“Não é o presidente da república quem deve estabelecer limites para a liberdade de imprensa: é o público. Numa democracia cabe ao cidadão decidir se um veículo ou profissional merece credibilidade e audiência.”
...
“Os jornais podem, sim, se posicionar politicamente e até mesmo fazer coberturas parciais. A liberdade de imprensa permite isso. Se o fizerem, porém, pagarão um alto preço em credibilidade. Pois o leitor deixará de confiar na publicação. O melhor controle da mídia – ao contrario do que apregoam vozes antidemocráticas, é o do mercado. Evidentemente, não se está aqui defendendo a inexistência de limites éticos para a atividade de informar e criticar.”...
Em primeiro lugar, o Presidente da República pode, sim, fazer a manifestação que mais lhe convier. Estará utilizando seu direito como um cidadão qualquer; o direito de manifestar sua opinião livremente.
O posicionamento político de jornais e órgãos de comunicação social, deve ser visto com naturalidade e não há problema nenhum nisso.O problema é que não são transparentes e não assumem de qual lado estão. Igualmente os jornais podem e devem expor sua opinião. Nada contra.
O problema está neste pequeno trecho: “Os jornais podem, sim, ...fazer coberturas parciais.”
Isso vai contra o nosso sagrado direito a informação. Há uma distinção que deve ser feita diante da liberdade de pensamento e o direito a informação: a liberdade de pensamento deve ser assegurada mesmo aos mentirosos; e jornalistas mentirosos, é coisa que menos falta! Nossa constituição nos assegura o direito a informação e por informação devemos entender como uma reconstituição objetiva, exata e séria dos fatos. A tal fidelidade canina aos fatos, como trata Mino Carta, sobre o bom jornalismo!
Este pequeno trecho põe por terra o Manual de Ética, Redação e Estilo de Zero Hora. Torna a dupla Jaime e Nelson Sirotsky, os dois maiores picaretas da comunicação sul-mampitubense. Especialmente quando esta dupla, sob o manto mentiroso da liberdade de imprensa, desqualifica o direito de o Presidente da República em criticar a imprensa, que é livre, por distorcer fatos.
Direito a informação que eu, como cidadão, não lhes permito negligenciar. Eu estaria renunciando a um direito; e não renuncio!
Cadê a publicação no jornaleco da Azenha, do caso do estupro, em Florianópolis, de uma garota de 14 anos pelo neto do Sr. Jaime Sirotsky. E os senhores vem falar por meio de um editorial nesta cantilena da liberdade de imprensa? Não seria melhor tratarem o assunto por libertinagem de imprensa?
Contem essa para o Chapeuzinho Vermelho...