A vitória do Liberalismo e a Derrota do Estado



Particularmente, sou mais um divulgador e não escrevo muito, mas neste caso abro uma exceção, afinal se aproxima o aniversário de 1 ano, tanto do meu empreendimento, quanto deste blog.

Coloco as duas coisas quase juntas porque nasceram assim e se completam, afinal um explica o outro, no fim das contas.

Vou fazer um relato de toda a história de meus 13 anos como médico para que vocês entendam o que isso tem haver com Liberalismo e Estado.

Me formei na Faculdade Estadual de Medicina de Marília, no interior de SP, em 1996.

Logo em 1997, fui convocado para servir às Forças Armadas (eu não havia feito TG), como tenente médico da Força Aérea Brasileira na Amazônia (VII COMAR), patente que ainda ostento, só que na reserva.

Voltei um ano depois a Marília, onde me especializei em Residência Médica de Ortopedia e Traumatologia. Em 2001, já tinha conseguido o título de especialista na área (SBOT).

Em 2001, me sentia ainda “engajado” em fazer um “SUS melhor”, fazer a diferença, poder ajudar quem mais precisa, a troco do salário inicial, que é sempre mais vistoso no serviço público (grande erro, pois estaciona-se aí no salário que não tem plano de cargos e salários).

Fiz especialidade em Saúde Pública e Saúde da Família e fui trabalhar para o SUS, animado, feliz da vida.

Me sentia altruísta, de extremo engajamento social, inserido de maneira “politicamente correta” no contexto da sociedade brasileira.

O sucesso no trabalho veio rápido, afinal: quantos médicos tem todo este gás para enfiar a cara no trabalho. Reelegemos prefeito só com a implantação inicial do programa Saúde da Família.

Isso foi de 2001, passei por novos cursos, me tornei professor de Saúde da Família na Faculdade onde me formei, enfim : parecia o auge.

A questão desagradável, era a imensa diferença de poder aquisitivo entre eu e meus colegas de turma. Eles me chamavam de otário e que a saída estava no empreendimento pessoal (um consultório médico particular) e não no serviço público. Além disso, com o passar dos anos e com o poder público local perceber que já havia ganho o ônus positivo político do Programa, foi desistindo e investindo menos. Com isso, como gestor, posso dizer que não tarda 1 ano e as coisas começam a fazer água. Primeiro em doses homeopáticas, indolor praticamente.

Depois de maneira mais incisiva e escancarada, mas ainda não se torna prioridade. Após o ganho de mais uma eleição para o “partido da situação”, aí fomos a pique. E eles sabem como te “amoitar”.

  • “Se não estiver contente, a porta da rua é a serventia da casa.”

Após 7 anos de trabalho exclusivamente público neste município (na carreira são 13 anos de SUS), me exauri de tal forma a denunciar todas as irregularidades ao jornal da cidade, e fui demitido.

Foi um rebuliço, mas foi apurado? Não. Nem mudou nada, para não dizer que ainda piorou.

Aí, no meu campo visual limitado pela exclusiva atuação no Estado.

Só para constar, o SUS funcionas todo cupinizado, desde sua origem no Ministério da Saúde até a mais municipal instância de sua atuação. Ainda assim, se não houvesse corrupção, um sistema universal desses é impagável, e nada sustentável. Daí dizermos que o Brasil é o país do mundo com mais políticas públicas, ao mesmo tempo em que talvez seja o pior Prestador de Serviços Públicos que exista. Não é cumprido nem 10% do prometido ou previsto em Lei.

Então abri o tal consultório, me desligando de forma total do Estado (SUS). Hoje estamos quase a completar 1 ano de serviço (9 de dezembro) e meu nível de vida subiu de forma tão inesperada, quanto o gosto que tomei em fazer medicina real, e não a submedicina do SUS.

Muitos vão achar radical, mas um crescimento de rendimento com carga horária flexível (a agenda é minha e com nenhum problema estrutural de sistema para incomodar) de mais ou menos 4 vezes em 1 ano...

Não há o que discutir. Até a suposta inserção social é falsa, afinal a porcentagem de bons serviços prestados, com a maior qualidade possível que realizávamos no SUS, é ínfima em relação a real demanda reprimida. Ou seja, é como se nada tivesse sido feito, a não ser remendos e curativos. Esta é a vitória do Liberalismo, onde em apenas 1 ano de serviços à rede privada, aumenta sua “qualidade de vida” em 4 vezes.

A pior parte é a Derrota do Estado. Não que não se imaginasse isso num país onde o povo é instrumento de poder e não uma coletividade. Vivemos a ditadura da maioria e não uma democracia representativa.

A esquerda altruísta e com alta taxa de sensiblidade social mostrou-se na verdade corrupta (muito mais que os “trogloditas de direita), ineficiente, incompetente, utópica (dolosamente), enfim uma grande FARSA.

O Estatismo é em sua totalidade esta ignomínia. O Estado deveria ser mínimo, afinal é um mal republicano necessário. Mas onde exercesse seu papel deveria ser eficiente, proincipalmente na Educação, porém usa-se de forma vil a própria Educação como máquina de fabricar Analfabetos Funcionais.

O que nos resta é pensar.

Um exemplo: Dizem que o dinheiro do IPVA, é recolhido para manter as estradas, o que não ocorreu, levando à necessidade de privatizá-las para que ficassem transitáveis. Mas ainda continuamos a pagar o IPVA mais o pedágio (sobretaxa).

Devemos dar graças ao fato dos setores de telefonia serem privados. Tem muita coisa ruim ainda, com certeza, mas imagine tudo isso sob a égide de um governo megalonanico.

Assim é o futuro do SUS, uma máquina dolosamente corrupta e genocida silenciosa, onde todos os gestores em todas as instâncias (federal, estadual, municipal) são coniventes e responsáveis.

Espero que alguém ainda os cobrem pelas milhares de mortes desnecessárias que ocorrem todos os dias nas filas do SUS.

Ao invés de procurar ossos de terroristas no Araguaia, e torná-los Libertadores e Heróis, porque não evitam ao menos essa chacina diária do SUS?

Pois então meus caros: Esta é a invariável vitória do Liberalismo, sem segredos e sem desonestidade ou corrupção.

A derrota do Estado é óbvia neste país há décadas, só não vê quem tem preguiça de enxergar, ou tem algum interesse nesta distribuição de misérias!





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ÁLVARO DIAS QUER CPI DO PINTO




Era forte o babado no gabinete do senador paranaense ontem, depois das declarações feitas pelo Ministro da Cultura, Juca Ferreira, repercutidas na tribuna do Senado pelo linguarudo da bancada opportuno-golpista (veja postagem anterior).
Depois de, supostamente, discutir com o colega Arthur Virgílio - o parlamentar mais inútil do Brasil - sobre quem protocolaria o pedido de CPI, Dias teria tido a primazia por considerarem-no com mais pendores para lidar com a coisa.
O tucano já teria avisado que pretende ir fundo na apuração da verdade, e que, se for o caso, fará ele próprio a aferição do alinhamento dos órgãos do ministro. "Quando eu pego uma coisa, pego pra valer. Não gosto de moleza" - teria afirmado Dias.
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A malcheirosa criatividade de nossos publicitários


Achei uma grande grosseria a propaganda do papel higiênico Neve. Estou obrando para quem achar que é falta de humor com a “brincadeirinha” criada pela agência DPZ. Há limites éticos que deveriam ser respeitados. Foi de muito mau gosto com a ministra. Já fez a festa em alguns cantões do esgoto pela internet. Amanhã os jornais fedorentos exalarão sua malícia para divulgar a “criatividade” de nossos publicitários.

