Porto Alegre é D+
Por Antonio Cattani (*)
A Zero Hora publica tanta bobagem que uma grande parte passa desapercebida. Tendo ficado acamado no fim de semana tive um pouco mais de tempo para desperdiçar, no caso, lendo a edição de sábado do New York Times da Azenha. Na seção de artigos foi publicado algo que deveria ter sido intitulado “Porto Alegre: capital do Estado da Flórida” de autoria do Secretário de Gestão e Acompanhamento Estratégico de Porto Alegre, Clóvis Magalhães.
Com este artigo ficamos sabendo que Porto Alegre está preparada para enfrentar grandes desafios de segurança e convivência pacífica, estando imune a catástrofes ambientais, conflitos armados e violência generalizada. Isso tudo por obra do programa de Governança iluminada e antecipadora da atual e interminável gestão. Mais do que isso, a cidade é líder mundial na discussão e promoção de uma agenda de democracia participativa, é modelo e referência do OP; é reconhecida internacionalmente no cumprimento pleno da promoção da paz e do desenvolvimento sustentável.
O estratégico secretário não caminha pela cidade, não conhece a periferia, nunca ouviu falar da Grande Cruzeiro, dos engarrafamentos da Rodoviária, da Independência, da Assis Brasil, da Bento e de mais uns 50 pontos problemáticos. O gestionário secretário não passa perto dos milhares de mendigos que ocupam ruas e praças, ambos, mendigos e lugares, em condições lastimáveis. O gestionário secretário deve estar permanentemente com fones de ouvido escutando Sing Along Sounds e assim, pode ignorar o fato que Porto Alegre é a pior capital brasileira em termos de qualidade de vida considerando-se a emissão de ruidos provocados pelo trânsito.
O título de “secretário de acompanhamento estratégico” deve se referir à tarefa de seguir o evanescente prefeito no mundo da fantasia, acreditando que administram a Disneylândia. Só falta adaptar os nomes locais aos personagens famosos: a Bela Adormecida, o rato Mickey, o Pateta etc.
Com este artigo ficamos sabendo que Porto Alegre está preparada para enfrentar grandes desafios de segurança e convivência pacífica, estando imune a catástrofes ambientais, conflitos armados e violência generalizada. Isso tudo por obra do programa de Governança iluminada e antecipadora da atual e interminável gestão. Mais do que isso, a cidade é líder mundial na discussão e promoção de uma agenda de democracia participativa, é modelo e referência do OP; é reconhecida internacionalmente no cumprimento pleno da promoção da paz e do desenvolvimento sustentável.
O estratégico secretário não caminha pela cidade, não conhece a periferia, nunca ouviu falar da Grande Cruzeiro, dos engarrafamentos da Rodoviária, da Independência, da Assis Brasil, da Bento e de mais uns 50 pontos problemáticos. O gestionário secretário não passa perto dos milhares de mendigos que ocupam ruas e praças, ambos, mendigos e lugares, em condições lastimáveis. O gestionário secretário deve estar permanentemente com fones de ouvido escutando Sing Along Sounds e assim, pode ignorar o fato que Porto Alegre é a pior capital brasileira em termos de qualidade de vida considerando-se a emissão de ruidos provocados pelo trânsito.
O título de “secretário de acompanhamento estratégico” deve se referir à tarefa de seguir o evanescente prefeito no mundo da fantasia, acreditando que administram a Disneylândia. Só falta adaptar os nomes locais aos personagens famosos: a Bela Adormecida, o rato Mickey, o Pateta etc.
(*) Professor titular de Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul