A Luta Inglória de FHC

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  • sexta-feira, 10 de abril de 2009
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  • Há alguns anos, ainda durante a nada saudosa “Era FHC”, o Prof. Francisco Carlos Teixeira da Silva, da UFRJ (grande mestre, grande figura!), deu uma entrevista ao jornal “O Globo” em que afirmava que a constatação de que um presidente entrou, definitivamente, para o imaginário popular se dá quando ele vira enredo de Escola de Samba. Mais adiante, ele comentou que Fernando Henrique, com certeza, jamais seria enredo de Escola alguma. Lembrei-me disto, ao ler no jornal que a Portela estuda a possibilidade de transformar o livro “Lula, o Filho do Brasil”, de Denise Paraná, em seu enredo para 2010. Lembrei-me, também, que em seu primeiro ano como Presidente (2003), a Beija-Flor de Nilópolis já homenageou Lula no enredo “O Povo Conta a sua História – Saco Vazio Não Para em Pé – A Mão que faz a Guerra faz a Paz”. Na ocasião, o enredo não só fazia referência ao programa “Fome Zero”, carro-chefe do primeiro mandato, como no último carro alegórico havia uma imagem do presidente. Além disto, no início do desfile, Neguinho da Beija-Flor incorporou ao já tradicional grito-de-guerra, “Olha a Beija-Flor aí, gente”, o slogan “A esperança venceu o medo”, mote da campanha de Lula. É por estas (e por muitas outras) que FHC, volta e meia, é acometido por ataques de inveja aguda em relação ao seu sucessor, como aconteceu nesta última semana. Deve ser difícil para alguém com o seu ego – que é mais inflado ainda devido aos puxa-saquismos dos baba-ovos da mídia - perceber que nunca vai alcançar a popularidade – no Brasil e no exterior – atingida pelo ex-operário que se tornou presidente. Será que o outrora “Príncipe dos Sociólogos” não consegue perceber que é muito difícil competir com um símbolo? E mais, que quem é representado por este símbolo é, nada mais, nada menos, do que o povo brasileiro, “entidade” que ele, FHC, só conhece bem das teses acadêmicas e das buchadas de bode que comeu em atos populistas de campanha? É dura a vida de um ex-presidente que já teria caído no ostracismo há muito tempo, se não fossem os áulicos da grande imprensa e o saudosismo das viúvas da Daslu.
     
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