaça à democracia de Atenas, aliás, a democracia ateniense fora criada para que se pudesse sustentar a geriatria da própria Atenas.
Sócrates deixou ao homem o saber de sua solidão.
Ele queria o saber a serviço da igualdade, e esta igualdade tornou-se um relicário de poucos e a grande arma dos dominadores.
Revelou-se assim, o perigo do saber em relação às posições políticas.
Platão não queria perder o sentido da missão do mestre.
Sobre o saber diz Platão:
- Àqueles, os que governam não podem ser amantes do poder, porque serão sempre rivais.
Tanto Platão ou Aristóteles não conseguiram seus lugares pretendidos entre os que governam, em suas trajetórias encontraram somente a solidão do exílio.
Os Romanos confundiram o saber com a política e a retórica. Trouxeram mais realidade a política.
Esta realidade trouxe solidão a existência humana, sob a pretensa forma de atitudes cívicas que serve até hoje de modelo universal de pensamentos e condutas.
O cristianismo aumentou a distância do povo ao conhecimento, com o sacerdócio, o claustro, a apologia da verdade revelada aos que tem fé, a procura da graça alcançada em vez do trabalho, a divisão social, a mercantilização do saber.
Os humanistas tentaram promover o divórcio da razão e da fé, mas abraçaram os poderosos da corte, vendendo-se por status, posições e moedas.
O renascimento trouxera os gênios livres culturais, mas foi submetido aos ditames do mecenato, disfarçando suas criações subversivas sob o manto da cultura, e escapando da inquisição dissimulando seu desinteresse pelas coisas mundanas.
O iluminismo introduziria os conceitos da tomada indireta do poder, o agir no anonimato político, suas políticas era serem apolíticos.
O romantismo introduz os pensadores contrários ao poder, aproxima-se do povo, e passa a lutar pela liberade dos oprimidos, é a vingança do conhecimento contra o poder, com suas próprias armas.
Os intelectuais do século 18 achavam que o erudito era o exercício da supremacia do progresso da humanidade.
Deveriam, porisso entrar nas massas e provocar suas vontades, o saber já não é um dom é uma perspectiva que qualquer um pode alcançar, e lutar.
Os primórdios culturais brasileiros são os jesuítas, mas escravisaram e destruiram as culturas indígenas em suas reduções.
Após suas expulsôes criou se no Brasil uma aristocracia intelectual política que perdura até os dias de hoje.
Em 1930 ela é institucionalizada, o saber é para as elites, e classes dominantes.
Nesse percurso de 1964 a 1985, essa maioria de elites culturais se viram contra a ditadura e se engajam na luta pelo prestígio e posição.
Suas missões intelectuais cedem lugar ao político profissional.
Nesta luta desvairada os intelectuais brasileiros na busca de posições, cargos e privilégios culpam os governos passados pelos insucessos nacionais.
Acusam Cabral, o s portugueses, o império pelas mazelas do povo.
São servilistas do poder flexibilizando supostas moralidades completamente fora dos padrões de uma ética intelectual, para prevaricar e fazer do "lobby" e da corrupção seus andores.
O povo está solitário, vive na condição de exilado.
Sartre num momento mágico diz:
-Solitário é o intelectual que tem a ilusão da autonomia.(Sartre)Essa autonomia é sua propria solidão, que alimenta suas vaidades.
IGNORANTES SÃO AQUELES QUE NÃO LHES RETIRAM A SOBERBA E LHES DERRUBAM O ANDOR.
A POBREZA DO POVO BRASILEIRO ESTÁ NA SOLIDÃO DO SABER.
VSR
BOM DIA
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Ministro canalha-mensaleiro desnuda toda a sua incapacidade e ma fe.

Caro Tio Rei, nesta parte o canalha-ministro-mensaleiro desnuta toda a sua incapacidade e ma fe, veja: "eu finjo que ele não existe, e ele continua lá. É uma situação que é generalizada e ocorreu em muitas situações da história brasileira. Em que a criminalidade organizada existe, e você finge que ela não existe para você conviver com ela, como se fosse possível conviver com situações perigosas e
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CÂMARA TRANSPARENTE (?)

O portal da transparência da Câmara de Municipal de Colombo, segundo declaração do ex-presidente, vereador Gilberto da Agrolombo, foi o seu maior triunfo no desempenho da sua função.
              
