REQUIÃO DIZ QUE VAI VOLTAR PARA ARRUMAR A CASA


O senador Roberto Requião (PMDB), que já governou o Paraná por três mandatos (1991-4; 2003-6 e 2007-10) promete voltar.
No Twitter, neste fim de semana, Requião publicou várias críticas ao governo de seu sucessor, Beto Richa.
E disse, claramente, em mais de um momento, que pretende voltar ao Palácio para “arrumar a casa”. Veja os posts:
Fizemos um belo governo,só de hospitais 44. Tudo abandonado pelos negociantes incompetentes do gov betinho. Voltaremos para arrumar a casa.
Estão destruindo nosso Paraná, meu compromisso é voltar a arrumar a casa.
É absolutamente inacreditavel a incompetência do governo do Beto e seus negociantes. Absuda incompetência em todas as áreas.
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Voando para o ninho tucano


Pela primeira vez na história política de Colombo saímos da mesmice. Nos bastidores os políticos de plantão se agitam. O PMDB que ultimamente se agarra até em fio desencapado, deu mostras de fracasso. A ex-deputada Beti Pavin recebeu - e aceitou - convite do governador Beto Richa (PSDB) para ser a candidata do seu partido à prefeitura, no próximo ano.

Beti Pavin na ultima eleição apoiou o candidato do PDT ao governo do estado, e do PT à presidência. Ao contrario do prefeito J. Camargo que deu seu apoio a Beto Richa e a Serra. Agora as posições se inverteram. Durma-se com um barulho desses! O pré-candidato do prefeito e do PT, provavelmente será o presidente da Câmara Municipal, Onéas Ribeiro, que vem fortalecido pela indicação da sua "madrinha" Senadora Gleisi, para a casa civil da Presidenta Dilma.

O PMDB é aliado do PT. A confusão está formada. Quem é quem nisso tudo?

Quantos aos outros nomes que se intitulam pré-candidatos, eles não têm peso político e nem cacife eleitoral para disputar o cargo-mor do nosso município. A população colombense bem que gostaria de ter um nome com capacidade, competência, estrutura e projeto para desenvolvimento e crescimento da nossa cidade que ainda vive no século passado. Como não apareceu um "saco roxo", vamos assistir uma eleição polarizada entre dois candidatos.

Ficam as perguntas:
O que vai ser do PMDB?
E a Rose Cavalli (PSDB)?

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CENAS DE UMA DITADURA - 09 - "SOU ESPÍRITA!"


-“Sou espírita!!”

Disse com voz firme ao Irmão Reitor dos Maristas de Varginha, MG, onde estudava interno em 1962.

Nem era espírita, mas detestava ter que acordar às seis da manhã e ir à missa antes sequer do café. Uma ladainha em latim, no frio matinal  de Varginha, sob a rígida vigilância de  todos os Irmãos.

Então achei uma solução para não ir: proclamar-me espírita, e invocar meu direito constitucional.
Isto aos 14 anos.
A Escola acatou, mas me acordava do mesmo jeito e me deixava sozinho do lado de fora da capela até a missa acabar. Pior a emenda que o soneto.

(Retorno a 1962 para até eu mesmo entender como começou minha  militância política.).

Com essa coisa de proclamar-me espírita, não bastava ser espírita, tinha que parecer espírita. 
Aos domingos o Colégio me liberava para ir ao culto espírita. Onde? Eu, vindo do Rio, estudando interno numa cidade mineira...mas eu tinha que ir...agora era manter minha conquista libertária de fugir do latinório.

Acabei encontrando pessoas espíritas na cidade. Senhores idosos, todos maçons,  que estavam tentando reconstruir e reabrir o Centro Espírita Humildade e Caridade, na Rua Rio de Janeiro. Por sinal a mesma rua da luz vermelha: a Zona de Meretrício. A Luz vermelha eu não sei, mas o Centro continua lá até hoje. Inclusive com a farmácia para pobres, que criei.

Juntei-me  a eles,  e era o caçula da turma.

Todos os domingos lá ia eu,  e muitos mais,  levar alimentos doados aos pobres da cidade. O que havia sido um ato de rebeldia contra a  o ritual católico transformou-se na minha primeira ação social coletiva.

Afinal, Centro pronto, reinaugurado, eu era jovem demais para fazer parte da Diretoria. Fui eleito Presidente da Mocidade Espírita de Varginha, e por conseqüência  membro da Diretoria Regional da Mocidade Espírita de Minas Gerais.

Que situação! Mas era um aprendizado. Comecei ali a tomar conhecimento da miséria que nos cercava.

