Os ataques contra a blogosfera que denuncia a mídia corporativa se intensificam.
Mas, quem iria esperar moleza, se eles ganham bilhões com a situação do jeito que está?
Quem esperaraia moleza, se eles são alinhados com os Estados Unidos, país que gosta de se relacionar com os outros desde que esses fiquem de joelhos, fruto da introjeção perversa da colonização pelo Império Britânico?
Agora mesmo, assim como o papa renunciou na semana do Carnaval, Azenha em plena Semana Santa anunciou que desistia de seu blog por conta das demandas judiciais que poderiam levá-lo à falência.
Várias pessoas, comentaristas, twitteiros, facebookeiros e blogueiros comentaram e lamentaram a decisão surpreendente do Azenha - que, felizmente, voltou atrás.
Mas grande parte dessas manifestações se baseou num raciocínio falho, que é o mesmo utilizado pela Secom do governo Dilma que criticam: Nosso (da webosfera - desculpe, criei agora - de esquerda) poder de atingir o público é muito limitado.
É verdade. Mas uma meia verdade. Seu poder ainda (friso, ainda) se mantém em seus nichos: tv, rádio, mídia impressa. Mas perdem público ano a ano. Na Web, a coisa não é bem assim.
Vou colocar minha experiência aqui para demonstrar isso. Em 2008, quando houve o Prêmio Ibest, com votação livre dos internautas, nossa blogosfera de esquerda ocupou os principais lugares, deixando para trás blogueiros de O Globo, da Folha etc. Confira
aqui.
Este modesto blog, que nunca foi campeão de visitações (longe disso) ficou em sétimo lugar, porque quem nos visita é um pessoal qualificado, que sabe o que quer e luta por suas convicções.
Por isso nós incomodamos o establishment. Por isso somos processados. Eles sabem que não somos muitos mas somos fortes.
Por isso temos que seguir em frente, sempre remando contra a corrente estabelecida. É assim que o Blog do Mello comemora seu oitavo aniversário e segue em frente, graças a você, leitor, leitora, e aos companheiros que não desistem, como o Azenha agora. Vamos em frente,
Repito aqui a frase de Bernard Shaw, que durantre muito tempo encabeçou o blog:
Você vê as coisas como elas são e pergunta: por quê? Mas eu sonho com coisas que nunca foram e pergunto: por que não?
Citando agora Caetano, sigo para o nono ano: Eu vou, por que não? por que não? por que não? por que não?
Grato pela visita.