Essa rivalidade não vem de hoje...

Vamos combinar o seguinte: sou latino, não guardo desaforos, estou mordido com o que tenho lido da reação da direita sobre a decisão do governo brasileiro sobre Cesare Battisti. É tanta bobagem, campanha vil, que é impossível não perder a linha. Este blog já se manifestou aqui, aqui e aqui sobre o assunto, e imaginava o suficiente. Vamos agora engrossar:

A tese do DEM sobre os boxeadores cubanos já foi pro espaço. Encheu o saco até o ministro ter que perguntar a imprensa sobre o que desejavam, que prendessem os caras por desejarem ir para a Alemanha ganhar dinheiro. Chega! Para isso creio que bastam poucos neurônios para pescar a maldade.

Mas sobraram especialistas no processo de Battisti. Mino Carta é um deles. Sua nacionalidade falou mais alto, e desandou a tentar provar, tal como apaixonado e obtuso torcedor do Fiorentina, que Battisti é mero bandido. Seu erro. Na última Carta Capital culpa Battisti pelo assassinato do joalheiro Pierluigi Torreggiani, em 1979. Talvez falte a ele ler os próprios jornais paulistas. Na Folha, em 17/1/2009, o filho de Torreggiani, que estava presente no dia do assassinato de seu pai, e que ficou paraplégico por uma bala naquele dia, em entrevista disse coisa diferente:

“FOLHA - Battisti participou?
TORREGIANI - Desse crime não. Mas, segundo um de seus ex-companheiros, foi o mandante. Nesse dia, participou de outro assassinato.”

Venham cá. Que isso? Nosso governo analisou durante mais de ano o processo, suas falhas e o desejo da parte escrota da Itália em ver na prisão quem militou contra os mauricinhos fascistas de lá. E agora, aqui, tentam aproveitar mais um momento para nos colocar como terceiro mundo, atrasado? No rabo! Aliás, país em desenvolvimento por país em desenvolvimento, estamos melhores.

E, gota d’água, li hoje nossos jornais se aliando a um fascista como Ettore Pirovano, do partido conservador Liga Norte, que tem retrato de Mussolini na sala, dizer:

- Não me parece que o Brasil seja conhecido por seus juristas, mas sim por suas dançarinas.

Vão à merda! Aguentei até onde foi possível. Se temos dançarinas é por existir um monte de italianos que aqui fazem turismo sexual, por não conseguirem algo melhor na Itália. E se lá tem travestis brasileiras é por terem demanda para "algo" que procuram e gostam. Deveriam ficar calados agora tendo um presidente tão imbecil que come meleca em público. Um Silvio Santos presidente, por favor. Italianos nada têm de melhor que brasileiros. Apenas nos dão algumas alegrias vez ou outra, por sua enorme incompetência. E vai, então nos lembremos de Monte Castelo, se não fossem nossos bravos pracinhas, sabe-se lá como esses carcamanos mafiosos estariam. Aliás, quem sabe se esses caras, assim como Carla Bruni, também não têm um pai brasileiro?

Sim, são absolutamente rancorosas e quase baixarias meus desabafos. Mas e o que tem sido dito pelos italianos, que se prestam ao papel de ter seu chanceler dizer que “um terrorista solto nas ruas do Rio não atrairá turistas” não tem sido muito diferente. E italianos pedófilos na praia de Copacabana, nós dispensamos, obrigado.

Vão se foder!!!
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Hasta la vista, baby


I'll be back!
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And the winner is...

Encerrada a pesquisa para a escolha do nome do novo instrumento voador de Yeda. Em uma emocionante virada, Avia Crusis superou o favorito Aerolouca, vencendo a votação com 34% dos votos contra 30% do segundo colocado. Vassoura da Bruxa também fez bonito, mas, como o Rigotto e a Manuela, ficou apenas em terceiro lugar...

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O fetiche da mercadoria e o futuro do papel

Li hoje na internet que a Amazon.com cresceu 35,5% em 2008, inclusive com aumento de 6.7% no último trimestre em relação a 2007. Não sei o que os jornalões dirão amanhã, já que suas páginas estão dedicadas apenas a falar sobre as empresas que perdem e demitem, que a crise vai nos pegar, cuidado!. Achei intrigante. A notícia na Abril tem uma justificativa para o desempenho que surpreendeu analistas: o seu treco leitor, o Kindle, que permite baixar livros online por preços bem abaixo dos impressos, possível tecnologia que salvará as árvores de virarem bibliotecas no futuro. A trosobinha eletrônica, que guarda até 200 livros, está esgotada. A empresa promete nova versão para fevereiro, mas até onde sei, não foi esse o motivo principal dos números da Amazon. A Sony tem sua versão de leitor de e-book desde 2006, sem grande sucesso.

No Globo de hoje, quinta-feira, matéria de capa do Segundo Caderno conta o que é o Kindle e discute seu futuro. Entrevista Chintia Portugal, relações-públicas da Amazon, que é enfática ao dizer que as próximas gerações lerão apenas em formato digital. Já os leitores do Globo, nos comentários da matéria, estão divididos. Entre os entusiastas que já usam o trem e os céticos, que gostam do cheiro do papel e querem manter sua biblioteca em pesadas estantes, nem que compradas à metro.

Uma primeira reflexão é pensar que há muito a indústria pensa em produzir este tipo de artefato, mas sem conseguir montar um bom plano de negócios. Em 1981, há quase 30 anos, a Knight-Ridder, uma das corporações que monopolizam o mercado de mídia americano, pensou que tinha aí uma grande oportunidade. Nomeou Roger Fidler, jornalista, designer, autor de Mediamorphosis, como gestor de um enorme projeto que iria acabar, não com os livros, mas com os jornais. Seria um tablet, um leitor que seria alimentado por cartões comprados em bancas. Claro, não deu certo. Queriam um projeto proprietário, não rolou. Isso em época em que a internet estava no maternal, e ainda jogávamos Atari.

Como fica esse futuro, que aparentemente teima em chegar?

Meus palpites:

Do meu ponto de vista proleta esta tecnologia seria o melhor dos mundos. Eu não quero continuar abarrotando meu pequeno apartamento com um monte de livros. Há muito adoraria viver em um lugar onde a educação fosse levada à sério, com bibliotecas eficientes que me emprestassem o que desejo ler. Podendo ter acesso de forma digital ao que desejo, com confortável leitura, é tudo o que quero. Há infinitas obras que não podem ser impressas ou reimpressas por custos de demanda. Quantos novos autores não poderiam alcançar seu público? Quantas obras raras não poderiam ficar disponíveis? O custo de um livro implica papel, tiragem mínima. A obra digital gasta apenas em digitalização. Imaginem as maiores bibliotecas do mundo disponíveis. Imaginem os estados investindo no lugar de prédios para bibliotecas para guardar papel.

Temo que o capitalismo ainda levará um tempo para montar seu “business plan”, como dizem os mauricinhos que gostam do inglês para explicar o mundo. Terão que vencer os mesmos desafios que a indústria fonográfica. Enfrentarão a pirataria. Como?

Mas, fundamentalmente, o problema é que eles não querem nos dar o que desejamos, apenas o que estamos dispostos a pagar.

Acho que ainda vai demorar.

Em tempo: Já que estamos falando de mídia, no próximo dia 4 de fevereiro o 1º Juizado Especial Federal de São Gonçalo emitirá sentença contra Graça Rocha, da rádio comunitária Novo Ar, por infração ao artigo 70 da lei 4117/62: “Constitui crime punível com a pena de detenção de um a dois anos, aumentada da metade se houver dano a terceiro, a instalação ou utilização de telecomunicações, sem observância do disposto nesta Lei e nos regulamentos”.

A lei determina pesadas restrições para quem deseja usar de telecomunicações, não importa com quais objetivos. Infelizmente Graça não ganhou uma concessão de rádio, tal qual muitos empresários e bispos de igrejas ganharam por servirem aos interesses das elites que ocuparam o estado brasileiro. Estado que usou tal direito como mera mercadoria em troca de interesses.

Graça apenas quer ir ao ar em sua comunidade. E nós, do povo, que pagamos nossos impostos, que alimentamos o estado e sua justiça, queremos ouvi-la. A ela damos este direito.

