Os desorientados jornais pensam seu futuro


Fiquei impressionado. Li no Comunique-se que em seminário nesta segunda, na Fundação Getúlio Vargas, os principais representantes da mídia corporativa tupiniquim estão perto de montar uma estratégia única para salvar seus negócios.

Para o o diretor de conteúdo do Estadão, Ricardo Gandour:


Todos os jornais devem fechar o conteúdo gratuito e passar a cobrar. Senão, será a morte do jornalismo.



Já para o diretor de redação do O Globo, Rodolfo Fernandes:


Quero ver alguém convencer o meu filho a pagar por uma informação que ele foi acostumado a ter de graça.



Perfeito, falta só acertar alguns poucos pontos, estão quase chegando a um acordo.

Para Gandour, diria que na hora de todos fecharem suas notícias, cobrando por cada texto, os blogs vão comemorar. Basta ser assinante e comentar o que leu para garantir a audiência que os jornais perderão. Mais fácil e legal que copiar MP3. Para o Fernandes, diria que não entendo como pensando assim, O Globo ainda fecha seu conteúdo e não permite nem um corta e cola para mandar a notícia pela internet, onde o jornal iria fidelizar ou ganhar novos leitores.

Acho que ainda faltam muitos seminários para acertar as idéias. Ou uns 5 mil consultores para ensinar o óbvio...

Clique para ver...

Caro Remindo...

Meu problema não é o peão, é o patrão!


Clique para ver...

Living La Vida Loca - 05

Clique para ver...

Sobre o fotógrafo cujo apelido "não pode ser pronunciado"

Edgar Vasques


REMINDO>>>Meu comentário era seguinte. O tio WU acusou um jornalista sem nenhuma prova, piração da cabeça dele e perdeu na tia justa. A ZH não tem nada a ver com isso.

Meu caro “Remindo”...

O caso do processo do fotógrafo cujo apelido “não pode ser pronunciado”, contra o Professor Wladimir Ungaretti da FABICO-UFRGS, soa como uma tentativa de desarticulação de quem não tem o pensamento não engajado à grande mídia no RS. Não é um mero processo de um fotógrafo contra um jornalista. Isso é um ledo engano! Isso não é uma "historinha entre comadres".

Durante parte de minha vida, estive completamente desinteressado pela vida política. Em dado momento, dei-me conta de estar sendo usado pelos jornalecos locais como massa de manobra. Justamente naquele momento decidi fazer um acompanhamento das mesmas notícias em todos os jornais e portais de internet. E a constatação não foi outra. As notícias políticas sempre tendiam ao direcionamento favorável a determinada figura em detrimento de outra, mesmo que isso não parasse em pé. Frequentemente, “verdades prontas e acabadas” ruíam feito castelos de areia, mas a cicatriz que permanecia era a de mentira. Foi que neste período cancelei com os pés a assinatura do jornal Zero Hora, que me chegava às mãos.

Após me dar conta de que inclusive eu estava fazendo papel de vaquinha de presépio, passei a "freqüentar" blogs com mais assiduidade e a interessar-me pelo assunto. Passaram-se sete anos e, incrivelmente, os problemas de ética na mídia, deterioraram.

Sou simpatizante com MST, Via Campesina, dos Sem-Teto, e de todos os que estão fora das “benesses da lei”; os excluidos. Creio na ideologia, que nosso sistema político atingiu o limite do tolerável e que os partidos de esquerda faliram, pois da direita sempre soube o que não esperar dela. Creio no respeito ao próximo, na tolerância; entretanto, não devo ser tomado por idiota.

Nada, mas absolutamente nada que passa sob o teto do Grupo RBS ou com algum empregado, passará despercebido ou ignorado. É um jogo de vida ou morte. É um jogo de dinheiro, de poder, de sobrevivência e, portanto, nada que possa prejudicar a imagem de credibilidade e acima de tudo, o lucro; irá adiante.

O processo do fotógrafo cujo apelido “não pode ser pronunciado” só foi adiante e muito rapidamente, pois há o dedo podre de ZH nisso. Há o interesse de ZH em imobilizar este lutador incontestável na trincheira inimiga. Para mim, isso é como o dia após a noite.

Este fato, junto com outros processos que jornalistas movem contra jornalistas , devem ser denunciados ao resto do Brasil e lamento, inclusive, que o Sindicato dos Jornalistas não tenha acionado algum tipo de conselho de ética. (ao menos que eu saiba)

Outra questão que deveria ser debatida pela população, é: Quanto custa um “benerzinho” de estatais em blogs de jornalistas com "credibilidade" acima de qualquer suspeita?
Leia também:
1-Celeuma
2-RSURGENTE
3-CãoUivador_1
4-Cão Uivador_2
6-DIALÓGICO
7-O DILÚVIO
8-Nova Corja
Clique para ver...

Perguntas Inconvenientes - Parte II, seguidas de alguns versos para as clientes da Daslu.



Em “Cowboy Fora-da-Lei”, gravada em 1987, Raul Seixas já cantava: “Eu não preciso ler jornais/mentir sozinho eu sou capaz/ não quero ir de encontro ao azar...”. Imagine, então, se o Raulzito estivesse vivo e pudesse ver ao que a mídia brasileira tem aprontado nos últimos anos...

1- Luciana Cardoso - filha do ex-presidente e paladino-mor da ética e da moralidade públicas, Fernando Henrique Cardoso - está lotada desde 2003 no gabinete do Senador Heráclito Fortes, do DEM, e dificilmente aparece no Senado Federal para trabalhar. Apesar disto, foi um (a) dos (as) inúmeros (as) funcionários (as) que receberam horas-extras por “trabalharem” durante o recesso parlamentar. A imprensa brasileira deu pouquíssimo destaque a este fato (“O Globo”, do dia 28/03, publicou esta notícia em um pequeno box na página 4). Se fosse um dos filhos de Lula, será que o assunto seria tratado com o mesmo pouco caso?
2- Há alguns meses atrás, ao acompanhar uma pessoa querida em uma consulta no INCA, vi um preso chegar algemado, acompanhado por dois policiais, para fazer um tratamento de radioterapia e ninguém estranhou isto. Ao noticiar a ordem da justiça para a soltura de Eliana Tranchesi, a maior parte da imprensa brasileira - sempre tão disposta a fazer grandes discursos contra a impunidade reinante no país – tem dado grande destaque ao fato da dona da Daslu ser portadora de câncer, procurando assim comover os seus leitores e, de forma subliminar, justificando assim a sua liberdade como uma espécie de ato humanitário. Será que esta mesma imprensa estaria disposta – em nome dos princípios humanitários – a patrocinar uma campanha nacional para que todos os presos acometidos de doenças terminais possam fazer os seus tratamentos em liberdade?
3- Por que todas as vezes que a Polícia Federal e o Ministério Público investigam e indiciam pessoas ligadas à elite empresarial e aos partidos de oposição ao governo Lula, como nas Operações Satiagraha ou Castelo de Areia, a imprensa sempre insinua que tais indiciamentos têm “conotações políticas”?

Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004) foi uma das maiores poetisas portuguesas do século XX, deixando-nos alguns dos mais belos versos desta “última flor do Lácio, inculta e bela”. Um de seus melhores poemas – que reproduzo abaixo -, bem que poderia ter sido escrito para o seleto grupo de clientes da Daslu, que vive lamentando o “absurdo” que foi a condenação de Eliana Tranchesi.