E o mais contraditório é que a empresa multinacional Kimberly-Clark tem um código de conduta que afirma com rigor seus compromissos éticos, como bem lembrou o blog do Brizola Neto. Diz Thomas J. Falk, CEO da empresa, na apresentação:

"A boa reputação é um bem valioso. No mundo conectado no qual trabalhamos hoje em dia, as ações de uma companhia – e as ações de seus colaboradores – são muito mais expostas do que em qualquer outro período da história. Mais do que nunca somos responsáveis por nossas ações.”


Mas parece que a empresa já andou desrespeitando seu código de conduta anteriormente, com reação. E convenhamos, se é para falar sobre papel higiênico, o José Serra tem uma experiência muito mais notória com o produto.
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... uma incrível história:

NOTA HUPPERIANA: até parece com algumas que andei ouvindo numa tal de CPI da CORRUPÇÃO - veja exemplos nos audios do Zero Corrupção lincado ao lado.

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Lula Ridicularizado em cartaz em Honduras

Lula ridicularizado em cartaz em Honduras


"A Folha de São Paulo desta quinta-feira vale pela foto de primeira página, que reproduzo aqui. E serve de mote para este meu artigo, meio longo, é verdade, mas necessário."

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Lula não engole a democracia

Quem é Lula para, ao lado de Hugo Chávez, Daniel Ortega, Evo Morales, Raul Castro, Rafael Correa e Cristina Kirchner, bradar para que os "países democráticos" não aceitem as eleições livres, soberanas e democráticas de Honduras? Praticamente todos os seus companheiros bolivarianos conseguiram o que Hondura
s impediu: a reeleição indefinida dos seus presidentes, golpeando as constituições vigentes nos seus países. Lula está escolhendo um lado. E o seu lado é o oposto da democracia. Lula mostra, finalmente, a sua verdadeira cara. E a cara dele não é a cara do Brasil.

do blog do Coronel
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Brevíssimo comentário:

Honduras, eleições no domingo
Um "paiseco" que originou o termo "república de bananas" dá ao mundo um EXEMPLO de cidadania e Democracia.
E daí que Lula não quer reconhecer as eleições?
Vai cortar relações diplomáticas e fechar a embaixada?


#vexame #ADEUSforodesaopaulo #foralula

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Atualização:
quinta-feira, 26 de novembro de 2009 17:51

Leiam esta fala:
“Os países democráticos do mundo precisam repudiar de forma veemente o que ocorreu em Honduras, portanto, a posição do Brasil se mantém inalterada. Nós não aceitamos histórias de golpes (…)o Brasil não reconhecerá o resultado eleitoral, e manterá sua posição de não [retomar] relações com Honduras (…) A América Latina e América Central têm experiências de sobra de golpistas que usurpam o poder rompendo os princípios democráticos, e se aceitarmos isso, pode acontecer o mesmo em outro país amanhã”.

Leram? É de Luiz Inácio Lula da Silva. Na madrugada, comentei intervenção idêntica de Ruy Casaes, representante do Brasil na OEA. Como se nota, é política oficial. A exemplo do embaixador, Lula também teme o efeito-exemplo. É por isso que a pequena Honduras se tornou tão importante.

Lula não gosta de golpismo? Não?
- Hugo Chávez deu vários golpes por meio de eleições;
- Evo Morales fraudou a regra de reforma constitucional prevista na Constituição;
- Daniel Ortega usou os juízes sandinistas da Corte Suprema para declarar sem efeito um trecho da Constituição;
- Manuel Zelaya estava usando as eleições para violar a Constituição.

Desses golpes, Lula gosta. Gosta, aplaude e apóia.

Ainda bem que Honduras está se lixando para o que pensa o Brasil. Se os EUA reconhecerem o pleito, é o que importa para aquele país.

PS - Vocês já sabem, mas reitero: o acordo feito entre os grupos de Zelaya e do governo interino não previa a restituição obrigatória. Isso é invenção do Chapeludo e do Brasil.


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