Todo o nosso apoio a sua rádio!
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Racha na oposição: PSDB vai apoiar o petista Tião Viana (AC) e DEM ficará com Sarney

Poucas horas depois do DEM formalizar o apoio à Sarney (PMDB) na disputa pela presidência do Senado, houve uma reviravolta na bancada do PSDB, que passou a apoiar Tião Viana (PT). Uma reunião em Recife, na casa do senador Sérgio Guerra, presidente do PSDB, foi batido o martelo em favor do senador petista. Além de Guerra, participaram da reunião os senadores Arthur Virgílio (AM) e Tasso Jereissati (CE). Segundo Virgílio, “fizemos a opção que consideramos melhor e mais adequada para o Legislativo”.
A decisão do PSDB tem respaldo na carta-compromisso do PSDB, que Tião Viana assinara. Na carta, Tião assume com os tucanos pontos como: (i) independência do Senado em relação ao governo; (ii) reformas internas no Senado Federal; e (iii) democracia no funcionamento da Casa, abrindo espaço para a minoria. Os 13 votos do PSDB fortalecem a candidatura de Viana, que mantém viva, apesar do favoritismo de Sarney.
A demora de Sarney e seus aliados em abrir espaço para os tucanos na disputa pelos principais cargos. A indefinição da candidatura Sarney quanto ao preenchimento de cargos na direção foi o pivô da mudança de posição do tucanato. Também pesou na decisão o fortalecimento do PMDB lulista e do DEM, um partido aliado que está acomodado na sua órbita.A decisão do PSDB representa um racha na oposição política do governo Lula. O DEM, fechado com Sarney, negociou a primeira secretaria do Senado para Heráclito Fortes (PI) e a poderosa Comissão de Constituição e Justiça para Demóstenes Torres (GO).
Os votos do PSDB deixam indefinida a eleição no Senado. Haverá certamente traições, principalmente no PMDB, que deixam ainda mais dúvidas no resultado final. Assim, a candidatura de Tião Viana ganha fôlego. Sarney perde os votos dos tucanos que poderão ser o fiel da balança nessa disputa. Até a eleição na segunda-feira, muita coisa ainda vai rolar nos bastidores.

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O risco Tião Vianna

Pesou na decisão do PSDB de dar seus 13 votos para José Sarney (AP), candidato do PMDB à presidência do Senado, o receio de que Tião Viana (AC), candidato do PT, de fato cumprisse a promessa que tem feito durante conversas sigilosas com alguns dos seus pares - a de promover uma radical reforma na estrutura do Senado e nos hábitos e costumes ali enraizados.

- Se Tião fosse eleito e conseguisse virar o Senado pelo avesso, o PT ganharia mais um forte aspirante à sucessão de Lula - admitiu ontem à noite um senador do PSDB em telefonema trocado com um senador do DEM. O outro aspirante é a ministra Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil da presidência da República.

Estava nos planos de Tião, por exemplo, uma auditoria rigorosa no uso pelos senadores da verba destinada a custear despesas dos seus gabinetes. É espantosa a quantidades de notas fiscais com indícios de que são "frias" apresentadas a cada fim de mês para justificar todo tipo de gasto.

As despesas de gabinete passariam a ser divulgadas via internet.

Sobrariam poucos dos atuais funcionários graduados do Senado que ocupam cargos administrativos importantes. Tião estava disposto a trabalhar com caras novas.

O Conselho de Ética do Senado seria revitalizado. Hoje ele não serve para nada.

E, finalmente, Tião tentaria atualizar o Regimento Interno do Senado, uma espécie de Constituição interna que regula todos os procedimentos ali dentro.

Parte do que Tião imaginava patrocinar será objeto do discurso que fará na próxima segunda-feira no plenário do Senado pouco antes do início da votação para a escolha do novo presidente.

Sarney já está debruçado sobre seu discurso de posse.

Comentário do blogueiro: Se Tião Vianna realmente tem projetos de reformar a estrutura, os hábitos e costumes do Senado Federal, sua candidatura ao Senado Federal representa de fato uma renovação necessária. Setores mais conservadores daquela Casa, o que inclui o próprio PSDB, não desejam alterar os velhos métodos (e que beneficiam a eles mesmos). Mais uma vez, tudo indica que Sarney será eleito, o Senado perde a oportunidade de perder parte da imagem desgastada possui com a opinião pública. Assim, Sarney ganha força não apenas porque tem aliados nos mais diversos partidos, mas também porque não representa ameaça para os interesses de muitos senadores.

Na Câmara Federal, por outro lado, a eleição continua indefinida. A entrada de Sarney na disputa e com ampla possibilidade de ser vitorioso, abriu uma brecha para que a candidatura de Aldo Rebelo (PC do B) leve a disputa para o segundo turno, num embate com Michel Temer (PMDB). Havendo segundo turno, a candidatura de Temer corre risco de amargar uma derrota, pois a tendência é que as traições cresçam. A candidatura de Sarney interessa ao Planalto e a setores conservadores do Senado. Já a candidatura de Temer interessa a pouca gente, quase só a ele mesmo. No PT, no Planalto, no bloquinho de esquerda (PSB, PRB, PC do B, e no PDT, claro), em setores do PMDB e em partidos de oposição, Aldo acumulou importante capital político. Que pode transformar em votos numa disputa de segundo turno. A conferir.
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A marca da zorra

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Governo amplia o alcance do Bolsa Família e oposição critica

Em reunião entre o ministro Patrus Ananias e o presidente Lula, foi decidido elevar o teto de R$ 120 para R$ 137 o limite de renda mensal per capitã das famílias beneficiadas. Com a medida, em 2009, o governo gastará com o programa R$ 549 milhões a mais. O total que seria pago pelo Bolsa Família neste ano, calculado em R$ 11,8 bilhões, passou, com o aumento, para R$ 12,3 bilhões.

O aumento no teto da faixa de renda para ingressar no Bolsa Família vai representar 1,3 milhão a mais de famílias beneficiadas neste ano, segundo informou o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Atualmente, 11 milhões de famílias são beneficiadas pelo Bolsa Família. Com o aumento, o programa passará a abranger 12,3 milhões no decorrer deste ano. A inclusão das novas famílias será feita de forma escalonada. Em maio, serão incluídas 300 mil. Em agosto, 500 mil e mais 500 mil em outubro.

Desde o início do agravamento da crise internacional o governo vem tomando uma série de medidas para manter o nível da atividade produtiva, preservando emprego e renda. Entre as medidas encontram-se liberação de compulsório para os bancos, incentivos fiscais (redução do IPI, por exemplo), liberação de recursos para o BNDES e outros programas específicos para os setores da economia. Um dos programas mais aguardados é o Plano Nacional de Habitação que pretende elevar em 50% o número de moradias novas construídas em 2009.

As medidas do governo são acertadas, pois preservam o emprego e renda. Todavia, a oposição política não levantou levante contra as medidas que beneficiaram o sistema bancário ou as montadoras de veículos. Mas, quando se trata de elevar o alcance do Bolsa Família, a oposição volta com aquela lenga-lenga de medida eleitoreira. Embora não haja eleição neste ano, o discurso tosco da oposição é como samba de uma nota só: qualquer medida para proteger a população mais pobre dos efeitos da crise é eleitoreira. Veja aqui na Folha On Line.

O senador Sérgio Guerra, presidente do PSDB, disse que a oposição vai tomar providências contra o "pacote social" de Lula. Segundo ele, a medida visa atrair eleitores para 2010. No raciocínio da oposição política, o governo não pode tomar medidas que beneficiem os mais pobres, justamente os mais sensíveis a momentos de crise internacional, mas somente aquelas que beneficiam setores mais privilegiados da sociedade (isto é, os eleitores mais fiéis do PSDB). É a essa a oposição política que temos hoje em dia.
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Crise Econômica reforça a importância do Estado

O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, que chega nesta quarta-feira (28) ao Brasil procedente de Madri, na Espanha, está convencido de que a crise econômica mundial sepulta o ideal neoliberal de um Estado mínimo, enxuto. Segundo ele, os representantes dos mais de 80 países que prestigiaram a Reunião de Alto Nível sobre Segurança Alimentar para Todos concordam que é papel dos governos impedir que os mais pobres paguem pela crise.

Para Patrus Ananias, “estamos virando essa página com a clareza de que o Estado é fundamental para normatizar o mercado, protegendo e promovendo os economicamente mais fracos e impedindo os abusos que tivemos e pelos quais estamos pagando um preço tão alto”, disse o ministro à Empresa Brasil de Comunicação (EBC). “O pacto que firmamos é que os pobres não irão pagar essa conta e que as políticas sociais devem ser mantidas, aperfeiçoadas e ampliadas”, completou. Clique aqui para saber mais no sítio do PT.
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Comemorações protocolares





São Paulo comemora um novo ano de vida consolidada como metrópole dinâmica, diversificada, mergulhada em contrastes, dificuldades e paradoxos.

Nela, tudo é superlativo. A população de 11 milhões de pessoas é maior do que seria razoável. São mais de 5 milhões os veículos que nela circulam, a velocidades médias sempre menores. Milhares de bares e restaurantes, 1 milhão de pizzas por dia, mais de 250 mil estabelecimentos comerciais, pelo menos três dezenas de grandes shopping centers, 10 milhões de visitantes/ano, cerca de 80% dos eventos do País, 500 helicópteros, mais de mil academias de ginástica. Das 15 mil toneladas de lixo que produz por dia, quase nada é reciclado ou coletado de forma seletiva, gerando montanhas de resíduos e sujeira. O desperdício é generalizado, nas casas, nas indústrias, no comércio, na construção civil. Dá para estimar o gigantesco volume de dinheiro que escorre pelos interstícios de seu sistema bancário, de fazer inveja a qualquer país desenvolvido. A riqueza faz eco a uma miséria persistente. Terra de oportunidades, empregos, sonhos e fantasias. Globalizada, repleta de ofertas culturais e espaços públicos, com um patrimônio histórico relevante e uma população multiétnica, a cidade pulsa sem cessar. É a locomotiva do Brasil, como diz a tradição, especialmente quando se leva em conta que é a partir de sua efervescência, de seu empreendedorismo e de seu poder de consumo que o país se mantém entre os principais protagonistas da economia mundial.