Retrato de uma princesa desconhecida

Para que ela tivesse um pescoço tão fino
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule
Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos
Para que a sua espinha fosse tão direita
E ela usasse a cabeça tão erguida
Com uma tão simples claridade sobre a testa
Foram necessárias sucessivas gerações de escravos
De corpo dobrado e grossas mãos pacientes
Servindo sucessivas gerações de príncipes
Ainda um pouco toscos e grosseiros
Ávidos cruéis e fraudulentos


Foi um imenso desperdiçar de gente
Para que ela fosse aquela perfeição
Solitária exilada sem destino
Clique para ver...

Entrevista: A direita se une na Itália



Força Itália, partido do presidente italiano Silvio Berlusconi, e a Aliança Nacional dirigida por Gianfranco Fini, decidiram formalmente, dias atrás, dar curso a uma nova organização, o Partido do Povo da Liberdade (PDL). Os dois braços do novo partido já estão juntos, como aliados, no governo Berlusconi.

Em termos eleitorais, o PDL herdará algo em torno de 43% do eleitorado, índice não desprezível num país como a Itália, que nas últimas décadas assistiu a um crescimento vigoroso da direita (abertamente fascista, ou não) e a uma igualmente vigorosa fragmentação da esquerda. O PCI, herdeiro de muitas tradições democráticas e reformistas, não conseguiu dar origem a uma organização política forte e estável. O Partido Democrático (PD), sua criação atual, ainda enfrenta dificuldades para decolar. A Rifondazione Comunista, que com ele rompeu em nome de uma esquerda revolucionária em 1991, nunca chegou a ter peso expressivo, e para complicar se fracionou no início de 2009.

O novo partido de direita nasce com a intenção de se desfazer das sombras do fascismo que sobre ele ainda pesam. Afinal, a Aliança Nacional originou-se do ventre mesmo do Movimento Social Italiano (MSI), fundado em 1946 com a pretensão de manter viva a chama do movimento derrotado com a deposição e a morte de Mussolini, ao final da segunda grande guerra. Foi formalmente constituída em 1993 e com o nome de MSI-AN disputou as eleições de 1994 já sob a direção de Fini e em aliança com Força Itália.

Desde então, Fini procurou construir para a AN uma imagem progressivamente distanciada do fascismo, de modo a inseri-la no cenário político italiano como expressão de uma direita conservadora mas democrática, ou seja, que aceita as regras do jogo e rejeita o extremismo reacionário e violento de antes. Com o novo partido agora criado, dá mais um passo nesta direção.

Não se trata de uma novidade qualquer, mas de um fato que merece análise e reflexão. Terá ele impacto sobre as diferentes expressões da direita nos diferentes países do mundo? Qual peso real terá na democracia italiana? Como estão reagindo a ele as organizações de esquerda? O que esperar dos desdobramentos?

Posto diante destas questões em uma entrevista concedida ao jornal comunista Liberazione no último dia 25 de março de 2009, o professor Guido Liguori – da Universidade da Calábria e vice-presidente da International Gramsci Society-IGS – buscou partir de uma síntese que iluminasse o conjunto e captasse o significado mesmo do fato:

“Antes de tudo, é preciso dizer que tinha razão quem levou a sério a mudança que nos últimos anos foi empreendida pela direita italiana. Se é verdade que Berlusconi ‘comprou’ a direita italiana do mesmo modo que procura comprar a democracia italiana, é de fato surpreendente como a direita se deixou absorver pelo novo partido sem se ferir ou se dividir. Trata-se de mais um grande exemplo de transformismo italiano. Evidentemente, tudo isso foi possível a partir da adesão da direita ao neoliberalismo, ocorrida no último decênio. Mas também é verdade que existem elementos muito inquietantes no ‘berlusconismo’ que explicam como as coisas chegaram a este ponto”.

Na entrevista, Liguori deteve-se com atenção na polêmica que vem acompanhando a tentativa de conversão da direita italiana: ainda faz sentido manter vivo o antifascismo ou o melhor é virar a página e seguir em frente?

Liguori é um estudioso de Gramsci. Dele, pode-se ler em português Roteiros para Gramsci (Rio de Janeiro, Editora UFRJ, 2007). Sua entrevista a Liberazione nos ajuda entender a nova e tumultuada fase da política italiana. Ela está traduzida abaixo.



É lícito pensar numa superação do antifascismo depois do desaparecimento da AN?

Não, e por várias razões. Em primeiro lugar porque o fascismo é uma tendência recorrente na política moderna e assume várias feições. Não é por acaso que se deve falar de fascismos, mais que de fascismo. Alguns de seus traços mais inquietantes estão hoje em plena luz do dia na sociedade italiana: a intolerância com o estrangeiro, o racismo latente, o personalismo autoritário traduzido em ‘liderismo’ populista, aspecto da política que, sob formas diversas, infelizmente também contagiou a esquerda. Deve-se mencionar ainda a construção frenética do consenso, que hoje se beneficia do protagonismo dos mass media. E mais: o irracionalismo vitalista, a divisão em bandos, em tribos (nos estádios de futebol, pelas ruas), o desejo de fazer justiça com as próprias mãos, mediante o uso de porretes e cassetetes, a torto e a direito (às vezes inclusive de modo legal, como ocorre com certas rondas policiais noturnas, que fazem recordar as ‘esquadras’ fascistas). Vão na mesma direção o ataque insensato contra a universidade e a escola, o desprezo pelos professores, pelos intelectuais, pela cultura não imediatamente ligada à produção. Contra tudo isso, ser e proclamar-se antifascista ainda é uma barreira inteiramente válida.

O antifascismo também tem sentido porque é um elemento que integra e sustenta a Constituição italiana, que vive continuamente sob ataque. O que você pensa disso?

Estou de acordo. Um outro ótimo motivo para proclamar-se antifascista é precisamente a defesa da Constituição democrática, que tem seu principal alicerce no nexo entre vocação antifascista e vontade de instituir uma República baseada no trabalho. Se tirarmos um destes elementos, desmontamos tudo. E se a Constituição de 1948 é menosprezada, o risco de darmos um enorme passo para trás é mais real do que nunca.

O filósofo Niccola Tranfaglia, numa entrevista que publicamos dias atrás, salientou o paradoxo de um Fini que adere ao antifascismo e de muitos ex-seguidores do PCI – hoje Partido Democrático – que, ao contrário, falam do antifascismo com embaraço. Que está ocorrendo?

Fini, como foi bem observado, disputa sua partida no longo prazo. Berlusconi gostaria de ser eterno, mas até mesmo os seus sabem que ele não estará disponível para sempre. Quanto ao PD, à parte os inúmeros erros e certas atitudes execráveis cometidas por alguns de seus líderes, penso que deva ser pressionado e posto diante de suas próprias contradições: não pode deixar de se proclamar antifascista, boa parte da sua base não aceitaria isso.

Os chefões da AN, ao contrário, parecem mais dóceis...