Até que num domingo, caminhando pela Praça do Cemitério, fui abordado por dois cidadãos: Garrone e Célio Segundo Salles . Disseram que me observavam, de longe, que compreendiam meu altruísmo mas que eu precisava saber  que havia formas mais profundas de se combater a miséria e a fome. Que havia um país no mundo onde a miséria havia acabado... e que o Homem podia resolver a História sem precisar de Deus...e deram-me para ler o livro “Dois Mundos” que relatava como era a União Soviética.

Pinóquio estava sendo levado, seduzido, ao Circo do Strombolli. Mal sabia eu...

Agora sim, no próximo post:  “O MOVIMENTO D E LIBERTAÇÃO DE VARGINHA”
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O BRASIL SOCIAL


 
Entendemos o Brasil  de hoje a realidade coletiva que constituímos neste momento . A nossa realidade coletiva tem raízes estruturais longínquas. Seguidas com vista à realização do bem-estar social, a  unidade da política social parece só existir no plano teórico-doutrinário. Na realidade, existem políticas sociais, necessariamente múltiplas e frequentemente dispersas. De qualquer modo, mostra-se possível, que o governo Dilma , continue as políticas sociais com  ações destinadas a realizar ou a satisfazer os direitos dos trabalhadores (tanto de natureza cívica como de natureza economica), ainda quando se admita que as políticas sociais são definidas unicamente pelo poder político (em consequência da falta ou das deficiências da participação dos parceiros economicos e sociais), haverá que reconhecer que a execução das políticas sociais não cabe de forma direta e exclusivamente ao Estado. Não nos referimos apenas ao recurso à administração indireta do Estado, mas também à imposição de obrigações e responsabilidades a entidades articulares e à associação ou cooperação com organizações sociais. As novas condições do Brasil Social ,está longe de corresponder as espectativa do povo, com as evidentes formas de desvios de dinheiro público, a  política de democratização no sentido do real e do possível  que, numa leitura apressada, coincide sempre com os interesses das classes dominantes  que  visavam a  transformação de uma república democrática em uma república particular. Temos de reconhecer que esses aspectos decorrem  também de fatores culturais , que não podem ser modificados pela vontade política, mas o certo é que nesse caso existe  falta de vontade política e a incapacidade técnica, temos que derrotar pelo poder do voto.
A política configurada pelo Governo de Getúlio Vargas, depois do  período da ditadura , e reestabelecida no  Governo Lula em 2002 . Obviamente que no governo Lula, representou uma mudança qualitativa extremamente importante, na medida em que Lula foi elito ,  permitiu a descompressão das forças sociais até então formalmente enquadradas nos esquemas corporativos e reprimidas de fato pelo autoritarismo estatal.  O governo de Lula serviu para  abrir o caminho para o socialismo em pleno regime capitalista , num momento em que se julgava que o capitalismo tinha já os seus dias contados.Na prática, a nova  Constituição brasileira , limitou-se a adotar os modelos democráticos do de bem-estar. Entendemos como os direitos sociais , o direito à educação, à cultura e esporte, esses têm indiscutivelmente aspectos sociais, mas não se esgotam nesses aspectos. Temos de admitir a existência de zonas cinzentas em que se verificam sobreposições mais ou menos nítidas.  As  políticas sociais no Brasil de hoje infelismente serve para promover uma pequena classe politica que comanda alguns setores e ganham muito com isso, introduzem algumas  exigências de rigor para poder levar vantagem, levam a distinguir o que corresponde a uma mera obrigação para  um desenvolvimento como um meio de ganhar muito dinheiro no chamado projetos capital-coorporativo, principalmente na implantação da  política habitacional para a aquisição da casa própria, como um forma  acesso a propiedade privada.
ACORDA BRASIL
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Amigos, inimigos e batalhas políticas


