A colunista do jornal Globo, Cora Rónai, dedica sua coluna de hoje a tentar uma defesa a sua colega Renata Malkes, que teve seu passado de fervorosa militante sionista revelado pelo blog Cloaca News, no último dia 7. Mas, de forma envergonhada, em nenhum momento cita a companheira de empresa. O que faz é destilar ódio racista para com palestinos, reafirmar a supremacia de Israel e denunciar a internet como um antro de irracionalidade, onde nada pode ser dito a favor de Israel.
Um dos raciocínios da colunista é o de que Israel sofre um problema de marketing. As imagens de uma criança morta são sempre mais impactantes do que as de crianças israelenses escondidas em um abrigo. A isto se deve a “singular percepção de um povo intrinsecamente mau e sanguinário”, escreve.
Mas, de tudo o mais chocante e explícito é a frase:
“Por ser um país desenvolvido cercado de vizinhos em diferentes estágios de “civilização”, Israel paga, guardadas as devidas proporções, o preço que a classe média paga, no Brasil, em relação às comunidades carentes”
Em uma única frase há toda uma clara manifestação racista contra os palestinos, segundo ela ainda não civilizados, e contra os favelados brasileiros, mal comparando as duas realidades, completamente distintas, as unindo em um mesmo ódio de classe.
Goebbels bateria palmas.
Atualizando: Li muitos comentários interessantes no site da Cora Rónai, contestando suas opiniões sionistas. Um recado: não há uma guerra de interpretação de fatos, como alguns comentaristas aqui e ali manifestaram, ela é estritamente ideológica. Parem de chamar de burros os que não entendem que “os judeus são o povo escolhido”. Há uma profusão de análises sobre o que acontece na Palestina, de gente séria, que estuda de verdade a História. É o único lucro que vejo no meio de tantas perdas neste genocídio. Quero sugerir a ótima leitura do Rafael Galvão sobre o tema.