Este portal deveria divulgar, em tempo real, informações sobre contratações de assesssores, presença de vereadores, contratos, licitações e seus gastos; informações da administração da câmara, relação completa de funcionários e assessores, declarando seus vencimentos e gratificações, suas funções e carga horária nos gabinetes e serviços externos.
                 
Temos 13 vereadores que representam seus eleitores e a população de Colombo, além de 39 assessores. Apenas 06 vereadores marcam  presença  em seus gabinetes. Os outros  comparecem apenas nos dias de reuniões de comissões e sessões.


Dos assessores, apenas 19 comparecem ao expediente para fazer indicações como viabilizar, patrolar, troca de lâmpadas, nomes de ruas. Quando as funções de um vereador é legislar e fiscalizar o executivo. 

Mas existe duas alas: os da situação que aceitam a voz de comando do executivo e seu presidente; e os da oposição, com três minguados vereaores representado por um, que contraria os interesses do executivo.

O líder do prefeito culpa a administração anterior da " anterior" pela má performance do seu chefe.  O líder da oposição em defesa de sua chefia contra ataca com críticas. 


Ambos não trazem resultados positivos ao interesse público e nossa cidade continua abandonada pelos nossos representantes políticos de fundo de quintal. Até Quando?
                                              
2012 tem eleição, tomem cuidado!!!
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Um abraco de uma Dachshund a sua filhinha Pink (uma porquinha adotada)

Ola querido Professor Valdeir, que bom que voce fez essa magnifica defesa do abraco. Eu nunca tive tempo de ser uma estudiosa das boas maneiras mas desde novinha (isso ja se vai meio seculo)eu sempre gostei muito de abracar bem forte. Isso me tem dado muitas alegrias porque a sensacao que se tem e de que quando voce aperta bem mesmo o outro tambem e contagiado e tambem se entrega a essa sensacao
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EXCLUSIVO: OBAMA FALA AO CLOACA

Veja a íntegra:


- Mr. Obama, please, could you say something to the readers of Cloaca News?
- No.
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Terremoto, tsunami, radiação...

Uma bobagem sobre a triste situação do Japão, que não pode ser pior. Ou pode?
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SAI, CAPETA! BISPO CATÓLICO QUE TENTOU FAZER CAVEIRA DE DILMA NA ELEIÇÃO PROCESSA JORNAL DE SÃO BERNARDO (E PEDE SIGILO DE JUSTIÇA!!!)

