RIO GRANDE DO SUL / ARTES
O Rio Grande do Sul possui uma estrutura de ensino formal em artes visuais bastante sedimentada, com universidades espalhadas em todas as coordenadas o estado e cursos de mestrado e doutorado em Porto Alegre. Existem vários pólos culturais, onde se criam estratégias relativamente autônomas dos recursos da capital. Porém, percebe-se, principalmente nos últimos anos, um afastamento dramático do poder público dos instrumentos culturais o estado, que investe cada vez menos recursos na área. Na atual gestão do governo estadual chegou a se cogitar a extinção da secretaria da cultura, ação felizmente impedida pela mobilização da classe e da imprensa local.
Porto Alegre é um pólo importante da produção em arte contemporânea no Brasil, com várias oportunidades de formação e fruição. A Bienal do Mercosul vem se firmando como evento relevante no calendário artístico do país à medida que extrapola os limites geográficos do seu nome, e o Instituto de Artes da UFRGS oferece mestrado e doutorado em artes visuais. Além disso, o Torreão, espaço mantido pelos artistas Elida Tessler e Jailton Moreira há mais de 15 anos, oferece cursos práticos e teóricos e uma programação constante de intervenções de artistas nacionais e internacionais. Também se destaca a atuação ateliê coletivo e da galeria Subterrânea, espaço mantido por sete jovens artistas, que promove, desde 2006, exposições, cursos e eventos em arte contemporânea. Há ainda as atividades desenvolvidas pela Fundação Iberê Camargo (FIC), com seu recém-inaugurado museu e um programa de bolsas de residência artística.
No entanto, os espaços públicos encontram-se perigosamente sucateados. As galerias municipais – galeria Iberê Camargo, galeria do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Demae), Paço Municipal e Usina do Gasômetro – as instituições estaduais – Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), Museu de Artes do Rio Grande do Sul Aldo Malagoli (Margs), Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MAC/RS) e o Instituto Estadual de Artes Visuais (Ieav) – estão, com raras exceções, em péssimas condições físicas e/ou administrativas. O estado parece contentar-se em apoiar as iniciativas culturais privadas, como a Bienal e a FIC, deixando de lado os instrumentos culturais públicos. Impressiona também a ausência de um circuito comercial minimamente estruturado: não há nenhuma galeria de arte com perfil definido.
Outros locais que apresentam programação interessante em arte contemporânea são a galeria da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), a galeria Espaço Zero, da Fundação Vera Chaves Barcellos, a Fundação Cultural e Assistencial Ecarta, o Goethe-Institut e o Museu do Trabalho. Com exceção do Goethe-Institut, que é ocupado por meio de edital, as demais instituições são todas ocupadas por meio de convite. O Santander Cultural, que iniciou suas atividades com programação relevante, atualmente apresenta grandes mostras de apelo popular.
Entrei em contato com 42 artistas em Porto Alegre, dos quais Gabriel Netto foi selecionado pelo Rumos. A produção local é, no geral, bastante qualificada e articulada. Existem muitos artistas que estabelecem conexões com outras cidades do Brasil, como Florianópolis, São Paulo, Rio de Janeiro e Recife por meio de programas desses locais, criando assim, circuitos alternativos de inserção dessa produção.
[Trilhas do Desejo: a arte visual brasileira. São Paulo: Editora Senac São Paulo e Itaú Cultural, 2009. Relatório: Região Sul, por Gabriela Motta. Rio Grande Sul, pág: 169. Porto Alegre, págs: 171/172.]
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Yeda Rorato Crusius reduziu as questões relativas a cultura ao sul do Mampituba, ao mero aspecto varzeano, bem ao seu gosto e ao de Mônica Leal. Ou a de cavalgaduras!
Agora vem o Fogacinha e sua lógica "tranversa" e rastejante querendo transformar o Acampamento Farroupilha em "museu vivo"? Gente! Ninguém merece isso.
Juro que não fui eu quem secou a louça com o "Santo Sudário"!
Realmente, temos que varrer essa gentalha para o quinto dos infernos!
Agora vem o Fogacinha e sua lógica "tranversa" e rastejante querendo transformar o Acampamento Farroupilha em "museu vivo"? Gente! Ninguém merece isso.
Juro que não fui eu quem secou a louça com o "Santo Sudário"!
Realmente, temos que varrer essa gentalha para o quinto dos infernos!