Há muitas diferenças entre eles. Fini tem em mente a grande direita francesa e deu passos significativos em direção ao ‘gaullismo’. Outros pareciam mais conservadores mas se submeteram completamente aos apelos do poder. É preciso ver como reagirá a base militante da AN. Pode ocorrer que depois de algum tempo uma parte reflua para a direita mais tradicional e militante. Mas há outro perigo, ainda mais grave: que a cultura fascista ou fascistóide acabe por permear em sentido autoritário o novo partido de Berlusconi, marginalizando os componentes que se dizem liberais. Aqui, precisamos ser muito capazes de ‘fazer política’, de atentar para todos os sinais de desagregação do bloco berlusconiano, proceder com o método da ‘análise diferenciada’, sem misturar caoticamente coisas que são distintas e diferentes. Ainda precisamos recordar que Gramsci quis se encontrar com Gabriele D’Annunzio [literato e político direitista italiano] para impedir a aliança de seus seguidores com os fascistas?

A vulgata anti-século XX que não poupou sequer a esquerda parece hoje se articular com o desejo de que não se ouça mais falar de antifascismo. O que você pensa disso?

É um risco real. Quando, à esquerda e mesmo entre esquerdas diversas, não se faz outra coisa que falar de ‘novidade’ ou de ‘inovação’, o risco é o de que se perca de vista a grande lição da história e as nossas raízes históricas. Não devemos evidentemente ser dogmáticos e livrescos, precisamos fazer sempre a ‘análise concreta da situação concreta’, como se dizia. Mas ter obsessão pela novidade pode significar que se está renunciando às próprias coordenadas interpretativas da realidade e se submetendo à hegemonia do adversário. O século XX ainda está sob muitos aspectos conosco, mesmo que os dias atuais sejam plenos de fatos novos e parcialmente novos que precisam ser compreendidos sem antolhos.

Clique para ver...

Canoas não é Ulbra e vice-versa

Já faz alguns anos, a Globo passou a chamar o time da Ulbra de Canoas. É o mesmo que ela faz com os times de vôlei. Times que oficialmente são conhecidos como Cimed/Brasil Telecom e Fátima/Medquímica/UCS são denominados pela Globo como Florianópolis e Caxias do Sul, respectivamente. O patrocinador das equipes não é, necessariamente, o anunciante da Globo, então não recebe o crédito. Do ponto de vista comercial, tudo bem. Do ponto de vista jornalístico, é um vexame. Falseia-se a realidade em nome do interesse comercial.

Mas até aí, nada de novo. O problema é que este ano a gloriosa RBS-TV e o Premiere também passaram a chamar a Ulbra de Canoas. Reiteradas vezes. E a Ulbra não é Canoas! E o que é pior: há um Canoas, que não é a Ulbra!

Em Canoas, há dois clubes, o Canoas Futebol Clube, hoje inativo, mas com uma conhecida história recente no futebol gaúcho, e o Sport Club Ulbra. O primeiro foi fundado em 1957 e teve, durante a década de 1990, o patrocínio da Multisom. O patrocínio motivou a nomeação de seu estádio como Francisco Noveletto Netto, atual presidente da FGF e feliz proprietário da rede de lojas que também é “dona” do Zequinha. O estádio fica no bairro Mato Grande. Assim como o Zequinha, o Canoas teve suas camisetas vendidas nas lojas Multisom durante vários anos. O Canoas, portanto, não é nenhum desconhecido.


Já a Ulbra criou um time profissional de futebol em 2001, seguindo o sucesso dos seus times de vôlei e futsal. A ideia inicial da Ulbra, se não me falha a memória, era incorporar o time do Canoas. Por questões comerciais, o Canoas não topou e, depois de algum tempo, a Multisom tirou seu apoio ao clube, que acabou encerrando suas atividades. Em contrapartida, a Ulbra criou seu próprio time, fez um estádio e alcançou algum sucesso na primeira divisão do futebol gaúcho.

Canoas e Ulbra são da mesma cidade, mas são clubes totalmente diferentes. Os dois estádios ficam a uma distância, em linha reta, de quase 6 km. O que dá, pelo menos, uns 12 km de carro. É quase como se fossem de cidades diferentes. A diferença entre os dois é quilométrica mesmo! Para uma emissora de televisão, ignorar tudo isto é, no mínimo, mau jornalismo.

Clique para ver...

A hora do planeta ainda vai chegar

Nosso blog não confia um dedo no World Wide Fund for Nature, entidade que organiza o movimento “A hora do planeta”, que apagou as luzes do nosso Cristo Redentor e de monumentos por várias cidades pelo mundo. A entidade é criticada por ambientalistas e organizações efetivamente envolvidas com ações pelo meio ambiente de ser uma grife, que deseja vender uma marca junto a grandes empresas para que possam passar uma boa imagem de estarem preocupados com o meio-ambiente.

Somos preocupados com soluções imediatas para o nosso planeta, a emissão de gás carbônico, a devastação de nossos recursos. Mas, estas questões não podem ser resolvidas sem a ação política. Os principais países responsáveis pelo atentado ao nosso meio ambiente são os que mais resistem a qualquer passo por uma solução. São os mesmos que patrocinam guerras e genocídios. Que desejam manter uma ordem econômica que destrói a humanidade e seu planeta.

Vejam a imagem abaixo:
As luzes representam exatamente onde está o maior consumo, não só de eletricidade, mas de todos os recursos disponíveis: metais, petróleo, gás, alimentos etc. E não são eles que o produzem.

Não entramos nessa marolinha, e também não confiamos nessa boa vontade de homens brancos com olhos azuis.

Imagens: www.ak3d.de e Nasa
Clique para ver...

Tosqueira pouca é bobagem

Caro leitor, um exercício. Em que blog tucano foram publicadas as frases abaixo?


No mapa de Lula, o capitalismo não chegou à África? De que cor são os banqueiros africanos?

E os banqueiros do mercado negro, como é que ficam?


Ingênuo, não é? Deve ser de um adolescente tucano, imberbe...

Coisa do Orkut, não parece?

Brincadeirinha racista no Twitter?

Dou-lhe uma...

Duas...

Três...

As frases estão em uma página inteira do jornal O Globo de hoje, sábado 28 de março de 2009, repleta da mesma verve pueril. Uma enorme foto de Lula com olhos azuis. Captaram a mensagem? Nossa, quanta criatividade! E pensar que cortaram centenas de árvores para tamanha bobice. E a crise tão alarmada, onde fica? A Miriam Leitão vai reclamar, é hora de austeridade.

E pensar que os barões da mídia em desespero contratam consultores para ajudarem a salvar seus negócios, ameaçados pelos blogs com seu “tosco” jornalismo.
Clique para ver...

A Camargo Corrêa e sua estranha bicharada

A jornalista Eliane Catanhêde está indignada, faz coro com os que acham que a PF exagerou, que as gravações mostram que eram transações normais e legais, apenas doações de campanha. Diz ela hoje:


O que mais chama a atenção é um diretor dizer a outro numa gravação que pagou R$ 300 mil "a Agripino e partido". Ok. Agripino vem a público, diz que foi doação de campanha e que recebeu mesmo e apresenta o recibo. Mata a cobra e mostra o pau. Ou doação de campanha é crime?


Mas o interessante é que o próprio jornal da colunista relata estranhos diálogos para quem apenas trata de doações legais. Diz matéria de Mario Cesar Carvalho e
Lilian Christofoletti:


Segurança com as conversas é uma obsessão entre os diretores da Camargo Corrêa. Eles recorrem a telefones públicos, usam Skype (telefonia via internet), telefone criptografado (com códigos que impediria escutas), associado a "roaming" (fora da área original).