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Deu no ABCD Maior


Depois de sustentar, em 2010, campanha para identificar com a defesa do aborto a então candidata à presidência Dilma Rousseff, o bispo da Diocese de Santo André, Nelson Westrupp, resolveu pedir indenização, em dinheiro, ao jornal ABCD Maior. O bispo alega ter sofrido danos morais por conta de reportagens publicadas pelo jornal. Além de aceitar a denúncia, o Poder Judiciário atendeu ao pedido do bispo de segredo de justiça ao processo.
Para o advogado Rui Carneiro, que defende o Jornal ABCD Maior, “é uma perigosa aventura jurídica com caráter meramente vingativo em razão da vitória da presidente Dilma, além de tentar usar o Poder Judiciário para calar a imprensa e cercear o livre debate de assuntos de interesse público, o que é inadmissível no atual Estado Democrático de Direito.”
Santa Inquisição - De acordo com o jornalista Celso Horta, diretor do jornal, o que o bispo está querendo é “ressuscitar a Santa Inquisição. Até o sigilo de justiça está sendo invocado para pedir indenização pecuniária, um gesto muito contraditório com quem se diz ofendido em sua dignidade de religioso. O que, afinal, o bispo quer esconder atrás do sigilo? Será que os fiéis da Igreja Católica aceitam que um bispo lave sua honra com uma indenização em vil metal?”, perguntou o jornalista.
Westrupp, que também é presidente do Conselho Regional Sul da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), denuncia ainda o jornalista Júlio Gardesani, autor das reportagens. Pouco antes do final do primeiro turno, uma carta assinada por Westrupp e outros dois bispos foi distribuída nas igrejas de São Paulo e por simpatizantes da candidatura de José Serra (PSDB). No documento, Westrupp pediu aos fiéis que não votassem em candidatos que defendiam o aborto, citando por cinco vezes o PT como partido que defendia.
A carta tumultuou a campanha eleitoral. Trouxe debates religiosos como a condenação do aborto e tirou o foco da discussão dos problemas nacionais. Enquanto a candidata, hoje presidente Dilma Rousseff, do PT, se defendia, José Serra, do PSDB, explorava o posicionamento da igreja. Dilma teve de se reunir com lideranças religiosas e preparar uma nota afirmando que não era a favor do aborto. O PT também teve de desmentir as afirmações de Westrupp.
A seção nacional da CNBB publicou, em seu site, texto contrariando o documento de Westrupp. “Lamentamos profundamente que o nome da CNBB (...) tenha sido usado indevidamente ao longo da campanha, sendo objeto de manipulação. A CNBB não indica nenhum candidato (...) a escolha é um ato livre”.
Evangélicos - As informações sobre o envolvimento de Westrupp com as cartas também foram publicadas por outros jornais do ABCD e pela mídia impressa e eletrônica do País e internacional. Westrupp também se sentiu “ofendido” pela reportagem que citava a preocupação confessada pelo bispo em correspondência ao papa Bento 16 com o crescimento dos evangélicos e dos ateus em São Paulo.
Todas as reportagens publicadas pelo Jornal ofereceram espaço ao bispo mas em nenhuma delas ele aceitou falar pessoalmente. A assessora, Irmã Marinéia, chegou a se manifestar em nome de Westrupp, conforme registra a edição, número 253, de 13 de outubro de 2010.
Em relação à carta sobre o aborto, através de e-mail, o assessor de imprensa de Westrupp, Humberto Pastore, não só confirmou a autenticidade, como a encaminhou em anexo para o jornalista Júlio Gardesani. Em seguida, o bispo enviou ao jornal carta respondendo às reportagens, mas eivada de ofensas. “O jornalista Júlio Gardesani demonstra muito mais interesse em criar factóides e contendas do que informar (...) Creio que não é desse jeito que se faz jornalismo, Sr. Júlio Gardesani”, diz Westrupp.
A correspondência do bispo foi publicada na íntegra pelo Jornal (edição número 260, de 05 de novembro de 2010). Para ler a carta do bispo publicada pelo jornal, clique aqui.
Jornalista critica Westrupp - O presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Guto Camargo, afirmou que a tentativa de Dom Nelson Westrupp de censurar o ABCD Maior é política e prejudica, principalmente, o leitor do jornal. Guto é o primeiro representante da sociedade ouvido pelo ABCD Maior sobre o processo movido pelo bispo contra o jornal e o jornalista Júlio Gardesani.
“Essa é uma situação que muito nos preocupa ultimamente. Essa tentativa de interferência no trabalho da imprensa não é judicial, mas política. Isso porque, desde que derrubaram e Lei de Imprensa, não a substituíram por nenhuma outra. Assim, as decisões são subjetivas”, afirmou o presidente do Sindicato dos Jornalistas.
Privação de informação - No entanto, o processo judicial movido por Dom Nelson Westrupp acerta diretamente o direito da população de se informar, explicou o presidente. “É um problema para o público leitor, que pode ser privado de uma informação por uma situação mal esclarecida”.
O presidente do Sindicato ainda garantiu que nunca viu a Igreja Católica processando diretamente um jornal em São Paulo. “É o primeiro problema de tentativa de censura à liberdade de imprensa partindo da própria Igreja Católica que eu tenho conhecimento”.
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BAIXO CLERO BARRA (MOMENTANEAMENTE) NA JUSTIÇA A CPI DA SAÚDE DA CÂMARA DE VEREADORES DE PORTO ALEGRE

Abraçados para abafar a investigação das maracutaias...

