POLÍTICA INTERNACIONAL - Obama e Hollande em queda.

 

Obama e Hollande atingem mínimos históricos de aprovação


Em meio à insatisfação profunda e generalizada frente ao sistema político estadunidense, a aprovação do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, atingiu um novo mínimo histórico, de acordo com uma pesquisa feita pelo jornal The Wall Street e a cadeia televisiva NBC News. Do outro lado do Atlântico, o presidente François Hollande, da França, também perdeu popularidade, segundo uma pesquisa publicada pelo jornal Le Monde, nesta quinta-feira (31/10).


AP
Ganhador de Prêmio Nobel sugere retirar a láurea de Barack Obama
Obama atinge níveis históricos de desaprovação.
Obama perdeu 5% de aprovação no mês de outubro, de acordo com a pesquisa, e chegou a 42% de aprovação, a pior cifra desde que assumiu o poder, em 2009. Já o otimismo relativo ao governo ficou em 30%, o menor em 40 anos.

Mais de 50% dos entrevistados valoraram negativamente a gestão do presidente democrata, e a queda da popularidade é atribuída a uma série de contratempos enfrentados recentemente.

Entre os principais estão a ameaça impulsiva e agressiva de intervenção militar na Síria, cuja iminência, por vários dias, se opunha às tentativas de negociação política e dos empenhos diplomáticos de países como a Rússia, diretamente, e de outros líderes mundiais.

Além disso, o encerramento das atividades do Executivo estadunidense, devido a uma disputa política entre democratas e republicanos, também teve impacto sobre a administração Obama. As negociações sobre o teto da dívida pública do país (já em exorbitantes 16,7 trilhões de dólares, atingidos diversas vezes neste ano) e o combate contra a reforma da saúde elaborada por Obama eram os pontos mais altos da agenda republicana, que travou o governo, segundo analistas nacionais, para fazer a chantagem.

A acusação global contra o programa de espionagem também é outro fator com grande impacto na queda de popularidade do governo. Membros da Organização das Nações Unidas, e mais especificamente, até da União Europeia, sua aliada, rechaçaram contundentemente a atividade e colocaram os Estados Unidos em uma posição complicada. Obama teve que afirmar, de forma arrogante, a sua política imperialista, expondo a percepção retrógrada que seu governo ainda tem sobre o mundo.

Desaprovação francesa
A pesquisa do instituto TNS Sofres, publicada pelo Le Figaro Magazine, revelou que só 21% dos franceses demonstra confiança em François Hollande, o que além de ser um nível baixo, representa uma queda de dois pontos percentuais desde a pesquisa anterior, realizada em setembro.

Entre a esquerda, 48% dos entrevistados demonstrou descontentamento com o presidente francês, principalmente quando o seu uso político desta bandeira se demonstra cada vez mais demagógico. Hollande entregou o país às pressões dos credores pelas “medidas de austeridade” disseminadas pela Europa, traduzidas em cortes sociais e arroxo salarial, entre outras perdas graves para os trabalhadores.

O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault também teve a mesma tendência: perdeu dois pontos percentuais e ficou com 22% de aprovação. 

Esses resultados fizeram com que Hollande se classifique como presidente mais impopular da Quinta República francesa, inaugurada em 1958.

A queda do apoio ao mandatário está diretamente relacionada com a crise econômica aguda pela qual passa o país, o aumento exponencial do número de desempregados e dos impostos e as medidas de austeridade, que alegadamente visam reduzir o déficit do orçamento.

Com agências,
Da redação do Vermelho
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ECONOMIA - Lula será “garoto-propaganda” do fórum mundial em 2015




O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será um dos principais divulgadores do Terceiro Fórum Mundial de Desenvolvimento Econômico Local, que será realizado em Turim, na Itália, em 2015. O compromisso foi assumido por Lula em conversa informal nesta sexta-feira (1º), em Foz do Iguaçu (PR), pouco antes do encerramento da segunda edição do fórum, numa reunião reservada com os representantes das principais instituições envolvidas na organização do evento. 


Lula disse que faz questão de ser garoto-propaganda de “uma iniciativa tão importante como essa”, referindo-se ao conceito do fórum, que tem como premissa o desenvolvimento territorial baseado na organização, cooperação e arranjos produtivos locais. Lula foi o convidado de honra da plenária de encerramento da segunda edição do fórum.

O ex-presidente recebeu diversas autoridades para saber detalhes e resultados concretos sobre o fórum em Foz do Iguaçu, entre elas os dois diretores gerais de Itaipu, o brasileiro Jorge Samek e o paraguaio James Spalding. Logo na chegada, Lula foi ovacionado pela população. Centenas de pessoas se aglomeravam nos salões do evento para recebê-lo. O ex-presidente posou para de fotos e conversou rapidamente com alguns profissionais da imprensa.

Samek e Herlon Goelzer de Almeida, um dos organizadores locais do fórum em Foz do Iguaçu, explicaram para o ex-presidente que o fórum é um processo de trabalho que visa avançar o diálogo global sobre desenvolvimento econômico local, com base da participação e partilha de experiências e pontos de vista de uma grande variedade de atores. 

Segundo Samek, o fórum contribui para criação de parcerias e articulações para uma maior incidência na agenda global e, em particular, para enfrentar os desafios pós-2015 da agenda de desenvolvimento. Lula ficou impressionado com os números do fórum e o poder de articulação dos envolvidos para atrair tanta gente.

Organizada pela Itaipu Binacional em parceria com o Parque Tecnológico Itaipu, Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa (Sebrae), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundo Andaluz de Municípios para a Solidariedade Internacional (Farsi), a segunda edição do fórum teve o apoio de Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU) e a Associação Mundial de Regiões.

O fórum, realizado pela primeira vez no Brasil, recebeu o público recorde de 4.267 pessoas procedentes de 68 países de todas as regiões do mundo. Foi o maior evento internacional já promovido pela Itaipu. Na primeira edição, em Sevilha, na Espanha, a organização registrou a participação de pouco mais de 1,2 mil pessoas.

Participaram da edição brasileira representantes dos governos locais, regionais e nacionais, organismos multilaterais, universidades, instituições de cooperação internacional, assim como múltiplas redes, entidades sociais empresariais e especialistas vinculados a dinâmicas territoriais de desenvolvimento econômico local.

Da Redação em Brasília
Com informações da Itaipu Binacional 


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Problema de Roberto Carlos com biografias não está na perna, mas no rabo, mora? São 'Traumas' do 'Careta'




O acidente que lhe teria decepado parte da perna não é a causa da proibição por Roberto Carlos de qualquer um que queira fazer sua biografia. Esse é o segredo mais conhecido do Brasil. O problema de Roberto Carlos é outro: as inúmeras acusações de plágio na Justiça.

Uma delas recebeu decisão definitiva, sem possibilidade de apelação: foi impetrada pelo compositor Sebastião Braga, que provou na Justiça que a composição O Careta, assinada pela dupla Roberto-Erasmo era plágio de uma canção de sua autoria.

Sebastião Braga não é o único. Uma consulta ao Google juntando Roberto Carlos e plágio apresenta mais de 100 mil resultados. Há o caso da professora de ensino municipal Erli Cabral Ribeiro Antunes, que afirma que a canção de Roberto Carlos "Traumas" é plágio da sua “Aquele amor tão grande”. Ela contratou o advogado Nehemias Gueiros para defendê-la e afirma que Traumas copiou 16 compassos e 64 notas de sua composição.

Numa entrevista, o advogado deu detalhes da estratégia de defesa de Roberto Carlos [grifo meu]:

Nehemias Gueiros Jr: Se considerarmos que o primeiro processo de plágio contra Roberto Carlos levou 11 anos para ser concluído podemos contar com um tempo razoável de andamento da ação. Entretanto, já fomos procurados pelos advogados do Rei, que ofereceram um acordo de apenas R$ 150.000,00 para a desistência da ação, imediatamente rejeitada por minha cliente. Devemos estar citando Roberto e Erasmo nos próximos 30 dias. [Fonte]
Sebastião Braga também falou desse tipo de negociação de Roberto Carlos, numa reportagem da IstoÉ:

“Ele [Roberto Carlos] colocava a mão no peito, dizia que era cristão e não havia plagiado minha música”, conta Sebastião. Roberto, segundo o advogado e compositor, chegou a sugerir uma indenização num valor bem menor, de R$ 300 mil. “Esta proposta foi absurda. Só a multa do processo foi calculada em R$ 380 mil”, diz ele.

Para seu azar, Sebastião Braga parece ter ficado muito empolgado com a vitória na Justiça, que poderia lhe render algo em torno de R$ 5 milhões. Disse que pretendia lançar um livro contando tudo o que ficou sabendo sobre plágios de Roberto Carlos durante seu processo e, numa entrevista, deu até o título do futuro livro: “O rei do plágio: detalhes e emoções da queda de um mito”.

Roberto Carlos entrou com ação contra ele. E ganhou. No frigir dos ovos, uma ação contra outra, Roberto Carlos pagou apenas R$ 200 mil a Braga pelo plágio. Mas, na real confissão e aceitação do plágio cometido, retirou a música "O careta" de seus discos e ela não é citada nem em sua página.