Os códigos usados para as remessas internacionais remetem a um zoológico. Em vez de citar nomes dos que vão receber as remessas, os executivos e doleiros falam em nomes de animais. Arruda Botelho pergunta, em setembro, ao suposto doleiro Kurt Paul Pickel: "Tá bom, e você recebeu o negócio do canguru?". Noutra conversa, falam de "Austrália" e "1.200 milhas" -possível referência a valores. Também são citados camelo, cachorro e vaca.

Kurt parece brincar com o código numa conversa com Pietro em que parece pedir dinheiro à empreiteira: "Professor, o canarinho aqui está precisando de alpiste".



Eliane, imagino que você tenha alguma informação privilegiada, quem seria a cobra que entrou no negócio do Agripino?
Clique para ver...

A Fábrica de Mentiras em melhor ângulo!


Clique para ver...

Yeda e as pesquisas...


Blog do Kayser
Clique para ver...

A universidade, entre promessa e realidade





Fausto Castilho, Rui Mesquita, Julio de Mesquita Filho e Jean-Paul Sartre

O que esperar da universidade no século XXI? Que contribuição poderá dar a este século que se anuncia sob a égide da ciência, da racionalidade técnica e de categóricas exigências educacionais?

Nascida como idéia nos primórdios da era moderna, vinda das entranhas da Idade Média, a universidade só ganhou corpo e conceito claro – como instituição de pesquisa e estudo, não só de ensino – no decorrer do século XIX, fase demarcada pelo celebérrimo Memorando de Guilherme de Humbold, que é de 1808-1809. Desde então, esteve sempre no centro das atenções e das controvérsias.

Disseminou-se pelo mundo, mas não de modo imediato e nem segundo um único modelo. No Brasil, por exemplo, chegou com atraso, como reflexo da condição colonial e dos vínculos culturais fortíssimos que o país mantinha com a Península Ibérica, região onde a prevalência da Igreja e da escolástica dificultou a recepção da cultura científica. A universidade moderna encontraria, por aqui, um “complexo de determinações de longo prazo” que decretariam sua “multissecular inexistência” – processo que só conheceria reversão nos anos 30 do século passado, com a criação da Universidade de São Paulo.

Este o principal eixo argumentativo de O Conceito de Universidade no Projeto da Unicamp (Unicamp, 2008, 207 págs.), belo livro de Fausto Castilho, emérito da Unicamp, ex-professor de filosofia na USP e na Unesp, ativo participante da formulação do plano geral da Unicamp e da organização de sua área de humanidades, entre 1967 e 1972. Estruturado como um diálogo conduzido pelo também filósofo Alexandre Guimarães de Soares, o livro é mais que uma análise das origens desta que forma, com a USP e a Unesp, o miolo do sistema universitário brasileiro. Trata-se sobretudo de uma erudita e instigante reflexão sobre os dilemas da universidade no Brasil, os obstáculos que se antepuseram à sua evolução, os líderes que lutaram por sua criação, entre os quais Fernando de Azevedo, Arthur Neiva, Júlio de Mesquita Filho e Darcy Ribeiro. Precisamente por isso, ajuda-nos a descortinar o estado atual e as possibilidades futuras da instituição.

Há nele um segundo eixo argumentativo: os projetos com que a idéia ganhou materialidade entre nós – a começar do da USP, mas também o da UnB e o da Unicamp – sempre contiveram rigor, desprendimento cívico e compromissos consistentes, mas acabaram por ser travados quando levados à prática. A dura realidade dos fatos conspiraria contra a idéia, e um permanente descompasso apareceria entre “o momento da concepção e o momento da implementação”. O argumento encontra apoio no famoso discurso que Júlio de Mesquita Filho proferiu na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, em março de 1958, quando constatou a existência de “desvios metodológicos que alteraram fundamentalmente os objetivos que os fundadores tinham em vista”.

Põe-se assim um problema: teriam sido os projetos “excessivos” para as condições nacionais? Ou teria havido falta de clareza e de vontade política?

Para os pais fundadores e para Fausto Castilho, algumas cláusulas pétreas compõem o conceito de universidade moderna. Primeiro, ela deve ser “integral, isto é, situar-se no topo do sistema educacional, tendo como base todo o conjunto das escolas de nível inferior”. Também precisa ser uma “instituição de estudo que, antes do mais, faça pesquisa sobre a totalidade dos conhecimentos humanos e não se limite à qualificação profissional”. Além disso, deve constituir “um organismo centrado”, cujas partes componentes precisam estar dispostas “em torno da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, lugar de cultivo de todas as disciplinas básicas”. Seus docentes, por isso, devem ser também pesquisadores, cientistas, criadores de conhecimento, mais que professores ou difusores de saber.

Tal concepção foi recebida, ao longo do tempo, com entusiasmo mas também com ceticismo, como se faltasse confiança no país ou houvesse adesão a um enfoque imediatista, técnico e profissionalizante, que muitos achavam mais condizente com as necessidades do desenvolvimento. Ênfase em demasia será dada aos arremedos de universidade construídos durante o século XIX: as escolas superiores isoladas, profissionais, concentradas no ensino, que cobrarão um preço para ingressar na nova estrutura acadêmica. Antes de tudo, estas escolas não aceitarão nem a precedência, nem a função científica integradora da Faculdade de Filosofia. Serão assim mesmo incorporadas, numa espécie de concessão que terminaria por modelar a “concepção brasileira de ensino superior”, que permaneceria atrelada a uma visão não-universitária, ao menos em um primeiro momento.

Com o passar do tempo, as coisas se complicaram. E em vez de corrigidas, as falhas e concessões se aprofundaram, vis-à-vis as novas circunstâncias sociais do país. O ensinismo, o profissionismo e o isolacionismo – marcas de uma concepção de educação superior que prescinde da universidade – seriam turbinados pela “avassaladora privatização das escolas” e pela pressão social por ensino superior. O próprio aparelho educacional terminaria por ser “politicamente depredado”. É onde nos encontramos hoje.

Fausto Castilho sabe que muito se construiu ao longo do tempo. Sua postura recusa o ceticismo. Ele observa a história, esmiúça conceitos e busca deixar um registro pessoal de sua experiência na fundação da Unicamp. Oferece-nos um parâmetro para que se aborde a questão com os olhos para frente.

A idéia de “universidade ampla”, apoiada na reorganização dos três graus educacionais como um processo único, foi a maior promessa dos projetos de construção universitária no Brasil. Não é por acaso que o livro termina com sua celebração. Em que pesem os obstáculos, ela continua a ter “uma atualidade gritante”.

Mas idéias não se convertem em fatos materiais sem dor e sofrimento, assim como sem sujeitos que briguem por elas. Valem também pelo que prometem. Não seria acaso oportuno, pergunta-nos Fausto Castilho, retomar o exame do modelo educacional na perspectiva da “universidade ampla”? É uma pergunta contundente, e ao propô-la seu livro ganha uma luminosidade adicional. (Publicado em O Estado de S. Paulo/Cultura em 08/03/2009).

Clique para ver...

