Ditador argentino condenado

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  • quarta-feira, 21 de abril de 2010
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  • Novamente a Argentina dando um OLÉ no Brasil!

    Mais uma vez ensinando como devem ser tratados os responsáveis pelas ditaduras militares!

    Vale lembrar que já falamos sobre isso n' A CORTIÇA. Releia aqui.

    Na terça-feira, dia 20 de abril, o general Reynaldo Benito Bignone, último presidente de fato da mais recente ditadura militar argentina (1976-83), foi condenado a 25 anos de prisão pelos crimes de roubos armados, sequestros prolongados com violências de 29 pessoas, além de torturas a outros 38 civis no Campo de Mayo, o maior complexo de detenção e torturas dos anos 70 no país. Além de Bignone, foram condenados outros cinco altos oficiais militares e um delegado de polícia por crimes cometidos no mesmo Campo de Mayo.

    Reynaldo Benito Bignone, ditador decrepto pagando por seus crimes
     
    Leia mais no Estadão.

    Dentro do Campo de Mayo funcionavam quatro centros de tortura e uma maternidade clandestina, onde davam à luz as prisioneiras. Após o parto, as mães eram assassinadas, enquanto os bebês eram entregues a famílias de militares ou policiais sem filhos.

    Infelizmente, as brutalidades contra as vítimas da ditadura militar argentina ainda não se encerraram. 

    No dia 27 de março, Silvia Suppo de Destéfanis foi assassinada após ser esfaqueada nove vezes. Ela foi uma testemunha fundamental em um julgamento que condenou um ex-juiz federal e outros cinco ex-policiais por crimes de lesa-humanidade cometidos durante a ditadura militar de 1976 a 1983. Em março de 1977, quando tinha apenas 17 anos, foi torturada, estuprada e submetida a um aborto.

    Silvia Suppo de Destéfanis, assassinada após testemunhar contra militares argentinos

    Leia mais no Brasil de Fato.

    Mesmo com essas tentativas desesperadas de calar as vítimas que possam testemunhar contra os responsáveis pelas ditaduras, na Argentina a punição a esses criminosos tem produzido resultados importantíssimos. 

    O Brasil, além de produtos automotivos (freios, embreagens e baterias), lácteos (leite e soro de leite) de calçados, trigo, vinhos e filmes, poderia começar a importar esse exemplo de nuestra República hermana!

    Afinal, por aqui, os que garantiram a ditadura mais longa de todo o continente nunca tiveram motivos para se preocupar com nenhum tipo punição posterior por seus atos desumanos. Por exemplo, todo aquele debate do começo de 2010 sobre a Lei de Anistia (1979), até agora, não deu em nada, pois devido à falta de quórum, o Supremo Tribunal Federal adiou por tempo indeterminado o julgamento da ação interessada em saber se a Lei de Anistia  estende-se aos torturadores dos porões da ditadura. Aguardamos ansiosos e furiosos o desfecho dessa triste novela.

    E aos desinformados ou mal intencionados que ainda defendem que os militares brasileiros foram vítimas do "terrorismo comunista", veja as entrevistas do jornalista Geneton Moraes Neto realizadas com os generais Leônidas Pires Gonçalves e Newton Cruz. 

    Elas foram apresentadas no programa Globo News Dossiê. 
    Veja aqui embaixo


    MAS CUIDADO! Tire as crianças da sala! É das coisas mais pavorosas que você vai ver em muito tempo.

    Entre outras revelações que jogam por terra qualquer argumento que apresente os militares como vítimas do "terrorismo", o general Cruz contou, por exemplo, que integrantes do governo João Figueiredo planejavam um novo atentado após o fracasso do Riocentro. Não conseguindo fechar a boca, o general ainda revela que Paulo Maluf, que disputava as eleições indiretas do fim da ditadura, o teria procurado para que fosse articulado o assassinato de Tancredo Neves.

    Paulo Maluf e Figueiredo. De acordo com Newton Cruz, Maluf queria matar Tancredo Neves.

    A Carta Capital fez um breve resumo das entrevistas. Leia aqui.

    Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel, Figueiredo, Silvio Frota, Golbery Couto e Silva, Erasmo Dias. Velhos decreptos! Esses já controlam as coisas no inferno com muita ordem e progresso. Muitos outros estão por descer ainda. E não pagarão por nada do que fizeram contra o país, contra a humanidade.

    É de uma impunidade tão grande (sempre apoiada pela grande mídia), tão inacreditárvel que não há quaisquer problemas, não há a mínima timidez, ou gota de arrependimento em um general admitir inúmeros crimes dos militares em plena televisão. 

    Ele, mais do que qualquer um, sabe muito bem que não terá de responder por nada. E é exatamente isso que é o Brasil. Impunidade total. Gozolândia plena! Foda-o ou deixe-o!
     
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