Sebastião Braga morreu quatro meses após esse acordo.

Para aguçar a curiosidade de você que me lê, publico o vídeo a  seguir. Dê uma conferida, a partir dos 38" e pense se a música lhe faz lembrar alguma outra... coincidentemente de Roberto Carlos.





Madame Flaubert, de Antonio Mello

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Danilo Gentili e a doadora de leite: estupidez não é a mesma coisa que politicamente incorreto

 Diário do Centro do Mundo


by Kiko Nogueira

“Em termos de doação de leite, ela já tá quase alcançando o Kid Bengala”.
Era uma piada?
A Bandeirantes foi condenada a pagar 5 mil reais diários de multa porque Danilo Gentili dedicou alguns bons minutos de seu programa à pernambucana Michele Rafaela Maximino, que doou mais de 300 litros de leite para hospitais de Pernambuco. Ela tenta entrar para o Guinness.
"A justiça está sendo feita, pelo menos. Ele falou essas barbaridades e eu estava fazendo um incentivo às mães a doarem leite”, disse Michele. "Eu passava na rua e o povo falava : ‘Olha a vaca de Danilo Gentili'!’. Fiquei várias noites sem dormir. Um peito secou”.
Defensores de Gentili se queixaram da sentença. Censura! Censura onde, se ele não foi proibido de falar? Exerceu sua liberdade de expressão e Michele, que se sentiu ofendida, foi à Justiça, o que é direito dela. Ganhou.
Como muita coisa no Brasil, o humor está alguns anos atrasado. Hoje há mais comediantes de stand up do que gente. Gentili faz um humor agressivo e ofensivo. É tido como um humorista politicamente incorreto. Não é. O politicamente incorreto, em sua boa forma, expõe e destrói preconceitos. Gentili faz o contrário.
Gente como Andrew Dice Clay, George Carlin, Lenny Bruce, entre outros, são expoentes dessa escola. Eddie Murphy também. Carlin e Bruce morreram, Clay e Murphy sumiram. Murphy tirava sarro de negros, como Chris Rock. Uma diferença é que eles são negros. A outra é que eles são engraçados e inteligentes. Rock fez um excelente documentário chamado “Cabelo Ruim”.
O que a turma de Gentili faz é outra coisa. Não é humor. É só covardia. É a transposição para a TV do valentão que fica no fundo da classe xingando a gorda, o quatro-olho, o macaco, o aleijado, o judeu, o retardado etc. Todos os grandes incomodavam o poder. Bruce criticava a Justiça americana.  Algum poderoso foi ridicularizado por Gentili? Claro que não. Rafinha Bastos mexeu com a mulher de um empresário que era amigo de Ronaldo Fenômeno. Em dois dias estava fora da Bandeirantes.
A melhor comédia que se faz hoje já transcendeu isso. Jerry Seinfeld criou a sitcom definitiva falando sobre o nada. Sim, tinha piada de bicha ("não que tenha nada de errado com isso", diria George Costanza). Larry David, co-autor da série, é a estrela de “Curb Your Enthusiasm”, em que não perdoa o judaísmo -- o judaísmo DELE. ELE é o trapalhão, ELE é o grosso.
Ricky Gervais, inventor de “The Office”, estreou um seriado na Netflix em que interpreta um deficiente mental. É terno -- e divertido. Louis CK lota teatros tirando sarro de suas duas filhas pequenas. Num de seus esquetes, imagina Deus voltando à Terra e dando uma bronca: “Que porra vocês fizeram? Até os ursos polares? Quem vazou óleo? Eu dei tudo o que vocês queriam e vocês fazem isso?” Russell Brand detonou a Hugo Boss num evento em que era um dos premiados.
Eles falam palavrões e são contundentes. Nenhum deles é vendedor de incenso. São agressivos e polêmicos. Abordam assuntos quentes. Não faz diferença se são de esquerda ou de direita. Tem de ser engraçado. E eles sabem que voltar suas baterias contra uma moça que doa leite não é provocação esperta, não é comédia. É apenas o triunfo da estupidez. Agora, nessa área, pelo menos, nenhum deles bate Danilo Gentili.
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A diferença entre manifestação e revolta popular.