     Após um verdadeiro festival de trapalhadas que fizeram o deleite da oposição por quase dois meses, a incompetente base aliada do prefeito José Fortunati (PDT) na Câmara de Vereadores de Porto Alegre conseguiu, ao menos momentaneamente, barrar na justiça o funcionamento da CPI destinada a investigar uma fraude na gestão da saúde em Porto Alegre que pode chegar a dez milhões de reais.
     O passaporte para a vigarice foi a contratação ilegal do Instituto Sollus, de São Paulo, a quem o ex-prefeito e atualmente desempregado José Fogaça entregou a “gestão” do Programa da Saúde da Família na Capital gaúcha em 2007/2009.
     Do enredo da novela de terror constam 5,4 milhões de reais em notas de despesas irregulares com fornecedores e outros quatro milhões de reais que seriam destinados às rescisões dos trabalhadores contratados pelo Instituto para a prestação dos serviços da Saúde da Família em Porto Alegre. Resultado: postos de saúde fechados e falta de atendimento médico a milhares de porto-alegrenses. A fraude é escancarada: o próprio órgão de auditoria da Prefeitura apontou detalhadamente diversas irregularidades que Fogaça e Fortunati não querem investigar, embora tenham rescindido o contrato com o Instituto Sollus.
     A oposição (PT, PSOL e PSB), com o apoio de duas vereadoras do próprio PDT – uma delas nada menos do que Juliana Brizola, neta do fundador do PDT –, conseguiu protocolar, em dezembro de 2010, um requerimento de CPI para investigar a roubalheira.      
     Ocorre que há o questionamento da assinatura da vereadora Neuza Canabarro, do PDT, porque ela é suplente e, embora tenha firmado o documento quando se encontrava no exercício do mandato, o mesmo foi protocolado posteriormente, isto porque a última das 12 necessárias para validar a CPI – exatamente a de Juliana Brizola - foi conseguida somente no final de 2010.
     Baseada em parecer da Procuradoria da Câmara que considerou válida a assinatura de Neuza, a presidente do Legislativo porto-alegrense, Sofia Cavedon (PT), determinou a constituição da CPI e, diante da negativa da maioria governista em indicar os membros decidiu, corajosamente, ela mesma indicar os faltantes, todos da base furreca do prefeito-de-segunda-mão José Fortunati (ele assumiu depois que Fogaça renunciou ao mandato para perder a eleição para Tarso Genro ainda no primeiro turno).
     A partir daí, o pavoroso baixo clero que constitui a base do prefeito começou a bater cabeça tentando, sem sucesso, através de recursos apresentados na própria Câmara, anular a CPI (é que havia diversos vetos trancando a pauta de votações e os recursos teriam que esperar para apreciação em plenário). Além disso, como a constituição de CPI é direito das minorias, não pode a maioria barrar, por qualquer artifício, o funcionamento da investigação.
     A todas estas a oposição, mesmo com a ausência dos governistas, instalou a CPI, passando a deitar e rolar até que, passados quase dois meses, a bancada do PTB (aliás partido do secretário da saúde, Eliseu Santos, assassinado, na mesma época, em circunstância nebulosa envolvendo outro contrato da Secretaria, o da vigilância dos postos de saúde), ingressasse com mandado de segurança que, para azar deles, teve liminar negada de forma contundente no primeiro grau.
     Finalmente hoje (22/03), através de liminar em recurso ao Tribunal de Justiça, foi suspensa a CPI, provisoriamente, ao menos até o julgamento do mérito da ação pelo juiz de primeiro grau, cujo teor do despacho negando a liminar permite antever a improcedência da ação, eis que a questão é apenas de direito (a validade da assinatura da vereadora Neuza).
     Momentaneamente, o baixo clero comemora, mas a alegria poderá durar pouco.
     Resta a pergunta: afinal, porque o prefeito José Fortunati e os vereadores da sua base querem  abafar a investigação de um escândalo de desvio de milhões que cruza com o assassinato do secretário da saúde, num caso em que até os postes de Porto Alegre sabem que cheira muito mal?
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Bons ventos tragam a Senadora KATIA ABREU.

Nossa Coronel, aqui tao longe de casa e vendo minha cidade ser destruida por uma prefeita que foi eleita pelo PMDB mas que usa o cargo so para empregar petistas, ver uma noticia dessas me faz feliz mesmo. Agradeco por sempre poder contar com o seu blog para saber de tudo o que acontece no cenario politico e principalmente por essa noticia da escolha da Senadora KATIA ABREU que escrevo em
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A intervenção na Líbia é injusta?

A intervenção na Líbia é injusta? Trata-se de uma pergunta ambígua, pois podemos supor que duas coisas diferentes estão sendo perguntadas.

Por um lado, poderíamos estar perguntando se a intervenção militar na Líbia é justa, levando em conta que outros lugares do mundo - Burma, Iraque, Gaza etc. - exigiriam uma intervenção semelhante, visto que tais populações civis estão sob ameaça dos respectivos governos de fato ou invasores.

Nesse caso, considerando o princípio da universalidade que deve reger a ONU, temos que dizer que a intervenção não é justa, visto que não beneficia todas as populações de maneira igual.