PSDB, DEM na lama e o Globo mira... no Chávez

A chamada da primeira página do Globo de hoje, noticiando a ação da PF contra a construtora Camargo Corrêa, é um primor de desfaçatez. A operação que levou dez pessoas à prisão, envolvidas em lavagem de dinheiro e suspeita de desvio de recursos públicos para financiamento de campanhas políticas, com a citação no inquérito de várias legendas de partidos de oposição, é noticiada sem citar nenhum. Ao final, sobre a refinaria Abreu de Lima, que teria em sua obra movimentado verbas superfaturadas, aparece Hugo Cháves. Como? Por ter financiado parte da obra. Não há nada no inquérito sobre ele. Nem na reportagem dentro do jornal.

Como o jornalismo fica a cada dia mais técnico. E como esses blogs são maldosos, mal feitos, toscos, querendo competir com o exemplar jornalismo corporativo.
Clique para ver...

Quem disse que a esquerda só se une na cadeia?

Não pode passar despercebida a decisão de vários partidos de esquerda, centrais sindicais e entidades populares na organização de atos de protesto no próximo dia 30, segunda, contra o pagamento da crise pelos trabalhadores. O movimento uniu partidos aliados ao governo, como PT e PCdoB, ao PSOL e PSTU, que fazem oposição. É momento histórico, raro, e deve ser comemorado, já que pode significar um ponto de virada nas lutas sindicais e populares futuras. Abaixo, o manifesto da convocação:

Trabalhadores e trabalhadoras não pagarão pela crise

O Brasil vai às ruas na próxima segunda-feira, 30 de março. Os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade estarão unidos contra a crise e as demissões, por emprego e salário, pela manutenção e ampliação de direitos, pela redução dos juros e da jornada de trabalho sem redução de salários, pela reforma agrária e em defesa dos investimentos em políticas sociais.

A crise da especulação e dos monopólios estourou no centro do sistema capitalista, os Estados Unidos, e atinge as economias menos desenvolvidas. Lá fora - e também no Brasil -, estão sendo torrados trilhões de dólares para cobrir o rombo das multinacionais, em um poço sem fim, mas o desemprego continua se alastrando, podendo atingir mais 50 milhões de pessoas.

No Brasil, a ação nefasta e oportunista das multinacionais do setor automotivo e de empresas como a Vale do Rio Doce, CSN e Embraer, levaram à demissão de mais de 800 mil trabalhadores nos últimos cinco meses.

O povo não é o culpado pela crise. Ela é resultante de um sistema que entra em crise periodicamente e transformou o planeta em um imenso cassino financeiro, com regras ditadas pelo "deus mercado". Diante do fracasso desta lógica excludente, querem que a classe trabalhadora pague a fatura em forma de demissões, redução de salários e de direitos, injeção de recursos do BNDES nas empresas que estão demitindo e criminalização dos movimentos sociais. Basta!

A precarização, o arrocho salarial e o desemprego enfraquecem o mercado interno, deixando o país vulnerável e à mercê da crise, prejudicando fundamentalmente os mais pobres, nas favelas e periferias. É preciso cortar drasticamente os juros, reduzir a jornada sem reduzir os salários, acelerar a reforma agrária, ampliar as políticas públicas em habitação, saneamento, educação e saúde, e medidas concretas dos governos para impedir as demissões, garantir o emprego e a renda dos trabalhadores.

Manifestamos nosso apoio a todos os que sofreram demissões, em particular aos 4.270 funcionários da Embraer, ressaltando que estamos na luta pela readmissão.

O dia 30 também é simbólico, pois nesta data se lembra a defesa da terra Palestina, a solidariedade contra a política imperialista do Estado de Israel, pela soberania e auto-determinação dos povos.

Com este espírito de unidade e luta, vamos construir em todo o país grandes mobilizações. O dia 30 de março será o primeiro passo da jornada. Some-se conosco, participe!


NÃO ÀS DEMISSÕES!

REDUÇÃO DOS JUROS!

REDUÇÃO DA JORNADA SEM REDUÇÃO DE SALÁRIOS E DIREITOS!

REFORMA AGRÁRIA, JÁ!

POR SAÚDE, EDUCAÇÃO E MORADIA!

EM DEFESA DOS SERVIÇOS E SERVIDORES PÚBLICOS!

SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO!

Organizadores:

ASSEMBLÉIA POPULAR, CEBRAPAZ, CGTB, CMB-FDIM, CMS, CONAM, CONLUTAS, CONLUTE, CTB, CUT, FORÇA SINDICAL, INTERSINDICAL, MARCHA MUNDIAL DE MULHERES, MST, MTL, MTST, NCST, OCLAE, UBES, UBM, UGT, UNE, UNEGRO/COMEN, VIA CAMPESINA


Clique para ver...

Living La Vida Loca - 04

Clique para ver...

RBS/ZH MENTEM...


Foto de intervenção do Coletivo Muralha Rubro-Negra, no canal do Arroio Dilúvio, em frente ao Grupo RBS.(dia 24 de março).

Atrás da "moita" vemos a sede do Grupo RBS, onde é editado o famoso (ao sul do Mampituba) jornaleco da Azenha.

Moita é um elemento do imaginário popular onde o Grupo RBS mais sabe atuar!
Clique para ver...

Vale a pena rir de novo

Charge publicada em dezembro de 2007.
Clique para ver...

Jovem desenha pênis no telhado e nos dá uma boa idéia

Rory McInnes, um adolescente britânico, desenhou um pênis de 18 metros no telhado de sua mansão, em West Berkshire, porque queria aparecer no Google Earth. É o que diz o The Guardian, replicado aqui no G1. Seu grande bilau ainda não apareceu no programa, como desejava, mas foi descoberto por seus pais, pela BBC e saiu na imprensa de todo o planeta. Melhor sorte tiveram estudantes de uma escola britânica. Sua alongada obra só foi descoberta quando a diretora foi olhar a instituição pelo satélite.

Sem a mesma fixação dos ingleses, achei a notícia pertinente para nos dar algumas idéias sobre o futuro da comunicação na internet, neste preocupante cenário onde o cartel da mídia, seus representantes parlamentares e juristas de aluguel desejam calar nossa voz. Está aí o projeto do tucano e impune mensaleiro Eduardo Azeredo para nos alertar.

Temos que ter um plano B, caso eles consigam nos censurar. Sugiro já pensarmos em táticas de guerrilha gráfica. O adolescente adorador de falos nos deu uma boa idéia. Sugiro exemplos de intervenções, visando o público planetário via Google Earth.

No Recife, achei no bairro de Macaxeira um interessante conjunto habitacional clamando por uma intervenção. Bastam alguns baldes de tinta branca.

Em Porto Alegre, ali no final do bairro de Alvorada, na Rua Tupi, construções que pedem mensagens. Como há naquela terra muito a ser dito, é quase uma obra aberta. Daria para fazer uma tese sobre a governadora, para ser lida do espaço.

No Rio, o trabalho gráfico é mais complexo, mas bem interessante. Envolveria a comunidade de São Bento, em Belford Roxo, com um toque vermelho.

Em Belo Horizonte acredito que faríamos o trabalho mais perfeito. Na verdade ele já está pronto. Basta pintar de branco os telhados destes prédios no bairro da Lagoa, perto da Praça da Paz Celestial. Uma obra minimalista. Sem nenhuma letra. Caso alguém ainda fique em dúvida do conceito, incluímos o local como ponto turístico no Google Earth, é fácil, e podemos dar o nome de “Carreiras do Aécio”.