Diário do Centro do Mundo


A diferença entre manifestação e revolta popular

by Mauro Donato
PM do Rio atira com munição letal em manifestantes durante protesto do Dia dos Professores
Desde o inicio das manifestações de junho que o perfil do engajamento é questionado. Tidas como evento de classe média branca, organizadas por universitários da USP, marcadas para ocorrer em áreas nobres como avenida Paulista ou Largo de Pinheiros, obtiveram o desdém de boa parte da população. Era discurso recorrente que, enquanto a periferia não aderisse ou enquanto o morro não descesse para o asfalto no Rio, a coisa não deveria ser levado a sério. Isso sim era algo temido. Que a revolta aflorasse.
Pois bem, ela parece ter tido sua primeira fagulha neste final de semana. Pequena e ainda aparentemente sem indícios de continuidade, não deve ser desprezada (os primeiros protestos do MPL lá em 2011 ou mesmo antes, também não foram observados com atenção e deu no que deu).
Embora as notícias, as polícias e os governos estejam dispostos a jogar tudo no mesmo balaio, o que ocorreu na zona norte no último final de semana é algo diverso (mas nem tão desconectado) das manifestações que se espalham via internet. O que ocorreu foi revolta.
E há diferença? Sim, em número, gênero e grau. Manifestações são marcadas com antecedência, local e horário definidos. A adesão é ideológica.
A revolta explode após o transbordamento da paciência, e exigir racionalidade durante a ocorrência é que é irracional. A manifestação tem queima lenta como a madeira. A revolta é como pólvora.
No mais, não se pode fechar os olhos para o que está ocorrendo. A aparente desconexão entre as manifestações do centro e a revolta da periferia pode ser não ilusória mas apenas momentânea. “Um exemplo é a Turquia. Primeiro a população se manifestou contra a construção do shopping center para defender o espaço verde do local. Depois essa manifestação se transformou em uma revolta contra o governo”, explica Tania Regina de Luca, professora do departamento de história da Unesp (Universidade Estadual Paulista). De fato, já corre nos últimos dias uma aproximação entre manifestantes da “classe média branca” junto à revolta da “periferia”. A página Jardim Brasil Manifestação (local onde ocorreu uma das mortes) criada na terça-feira, já possui 1.629 seguidores em dois dias de existência, com vários participantes de outras causas dando “todo apoio à luta”. Esse muro pode estar para ser derrubado. Todos já vimos que é possível a união fora do facebook também. Ali é só o começo.
O Jaçanã, imortalizado por Adoniran Barbosa como um bucólico e longínquo bairro paulistano, aproximou-se do centro com a velocidade de um trem-bala. Ganhou as manchetes pelo que há de mais brutal no Brasil: a desigualdade.
As mortes de dois adolescentes, executados por PMs no intervalo de 24 horas, acenderam o pavio da revolta. Revolta porque o garoto Douglas Rodrigues (17 anos), pegou o trem das onze mais cedo do que devia. Revolta porque o garoto Jean Nascimento (17 anos), foi condenado à morte em situação ainda nebulosa.
São situações inimagináveis nas manifestações centrais da cidade. Em duas oportunidades (em 11 de junho e no recente 25 de outubro), policiais chegaram a sacar suas armas e apontar contra manifestantes. Mas não houve disparo. Nem mesmo diante do espancamento de um coronel. Na periferia, o buraco é mais embaixo. No mesmo Jaçanã, há cerca de um ano, sete pessoas foram mortas num intervalo de apenas quatro horas dois dias após um soldado da Rota ser baleado. À época, vizinhos contaram que viaturas estiveram duas vezes no local antes da chacina realizando abordagens em busca de informações a respeito dos autores do atentado contra o policial e eram informados de que não deveriam ficar na rua depois das 20 horas. Toque de recolher oficial.
Na periferia, não só a polícia atira primeiro para perguntar depois, como o tratamento dado durante a reação popular é muito mais violento do que os presenciados nas regiões centrais. Mães e avós dos garotos assassinados foram intimidadas pela ronda policial até mesmo durante entrevistas à redes de TV. Isso é muitas vezes mais cruel que as bombas de gás e balas de borracha atiradas, aí sim idênticas tanto na avenida Paulista quanto na rua Bacurizinho do Jardim Brasil.
Como consta em um post de um morador: "Verme não quer saber não! E sabe de uma coisa? Se fosse um morador de Perdizes quem tivesse sido assassinado, queria ver se haveria ASPAS na palavra inocente. Tem polícia que não tem respeito com ninguém, que dá tiro assim de graça, porque se é preto e da perifeira FODA-SE né? E depois que o povo se revolta, ainda acham ruim. Porque eu digo, essa POLÍCIA MILITAR tem que acabar, enquanto houver esses vermes o Brasil não vai ter paz, pelo menos não na periferia."
Isso é revolta, não manifestação
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