Por outro lado, poderíamos estar perguntando se a intervenção militar (em contraste com outros tipos de medidas) na Líbia é justa, levando em conta que o governo local voltou os canhões contra a população civil.

Nesse caso, é preciso dizer que a intervenção é uma boa coisa, pois destroi armas que estavam apontadas para civis.

Em suma, uma coisa é dizer que a intervenção na Líbia é injusta por falta de aplicação universal do critério de distribuição de vantagens.

Isto é verdade, e se trata de uma boa crítica.

Mas outra coisa seria dizer que a intervenção é intrinsecamente ruim.

Ela não é.

Se eu fosse um líbio em uma cidade sob ataque das forças armadas de Kadafi, estaria comemorando-a.
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Na ressaca da Obamafolia.


Alguns breves comentários sobre a viagem de férias do Presidente dos EUA ao Brasil:
1- É inquestionável: o Obama é a cara simpática da potência hegemônica. Mas os deslumbrados de plantão não devem esquecer (se é que algum dias eles se lembraram) que hegemon é hegemon, não importando se a sua face aparente é branca ou negra, democrata ou republicana;
2- Em linhas gerais, o que mudou de fato na política externa americana nos últimos dois anos? Afinal, enquanto o Obama se divertia no Brasil, os EUA capitaneavam mais uma intervenção internacional “em nome das liberdades e dos direitos humanos” na Líbia...
3- E por falar nisto, o que será que aqueles que tem uma visão panglossiana (ou mais popularmente, “poliânica”) das relações internacionais acham desta história de bombardear populações civis para “libertá-las” de um ditador sanguinário que bombardeia populações civis?
4- Outra coisa: é sempre importante lembrar que os líderes execrados de hoje eram os aliados estratégicos do ocidente, em um passado não muito distante. Tão estratégicos que até ajudaram a financiar campanhas eleitorais de candidatos eleitos para os governos de potências ocidentais....
5- And last but not least, a Patrícia Amorim repetiu com o Obama a mesma coisa que fez com o falecido José Serra: deu-lhe uma camisa do Flamengo. E do jeito que as coisas vão para o Baraca lá nos EUA, periga ele ter o mesmo fim que o Mr. Burns da Paulista! Sei não, mas este ato de entregar a camisa do Urubu da Gávea para “pessoas ilustres” está parecendo mais uma espécie de beijo da morte...
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Obama, o Brasil e o mundo

