Eu e o chilique do Serra

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  • quarta-feira, 15 de setembro de 2010
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  • Sei que estou ficando paranóico, quase todos os dias me imagino enfrentando o vampiro. Depois do último debate, bastou agora eu ler sobre mais um de seus faniquitos com jornalistas para me imaginar ali no lugar da Márcia Peltier. Ainda bem que sei que terei cura em breve, precisamente no dia 4 de outubro:

    Jurandir Paulo: Candidato, mas a quebra do sigilo aconteceu em 2009, antes de serem definidas candidaturas...

    José Serra: Que antes da candidatura, Jurandir? Nós estamos gastando tempo aqui precioso, estamos repetindo os argumentos do PT, que você sabe que são fajutos.

    Jurandir Paulo: Como assim, candidato? A Folha de S.Paulo fez a mesma pergunta outro dia...

    José Serra: Isso aqui está parecendo montado. Não foi o combinado. Não vou dar a entrevista. Apague a TV para conversarmos!

    Jurandir Paulo: Como assim? O que foi combinado?

    José Serra: Entenda, meu rapaz, eu fico com as respostas, você com as perguntas.

    Jurandir Paulo: Ué, mas não era isso que estávamos fazendo antes do seu chilique? Eu apenas perguntei e o Sr. surtou.

    José Serra: Você não entendeu, vejo que vou ter que desenhar: eu respondo primeiro, depois, só depois... você faz as perguntas para as minhas respostas. Precisa de edição. Deu para entender agora?

    Jurandir Paulo: Candidato, sou um proletário desta profissão, segui o roteiro do meu editor...

    José Serra: Como é mesmo o nome dele?

    Jurandir Paulo: Poderia ter perguntado sobre os US$3,2 milhões que seu endividado primo, Gregório Marin Preciado, depositou em NY, no JP Morgan Chase. Poderia ter perguntado sobre as relações desta conta com a Franton Interprises, de Ricardo Sérgio de Oliveira, seu ex-tesoureiro de campanha, lembra?

    José Serra: Isso é fruto de um dossiê fajuto! Como é mesmo o nome de seu editor?

    Jurandir Paulo: Estas perguntas seriam as minhas, se pudesse. Perguntaria mais sobre esta figura central que é Ricardo Sérgio de Oliveira, o pivô das privatizações, o homem de muitas contas no Caribe, de como ele ajudou seu primo falido a movimentar um bom dinheiro, por coincidência antes de eleições que o Sr. particpou. Só em 2002 foi o montante de US$1,5 milhão. É muito dinheiro para quem estava na lona, não acha?

    José Serra: Você é um petralha vazador de sigilo! Está demitido!

    Jurandir Paulo: Eu? Sigilo? Quem vazou sigilo foi a sua filha, na Decidir.com.br , em sociedade com a irmã de Daniel Dantas. Elas ofereciam aquilo que vendem nas ruas e muito mais para quem pudesse pagar.

    José Serra: Vou embora agora, não tenho tempo para aguentar petralhas no meu caminho. Quem deve ter conta no Caribe é o filho da ministra!

    Jurandir Paulo: É? Quem disse foi sua espionagem? Foi o Marcelo Itagiba e seus arapongas? O mesmo do caso Lunus? No Caribe que eu saiba tem até o seu genro, o Sr. nunca ouviu falar das empresas Iconexa Inc , depois Superbird, depois Iconexa S.A, ou da Vex Capital, nem a Oltec Management de sua filha Verônica?

    José Serra: Fui! E você vai tomar um pé na bunda!

    Jurandir Paulo: O pé na bunda será no Sr., candidato, em poucos dias. Milhões de brasileiros o darão.

    José Serra: (gritando, já na saída do estúdio) Como é mesmo o nome do seu editor?
     
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