São Paulo poderia ser excelente para se viver. Mas não é. Por sua grandeza, pelo papel que desempenha, por suas glórias e tradições, deveria sê-lo. Não que falte perspectiva comunitária. Inúmeros paulistanos se identificam com a cidade e sentem orgulho por dela fazer parte. Criaram raízes nela e estão decididos a construir a vida em seus espaços. Talvez até estejam dispostos a agir para fazer com que as coisas melhorem, ainda que a maioria acalente o sonho de deixar a cidade, fugir de seus tentáculos e pressões, buscar o futuro em outro lugar. Mas falta alguma coisa para dar norte humanizado à cidade, ao mesmo tempo em que sobram problemas.

São vergonhosos os indicadores da qualidade de vida dos paulistanos, especialmente em termos sociais. Os cidadãos percebem isso e se manifestam com clareza sempre que perguntados: a cidade não é justa, submete seus moradores a sacrifícios pesados, como se quisesse expulsá-los. Amplifica desigualdades, em vez de reduzi-las. Suas periferias são indignas. A educação deixa a desejar em todos os níveis, em que pese a cidade desempenhar importantíssimo papel na produção técnica e científica nacional, graças às suas universidades públicas e a seus institutos de pesquisa. Há deficiências graves no sistema de saúde. O custo de vida agride os moradores. A insegurança e o medo c ou condicionam hábitos, valores e opções de convivência. A poluição está tão radicalizada que parece não ter como ser monitorada: o ruído urbano atinge níveis insuportáveis, os dois grandes rios que cruzam a cidade são imundos, a fumaça negra que a impregna bloqueia a visão e envenena os pulmões.

Com a força magnética e os recursos (humanos, técnicos, financeiros, intelectuais) de que dispõe, chega a ser incompreensível o atraso que a cidade exibe em vários de seus setores. Tome-se o transporte público, por exemplo. Numa teia urbana gigantesca como a de São Paulo, é óbvio que o deslocamento da população adquire dimensão estratégica. Pessoas que passam mais de duas horas por dia para fazer o percurso casa-trabalho-casa, como ocorre com a maioria dos paulistanos, não dispõem de condições razoáveis para crescer na vida. Acabam ficando tentadas pelo automóvel particular, este categórico objeto de desejo da modernidade, com o que se desinteressam da luta pela melhoria dos meios públicos. E quando conseguem – à custa de restrições e endividamentos – comprá-lo, terminam por contribuir para piorar ainda mais a situação.

Muito pouco tem sido feito nos últimos tempos para enfrentar o problema. As expectativas de melhoria continuam a ser transferidas para a ampliação do metrô. Perante os ônibus, a imaginação parece entorpecida, escrava de corredores exclusivos e obras viárias. O que se desenhou anos atrás como plataforma inovadora quase nada deixou de legado. Os veículos não são amigáveis. São mal sinalizados, pouco informativos, sujos e desconfortáveis. O bilhete único foi uma das poucas boas idéias a serem postas em prática, mas ainda é insuficientemente explorado e não se combinou nem com a implantação de linhas setoriais que fluam com maior rapidez e desobstruam as vias públicas, nem com uma tarifação mais flexível e inteligente. O Sistema de Monitoramento do Transporte (“Olho Vivo”), implantado pela SPTrans para fornecer aos usuários informações em tempo real sobre os ônibus, é uma excelente iniciativa, mas atinge pouca gente e não é otimizado. O próprio sistema de transporte em seu todo é mal conhecido pela população, que não tem como se informar a respeito dele ou visualizá-lo de modo abrangente.

Qualquer intervenção dedicada a reformular um sistema de transporte público requer muito conhecimento especializado. São Paulo dispõe de inteligência e informação em doses mais que suficientes. Precisa saber usá-las para propor idéias novas e convocar a população para agir coletivamente.

O problema tem uma clara dimensão técnica e financeira, mas é sobretudo político. Para ser solucionado, depende de determinação, ousadia e apoio social, coisas que somente a política pode fornecer.

Enquanto isso não se produzir, aniversários continuarão a ser comemorados de modo protocolar, para honrar a história, mas não para demarcar novos espaços de cidadania e vida digna. [Publicado em O Estado de S. Paulo, 24/01/2009]



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Mídia, demos e a tragédia da Renascer

Em seu blog, Altamiro Borges publicou um post que evidencia mais uma vez a qualidade da mídia que temos. Se não fosse a Internet, que torna mais democrática a informação, não teríamos acesso às vozes como essa do artigo publicado logo abaixo. É a mídia tucano-demos, do candidato Serra 2010, dissimulando, escondendo aqueles políticos que estão por trás da Igreja Renascer. De fato, a mídia não quer mostrar que a Prefeitura de São Paulo, na gestão Kassab, fez vistas grossas na fiscalização do Templo da Renascer. E claro que também não quer que o eleitor paulistano saiba do ostensivo apoio da Igreja Renascer ao candidato do DEM. A Internet está aí para isso mesmo: para que possamos divulgar aquilo que a mídia comercial não mostra. Segue o artigo abaixo:

Do Blog do Miro

Mídia, demos e a tragédia da Renascer

Altamiro Borges

O sempre atento Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB e ex-deputado estadual, postou no seu blog uma notinha reveladora do caráter da mídia. “O Bispo Gê Tenuta, o responsável pela Igreja Renascer, já foi deputado estadual e hoje é suplente de deputado federal pelo DEM/SP. Parece, inclusive, que vai assumir o mandato. Não vi uma única linha que tocasse nesta condição política do religioso. A mídia não quer associar a tragédia, que resultou na morte de nove pessoas, com a prefeitura. Kassab e Bispo Gê são do mesmo partido. Tanto a prefeitura como os responsáveis da igreja descuidaram de itens essenciais à segurança dos fiéis”, registra o texto “empresário da fé”.

A manipulação da mídia, como alerta Nivaldo, é realmente impressionante. Se o tal bispo tivesse apoiado Marta Suplicy na eleição paulistana, com certeza o vínculo seria manchete dos jornalões e das revistas. O “colunista” Arnaldo Jabor, cuja esposa, Suzana Villas Boas, presta assessoria ao governador José Serra, teria feito suas gracinhas na TV Globo. Mas como o líder evangélico é do demo (ex-PFL), nem a sigla partidária aparece quando citam seu nome. As imagens de Kassab e Bispo Gê juntos em campanha sumiram do ar. Talvez nem as centenas de pessoas soterradas nos escombros do prédio inseguro da Igreja Renascer façam a devida ligação bispo-prefeito-demos.

TV Globo esconde a sujeira

A Renascer fez ativa campanha para Gilberto Kassab, apadrinhado do presidenciável José Serra. Engajado na campanha, o diretor-executivo de jornalismo da TV Globo, Ali Kamel, deu até uma trégua na guerra liderada pela emissora contra as igrejas evangélicas. Para livrar a cara do demo, ela deixou de alardear a prisão, nos EUA, dos fundadores da igreja, Sônia e Estevam Hernandes, acusados de desvio ilegal de dinheiro. Também abafou as investigações que apontaram Fernanda Hernandes, filha dos fundadores da Renascer, como “funcionária fantasma do deputado estadual Geraldo Tenuta, conhecido como Bispo Gê”, segundo relato do casal global no Jornal Nacional.Para interferir na batalha eleitoral, a mídia deixou de lado a “imparcialidade” nas apurações das irregularidades da Igreja Renascer – inclusive as que denunciaram o uso indevido de entidades assistenciais para enriquecer a instituição “religiosa”. Faz o mesmo agora, diante dos escombros do prédio e dos nove mortos, omitindo as relações do Bispo Gê com o DEM e o prefeito reeleito da capital paulista. A cada dia que passa, a mídia hegemônica se transforma no principal partido da direita no Brasil. O que ela chama de cobertura jornalística é, de fato, manipulação política.

Aero-Yeda e o silencia midiático

Outro caso emblemático desta distorção é o tratamento dado pela mídia à compra de um jato para governadora do Rio Grande Sul, Yeda Crusius. A tucana, que chafurdou o governo em inúmeros casos de corrupção, anunciou a aquisição do avião executivo orçado em US$ 26 milhões. Diante das críticas, ela rebateu: “Podem chamá-lo de Aero-Yeda, de Queen Air, do que quiserem”, em mais uma prova de inabilidade e arrogância políticas. A mídia, porém, parece que inocentou a governadora. Na Folha de S.Paulo foram publicadas apenas três notinhas, não houve destaque no Jornal Nacional. Bem diferente do escarcéu promovido contra o chamado “Aero-Lula”.

Até o blogueiro Ricardo Noblat estranhou as reações diante desta nova aquisição. “Quatro anos depois de criticar duramente o governo do presidente Lula pela compra do Airbus presidencial, integrantes do comando do PSDB se esquivaram de comentar a decisão da governadora do Rio Grande do Sul, a tucana Yeda Crusius, de também adquirir um jato para vôos internacionais”. O blogueiro, que também é colunista do jornal O Globo, só não criticou o vergonhoso silêncio da mídia hegemônica – por motivos óbvios.
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Os caso Battisti e os boxeadores cubanos

A imprensa mente de maneira descarada no caso Battisti. Tratá-lo como um criminoso comum por supostamente ter cometido assassinatos numa época em que a Itália vivia uma democracia do crime organizado, em que os partidos políticos eram sustentados pela máfia, é pedir muito pouco da nossa inteligência. Digo supostamente porque dos quatro crimes acusados, dois ocorreram a 500 quilômetros e praticamente ao mesmo instante. A mídia, confrontada com esse fato, diz que Battisti foi o autor de um dos crimes e mentor do outro. É uma possibilidade, mas Battisti foi condenado como autor dos dois crimes, o que mostra a qualidade de seu julgamento na Itália.