 Como escreveu meu amigo Luiz Mir num post que trocamos pelo Facebook, precisamos deglutir com vagar a visita de Barack Obama ao Brasil.
Mir observa com acerto que “o mais relevante dessa visita é que ao certificar publicamente a liderança do Brasil na parte sul do continente, Obama nos sobrecarrega de preocupações e custos -- quando o império elege, ele cobra”. É por aí mesmo. O Brasil se tornou um player importante, reconhecido e destinado a pesar cada vez mais no contexto internacional. Sairá de uma posição tutelada, e nessa medida, protegida e “sem responsabilidade”, para outra, impregnada de compromissos e exigências. A primeira consequência disso afeta a diplomacia, que terá de ser ainda mais qualificada. Estamos bem servidos nessa área. Outra consequência afeta a política interna: políticos, técnicos e governantes terão de levar mais a sério a política externa, rompendo definitivamente com a tradição de ignorar o que se passa além-fronteiras. Levar a sério significa, claro, estudar mais, pensar mais, ter maior competência intelectual para compreender a estrutura do mundo.
A viagem de Obama é importante pelo que representa em termos de reconhecimento do protagonismo brasileiro e de aceitação, pelos EUA, da realidade multilateral do mundo. Num de seus discursos na recepção a Obama, a presidente Dilma Roussef tocou no ponto: “Aqui não nos move o interesse menor da ocupação burocrática de espaços de representação. O que nos mobiliza é a certeza de que um mundo mais multilateral produzirá benefícios para a paz e a harmonia entre os povos”.
A viagem de Obama ao Brasil não trará grandes novidades em termos efetivos ou no curtíssimo prazo, mas deverá demarcar nova etapa nas relações entre os dois países e deles com os demais. Esse o tom, creio, do excelente artigo do professor Tullo Vigevani no Estadão: “A relação dos EUA com o Brasil tem essencialmente a ver com o novo que há no mundo contemporâneo”, escreveu (http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110320/not_imp694529,0.php). O que significa considerar um lote de questões e interesses complicados, no plano comercial e no estratégico geral. A China, que muitos acham ser a parceira preferencial do Brasil em diversos terrenos, é a bola da vez.  Mas a China, vista como o gigante que se projeta, pode não ser tão sustentável assim (seu “capitalismo comunista” é uma incógnita a toda prova) e há outros gigantes por aí. O capitalismo não corre perigos, embora seja a cada dia mais deletério e nefasto, e ao se reproduzir impõe regras de conduta e de relacionamento não propriamente favoráveis a um mundo melhor.
É impressionante a quantidade de bobagens que foram ditas, escritas e praticadas sobre a visita de Obama. Maria da Conceição Tavares detonou o cara dizendo que ele virou escravo do "bordel conservador". Outros, num acesso de furor antiimperialista, viram a visita como indício de que novos grilhões estão sendo ativados. Há os que escracham o estilo "soft power" de Obama sem saber do que se trata e os que atiram molotovs para protestar contra a situação líbia.
Isso prova que ainda patinamos no entendimento da nova estrutura do mundo. Prova, também, que a dialética social existe. Ao mesmo tempo em que Obama visita o Brasil no melhor estilo soft power, os EUA ajudam uma “coligação árabe-ocidental” a descarregar bombas e torpedos em Kadafi, ameaçando abrir uma frente de batalha na Líbia na velha linha do "big stick". São incoerências e paradoxos de um país imperial e de um mundo que, salvo melhor juízo, não comporta posturas muito “racionais” e exige, por isso mesmo, para ser compreendido, procedimentos intelectuais renovados e arejados.
Fernando Gabeira escreveu dias atrás no Estadão: "O século nos empurra para uma diplomacia preventiva. Qualquer passo nessa direção será bem-vindo, como bem-vindo é Obama". Teve gente que não gostou, achando que a frase faz excessivas concessões à diplomacia norte-americana. Da minha parte, digo que frases são frases e que essa permite que se preste atenção num traço que parece ter condições de se fixar no mundo contemporâneo. Pode-se chamar isso de soft power e dizer que Obama o encarna como poucos. Ou empregar outros valores e categorias. O que não dá é prá achar que as coisas continuam as mesmas como dantes e que Obama nada mais é que um Bush jovial e simpático.
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Lambança do Obama no Brasil

Advinha quem veio para o almoço? Mister War Nobel


Carlos Latuff creio ser a única pessoa do mundo da esquerda que nunca se enganou com Obama.
Em abril de 2009 ele já fazia charges como esta:


Eu ainda acreditava que por ser um sujeito do mundo e não os tacanhas e acanhados provincianos médios estadunidenses ele poderia entender a complexidade do mundo e reconstruir as relações de seu país sobre novas bases.
 
Mas Obama cedeu cedo e a tudo contrário a seu discurso de campanha: cedeu aos senhores da guerra, ao lobby sionista, ao conservadorismo de bordel. E pior, é tão odiado em seu país quanto fora, e aí vem no nosso país com esta arrogância que o cargo lhe concede e nada escapa da fúria da polícia secreta: da barraquinha na cinelândia aos moradores da Cidade de Deus que teriam de sair de suas casas aos ministros e empresários brasileiros humilhados e passados em revista e até revistas em carros da Polícia Federal!!!!!

Mas como todos os covardes que são valentões apenas quando estão armados o comício previsto para a Cinelândia foi cancelado por medo de vaias

Não sei quanto a vocês, mas acho que Lula e Celso Amorim nos acostumaram muito mal, tínhamos a estranha idéia que ministros não deveria tirar sapatos para entrar nos Estados Unidos, como fez Celso Lafer durante o governo do maior capacho que os EUA já teve no Brasil: FHC.

Neste final de semana que este senhor pau mandado da guerra que só tem poder de cumprir ordem do conservadorismo de bordel esteve em meu país, o PSTU ganhou o meu respeito (cadê a CUT?) embora esteja pagando um preço altíssimo: 13 pessoas presas, dentre elas uma senhora de 69 anos e um adolescente e a CUFA, que com a liderança de MvBill, Celso Athayde e Preto Zezé perceberam imediatamente o que iria acontecer na Cidade de Deus e se recusaram a participar desta palhaçada. Eles poderiam ir para o Itamaraty, pois conseguiram dizer não à Casa Branca.

