Obama obteve vitórias esperadas nesta terça-feira nos estados de Virgínia, Maryland e Washington (DC). O tamanho da diferença é que surpreendeu, ficando no topo das estimativas mais otimistas. É claro que Obama contou com uma numerosa população afro-americana Distrito de Colúmbia e a jovem população de Virgínia. Nesse cenário, o difícil é administrar as expectativas da campanha Hillary daqui para frente. A demografia do voto mostra que a campanha de Obama chegou aos eleitores mais fiéis à senadora democrata: mulheres brancas, eleitores mais velhos e latinos. Dessa forma, além de contar com o apoio dos negros e jovens, Obama começa a conquistar a base social de Hillary Clinton.
Obama obteve 64% dos votos da Virgínia, contra 35% de Hillary. Na capital (DC), a diferença foi de 75% para Obama e 24% para Hillary. E em Maryland, a diferença foi de 62% contra 35%. Além de grande, a diferença mostra penetração de Obama no eleitorado mais fiel à Hillary Clinton: os latinos e mulheres brancas. Há uma clara migração de votos de grupos que constituem a base social de Hillary para a campanha de Obama. As previsões indicam uma vantagem de 100 delegados de Obama frente à Hillary, computando os votos prováveis dos “superdelegados”.
Além disso, após as primárias do último fim de semana, a campanha de Hillary entrou em crise. A coordenadora da campanha foi substituída numa demonstração de evidente fraqueza e uma tentativa de conter a “obamania”. A cada vitória de Obama, a campanha de Hillary passa a depender mais ainda dos estados grandes que faltam: Texas Ohio e Pensilvânia. O plano de Hillary é vencer nesses estados com muitos delegados e onde a demografia é mais favorável. A estratégia é arriscada e melancólica. Ignora a dinâmica política que pode levar a mudanças no eleitorado após diversos triunfos consecutivos de seu adversário.
Obama obteve 64% dos votos da Virgínia, contra 35% de Hillary. Na capital (DC), a diferença foi de 75% para Obama e 24% para Hillary. E em Maryland, a diferença foi de 62% contra 35%. Além de grande, a diferença mostra penetração de Obama no eleitorado mais fiel à Hillary Clinton: os latinos e mulheres brancas. Há uma clara migração de votos de grupos que constituem a base social de Hillary para a campanha de Obama. As previsões indicam uma vantagem de 100 delegados de Obama frente à Hillary, computando os votos prováveis dos “superdelegados”.
Além disso, após as primárias do último fim de semana, a campanha de Hillary entrou em crise. A coordenadora da campanha foi substituída numa demonstração de evidente fraqueza e uma tentativa de conter a “obamania”. A cada vitória de Obama, a campanha de Hillary passa a depender mais ainda dos estados grandes que faltam: Texas Ohio e Pensilvânia. O plano de Hillary é vencer nesses estados com muitos delegados e onde a demografia é mais favorável. A estratégia é arriscada e melancólica. Ignora a dinâmica política que pode levar a mudanças no eleitorado após diversos triunfos consecutivos de seu adversário.
As próximas primárias são Winsconsin e Havaí, com amplo favoritismo de Obama. Vencendo nesses dois estados, Obama chegará às primárias de Ohio e Texas com 10 vitórias consecutivas após a superterça. Mesmo vencendo as duas, Hillary precisará vencer na Pensilvânia no final de abril, encerrando o ciclo das primárias nos grandes estados. Se perder num dos três Estados, perde a indicação democrata. O dilema da campanha Hillary é grande. Está na dependência de três Estados para continuar tendo fôlego para a disputa. Mas há a possibilidade de permanecer a indefinição até as primárias de Indiana, Carolina do Norte, Virgínia Ocidental, Oregon, Montana e Dakota do Sul. São Estados com poucos delegados, que não permitem definir uma indicação. Dessa forma, a indicação será definida pelos chamados “superdelegados”. São 800 votos que em tese só confirmariam seu apoio na Convenção Democrata, mas alguns deles já declararam comprometimento com as candidaturas de Hillary ou Obama.