Não sei dizer que Battisti não deva ser julgado, condenado e eventualmente cumprir sua pena. E também não sei dizer se a decisão do governo brasileiro é correta ou errada. Só colocando os fatos no devido lugar. Talvez a Itália devesse reconhecer os erros do seu passado, que a pseudo-democracia daquela época era uma aberração (na verdade ainda é, mas isso não tem importância). Que os anos 70 foi um período violento, em que milhares de italianos participaram de uma guerra sangrenta contra um governo da máfia, inclusive os jovens do PAC (Proletários Armados para o Comunismo), o qual Battisti era ligado (clique aqui para saber mais).

Quem sabe a Itália devesse fazer novamente outra Operação Mãos Limpas, condenando não só Battisti, mas todos aqueles políticos famosos com ligações com máfia naquela época. Ah, toquei num assunto proibido: Berlusconi não quer fazer companhia a Battisti na cadeia. O melhor mesmo é divertir o público, porque é isso que é o caso Battisti. Diverte o público, no Brasil e na Itália. Assim não temos que discutir temas mais espinhosos, aqueles que incomodam os governantes: saúde, segurança pública, educação, transporte urbano, habitação. Coisas bem mais complexas de serem solucionadas.

Mas o que isso tem a ver com os boxeadores cubanos? Absolutamente nada. Mas a mídia tem essa incrível capacidade de distorção dos fatos, e aquela compulsão pela mentira deslavada. Os jornalãos e seus articulistas, toda vez que trata do caso Battisti, volta àquela história da suposta deportação dos boxeadores cubanos pelo governo brasileiro. O argumento é que o governo brasileiro devolveu ao regime de Havana os dois lutadores de boxe cubano que haviam abandonado sua delegação nos jogos panamericanos, negando-lhes o asilo político. É incrível a capacidade de distorção de nossa mídia. Como o governo nega algo que não lhe foi pedido?

O governo diz que os boxeadores não quiseram ficar no país. A Polícia Federal, que também é governo, diz a mesma coisa. O Ministério Público, que não é governo, mas um órgão independente, e que acompanhou o caso desde o início, tem a mesma versão, o seja, os boxeadores não quiseram ficar. A Ordem dos Advogados do Brasil, uma instituição da sociedade civil, que também acompanhou o caso, também alega que os boxeadores não quiseram o asilo político. Setores da imprensa que foram à Cuba ouvir os boxeadores obtiveram a mesma informação: desejaram voltar para os suas famílias, e embora o governo brasileiro tivesse oferecido o asilo, membros da Polícia Federal brasileira disseram para eles que teriam proteção no Brasil, mas eles preferiram voltar para seu país. Mas a imprensa insiste que o governo brasileiro deportou-os. Todo mundo está mentindo (governo, OAB, Ministério Público), inclusive os próprios boxeadores cubanos. A imprensa foi incompetente e não cobriu direito o caso dos boxeadores na época, mas fica especulando com ela mesma sobre o que aconteceu sem qualquer base fática.

Para sustentar o falacioso argumento, os articulistas dizem que a rapidez da volta dos boxeadores para Cuba é prova de que o governo brasileiro deportou os cubanos. Será que o governo brasileiro deveria prendê-los no Brasil por algum tempo para que eles pudessem pensar melhor na opção de aceitar ou não o asilo político apenas para satisfazer o desejo dos articulistas da grande mídia? Nada mais absurdo.

Mais uma vez os fatos desmentem a grande mídia. A imprensa esconde de seu distinto público que outros atletas cubanos ficaram no país, pois o governo concedeu o asilo político que lhe foi solicitado. De forma semelhante, artistas de conjunto musical cubanos obtiveram asilo político, na mesma época, simplesmente porque manifestaram o desejo de ficar. Só não dá para prender no país quem não se manifesta o desejo de ficar. Asilo político é um direito daquele que sofre perseguição política, mas ninguém pode ser obrigado a aceitá-lo. A mídia não entende assim: o regime cubano não é uma democracia, então deveríamos obrigar qualquer cubano a ficar no país, mesmo contra sua vontade. Impressionante a criatividade dessa turma golpista.
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Economia da má fé

Um ótimo artigo de Krugman acerca das críticas de setores conservadores às políticas de Obama. Os adversários do plano de Obama contra a crise usam a má-fé. No Brasil, por exemplo, teve colunista que criticou as medidas de Obama sem mesmo conhecê-las. Segue o artigo publicado originalmente no sítio do Terra Magazine.

Paul Krugman

Do New York Times
À medida que se inicia o debate sobre o plano de incentivo da economia do Presidente Barack Obama, uma coisa é certa: Muitos dos oponentes do plano não estão argumentando com boa fé. Os conservadores não querem, e não querem mesmo, ver um segundo New Deal e certamente não querem ver o ativismo do governo reconhecido. Então, eles estão pegando qualquer vareta que conseguem achar com a qual possam derrubar propostas para um aumento nos gastos públicos.

Alguns destes argumentos são zombarias óbvias. John Boehner, o líder das minorias da Câmara dos Representantes, já fez parte das manchetes com esta tirada: Olhando para um plano de US$800 bilhões para reconstruir infra-estrutura, manter serviços essenciais e outros, ele ridicularizou uma cláusula que aumentaria os serviços de planejamento familiar da Medicaid - e chamou-a de um plano para "gastar centenas de milhões de dólares em anticoncepcionais".
Mas as zombarias óbvias não representam tanto perigo aos esforços da administração de Obama para fazer com que um plano supere os obstáculos quanto os argumentos e declarações que são igualmente fraudulentas, mas possam parecer plausíveis na sua superfície para aqueles que não saibam se virar com números e conceitos econômicos. Então, como um serviço público, deixe-me tentar desmascarar alguns dos maiores argumentos antiincentivo que já surgiram. Toda vez que você ouvir alguém citando um destes argumentos, escreva a ele ou ela para chamá-lo de propagandista desonesto.

Primeiro, há o tema de discussão fictício de que o plano de Obama custará US$275.000 por emprego criado. Por que é fictício? Porque envolve tomar o custo de um plano que se prolongará por vários anos, criando milhões de empregos a cada ano, e dividi-lo pelos empregos criados em apenas um destes anos.

É como se um adversário do programa de almoço da escola tomasse uma estimativa do custo daquele programa pelos próximos cinco anos, então o dividisse pelo número de almoços oferecidos em apenas um destes anos e afirmasse que aquele programa era muito esbanjador, porque ele custa US$13 por almoço. (O custo real de um almoço escolar grátis, falando nisso, é de $2,57.)

O custo real por emprego do plano de Obama provavelmente estará mais perto de US$100.000 do que US$275.000 - e o custo líquido será de apenas US$60.000, uma vez que você leve em consideração o fato de que uma economia mais forte significa maior renda com impostos.
Em seguida, escreva para qualquer um que afirme que é sempre melhor reduzir impostos do que aumentar os gastos públicos, porque os contribuintes, não os burocratas, são os melhores juízes de como gastar o seu dinheiro.

Aqui está como pensar sobre este argumento: Ele implica que devemos desligar o sistema de controle de tráfego aéreo. Afinal de contas, aquele sistema é pago com taxas nas passagens aéreas - e certamente seria melhor deixar o povo que viaja manter o seu dinheiro ao invés de entregá-lo para os burocratas do governo. Se isto significasse muitas colisões no ar, bem, estas coisas acontecem.

O propósito é que ninguém realmente acredita que um dólar de redução de impostos é sempre melhor do que um dólar de gastos públicos. Enquanto isto, está claro que quando se trata de incentivo econômico, os gastos públicos oferecem muito mais retorno do investimento do que reduções de impostos - e portanto custa menos por emprego criado (veja o argumento fraudulento anterior) -, pois uma grande parcela de qualquer redução de impostos será simplesmente economizada.

Isto sugere que os gastos públicos, ao invés da redução de impostos, deveria ser o centro de qualquer plano de incentivo. Mas ao invés de aceitar aquela implicação, os conservadores buscam refúgio em um argumento absurdo contra o gasto público em geral.

Por fim, ignore qualquer um que tente fazer alguma coisa com o fato de que o principal consultor econômico tenha, no passado, favorecido políticas monetárias ao invés das políticas fiscais como uma resposta a recessões.

É verdade que a resposta normal a recessões seja reduções na taxa de juros por parte da Reserva Federal, não gastos públicos. E esta poderia ser a melhor opção neste momento, se estivesse disponível. Mas não está, porque estamos em uma situação não vista deste a década de 1930: As taxas de juros que a Reserva Federal controla já estão efetivamente em zero.