Vou tuitar para o consulado para eles não tirarem as pessoas de casa, e não revistar os pretinhos de 3 anos de idade dentro da própria casa
@celsoathayde
Celso Athayde
O embaixada acaba de ligar reclamando de mim. Lamento amigos e amo vcs,+ meu compromisso é com a favela. Não expulsem os moradores domingo
@celsoathayde
Celso Athayde
@maccariobr o obama è bem vindo e muito. A casa branca é que precisa entender que o brasil não é uma privada. Eu digo NO pra vcs também
@celsoathayde
Celso Athayde
Tirar todos os moradores q estao a trezentos metros de onde a fera vai passar ? " Não , isso não podemos ". Minha calça eu não vou abaixar
@celsoathayde
Celso Athayde
#obama, continuo te amando. Mas não dá pra aceitar o comportamento arrogante dos mensageiros da casa branca. #foda-se vcs. #respeite a cdd
@celsoathayde
Celso Athayde

Como podem ver ainda tem gente com vergonha na cara no Brasil.

Ontem no twitter o Brasil queimou o filme como ‘nunca dantes’ entre os latino-americanos. Uma repórter da Telesur chegou a bloquear jornalistas de esquerda no twitter por tentar contemporizar o fato de nós não termos qualquer poder em relação ao fato do senhor pau mandado da guerra ter declarado a intervenção na Líbia em nosso território:

@brsamba COMPLICE ES Brasil al no haber votado en contra de la resolución 1973, a pesar de no haberse estudiado los informes preliminares
@erikalena1
Érika Ortega Sanoja
@brsamba Asúmanlo! tienen una Presidenta cómplice de un nuevo genocidio y luchen para tener un gobierno q no se arrodille ante los EEUU
@erikalena1
Érika Ortega Sanoja

@brsamba más allá de los discursos se requieren ACCIONES. Coraje habría sido votar en contra en el consejo de seguridad y no abstenerse.
@erikalena1
Érika Ortega Sanoja
@brsamba pues vaya y háblele de su "diplomacia no maniqueísta" a los muertos miles de heridos q ocasionó la Otan en Libia hoy. bloqueado!

@erikalena1
Érika Ortega Sanoja


É claro que a jornalista da TeleSur exagera e parece ignorar os discursos de Dilma Rousseff que não compactuam em nada com as lambanças do pau mandado da Guerra, mister Obama (aqui, e aqui)
Todos os jornais latino-americanos nos esculhambam no Página 12 o destaque para o desrespeito da segurança de Obama e a declaração de guerra em nosso território. Em que país que se dá o respeito e que almeja um lugar de importância global a própria polícia Federal é revistada por agentes do presidente visitante? Quanto vale um assento no Conselho de Segurança da Onu que não serve pra nada?
Eu sinceramente espero da presidenta Dilma que fez um discurso coerente e soberano que o concretize em ações para que providências sejam tomadas em relação aos abusos da polícia secreta de Obama e, principalmente, o absurdo deste senhor pau mandando da Guerra ter declaro guerra em nosso território. O Itamaraty deve uma resposta ao brasileiros à altura da humilhação que fez todos nós que temos vergonha na cara passar.  Minha mãe sempre diz que quem muito baixa a cabeça o c* aparece, fica a dica para o Itamaraty de Patriota (quase uma piada pronta).

E antes que eu me esqueça:  Dilma bota a vassoura atrás da porta, esta visita pra lá de indesejada está demorando muito para se ir e já fez muita lambança por aqui. Go home, Obama!

PS. Segundo a Casa Branca a presidenta não manifestou mal-estar diante da declaração de guerra de Obama em nosso território. O que a Casa Branca diz e o que Obama diz não se escreve e já sabemos disso.

A Líbia e o DJ do Império


Por Gilson Caroni


19/03/2011


Ao começar a ofensiva militar contra a Líbia, as potências mundiais referendaram a nova estratégia estadunidense de manutenção de hegemonia global. Hoje é improvável que a Casa Branca queira se envolver diretamente em novo confronto militar. Talvez nem precise. Pouco a pouco, os Estados Unidos vêm conseguindo o aumento da cooperação internacional para alcançar seus objetivos geopolíticos. Sem os riscos de isolamento que marcaram a agressão imperialista ao Iraque e Afeganistão, a ação bélica no país árabe é amparada por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU. Os sonhos de um mundo multipolar sofrem um desvio histórico de tal monta que não é exagero atentarmos para uma perspectiva internacional de extrema gravidade.


