A imprensa e(é) o câncer de Lula

Lula já passou por tudo na vida. Nasceu no berço da miséria, viajou treze dias num pau-de-arara. Trabalhou como engraxate, tornou-se torneiro mecânico e um acidente de trabalho lhe amputou um dedo. Viu sua primeira mulher morrer, foi preso político e na cadeia não acompanhou a morte de sua mãe, dona Lindu. Sofreu o preconceito dos ricos e da classe média. Concorreu quatro vezes à presidência e quando lá chegou enfrentou a tentativa dos poderosos de tirá-lo do poder a qualquer custo. Em todas as situações resistiu. Liderou as greves dos metalúrgicos no ABC paulista durante a ditadura militar, construiu um partido de esquerda e ajudou a transformá-lo no maior da América Latina. Foi reconhecido como o melhor presidente que o Brasil já teve e transformou-se em liderança mundial.


Certamente não será o câncer de laringe que irá derrubá-lo. Lula tira da sua própria história pessoal, da sua luta para viver e sobreviver, a força para enfrentar e vencer mais esta dificuldade que a vida lhe impôs. E a esperança mais uma vez vai vencer o medo.

O mais revoltante nisso tudo é o tratamento dispensado pelas grandes empresas de comunicação e seus comentaristas de boteco num momento que deveria ser de solidariedade ao ex-presidente. Logo depois do anúncio da doença, no sábado, diversos veículos de imprensa, em especial portais na internet, buscaram “analisar” a conjuntura sem o Lula. Para os mais atentos, foi possível perceber que logo após a divulgação da notícia, vinham comentários esdrúxulos, irreais e desrespeitosos. Um analista chegou a afirmar que a doença de Lula iria modificar completamente a vida política no Brasil já a partir de 2012. Apostava ele no crescimento da oposição e na saída do ex-presidente de cena. Uma afirmação sem pé nem cabeça feita por um comentarista de boteco desejoso de que o ex-presidente não se recupere e rume para a sua angústia final. Esta seria a oportunidade, na cabeça do analista, para a elite voltar ao poder.

Tão ou mais revoltante do que os comentários, foram as afirmações de militantes da elite nas redes sociais. Aqueles mesmos que no ano passado disseminaram o ódio e o preconceito contra a esquerda buscando eleger José Serra, representante brasileiro do Tea Party. São também os mesmos que aplaudem o assassinato de moradores de rua, o espancamento de gays, lésbicas, negros e mulheres. Para eles, a morte de Lula seria a melhor solução.

Lula tem um câncer de laringe, de agressividade média e cerca de três centímetros, o qual irá tratar durante os próximos meses. Para a decepção de alguns, não morrerá e nem sairá da política. Continuará ajudando a construir um Brasil cada vez melhor para os brasileiros e lutando para mudar a vida das pessoas no mundo inteiro através da sua influência e liderança.

O maior câncer de Lula não é o da laringe, que é reversível e curável. A parcela considerável da imprensa que representa os interesses de uma elite retrógrada e conservadora é o maior câncer. Não somente do Lula, mas de toda a sociedade.
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Brasil vota a favor e Palestina é aceita como país membro da Unesco

Apesar da tentativa de veto por parte dos Estados Unidos, Canadá e Alemanha, o Estado palestino foi admitido como membro pleno da Unesco, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura. Dos 173 países que apreciaram o pedido palestino, 107 votaram favoravelmente, entre eles o Brasil. Articulados pelos norte-americanos e por Israel, apenas 14 paises votaram contrários, outros 52, entre eles o Reino Unido, se abstiveram. Com o resultado, a Palestina é o 195º país a integrar a Unesco.

A admissão representa uma vitória sem precedentes e reforça a sinalização da comunidade internacional em favor do reconhecimento da Palestina feita durante a 66ª Assembleia Geral da Onu. Realizada em setembro último, a reunião foi aberta pela presidente Dilma, que em seu discurso lamentou ainda não poder saudar o ingresso dos palestinos como país membro da organização e defendeu o reconhecimento do Estado palestino baseado nas fronteiras de 1967. O Brasil já reconhece a Palestina desde 2010.

Com dificuldades claras para reverter a decisão de inclusão do Estado palestino, os Estados Unidos passaram para a chantagem. A ameaça do governo norte-americano é de cortar financiamentos e promover um bloqueio econômico contra a Unesco. Em outro momento, a ameaça norte-americana poderia surtir efeito considerável. No entanto, numa conjuntura onde o império mergulha junto com a Europa em uma crise sem precedentes e um novo mapa geopolítico está em construção, com China, Índia e Brasil, em pleno crescimento e a frente da luta contra a exclusão social, os reflexos da chantagem serão menores e os norte-americanos deverão caminhar para um isolamento cada vez maior.
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Morre criador do iPhone, e quem dará fim na iFome?

O Liberal - Americana, 07/10/11.
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Brasileiros estão acima do peso, ou melhor, Obesos

O Liberal - Americana, 29/09/11.
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É o Amooor... que mexe com minha cabeça e me deixa assim...

Jornal da Tarde, 01/11/11.
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