É por isso que estamos falando de incentivo fiscal em larga escala: É o que resta no arsenal de políticas, agora que a Reserva Federal gastou a sua munição. Qualquer um que citar argumentos velhos contra incentivos fiscais sem mencionar que ou não sabe muito sobre o assunto - e, portanto, não tem assunto para trazer ao debate - ou está sendo deliberadamente tacanho.

Estas são apenas alguns dos argumentos antiincentivo essencialmente fraudulentos por aí. Basicamente, os conservadores estão jogando qualquer dificuldade que conseguem contra o plano de Obama, esperando que alguma delas funcione.

Mas sabe de uma coisa: A maioria dos americanos não está ouvindo. A coisa mais animadora que ouvi nos últimos tempos foi a resposta de Obama divulgada às objeções republicanas quanto a um plano econômico orientado a gastos: "Eu venci". Ele realmente venceu - e deveria desconsiderar os esperneios daqueles que perderam.

Paul Krugman é economista, professor da Universidade de Princeton e colunista do The New York Times. Ganhou o prêmio Nobel de economia de 2008. Artigo distribuído pelo New York Times News Service.
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E Catanhêde lembra que a democracia é um perigo

Nossa mídia mauricinha continua as exéquias sobre sua derrota no referendo boliviano. Destacam, em previsibilidade de informação, títulos como “metade do país está descontente”, “líderes de Santa Cruz rejeitam texto”. Mas, nada foi tão representativo do chororô quanto a opinião de Eliane Cantanhêde na Folha de hoje.

Ela dá importância às palavras de Enrique Iglesias, atual secretário-geral ibero-americano, que demonstra preocupação com as 14 eleições presidenciais na América Latina que ocorrerão nos próximos 3 anos. Chega a concluir: “E eleições provocam tentação populista”.

Pronto, nada mais explícito. Iglesias descobriu o problema, e Cantanhêde achou importante alertar: é a democracia. Se a AL continuasse com seus fiéis ditadores, seguindo as ordens da matriz, não haveria perigo agora. Viveríamos com a certeza do futuro, tal como ainda existe no Egito, onde Hosni Mubarack há 30 anos mantém a ferro e fogo a oposição distante para fazer a política dos EUA e a de Israel, nunca lembrado pela nossa mídia como ditadura, apenas como “fator de equilíbrio” na região.

E a jornalista ainda tenta raciocínio com a cabeça do espanhol: “Populismo com dinheiro público é sempre preocupante, mas pode ter consequências dramáticas se combinado com crise econômica”. E o cita para alertar que nas crises não há como fazer política compensatória para com o andar de baixo, apenas nos momentos de bonança, tem que crescer o bolo para dividir. Blá, blá, blá...

Faltam lições de história para a jornalista. E menos cara de pau para o ex-diretor do BID. Deveriam lembrar que o decantado “new deal” de Roosevelt, agora tão lembrado pela mídia, tinha como um dos seus principais pontos a política compensatória, com a ajuda direta aos necessitados em um de seus 3 erres: Relief, Recovery e Reform (auxílio, recuperação e reforma). Claro que à época o baronato americano reclamou auxílio apenas para si, suas fábricas, bancos e estradas, não para a “gentalha”, que ganhava seus “bolsas-família”, auxílios para a moradia etc. Mas foram derrotados e Roosevelt salvou o capitalismo da burrice de seus players.

A jornalista e a mídia da colônia falam agora até de um novo “new deal”, mas seguindo a tradição do pedaço, sem concessão ao gentio. Talvez o modelo da vez seja o Mubarack.
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Homenagem ao Projeto Pontal do Estaleiro




Para homenagear o projeto Pontal do Estaleiro, nada melhor do que um sucesso do YouTube!
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Fogaça paz e amor...e continua com a "cara da cidade"!



A lamentável vitória de Fogaça à Prefeitura de Porto Alegre no final de 2008, expõe a incapacidade da classe média da capital, ser "protagonista de suas próprias conclusões " com relação a avaliações sobre as ações da administração Fogaça&Eliseu Santos. Aquela coligação passou quatro anos "arrumando a casa".

Ao assumir, Fogaça já sinalizava com cortes nas secretarias para preparar a cidade para a crise. Mais uma vez, a cidade jogou o voto pelo esgoto!

Porto Alegre é um "lixo"!
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Charge de Eugênio Neves sobre a desinformação...

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Deep forest - The sound of Africa


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Quod erat demonstrandum

C.Q.D. – Como Queríamos Demonstrar. Tudo funcionando perfeitamente, de acordo com o fluxograma.


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RS saneado: déficit zero! Como fazer?


Não é preciso ter sido aluno da Bruxinha Yeda na Faculdade de Administração da UFRGS para saber o que fazer. Basta chavear o cofre e sentar sobre a chave.

Não se tem educação, saúde, investimento em estradas, segurança pública, aumento do salário dos funcionalismo, ... Não há mágica, apenas aritimética.

Mas para aumentar o salário dela própria e comprar avião, tem! Me engana que eu gosto, Yeda Crusius! Já o assunto da casa do espando, é uma outra história!
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Reflexiones del compañero Fidel

El undécimo presidente de Estados Unidos

El pasado martes 20 de enero de 2009 asumió la jefatura del imperio Barack Obama como el Presidente número once de Estados Unidos, desde el triunfo de la Revolución Cubana en enero de 1959.

Nadie podría dudar de la sinceridad de sus palabras cuando afirma que convertirá a su país en modelo de libertad, respeto a los derechos humanos en el mundo y a la independencia de otros pueblos. Sin que esto, por supuesto, ofenda a casi nadie, excepto a los misántropos en cualquier rincón del planeta. Ya afirmó cómodamente que la cárcel y las torturas en la Base ilegal de Guantánamo cesarían de inmediato, lo cual comienza a sembrar dudas a los que rinden culto al terror como instrumento irrenunciable de la política exterior de su país.

El rostro inteligente y noble del primer presidente negro de Estados Unidos desde su fundación hace dos y un tercio de siglos como república independiente, se había autotransformado bajo la inspiración de Abraham Lincoln y Martin Luther King, hasta convertirse en símbolo viviente del sueño americano.

Sin embargo, a pesar de todas las pruebas soportadas, Obama no ha pasado por la principal de todas. ¿Qué hará pronto cuando el inmenso poder que ha tomado en sus manos sea absolutamente inútil para superar las insolubles contradicciones antagónicas del sistema?

He reducido las Reflexiones tal como me había propuesto para el presente año, a fin de no interferir ni estorbar a los compañeros del Partido y el Estado en las decisiones constantes que deben tomar frente a dificultades objetivas derivadas de la crisis económica mundial. Yo estoy bien, pero insisto, ninguno de ellos debe sentirse comprometido por mis eventuales Reflexiones, mi gravedad o mi muerte.

Reviso los discursos y materiales elaborados por mí a lo largo de más de medio siglo.

He tenido el raro privilegio de observar los acontecimientos durante tanto tiempo. Recibo información y medito sosegadamente sobre los acontecimientos. Espero no disfrutar de tal privilegio dentro de cuatro años, cuando el primer período presidencial de Obama haya concluido.



Fidel Castro Ruz


22 de enero de 2009

http://www.granma.cubaweb.cu/
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Só para não perder o fio da meada!



Variações sobre a sigla, segundo a planície:
RBS: Rede de Baixos Salários...
RBS: Rede Bunda Suja
RBS: Real Big Shit

Tudo a ver!
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Não se deixe enganar...



Da revista Carta Capital, separei os dois trechos da entrevista de Protógenes Queiróz, para mostrar como é fácil comprar no varejo e no atacado determinadas pautas de notícias na imprensa; e que não deve surpreender ninguém.

Paulo Henrique Amorim chamou “Sistema Daniel Dantas de Comunicação” e é mais velho do que a fome movido não por ondas de rádio, baterias, caracteres impressos, pela ética; mas por interesses privados escusos. O lucro a qualquer custo, nem que para isso, se tenha que brigar com a notícia.

Aqui tivemos um exemplo bem palpável protagonizado por acusados na Operação Rodin (Escândalo do Detran-RS).

Em Canoas diversos “homens honrados e de bem” eram paparicados por jornalistas-formadores de opinião de toda forma. Certa vez um programa onde o assunto era o HPS de Canoas ficou evidente ser matéria paga “regiamente”. HPS em que os trabalhadores foram contratados em regime de cooperativa, tendo, inclusive, intervenção do Ministério Público!

Chico Fraga estava na mesa de debates. Naquela semana, curiosamente em diversas rádios, o assunto era o mesmo, HPS de Canoas. Até o Lasier Martins, após o estouro da Operação Rodin, comentou que havia viajado com Chico Fraga para a Feira de Hanover e "não havia percebido nada"!

Ora, este tipo de programa e de matéria só é convincente aos idiotas ou desavisados. O que move informações ou notícias em um meio de comunicação, certamente é o o fato mas o “fluxo de dinheiro”; o que eu vou ganhar com isto?

Sai do cofre de uns e vai para o bolso de outros. Esta é a lógica da informação atual. Raramente há alguma notícia que contrarie os interesses do capital ou de algum parceiro do dono do jornal. Falo de informação relevante, política ou econômica.

A Revista Capital é seguidora do que Mino Carta chama de "informar é seguir a fidelidade canina aos fatos”. Este deveria ser a linha de atuação dos jornais e demais meios de comunicação. Mas não é!

Enquanto cada consumidor de jornal não exigir qualidade da informação, não mudaremos esta lógica. Sendo um jornal um produto pelo qual se paga determinado valor, resta-nos exigir respeito como consumidores; caso contrário estaremos pagando pela desinformação. Uma equação irracional no capitalismo!

Edição 520 de Carta Capital (05-11-2008):

<...>
Carta Capital: Por que o senhor se preocupou, especificamente, em investigar a participação de gente da imprensa no esquema criminoso de Daniel Dantas?
Protógenes Queiroz: Eu sabia que, a partir da execução da Operação Satiagraha, viriam notícias para proteger o bandido. Por isso resolvi abrir um capítulo no meu relatório sobre o papel da mídia na investigação. Então, há vários jornalistas comprometidos com Daniel Dantas, de forma direta e indireta. Se eu não colocasse isso no papel, seria pior. Coloquei justamente para a própria imprensa ter a decência de discutir o processo sob o plano da ética e da moral. Hoje, a imprensa já encontrou o seu caminho. Alguns jornais passaram a discutir isso internamente, que eu sei, fui informado. O furo de reportagem é válido, mas nem sempre o timing da imprensa é o timing da polícia. Se puder conciliar as duas coisas, magnífico. Mas na maioria das vezes não é possível, e o prejuízo para a sociedade e para o País é muito grande.

CC: Havia mesmo uma espécie de “Sistema Dantas de Comunicação”, como apelidou o jornalista Paulo Henrique Amorim?

PQ: Havia, sim, em quase todos os jornais e revistas daqui e até no exterior. Eu me espantei, fiquei assustado, porque era uma coisa que eu jamais poderia imaginar que uma pessoa teria o poder de manipular a mídia do Brasil. Levei logo o assunto ao conhecimento do procurador (Rodrigo de Grandis, do Ministério Público Federal de São Paulo) e ao juiz (Fausto De Sanctis, da Justiça Federal de São Paulo). Aquilo me causou uma repulsa muito grande e, no decorrer da investigação, isso foi se aprofundando a tal ponto que eu percebi que grandes veículos de comunicação estavam nas mãos do Dantas. Não as empresas todas, mas determinados jornalistas que fabricavam matérias para facilitar os negócios de Dantas, no presente e no futuro. Isso era uma coisa diária, a relação dele com esses jornalistas. Quando o interroguei, até disse a ele que ele seria mais feliz se comprasse um jornal ou uma rede de televisão, porque, como banqueiro, ele não é uma pessoa feliz.

Existem dois vídeos no YouTube que eu recomendo:

1-http://br.youtube.com/watch?v=jrSrWzlFan0
2-http://br.youtube.com/watch?v=essYyn7SGro

Se você acredita estar sendo enganado por seu jornal, cancele a assinatura. Esta é a lógica do capitalismo! Não troque seu direito de ter uma informação de qualidade, por panelas, CDs, DVDs ou livros. Você estará fazendo papel de idiota, muito conveniente aos meios de comunicação!
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Assim é a política

"A política é a arte de conciliar interesses próprios, fingindo conciliar os dos outros".

Menotti Del Picchia (1892-1988)

A frase acima diz tudo. Alckmin não ganharia nada com a derrota de Serra para Aécio dentro do PSDB. Isso porque Serra partiria para a reeleição no governo estadual, mantendo-se o controle sobre o PSDB paulista, enquanto Alckmin teria que se contentar com uma cadeira parlamentar, pois nem mesmo um mandato de senador seria oferecido a ele. Dessa forma, a aliança com o desafeto Serra representa não só interesses do pré-candidato José Serra, como também os interesses mais imediatos de Geraldo Alckmin.

Aécio não tinha muito para oferecer a Alckmin, a não ser integrá-lo futuramente à sua equipe de governo, caso vencesse a batalha eleitoral, primeiro contra Serra dentro do partido, e depois contra o candidato do presidente Lula. Todavia, a posição de Alckmin no PSDB paulista ficaria complicada caso Serra vencesse Aécio nessas condições. No entanto, Serra pode oferecer a Alckmin sua reabilitação política, o que inclui está entre os cotados para o Palácio dos Bandeirantes. Alckmin aliou-se a Serra porque isso representa o melhor para seus interesses próprios. Assim é a política. Uma sábia frase de Del Picchia.

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Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome completa cinco anos

Parabéns ministro Patrus Ananias. Sua missão à frente do ministério é motivo de orgulho e satisfação. Para nós mineiros, que acompanhamos seu trabalho em Belo Horizonte, nunca tivemos dúvidas sobre seu compromisso humano, ético e solidário. Simplesmente o melhor ministro do governo Lula. Patrus é o candidato do PT mais preparado para manter e ampliar os avanços sociais do governo Lula, e derrotar o projeto conservador paulista representado por José Serra (PSDB). Como Aécio está sendo chutado para o escanteio pelos caciques do PSDB, se o PT mineiro tivesse juízo, uniria Minas em torno de um projeto maior, Patrus 2010 Presidente, e Pimentel para o governo estadual. Alô turma Virgílio-Pimentel: sejam dignos da estrela petista. Caros mineiros, Minas deve estar unida para derrotar o projeto conservador paulista. Segue o artigo do Ministro Patrus Ananias.

Patrus Ananias, ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Na data de hoje (23/01), o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome completa 5 anos de existência. Desde o início, o governo federal buscava um modelo de políticas sociais baseado em critérios e normas republicanas, que valorizasse a integração de programas, a garantia de direitos de cidadania e a construção de parcerias com Estados, municípios e sociedade civil. Hoje, embora tenhamos consciência de que ainda temos enormes desafios pela frente, colocados ao nosso povo pelo processo histórico de séculos de exclusão, temos a satisfação de olhar para trás com a plena certeza de que estamos cumprindo a missão que nos foi transmitida pelo presidente Lula em janeiro de 2004.

Nossa primeira grande tarefa foi a construção do Programa Bolsa Família, então na sua primeira infância. Foram anos de trabalho árduo, mas hoje o programa já está presente em todos os 5.564 municípios brasileiros, combatendo a fome e a exclusão, ampliando a renda dos mais pobres, reduzindo as desigualdades sociais, dinamizando as economias locais e, o que é mais importante, garantindo o direito à vida e promovendo a cidadania de cerca de 11 milhões de famílias pobres. Ao mesmo tempo em que construímos o Bolsa Família, estruturamos em torno dele uma grande rede de proteção e promoção social. As importantes conquistas do programa se devem a sua articulação com essa rede de políticas públicas.
Para além de garantir a renda e promover o uso dos serviços de educação e saúde, é indispensável também que existam mecanismos que garantam a produção e o acesso dos alimentos pelos mais pobres. Portanto, com base nas lições aprendidas com o Fome Zero, o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional integra políticas que garantem o direito humano à alimentação.
A assistência social, direito constitucional de nosso povo, articula-se nessa rede oferecendo serviços e benefícios voltados para a garantia da dignidade das pessoas, famílias e comunidades, fornecendo os instrumentos para que possam superar suas dificuldades e exercer plenamente a cidadania.
À medida que obtemos importantes progressos na luta contra a pobreza extrema e a fome, cada vez mais nossa missão se volta para a promoção da inclusão sócio-produtiva das famílias, com ações voltadas à geração de trabalho e renda e à inserção socioeconômica.
Sempre soubemos que o rigoroso monitoramento e a avaliação são instrumentos indispensáveis para a boa condução e o aprimoramento contínuo de políticas públicas. Se hoje temos a certeza do que já conquistamos, devemos muito aos resultados das pesquisas e ao acompanhamento rigoroso de nossas ações.
No dia de hoje, parabenizo e agradeço nossa equipe de servidores, funcionários e colaboradores pelos esforços incansáveis na busca de um Brasil melhor, mais justo e mais fraterno. Agradeço também aos nossos parceiros no governo federal, estados e municípios, com quem trabalhamos de forma republicana na construção de políticas públicas de Estado. Por fim, agradeço aos nossos parceiros: movimentos sociais, organizações não-governamentais, universidades, sindicatos, organismos internacionais, igrejas e tantas outras pessoas que compartilham dos ideais de uma sociedade verdadeiramente inclusiva e de um país com oportunidades iguais para todos.
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O novo objeto voador da tia Yeda...

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Pela causa Palestina!

Carlos Latuff

Segundo um amigo seu falecido avô, um judeu polonês nascido em CRACOVIA, dizia duas frases reveladoras:

1- “Faltou forno”

2- Um holocausto, não justifica o outro!

A ONU gerou um problema ao criar rapidamente o Estado de Israel (14 de Maio de 1948), não resolvendo a causa Palestina. Passados sessenta e um anos, não há interesse na solução para este conflito desiguais proporções, demonstrando que a ONU é um organismo fraco e combalido, não se fazendo respeitar.

Ressalto os cartuns de Carlos Latuff no sitio http://latuff2.deviantart.com/ , que representam a causa palestina , pelo seu direito de um chão! Há oposição ao conflito e a intolerância dentro do próprio estado de Israel, um claro sinal de que nem tudo está perdido.
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Garibáldi, tchó!