Para Brasília, desejava algo dedicado ao Gilmar Mendes. Vi, olhei, pensei, pensei e cheguei à conclusão que nesse caso a obra já foi feita pelo jovem adolescente britânico.
Clique para ver...

O jeitinho RBS de ser...

Charge de Eugênio Neves - A Ética Privada.


A TV Gaucha tem apresentado no jornal das 19:00 horas, um especial sobre os presídios do Estado . Este é um tema que tem sido debatido desde o Governo de Germano Rigotto, o meigo! As matérias não são mentirosas. São competentemente feitas, editadas e reproduzidas. É uma vergonha o Estado em que este desgoverno deixou que chegassem as prisões; verdadeiras escolas do crime. Até aí, todos concordamos.

A conveniência é o momento. Ontem à noite, assisti a uma destas reportagens e comentei com alguém sobre o que não estava dito ali! Desconfiança minha, é claro. Eu já havia assistido um Conversas Cruzadas sobre o assunto, vários outros programas em rádios e TVs do Grupo RBS, comentando sobre o mesmo tema.

Mas a RBS não dá ponto sem nó. E qual foi minha surpresa?

Hoje pela tarde, recebi uma ligação para sintonizar a rádio Gaucha, pois o tema estava sendo debatido no programa Sala de Redação. Bingo! Lá estava Paulo Santana dissecando o Presídio Central. Aí me mijei todo!

Não é necessário dizer que o Estado perdeu o controle daquele local. Também que é o pior presídio do Brasil. Isso, também estamos cansados de saber.

Por que então, a RBS resolveu destampar este bueiro só agora?

Em primeiro lugar, os escândalos do Governo Yeda Crusius, apoiado por sua claque de sanguessugas, são semanalmente expostos nas diversas revistas de circulação nacional. Personalidades carimbadas, tendo que explicar sobre processos de corrupção nos Tribunais Federais e pouco repercutidos pelo Grupo RBS e outros locais, quando não, ignorados.

Esta avalanche de tentativas de convencimento da população parece convergir de maneira orquestrada em uma só direção; o da privatização dos grandes presídios, que como se sabe, nas mãos da iniciativa privada, tudo funcionaria melhor. Mais eficiente, mais limpo, mais cheiroso, e é claro, com menor custo. A economia mundial, que o diga!

Melhor ainda, se quem ganhasse as licitações fossem os amigos da “rainha” e o suprassumo seria se quem os construísse fosse o braço imobiliário da RBS. Não seria um mimo?

*Em tempo: recentemente o Grupo RBS apresentou um programa sobre os imóveis desocupados do estado. Hummm... tem gato na tuba!
Clique para ver...

A PONTE

foto: Walter Karwatzki



Havia uma ponte no meio do caminho.

Havia uma ponte no meio.

Havia uma ponte.

Havia...

[walter karwatzki]
Clique para ver...

Sucessão mineira: conjecturas

Uma boa análise das últimas pesquisas sobre a sucessão mineira.

Do Blog do Bruno
Fiquei de cabelos em pé ao tomar conhecimentos das pesquisas para o governo de Minas Gerais realizadas pelo Datafolha e pelo Vox Populi. Uai, não era para menos, elas indicam que Hélio Costa lidera com folga a disputa e, pior, venceria no primeiro turno em alguns cenários. Outro detalhe que serviu para me assustar: Fernando Pimentel tem mais intenções de voto do que o seu adversário interno, Patrus Ananias, o preferido do blog.
Passado o primeiro impacto, acalmei-me: muita água ainda passará por baixo da ponte. Afinal, falta um ano para o início da campanha. Mas, ainda assim, vamos analisar os números.

No cenário em que o candidato do PT é Patrus, Hélio Costa tem 55% de intenções de votos de acordo com o instituto Vox Populi e 41%, pelo Datafolha. Patrus tem 16% e 11%, respectivamente.
Na outra situação proposta, em que Pimentel é o candidato, a vantagem de Costa é menor: tem 47% das intenções de voto pelo Vox Populi e 37%, pelo Datafolha. Pimentel fica com, respectivamente, 28% e 24%.
O provável candidato pelo PSDB, o vice-governador Antonio Anastasia, tem ao redor de 5% de votos em todas as simulações.

Esses números, no entanto, não servem para muita coisa. Quem se lembra quem liderava as pesquisas para presidente da República em abril de 1993? Eu me lembro muito bem, era Lula. E, no entanto, nós sabemos qual foi o resultado das eleições de 94... Lembrei de outra: alguém aí se recorda de quem liderava todas as pesquisas de intenção de voto para o governo de Minas Gerais nesse mesmo abril de 1993? Sim, era ele mesmo, Hélio Costa. Abertas as urnas, em 1994, o atual ministro das Comunicações amargou a segunda colocação, sendo suplantado por Eduardo Azeredo. Como eu já disse, muita coisa ainda vai acontecer até a eleição de 2010. Por isso, Hélio Costa não me preocupa muito, pelo menos por enquanto.
O que mais me preocupa é a disputa interna no PT entre Patrus Ananias e Fernando Pimentel. Se esses números apresentados não nos permite projetar nada para 2010, eles são importantes para a definição dos candidatos. O grupo de Pimentel, com certeza, irá usá-los para convencer o partido de que ele deveria ser o candidato pelo PT, pois está mais bem posicionado nas pesquisas. A Patrus caberá contra-argumentar que a campanha ainda nem começou e que os números das pesquisas se devem ao "recall" (Pimentel acabou de deixar a prefeitura depois de fazer um governo muito bem-avaliado e que quase não enfrentou oposição) e que durante a campanha ele, Patrus, teria mais chances de crescer à medida que forem relembradas a sua revolucionária gestão frente a prefeitura de BH e sua destacada atuação no ministério "do bolsa-família". Enfim, esses números podem acirrar ainda mais a disputa dentro do PT. Administrar essa briga de modo que ela não deixe cicatrizes muito profundas e não impeça o partido de marchar unido vai ser uma tarefa para lá de delicada. Talvez só Lula seria capaz de apartar essa briga antes que ela termine em "derramamento de sangue".
Bom, definido o quadro dentro do PT, começa outra batalha: a eleição propriamente dita. O fantasma de uma vitória de Hélio Costa no primeiro turno me parece que não passa mesmo de um fantasma. Primeiro, a ampla vantagem de Costa se deve, em grande medida, ao fato dele ser o pré-candidato mais conhecido isso sem dúvida tem grande importância nessa fase da disputa). Segundo, as bases de apoio popular tanto de Pimentel quanto de Patrus, principalmente na capital, são muito mais sólidas que a do peemedebista. E por fim, as intenções de voto para Anastasia devem aumentar muito durante a campanha. Ele é muito pouco conhecido e à medida que, durante a campanha, ficar claro que ele é o candidato de Aécio e que ele é o principal mentor e executor do "choque de gestão" do governo estadual, sua candidatura deve ganhar robustez. Com isso, com três candidatos fortes, fica quase impossível que haja uma vitória em primeiro turno.
O crescimento da candidatura de Anastasia é inevitável, pelos motivos que expus acima, por isso deve-se ficar atento para impedir que um eventual racha no PT faça com que Patrus ou Pimentel fique fora do segundo turno. Isso seria uma tragédia (acho que só comparável à eleição de 1990, quando os mineiros tiveram que decidir entre Hélio Costa e Hélio Garcia. Felizmente eu ainda era criança e não tive que optar entre a cruz e a caldeira). Seria muito importante que, além de marchar unido, o PT reestabeleça a aliança de esquerda que ficou abalada nas últimas eleições municipais. Todo esforço é bem-vindo para garantir que o PCdoB de Jô Moraes, o PDT de Sérgio Miranda e o PSB de Marcio Lacerda esteja ao lado do PT. Não vai ser nada fácil costurar essa aliança, existem mágoas e projetos pessoais que a dificultam. Mas em 2010, mais do que nunca, ela é necessária.
Comentário: Este blog apóia Patrus Ananias para o governo de Minas. Claro, se Fernando Pimentel vencer a disputa interna no PT, o blogueiro estará do seu lado na disputa. Mas espero que o desfecho seja outro, com Patrus saindo para governador. O ideal seria uma dobradinha com o PMDB, porém como Hélio Costa aparece muito bem colocado nas pesquisas, isso fica cada vez mais distante. Dois postulantes da base do governo Lula (Hélio Costa e Patrus ou Pimentel), o que dará à candidatura de Dilma enorme fôlego no segundo colégio eleitoral do país.
Quem acompanha o blog sabe das divergências que tenho com relação à atuação de Pimentel na eleição de 2008. Mas o momento é unidade no PT, seja com Patrus ou Pimentel. Assim, a candidatura governista para o Planalto se fortalece, enquanto o PT pode chegar ao Palácio da Liberdade. Os verdadeiros adversários estão do outro lado do espectro político, unindo-se em torno do projeto direitista.
Tanto com Serra quanto Aécio, o projeto do PSDB é governar ao lado do DEM, do PPS e outras siglas da direita. Um retrocesso com relação aos avanços do governo Lula. A luta política de 2010 será dura, confrontando dois projetos políticos diferentes. Embora o PSDB empunhe o discurso pós-Lua, tentando vender para o eleitor a idéia de continuidade do governo Lula, de mais do mesmo, nós sabemos que isso é falso. O projeto deles é outro.
Clique para ver...