“Um amigo deixa o governo e uma amiga assume seu lugar”, declarou a presidente Dilma Rousseff na cerimônia de posse da nova ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Frase bonita e emblemática, capaz de mostrar que nas relações políticas também há lugar para o afeto, a lealdade, a cooperação desinteressada – em suma, para a amizade.
Dirigida ao ex-ministro, a declaração soa protocolar. Afinal, se amizade intensa houvesse, ele teria ponderado que seu acumulado de problemas implicaria risco para o governo e não teria insistido em nele permanecer. Em relação à ministra Gleisi, porém, a frase é perfeita e tem tudo para ser o anúncio de uma nova era na Casa Civil da Presidência. Agora, ela está nas mãos de uma mulher jovem, dinâmica, tecnicamente bem preparada, com uma bela trajetória política e que, se não bastasse, se destacou nos últimos tempos pela defesa aguerrida da candidatura Dilma, primeiro, e depois da presidente Dilma. A nova ministra chega com o propósito de somar, não de ser a integrante mais forte do governo; seu objetivo é “cuidar da gestão e do acompanhamento de projetos”. São coisas que indicam uma relação diferenciada, promissora.
Foram tantas as demonstrações de afeto recíproco naquela cerimônia que seria o caso de perguntar se não teriam sido elas a manifestação de que a Presidência da República também é um ambiente infestado de inimigos, produzidos inevitavelmente pela dinâmica mesma do poder e da luta política. Se a pergunta faz sentido, quem estaria a atravancar o caminho de Dilma, a assoberbá-la com pressões, a esparramar pedras pelos tapetes do Planalto para retardar suas decisões ou induzi-la ao erro? Seriam esses “inimigos” os responsáveis pelo tão falado imobilismo da presidente, pela dificuldade que teria tido de cortar o mal pela raiz ao saber da delicada situação de Palocci?
É razoável que se pense assim. Por estar obrigada a agir num ambiente contaminado, a presidente não tem como se conduzir de modo destemido. Precisa contemporizar, ouvir, ponderar. Parece não ter muita paciência ou jeito para isso. Conta com poucos auxiliares desinteressados e descobre que muitos de seus amigos, aliados ou companheiros são, na verdade, protagonistas ativos de uma operação dedicada a cercá-la, a pressioná-la, a roubar-lhe autoridade. No caso Palocci, não demorou em agir. Simplesmente fez o que pôde na hora que pôde.
Os “inimigos” do bom governo no Brasil compõem um elenco extenso e difícil de ser administrado.  O principal deles é o próprio sistema com que se governa, o assim batizado “presidencialismo de coalizão”, brilhantemente dissecado pelo cientista político Renato Lessa na edição anterior do caderno Aliás (“Jabuticaba institucional”, 05/06/2011). Trata-se de um sistema de coalizões, ao qual se superpõe um conjunto de fraquezas, idiossincrasias, ausências e excessos. Sem ele, não se governa, mas com ele se governa mal. Para se equilibrar e ganhar “governabilidade”, a Presidência é obrigada a compensar a falta de base parlamentar leal com a entrega de cargos e espaços a diferentes grupos parlamentares, convertidos em aliados. Ganha apoio para aprovar determinados projetos, mas perde capacidade de coesão e gestão. Recebe mordidas por todos os lados, convive diariamente com o inferno das demandas e das chantagens.
O sistema poderia funcionar – e ser, assim, mero arranjo para acomodar as coalizões inevitáveis – caso a chamada “classe política” tivesse melhor qualidade e fosse capaz de se autocoordenar. A má qualidade dos parlamentares tem a ver tanto com o despreparo político de muitos deles, quanto com os compromissos que mantém com interesses espúrios ou com setores sociais mais atrasados, fato que transfere para o Parlamento uma demanda de teor verdadeiramente explosivo. Mas também retrata a inexistência de mecanismos que eduquem os políticos, que os façam agir de modo mais coordenado e menos corporativo, mais de acordo com o interesse público do que com interesses privados. Os partidos políticos deveriam ser essas escolas de política, mas não o são. Nenhum deles. Estão todos ou acomodados na tradicional posição de fazer o cerco (e a corte) ao poder, ou às voltas com problemas internos recorrentes ou à espera das próximas eleições. Não se afirmam nem no Legislativo, nem na sociedade.
Emergiu desse vácuo outro “inimigo” de Dilma nesses seus primeiros meses de governo. Sentindo que a casa ameaçava pegar fogo, aliados e petistas chamaram um bombeiro conhecido por suas habilidades de negociador. Lula irrompeu em Brasília e trouxe consigo os ventos da inconveniência. Com ou sem intenção, passou a imagem de que é mais forte do que a presidente e de que deseja convertê-la em refém. Enfraqueceu-a perante a opinião pública, sugerindo que se alguém pode de fato coordenar o governo esse alguém está fora, e não dentro, do Palácio do Planalto. Desse ângulo, não admira que tanta atenção tenha sido dada à amizade na última semana.
Um último círculo precisaria ser lembrado. Ele tem a ver com algo que se espalha pelo mundo como um furacão. É que a política se dissociou da sociedade e perdeu o respeito dela. Não dialoga mais com ela, nem como “opinião pública”, nem como sociedade civil, nem como estrutura social. O sistema político se isolou, vive encastelado, concentrado em seus próprios interesses. Não se reforma nem se deixa reformar. Produz inúmeros problemas e quase nenhuma solução. Permanece como que acorrentado a um tempo pretérito, ao passo que a sociedade avança pelas ondas líquidas e digitais da vida hipermoderna.
Esse conjunto de “círculos inimigos” é mais ameaçador do que qualquer deslize ético, político ou moral de um ou outro ministro. Está na origem desses deslizes. E será contra ele que o governo Dilma, fortalecido pelo início de recomposição da Casa Civil, terá de travar suas mais importantes batalhas. [Publicado no Caderno Alias, O Estado de S. Paulo, 12/06/2011].
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