Novo Prefeito de Garibáldi Cirano Cisilotto entre Olívio Dutra e eu.
Garibáldi, 16/01/2009. Foto- Delano Pieta

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Maioria dos brasilienses querem eleger os adminstradores regionais

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Focos/Arko Advice revela que 85,8% da população do Distrito Federal acreditam que a escolha de administrador regional deve ocorrer por meio de eleição.

Ainda segundo o estudo, 11,6% afirmaram que o sistema atual, no qual o administrador é escolhido pelo governador, deve ser preservado. Segundo o levantamento, foram ouvidas 580 pessoas de todas as regiões administrativas entre os dias 12 e 14 de dezembro.

O deputado federal Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) comentou o resultado da pesquisa e concorda com a maioria dos entrevistados. Ele afirma que vai lutar para realizar a vontade da sociedade. "Com a minha experiência política, havia percebido esse anseio da população. Tanto que apresentei uma proposta de emenda à Constituição solicitando a implementação de eleições", destacou.

Segundo o deputado, a iniciativa vai aumentar o poder participativo da sociedade brasiliense. "Eu considero absolutamente procedente fazer com que a população participe do processo decisório", disse.

Rollemberg detalha o que pretende fazer para que a regra passe a valer o mais rápido possível. Ele reconhece a complexidade do tema, mas vai promover debates com a sociedade civil, com lideranças comunitárias e com a população, aperfeiçoando assim o projeto.
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Quércia, o comprador de ilusões

Quércia é um político como poucos. Controla o PMDB paulista a mais de 20 anos. Em 2002, aliou-se a Lula e ao PT para viabilizar seu retorno a um cargo majoritário numa candidatura para o Senado Federal. Naquele ano, assim como 2010, eram duas vagas em disputa. No lado lulista, as candidaturas ao Senado eram de Aloísio Mercadante (PT) e Orestes Quércia (PMDB). Apoiando o candidato Serra estavam José Aníbal (PSDB) e Romeu Tuma (PFL). Quércia comprou a ilusão de tornar-se senador com o apoio de Lula e do PT. Quércia iniciou embaixo nas pesquisas. Quando começou a subir, Lula e o PT embarcaram na candidatura de Mercadante e o resultado é do conhecimento de todos. Lula e PT não tinham densidade eleitoral para eleger os dois senadores de São Paulo naquela eleição, e naturalmente escolheram no final aquele candidato do partido. Algo fácil de entender. Não tem qualquer traição, é o jogo. O outro eleito foi Romeu Tuma (PFL), da aliança de José Serra.

Em 2010, o roteiro do filme tem tudo para se repetir. Serra deverá conduzir não só sua candidatura presidencial, mas também a sucessão do Palácio dos Bandeirantes. O PSDB terá candidato do partido para o governo estadual. A cadeira de vice-governador ficará com o DEM, provavelmente Afif Domingos. Quércia será candidato a senador no arco da candidatura de Serra presidente. O outro candidato da coligação deverá vir do PSDB. Serra e seus aliados dificilmente conseguirão eleger os dois senadores em disputa. Assim como em 2002, um senador deverá vir da aliança de Serra, e a outra vaga deverá mesmo ficar com o lulismo, provavelmente Mercadante do PT. Novamente cria-se o cenário para a candidatura de Quércia ser rifada, mas da próxima vez por José Serra. No fim das contas, o PSDB irá querer garantir uma cadeira a mais para o Senado. Ou seja, Quércia será abandonado mais uma vez. Até lá, Quércia continua comprando ilusões.
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O milionário comercial da SABESP

Quem primeiro levantou a bola para criticar o comercial da Sabesp é o jornalista Luis Nassif em seu site. Veja aqui.
A Sabesp é a empresa de saneamento do governo paulista. Presta serviços para a população do Estado de São Paulo. Recentemente lançou uma campanha comercial nacional na televisão. Por que uma empresa que presta serviços dentro de um Estado precisa fazer um comercial nacional? A única resposta para gasto desmedido é propaganda política para seu mandatário maior, o governador do Estado.

A campanha de 2010 já começou, e a conta é paga pelo usuário da Sabesp, que presta um serviço de qualidade duvidosa. A turma de Serra joga mesmo pesado. É dinheiro de empresa pública para o ralo para promover sua candidatura presidencial. E tudo com a conivência da grande mídia. Aliás, a grande mídia está satisfeitíssima com mais uma polpuda verba publicitária. Fica a pergunta: Cadê o Ministério Público? Onde foi parar a indignação de certos meios? Será que a conta será paga com o SerraCard?
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Um bode expiatório conveniente à Itália

Maria Inês Nassif

Do Valor Econômico, de 22/01/2009

A história que resultou na condenação de Cesare Battisti à prisão perpétua pela justiça italiana em 1993 poderia ser o roteiro de um de seus romances policiais, se não tivesse transformado o próprio escritor num cavaleiro errante. Pelos fatos que levaram à sua condenação, o ministro da Justiça, Tarso Genro, certamente não cometeu nenhuma heresia ao conceder a Battisti o status de refugiado político. "Um dos fundamentos muito próximos do diferimento do refúgio político é de que se o condenado teve direito à defesa. O Estado italiano alega que sim. Na avaliação que nós fizemos do processo, ele não teve direito à ampla defesa", afirmou o ministro, justificando a sua decisão.

A autobiografia de Battisti, "Minha fuga sem fim", traz fatos em favor da convicção do ministro. Se o escritor for extraditado para a Itália, cumprirá prisão perpétua sem ter passado por um tribunal e pagará por quatro assassinatos que o bom senso não permite que sejam relacionados a ele. Nunca esteve num tribunal para defender-se dessas acusações - e, de volta à Itália, não será ouvido por nenhum juiz. A condenação foi feita com base na acusação de um ex-militante da mesma organização, um "arrependido" que negociou anos a menos na sua pena (muitos anos, aliás) em troca de incriminar outras pessoas. Não foi apresentada nenhuma prova, testemunha ou um único indício. Dois dos homicídios foram cometidos no mesmo 16 de fevereiro de 1979, a 500 km de distância um do outro. O outro foi o de um comandante de uma prisão, em junho de 1978. E, por fim, teria assassinado o policial Andrea Campagna, acusado de torturas. Nesse último caso, a testemunha ocular descreveu o agressor como um barbudo louro, medindo 1,90 m. Battisti é moreno e tem 1,70 m. Foram encontradas armas no apartamento onde o escritor vivia com outros italianos clandestinos, mas a própria polícia constatou que elas nunca haviam sido disparadas.

Segundo o livro de Battisti, a organização da qual fazia parte, o grupo dos PAC (Proletários Armados para o Comunismo), organizara-se no período de crítica ao stalinismo, era totalmente descentralizado e nada impedia que um punhado deles, em determinada região do país, fizesse ações e se assumisse como parte do grupo. Seria difícil, assim, que todos os que militavam nos grupos dispersos pela Itália se conhecessem.

Após maio de 1978, quando as Brigadas Vermelhas executaram Aldo Moro - relata - as organizações de esquerda (em geral) se apavoraram e mergulharam na discussão sobre a continuidade da luta armada. Os PAC refluíram para um princípio que já era um pé fora da luta armada (até então, diz Battisti, pelo menos no grupo que militava, as ações se resumiram a "apropriações" para manter os clandestinos; somente os quatro assassinatos que lhe foram imputados pela Justiça italiana foram atribuídos aos PAC). Mas, excessivamente descentralizado, um dos núcleos do grupo reivindicou o assassinato do comandante da prisão, no verão de 1978. Foi quando Battisti rompeu com o grupo. "Juntamente com parte dos militantes de primeira hora, naquele momento decidi virar a página e renunciar definitivamente à luta armada", diz, no livro. Isso quer dizer que, quando ocorreram os outros três assassinatos dos quais é acusado, ele sequer era militante do PAC.

O escritor foi preso na violenta repressão que sucedeu a morte do democrata-cristão Aldo Moro. No processo criminal, ninguém atribuiu a ele qualquer relação com a morte do comandante da prisão. Foi testemunha, todavia, de métodos pouco convencionais de interrogatório. Foi dessa época também a lei de delação premiada, que fez proliferar "arrependidos". Battisti conseguiu fugir com a ajuda daquele que, "arrependido" no futuro, jogaria sobre ele todas as culpas. Era Pietro Mutti.

Fora da prisão, Battisti recusou a proposta de aliança feita por Mutti, que comandava um tanto de jovens num grupo chamado Colp, que não se sabe o que significa. Mutti foi detido em 1982 - Battisti já estava longe, em Paris, depois de uma passagem pelo México. Nos "tribunais de exceção" italianos criados à época por leis especiais, Mutti, ameaçado de prisão perpétua, foi farto em acusar ex-companheiros de crimes. Especialmente Battisti. O escritor beneficiado pelo ministro Tarso Genro também foi acusado por outros integrantes do PAC, de tal forma que, de todos os envolvidos com o grupo, apenas ele foi condenado à prisão perpétua. Foram tantas as contradições resultantes desse jogo de se safar jogando a culpa no outro que o próprio tribunal de Milão, em decreto de 31 de março de 1993, reconheceu: "Esse arrependido (Mutti) é afeito a "jogos de prestidigitação" entre seus diferentes cúmplices, como quando introduz Battisti no assalto de Viale Fulvio Testi a fim de salvar Falcone, ou Battisti e Sebastiano Masala no lugar de Bitti e Marco Masala no assalto ao arsenal Tuttosport, ou ainda Lavazza ou Bergamin no lugar de Marco Masala nos dois assaltos veroneses" - segundo trecho citado pela escritora Fred Vargas no posfácio do livro.