Tá pensando o quê?

Clique para ver...

PARASAN FILMES




A Parasan Filmes é uma produtora independente que surgiu em 23 de setembro de 1999, objetivando a produção de filmes de ficção científica com ideal totalmente nacionalista.

"Quais equipamentos você usa para produzir os filmes?
Eu utilizo uma filmadora SONY analógica TRV-118 Hi-8 mono, um Pentium III 550 com 320 de RAM, HD 20G SCSI, Placa Pinnacle DC10 de captura de vídeo e gravadora de DVD. Dois metros de tecido ‘Croma key’ (fundo azul) e lâmpadas de jardim adaptadas sobre tripés improvisados com tubos de PVC. Quanto aos programas, registrado mesmo eu teria somente o Studio 7 da Pinnacle, mas trabalho com o Corel Draw, Photopaint, Premiere 6.0, After Efects 5.5, Illusion 2.0 e 3D Studio Max 3R. Também possuo Aerógrafo, Pirógrafo, muitas ferramentas e bastantes sucatas para improvisos e construções de maquetes, armas e adereços.
" ligazine

O nome PARASAN Filmes veio da idéia de que ninguém fosse querer assistir aos meus filmes. Dediquei a mim mesmo a produtora amadora de filmes juntando: PARA + SANDER = PARASAN. Desde então meus esforços para concretizar meus sonhos não pararam ...
* Razias
* Macuã
* O Tiro
* Insídia
* Mácua (versão)
* Portentos
* Matriz
* Assuntos Federais

http://www.youtube.com/profile?user=parasanfilmes

Há vida fora da Globo e RBS.

Outros, que fazem excelentes produções em vídeo, são o pessoal do Grupo Catarse, nossos conhecidos, que tiveram vários trabalhos apresentados na TV-Brasil.
Clique para ver...

Do Blog PONTO de VISTA



MEU SILÊNCIO É UM MANIFESTO

Postado em 20/03/2009 por WU

ESTA POSTAGEM ESTARÁ DISPONÍVEL
ATÉ A PRÓXIMA SEXTA. EM FUNÇÃO
DE DETERMINAÇÃO PROVISÓRIA
SEREMOS OBRIGADOS A RETIRAR
TODAS AS REFERÊNCIAS IDÊNTICAS
OU SEMELHANTES. RESOLVEMOS
SUSPENDER, TEMPORARIAMENTE,
TODAS AS NOSSAS ATIVIDADES.
SEM NENHUM SENTIDO
COMPARATIVO COMPARTILHAMOS
COM MINO CARTA A IDÉIA DE QUE
“MINHA CRENÇA NO JORNALISMO FALIU.”
NÃO TEMOS NADA A LASTIMAR. OBRIGADO
A TODOS. VOU PROCURAR, PELO MENOS
POR UNS TEMPOS, OUTRA POSIÇÃO
NA TRINCHEIRA. COM ABSOLUTA
SERENIDADE E PLENA CONVICÇÃO DA
HONESTIDADE COM QUE EXERÇO A
PROFISSÃO ESTA SENDO FECHADO
MAIS UM CICLO. Nos quase dez anos de
existência de Pontodevista escrevemos
com raça e emoção. Com limitações
fizemos jornalismo. Criticamos. Só
lamento que tudo isso não possibilite
um grande debate sobre a ética.
ESTOU ESCOLHENDO O
SILÊNCIO.

O MEU SILÊNCIO É UM MANIFESTO.

do Ponto de Vista

================



É lamentável como um jornal como Zero Hora, o jornaleco da Azenha, tenha a capacidade de silenciar o portal de um PROFESSOR DE JORNALISMO DA UFRGS, em letras maiúsculas; mesmo que por via indireta, covardemente!

As verdades jornalisticas contidas no portal, não há como contesta-las. Critérios jornalisticos que podem ser contestados a todo momento nas páginas de ZH e o Diário Gaucho! Atropela-se a liberdade de expressão e fecha-se o portal.

O que a ANJ teria a dizer sobre isso?

Só há uma coisa a ser feita...Cancelar tudo o que esteja ligado ao Grupo RBS e seus parceiros, em especial os jornais. Como consumidores temos o direito de sermos respeitados, e não da maneira que este grupo de comunicação permite.

Lá em 2002 quando o Grupo RBS foi pego de soslaio manipulando pesquisas eleitorais, uma quantidade muito grande de assinaturas foram canceladas. Isso provocou mudanças na RBS, embora não admitam!

Hoje voltam a mostrar suas unhas.

Um jornal e um grupo de comunicação, mente quando diz que não se envolve em eleição, mas à meia luz conspira pela eleição de A ou B contra C. Ou quando persegue, sistematicamente, os movimentos sociais.

Pena que hoje não tenho uma assinatura de ZH, para ligar ao departamento de assinaturas e dizer poque estou cancelando a assinatura deste jornaleco, por que já fiz em novembro de 2002. O departamento de assinaturas de ZH, já ligou para refazer a assinatura 27 vezes!