Nos anos 1920, os norte-americanos dançavam o “charleston” e diziam que eram “os anos loucos”, enquanto nas ruas de Chicago, gangsteres italianos e irlandeses se enfrentavam à bala. Na Líbia, o guerrilheiro Omar al-Muktar, o “leão do deserto”, lutava contra o fascismo italiano e, na Nicarágua, Augusto Sandino, o “general dos homens livres”, combatia os marines do capitão Frederick Hatsfield. Muktar foi enforcado em 1931 e Sandino fuzilado em 1934. O “terrorismo” estava sendo contido.


Mais de meio século depois, Líbia e Nicarágua foram associadas por algo mais do que aquelas gestas antiimperialistas, quase simultâneas. O artífice dessa ligação foi o então presidente Ronald Reagan para quem Muamar Kadafi era o “cão raivoso” do Oriente Médio e o comandante Daniel Ortega “um capanga com os olhos de figurinista”.


Em 14 de abril de 1986 foi realizado um ataque norte-americano a Trípoli, Bengazi e a outras três cidades por 18 bombardeios que levantaram vôo de bases na Grã-Bretanha, e 15 caças estacionados em porta-aviões pertencentes à 6ª Frota dos Estados Unidos no mar Mediterrâneo. A operação foi justificada como uma retaliação a um atentado em 5 de abril, em uma discoteca alemã, que teria matado 4 pessoas, deixando um saldo de 200 feridos. Na época, como sempre, Washington alegou possuir provas “irrefutáveis” da participação de terroristas líbios no atentado, ainda que não tivesse apresentado nenhuma.


Simultaneamente, a CIA, com o apoio da imprensa centro-americana, difundia a existência de comandos árabes realizando ações terroristas em território hondurenho, a partir de bases cedidas pelo governo sandinista. Como destacou o sociólogo Roberto Bardini, “ao tomarem conhecimento da alarmista campanha da mídia e da adoção de fortes e ostensivas medidas de segurança em Honduras, alguns observadores calcularam que tudo não passava de uma operação psicológica que teria quatro objetivos: justificar represálias militares contra a Líbia, demonstrar que a Nicarágua emprestava seu território para exportar o terrorismo, comprovar a existência de uma conexão Trípoli-Manágua. e, principalmente, conseguir que o Congresso aprovasse a destinação de US$ 100 milhões aos “contras”.”


O que Reagan conseguiu com a agressão à Líbia? Um isolamento internacional sem precedentes. Ficou reduzido ao apoio da então primeira-ministra inglesa, Margaret Thatcher, e do governo israelense. Desde a guerra do Vietnã jamais se tinha presenciado uma onda tão forte de hostilidade aos Estados Unidos. Definitivamente, o pop dos anos 80 não tinha o mesmo poder de encantamento do charleston.


Passadas duas décadas, e tendo vivenciado o que entrou para a história como Doutrina Bush, uma lição não pode ser esquecida pelas forças progressistas. Ainda mais agora, quando, a pretexto de “conter a barbárie de um ditador, EUA, França e Inglaterra lançam mísseis na Líbia: o imperialismo encurta tempos e espaços.


O Império é criterioso quando se trata de resgatar o que lhe parece ser seu fundo de quintal. A tentativa de modificar a nova ordem política da América Latina é o que move os passos de Obama na região. Transformar assimetrias em impossibilidades e mudar o perfil da política externa brasileira são os imperativos da vez.


Ao declarar que “nosso consenso foi forte e nossa decisão é clara. O povo da Líbia precisa ser protegido e, na ausência de um fim imediato à violência contra civis, nossa coalizão está preparada para agir e agir com urgência”, o presidente dos Estados Unidos deixa evidente que, em nome do “hegemon”, está pronto para misturar sem dó nem piedade o hit radiofônico “Closer”, do “rapper Ne-yo”, com um “mash-up” tribal da Madonna para “Miles away”. Espera-se que a pista, quase sempre lotada de ingênuos ou servis, repila com veemência aos apelos do “DJ” do império.


Lula acertou na mosca. Não é muito difícil adivinhar quem veio para o almoço.
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