Diante de tantas contradições e de tantos fatos mal explicados, inclusive um asilo revogado na França (depois de um atuante trabalho de lobby italiano), fica a dúvida de por que interessa tanto ao governo italiano coroar Cesare Battisti como o bode expiatório de um período negro na Itália, onde não apenas a luta armada enevoou o país, mas as instituições se ajustaram a uma guerra contra o terror usando métodos pouco afeitos à ordem democrática. Talvez reconhecer erros no processo que levou à condenação de Battisti tenha o poder de expor a falta de legitimidade de ações policiais e judiciais desse período difícil da Itália.

Maria Inês Nassif é editora de Opinião. Escreve às quintas-feiras

E-mail maria.inesnassif@valor.com.br
Comentário do blogueiro: Mais um bom artigo sobre o caso Battisti. Uma análise equilibrada, sem aquele ranço ideológico que a mídia tem propagado. É impressionante como qualquer decisão política no Brasil, por mais justificável que seja, encontra na mídia sua ressonância rancorosa, produzindo páginas de lixo jornalístico simplesmente para tentar desgastar o governo. A mídia está no seu direito de ter o seu lado na política. Tem que tomar cuidado para não ter o destino do DEM, cada vez mais desacreditada.

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A jogada de mestre de José Serra

A nomeação do ex-governador Geraldo Alckmin para a Secretaria de Desenvolvimento do governo paulista unifica o PSDB no Estado mais importante da federação. É uma demonstração de habilidade política do governador, deixando Aécio Neves sem aliados em São Paulo nas suas pretensões de obter a candidatura presidencial. Se alguém ainda tinha dúvidas de qual candidato o PSDB deverá lançar em 2010, cada movimento de José Serra fica mais evidente sua candidatura. Aécio Neves encontra-se encurralado dentro do próprio partido, e precisa logo encontrar uma saída política. Serra, por outro lado, deve preservar Aécio, do contrário corre o risco de ter dificuldade no segundo maior colégio eleitoral do país.

Até pouco tempo Serra colecionava erros na articulação política. Após perder a queda-de-braço com Alckmin em 2006, Serra parecia disposto a esmagar o grupo político do oponente no PSDB paulista. A imagem de desagregador só reforçava. A aposta de risco na campanha eleitoral do município de São Paulo só confirmava o DNA Serra. O cálculo político de Serra provou-se correto. Antes disso, Serra consolidou o apoio à candidatura presidencial dentro dos partidos aliados tradicionais (DEM e PPS). Tal movimento deslocou seu concorrente, o governador Aécio Neves, para buscar apoio nos partidos que orbitam em torno do lulismo. Ou seja, enquanto Serra aumentava o controle sobre seu futuro político, Aécio flertava no campo adversário, uma missão bem mais difícil para se obter o sucesso.

O primeiro grande acerto de Serra foi trazer o PMDB de Orestes Quércia para o seu consórcio de poder. De fato, os preciosos minutos do PMDB garantiram a vitória eleitoral de Gilberto Kassab (DEM), um fiel aliado para sua candidatura. Desta vez, Serra surpreende novamente, trazendo para sua órbita um possível dissidente dentro do PSDB paulista, o ex-governador Geraldo Alckmin. Dessa forma, Serra unifica o partido dentro de São Paulo, fechando as portas para uma dissidência pró-Aécio em São Paulo.

Além de unificar o partido no Estado, trazer Alckmin para seu governo melhora a imagem de José Serra. Da mesma forma que reconciliou com um antigo adversário, Orestes Quércia do PMDB, Serra agora reconcilia com um adversário dentro do próprio partido. O desagregador torna-se agora o político da reconciliação. Por fim, Serra ganha mais uma opção para a sucessão do governo paulista. Ter uma candidatura forte ao governo estadual, o que o PSDB ainda não tinha, torna-se mais fácil seu caminho para obtenção da cadeira presidencial. Assim, caso a candidatura de Aloísio Nunes Ferreira não decole, Alckmin é uma opção com densidade eleitoral no Estado.

O ex-governador Geraldo Alckmin, com a secretaria do governo paulista, obtém visibilidade para manter-se no páreo. Com a derrota presidencial e a eleição municipal, o grupo político de Alckmin ficou enfraquecido. Sua entrada no governo Serra o coloca novamente entre os postulantes para o governo paulista em 2010. Mesmo que a indicação do partido recaia para alguém mais próximo a Serra, Alckmin poderá reunir-se condições para lançar-se a uma cadeira no Senado. Ou seja, Serra encurtou a reabilitação de Alckmin, e ganhou mais um aliado. É um futuro bem mais promissor que entrar na aventura política de Aecinho.
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Artilheiro

E o primeiro gol do Grêmio na temporada foi marcado de cabeça. Ou melhor, de cabeção.


O Grêmio pode não ter o renomado artilheiro francês, mas não deixa de ter o seu homógrafo, o Henry. Ou Pinduca, para os brasileiros.
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Meninas e meninos, eu vi


Obama seguiu para a Casa Branca de limosine, saiu do carro e andou. Acenou para o público do show, ao lado de seus mil e trocentos seguranças por alguns minutos e fez as fotos e os filmes, que já postaram no youtube.


Impossível não lembrar quando Bush ganhou sua primeira fraudulenta eleição. O povo impediu o desfile de sua limosine. Jogaram ovos, vários manifestantes foram arrastados e presos. O cartel da mídia americana nunca mostrou. Só tempos depois vimos no “Fahrenheit 9/11” do Michael Moore as cenas. Está, no mesmo youtube, siga para a posição 6:15 para ver.


E lembrei do mesmo Michael Moore na festa do Oscar, recebendo seu prêmio pelo filme, o discurso contra Bush, cortado pelos sionistas que abundam naquela indústria.


E, sei lá ao certo, lembrei da posse do Lula. Desfile em carro aberto. O povo ao lado do novo presidente. Segurança zero. Teve até carro que enguiçou, empurrado pelo povo.

Há muitas lições, imagino. Tirem vocês as conclusões. De minha parte, quero mais é a felicidade do povo, a felicidade em cada rosto que tem esperança.
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E na posse...

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Fluxograma

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Teoria do Caos

Agora há pouco ouvi na Rádio Gaúcha o repórter Rodrigo Alguma Coisinha falando sobre a posse de Obama, diretamente de Washington. O repórter narrava a intensa movimentação que houve na cidade no dia de ontem. Durante um show em homenagem ao novo presidente estadunidense, havia tanta gente, de tantos lugares, que os serviços de telefonia móvel entraram em pane. A cidade virou um caos, concluiu o intrépido repórter.

Ouvindo tal barbaridade, fiquei me perguntando: se Washington ficar sem celular por algumas horas é o caos, qual adjetivo deveria ser usado com relação à Gaza, por exemplo?

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Que o mundo puna os criminosos




As últimas notícias neste domingo relatam sobre o cessar-fogo em Gaza, com o início da retirada das tropas invasoras de Israel. Saem deixando um rastro de sangue, exemplos da mais horrenda barbárie, como a utilização de novas armas de mutilação de corpos, como os explosivos de metal denso inerte, tecnologia do horror da máquina de destruição americana, cedida a Israel. Junto deste possível final de capítulo, infelizmente sem solução definitiva à vista, descobrimos que o mundo repudia o sionismo e a limpeza étnica que esta política pratica contra a população palestina. Foram muitos os protestos por todo o planeta. Foi na internet, muito mais que na mídia tradicional, que lemos, tomamos conhecimento dos fatos, e da história desta triste realidade.

Em raro momento da mídia tradicional, foi reprisado na Globonews esta semana a entrevista com dois acadêmicos brasileiros, especialistas em Oriente Médio. Paulo Geiger, professor de história judaica e Arlene Clemesha, historiadora formada pela USP, com livro publicado sobre as relações entre marximo e judaísmo. Acima o vídeo.

Vale conhecer a professora Arlene. Ainda muito jovem, tem um longo trabalho acadêmico, como podemos ver pelo seu vasto curriculum Lattes, três livros publicados e uma didática maravilhosa para que muitos possam entender com clareza o conflito, como pode ser visto aqui em uma outra entrevista.

Em tempo: sugiro a leitura de post do Altamiro Borges sobre matéria da Folha que passou despercebida, sem destaque na capa. Informações da agência Reuters dizem que “os EUA estão contratando um navio mercantil para levar centenas de toneladas de armas da Grécia a Israel ainda neste mês”. Entre eles, novos matérias explosivos. Apesar da negativa do Pentágono, “um comando da Marinha americana confirmou que o carregamento de 325 contêineres de seis metros cada deve ser levado em duas viagens do porto grego de Ashdod, que fica a 38 quilômetros da Faixa de Gaza”. Com isso, uma evidente e criminosa prova do envolvimento dos EUA no genocídio. Que o mundo tome conhecimento e puna seus criminosos.
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