Cancele, portanto, sua assinatura de ZH, e informe ao atendente sobre os motivos! Este é nosso direito, como consumidores de jornal, e como entes políticos. Por que não! É bom lembrar que o Grupo RBS foi apoiador contumaz do Golpe Militar de 1964!

QUE TAL ARMARMOS UM BARRACO EM FRENTE AO JORNAL ZERO HORA???

Leia também : PENSamentO úNicO
Clique para ver...

Mendes, o sensor...




Fico pensando com meus botões: porque será que Judith Brito, Presidente da ANJ não denunciou o Presidente Gilmar Mendes, por atentado a liberdade de imprensa?

Mas com uma diretoria destas...


DIRETORIA DA ANJ – 2008/2010

Presidente
Judith Brito - Folha de S.Paulo (SP)

Vice-Presidentes
Álvaro Teixeira da Costa – Correio Braziliense (DF)
Carlos Fernando M. Lindenberg Neto – A Gazeta (ES)
Jaime Câmara Júnior – O Popular (GO)
João Roberto Marinho – O Globo (RJ)
Júlio César Mesquita – O Estado de S.Paulo (SP)
Luciana de Alcântara Dummar – O Povo (CE)
Mário Gusmão – Jornal NH (RS)
Nelson P. Sirotsky - Zero Hora (RS)
Sylvino de Godoy Neto – Correio Popular (SP)
Walter de Mattos Jr. – Diário Lance! (RJ)

Diretor Executivo
Ricardo Pedreira
fonte: http://www.anj.org.br/

...é de se esperar muito pouco. Cheira mais a liberdade de empresa!

==============
O censor Gilmar Mendes

Dissemine a carta aberta do jornalista Leandro Fortes e não permita que Gilmar Mendes governe o País com suas atitudes.

Carta aberta aos jornalistas do Brasil

19/03/2009 20:54:59

Leandro Fortes

No dia 11 de março de 2009, fui convidado pelo jornalista Paulo José Cunha, da TV Câmara, para participar do programa intitulado Comitê de Imprensa, um espaço reconhecidamente plural de discussão da imprensa dentro do Congresso Nacional. A meu lado estava, também convidado, o jornalista Jailton de Carvalho, da sucursal de Brasília de O Globo. O tema do programa, naquele dia, era a reportagem da revista Veja, do fim de semana anterior, com as supostas e “aterradoras” revelações contidas no notebook apreendido pela Polícia Federal na casa do delegado Protógenes Queiroz, referentes à Operação Satiagraha. Eu, assim como Jailton, já havia participado outras vezes do Comitê de Imprensa, sempre a convite, para tratar de assuntos os mais diversos relativos ao comportamento e à rotina da imprensa em Brasília. Vale dizer que Jailton e eu somos repórteres veteranos na cobertura de assuntos de Polícia Federal, em todo o país. Razão pela qual, inclusive, o jornalista Paulo José Cunha nos convidou a participar do programa.

Nesta carta, contudo, falo somente por mim.

Durante a gravação, aliás, em ambiente muito bem humorado e de absoluta liberdade de expressão, como cabe a um encontro entre velhos amigos jornalistas, discutimos abertamente questões relativas à Operação Satiagraha, à CPI das Escutas Telefônicas Ilegais, às ações contra Protógenes Queiroz e, é claro, ao grampo telefônico – de áudio nunca revelado – envolvendo o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás. Em particular, discordei da tese de contaminação da Satiagraha por conta da participação de agentes da Abin e citei o fato de estar sendo processado por Gilmar Mendes por ter denunciado, nas páginas da revista CartaCapital, os muitos negócios nebulosos que envolvem o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), de propriedade do ministro, farto de contratos sem licitação firmados com órgãos públicos e construído com recursos do Banco do Brasil sobre um terreno comprado ao governo do Distrito Federal, à época do governador Joaquim Roriz, com 80% de desconto.

Terminada a gravação, o programa foi colocado no ar, dentro de uma grade de programação pré-agendada, ao mesmo tempo em que foi disponibilizado na internet, na página eletrônica da TV Câmara. Lá, qualquer cidadão pode acessar e ver os debates, como cabe a um serviço público e democrático ligado ao Parlamento brasileiro. O debate daquele dia, realmente, rendeu audiência, tanto que acabou sendo reproduzido em muitos sites da blogosfera.

Qual foi minha surpresa ao ser informado por alguns colegas, na quarta-feira passada, dia 18 de março, exatamente quando completei 43 anos (23 dos quais dedicados ao jornalismo), que o link para o programa havia sido retirado da internet, sem que me fosse dada nenhuma explicação. Aliás, nem a mim, nem aos contribuintes e cidadãos brasileiros. Apurar o evento, contudo, não foi muito difícil: irritado com o teor do programa, o ministro Gilmar Mendes telefonou ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, do PMDB de São Paulo, e pediu a retirada do conteúdo da página da internet e a suspensão da veiculação na grade da TV Câmara. O pedido de Mendes foi prontamente atendido.

Sem levar em conta o ridículo da situação (o programa já havia sido veiculado seis vezes pela TV Câmara, além de visto e baixado por milhares de internautas), esse episódio revela um estado de coisas que transcende, a meu ver, a discussão pura e simples dos limites de atuação do ministro Gilmar Mendes. Diante desta submissão inexplicável do presidente da Câmara dos Deputados e, por extensão, do Poder Legislativo, às vontades do presidente do STF, cabe a todos nós, jornalistas, refletir sobre os nossos próprios limites. Na semana passada, diante de um questionamento feito por um jornalista do Acre sobre a posição contrária do ministro em relação ao MST, Mendes voltou-se furioso para o repórter e disparou: “Tome cuidado ao fazer esse tipo de pergunta”. Como assim? Que perguntas podem ser feitas ao ministro Gilmar Mendes? Até onde, nós, jornalistas, vamos deixar essa situação chegar sem nos pronunciarmos, em termos coletivos, sobre esse crescente cerco às liberdades individuais e de imprensa patrocinados pelo chefe do Poder Judiciário? Onde estão a Fenaj, e ABI e os sindicatos?

Apelo, portanto, que as entidades de classe dos jornalistas, em todo o país, tomem uma posição clara sobre essa situação e, como primeiro movimento, cobrem da Câmara dos Deputados e da TV Câmara uma satisfação sobre esse inusitado ato de censura que fere os direitos de expressão de jornalistas e, tão grave quanto, de acesso a informação pública, por parte dos cidadãos. As eventuais disputas editoriais, acirradas aqui e ali, entre os veículos de comunicação brasileiros não pode servir de obstáculo para a exposição pública de nossa indignação conjunta contra essa atitude execrável levada a cabo dentro do Congresso Nacional, com a aquiescência do presidente da Câmara dos Deputados e da diretoria da TV Câmara que, acredito, seja formada por jornalistas.

Sem mais, faço valer aqui minha posição de total defesa do direito de informar e ser informado sem a ingerência de forças do obscurantismo político brasileiro, apoiadas por quem deveria, por dever de ofício, nos defender.

Leandro Fortes
Jornalista

Brasília, 19 de março de 2009

Foram enviadas cópias desta carta para Sérgio Murillo de Andrade, presidente da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj); Maurício Azedo, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI); e Romário Schettino, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF)

Clique para ver...
 
Copyright (c) 2013 Blogger templates by Bloggermint
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...